4 de ago. de 2010

STF abre mais um inquérito contra Renan Calheiros

ELEIÇÕES 2010
STF abre mais um inquérito contra Renan Calheiros
O candidato peemedebista para o senado por alagoas, homem forte de Dilma de Lula no Senado, famoso por sua sobrevivência diante de escândalos políticos de alta envergadura, vai ser investigado, mais uma vez, não se sabe por que, mas imagina-se que seja algo de contundente gravidade. Renan porem não se preocupa com essas investigações, esta em campanha para reeleição e de olho no butim Brasil, numa eventual continuação do governo petista

Fotomontagem Toinho de Passira

Se o Brasil fosse um país descente onde estaria Renan Calheiros, neste momento?

Toinho de Passira
Fontes: Prosa &Política, Portal Terra, Estadão, Revista Veja , Extra Alagoas

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito para investigar o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). O pedido foi feito em 19 de julho, pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Não há informações sobre o conteúdo da denúncia, apenas que se trata de crimes praticados contra a administração em geral e tráfico de influência.

Em 22 de julho, o presidente do Supremo, ministro Cezar Peluso, autorizou a distribuição dos autos. O processo, de cinco volumes e 1.131 folhas, está sob responsabilidade da ministra Cármen Lúcia.

Em 2007, o Plenário do Senado absolveu Calheiros, por 40 votos a 35 e seis abstenções, em um processo por quebra de decoro parlamentar. Foi a primeira vez na história que um presidente do Senado teve cassação avaliada em Plenário.

A representação contra o senador foi feita pelo partido PSOL, baseada em uma reportagem da revista Veja. O texto afirmava que Calheiros tinha contas pessoais, inclusive a pensão da filha com a jornalista Mônica Veloso, pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior.

Uma perícia da Polícia Federal apontou que os documentos apresentados por Calheiros, "isoladamente", não comprovam que ele tinha recursos suficientes para fazer os pagamentos. O Conselho de Ética aprovou o relatório dos senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS) com uma lista de oito argumentos contra Calheiros. Depois, o pedido foi encaminhado e analisado pelo Plenário e ele ameaçando com dossiês meio mundo acabou absolvido.

Essa parece uma boa notícia, mas não temos nenhuma esperança que Renan Calheiros seja o primeiro senador da história da república a ser punido pelo Supremo Tribunal Federal.

O nobre Senador alagoano tem uma folha corrida volumosa e absolvições inesperadas no mesmo limiar.

Nem o STF nem o Procurador Geral da República divulgaram a historia do crime que está sendo apurado. Se um só, se vários, se antigos ou recentes.

Basta relembrar o que publicou a revista Veja na sua edição 2020 de 8 de agosto de 2007:

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, é um homem milionário. Dono de fazendas, casa na praia, apartamento, carros de luxo e os valorizados bois de Murici, seu patrimônio oficial é estimado em cerca de 10 milhões de reais. Descobriu-se agora que a fortuna do senador é ainda maior. Além de pecuarista, Renan é um empresário emergente do ramo das comunicações.

Ele é dono de duas emissoras de rádio em Alagoas que valem cerca de 2,5 milhões de reais e, até dois anos atrás, foi sócio de um jornal diário cujo valor é de 3 milhões. Pouca gente em Alagoas conhece essas atividades do senador. E por uma razão elementar: os negócios de Renan são clandestinos, irregulares, forjados de modo a manter o anonimato dos envolvidos.

Para que isso fosse possível, a compra das emissoras de rádio e do jornal foi colocada em nome de laranjas, formalizada por meio de contratos de gaveta e paga com dinheiro vivo – às vezes em dólares, às vezes em reais. Tudo feito à margem da lei, com recursos de origem desconhecida, a participação de funcionários do Senado e, principalmente, visando a garantir que a identidade do verdadeiro dono, o senador Renan Calheiros, ficasse encoberta.

Foto: Arquivo

Na história pregressa do Senador Renan Calheiros, já há três investigações contra ele no Supremo Tribunal Federal, todas em segredo de justiça: a primeira a partir da denúncia de que receberia ajuda financeira de uma empreiteira para bancar despesas e pagar a pensão alimentícia da filha que tivera, fora do casamento, com uma jornalista. Também é acusado de irregularidades na declaração de bens e emissão de notas fiscais frias na compra e venda de bois virtuais, uma manada que apresentava uma produtividade muito acima da média brasileira, supostamente existente para lavar dinheiro.

Mais essas investigações que iniciaram há três anos não impedem o senador Renan Calheiros, que em qualquer país, com o mínimo de decência, estaria no cárcere ou pelo menos alijado da vida pública, a se candidatar como “ficha limpa” como senador de Alagoas.

Ao contrário do que deveria acontecer, sua situação atual é de prestígio e poder nessa e numa futura continuação de uma república petista, caso Dilma Fantoche ganhasse o pleito de outubro.

Renan Calheiro é paparicado pelo Presidente Lula e pela candidata, que mendigando o seu apoio, prometem-lhe mundos e fundos no caso de uma vitória. Não é de se estranhar, eles são farinhas que habitam o mesmo saco.


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