2 de ago. de 2010

BRASIL - PT de Berzoini inventa o dossiê auto-difamante

BRASIL
PT de Berzoini inventa o dossiê auto-difamante
Brigando pela chave do cofre da bilionária Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, facções petistas chantagearam o Ministro da Fazenda, acusando sua filha, a modelo e economista, Marina Mantega, de tentar tráfico de influência junto ao BB. Como o Ministro não cedeu, deixaram que a acusação vazasse para a imprensa. Não é lindo?

Ilustração Toinho de Passira

DOSSIÊ MARINA A filha do Ministro da Fazenda, a economista e modelo Marina Mantega, no centro do escândalo de estranho dossiê, chantagens e acusação de trafico de influência

Toinho de Passira
Fontes: Folha de São Paulo, Blog do Sidney Rezende, Blog do Romildo

Ontem a articulista do Estadão Dora Kramer disse que o Partido dos Trabalhadores “mal consegue se manter na legalidade”, no mesmo dia a Folha mostra que os petistas agem exatamente como as facções de traficantes do Rio: que apesar de terem os mesmos objetivos, vivem brigando e se autodestruindo por espaço e poder.

Produzir dossiês e traficar influencia está no DNA do PT, como elemento preponderante. Geram compulsivamente dossiês para tudo. Antes, quando se auto-proclamavam puros e honestos, usavam dossiês para difamar os adversários. Depois usaram dossiês para tentar comprovar que os adversários seriam tão desonestos quanto eles.

Agora criaram o requintado dossiê auto-difamante, denunciando outra ala petista de trafico de influência. Uma maravilha.

Tal qual os traficantes do morro de Dona Marta e do complexo do alemão, para conseguir mais espaços, mais dinheiro, mais possibilidades de corrupção, estão dispostos a tudo.

A folha de São Paulo diz que o ministro Guido Mantega (Fazenda) foi alvo de um dossiê apócrifo que o próprio governo identifica como elaborado pela ala do partido egressa do sindicalismo bancário.

Fizeram chegar a “Folha” acusações de tráfico de influência no Banco do Brasil contra a filha de Mantega, a modelo Marina.

O jornal também informa que no final de abril, o papel foi enviado para a presidência do BB, para o gabinete de Mantega e para a Casa Civil.

O objetivo era forçar o ministro a desistir de nomear o vice-presidente do BB Paulo Caffarelli para a presidência da Previ (fundo de pensão dos funcionários do banco), um colosso de R$ 150 bilhões de patrimônio.

Caffarelli acabou preterido por ordem do Planalto, mas os bancários também saíram enfraquecidos. O nome por eles defendido para assumir a presidência da Previ, Joílson Ferreira, não foi escolhido.

Caffarelli confirma os encontros
Além disso, os dois principais expoentes do grupo, o ex-presidente do PT Ricardo Berzoini e o ex-presidente da Previ Sérgio Rosa, perderam espaço no governo e foram alijados da campanha de Dilma Rousseff à Presidência.

Quer dizer estão tão bem servidos de produtores de dossiês que se dão ao luxo de dispensar esses aí citados.

documento entre outras coisas relata que Marina esteve com Paulo Rogério Caffarelli, para encaminhar pleitos, tipificados como trafico de influencia, por diversas vezes na sede do BB em São Paulo. Segundo Caffarelli, os encontros realmente ocorreram. Marina nega.

Caffarelli disse à Folha que a recebeu em três ocasiões e contou, de forma genérica, quais foram os pedidos. Mas afirmou que nenhum foi levado adiante.

Na versão dele, o primeiro pedido foi para a abertura de conta para a loja de uma amiga.

Na segunda ocasião, ela teria solicitado informações sobre uma linha de crédito para exportação de frango. Na terceira, queria renegociar dívidas de uma empresa.

No último caso, segundo a Folha apurou, tratava-se da Gradiente. Marina namora um dos sócios da empresa, Ricardo Staub. Mas o banco manteve as medidas judiciais contra a empresa.

Foto: Arquivo

NO TEXTO DO DOSSIÊ:- “O Audi preto da jovem (Marina Mantega) possui vaga cativa na garagem do prédio do BB na Avenida Paulista. É lá que Maria e Cafarelli se encontram regularmente.”

Apenas pessoas de dentro da máquina pública saberiam dos encontros de Marina com Caffarelli.

A folha apurou que são apontados dois supostos autores, ambos filiados ao PT e muito próximos de Berzoini.

O primeiro se chama Alencar Ferreira, secretário-executivo do Ministério do Trabalho na gestão de Berzoini, que comandou a pasta entre 2004 e 2005. Ele nega quaisquer irregularidades.

Quando Caffarelli foi alçado a vice-presidente do banco, no final de 2009, bateu de frente com Ferreira, que na época estava na Companhia de Seguros Aliança do Brasil, uma coligada do BB. Caffarelli tirou Ferreira da empresa.

O segundo suspeito, para integrantes do governo, é José Luís Salinas, que perdeu o cargo de vice-presidente de tecnologia do BB em junho.

Salinas testemunhou, segundo executivos do banco ouvidos pela Folha, encontros de Marina com Caffarelli no prédio da Paulista.

As suspeitas do governo chegaram ao conhecimento dos bancários. Em meados de maio, Alencar Ferreira ligou para dois vice-presidentes do BB para dizer que nada tinha a ver com o dossiê.

Sérgio Rosa também quis se desvincular do episódio. No dia 21 de maio, pediu para ser recebido por Mantega, que o atendeu, em São Paulo, fora da agenda oficial.

Rosa solicitou a audiência a pretexto de fazer um balanço de sua gestão, que se encerraria no dia 31 daquele mês. Mas aproveitou o encontro para dizer pessoalmente a Mantega que não teve participação no dossiê.

Além de não ter conseguido emplacar Joílson como seu sucessor, o ex-presidente da Previ também não foi convidado a participar da campanha de Dilma, ao contrário do que se cogitava no começo do ano, e não recebeu uma oferta de cargo.

No final do ano passado, havia a especulação em círculos governistas de que Rosa poderia ocupar uma diretoria na Vale ou a presidência de alguma empresa de grande porte na qual a Previ tivesse participação.

Mas foi oferecida a ele a presidência da Brasilprev, uma coligada do BB de menor peso. Rosa ainda não disse sim ao convite.

Ilustração “thepassiranews”

TUTTI BUONA GENTE - Da facção de Berzoini pode ter saído o dossiê auto-difamante? Os suspeitos são Alencar Ferreira ex-Aliança Brasil Seguros e Jose Luis Prola Salinas, ex-Vice-presidente de Tecnologia e Logistica do Banco do Brasil

Berzoini, por sua vez, perdeu no começo de julho os últimos cargos de sua indicação na direção do BB. Após a saída de Salinas, seu apadrinhado, caíram os diretores José Raya (tecnologia) e Sebastião Brandão (logística). Ele também não participa do comando da campanha de Dilma, como foi cogitado.

A acusação é grave e compromete o Ministério da Fazenda. Alguém de fora do governo, o Ministério Público, por exemplo, precisa, dá um jeito que o caso seja apurado, pois, nenhum petista do governo, ou fora dele, tem moral para condenar um companheiro por elaboração de dossiês, nem por tráfico de influência. Alguém já viu raposa condenar alguém que rapina galinhas do galinheiro?


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