Acidente em plataforma causa gigantesco desastre ambiental
EUA - ECOLOGIA Acidente em plataforma causa gigantesco desastre ambiental Óleo começou a vazar na semana passada, após uma explosão numa plataforma no Golfo do México, a 80 km da costa, em águas territoriais americanas. O acidente, que matou 11 pessoas, está despejando descontroladamente no oceano 5.000 barris dia. Mancha de poluição ameaça fauna e indústria da pesca na costa sul dos EUA
Foto: Reuters Toinho de Passira O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mobilizou ontem o Departamento de Defesa para ajudar a gigante petrolífera BP nas operações de limpeza da imensa mancha de óleo no golfo do México. O governador da Louisiana, Bobby Jindal, declarou estado de emergência. A costa do estado norte-americano de Louisiana foi alcançada nesta sexta-feira (30) pela mancha de petróleo produzida pelo vazamento após a explosão da plataforma Deepwater Horizon, de la de la suiza Transocean Ltd e que afundou no último dia 22 de abril. O derrame chegou na cidade costeira de perto da desembocadura do rio Mississipi. Foto: Washington Post Apesar dos esforços realizados pela Guarda Costeira e a companhia britânica Bristish Petroleum, a mancha atingiu a costa, no que é uma gigantesca ameaça à flora e fauna do delta do rio. Este acidente, está perto de ser a pior tragédia ecológica na história dos EUA e foi declarado desastre nacional pelo presidente, Barack Obama, quem ofereceu todos os recursos disponíveis, inclusive os militares para tentar aliviar a crise. Foto: Washington Post O óleo começou a vazar na semana passada, após uma explosão na plataforma Deepwater Horizon, da BP, a 80 km da costa. O acidente matou 11 pessoas. Anteontem, descobriu-se que o derrame era cinco vezes maior do que o inicialmente estimado -5.000 barris estão indo para o mar diariamente. Foto: Washington Post Mas os trabalhos de limpeza sofreram um revés ontem, quando as condições do mar e dos ventos impediram as autoridades de executar a queima controlada de parte do óleo. Doug Suttles, chefe de exploração da BP, disse que é difícil avaliar o grau de vazamento com precisão, pelo fato de estar ocorrendo em profundidade. Foto: Washington Post Na noite de quarta-feira, equipes de limpeza começaram a realizar queimas locais, um processo que envolve encurralar uma parte concentrada da mancha de óleo, arrastá-la para outro local e queimá-la. O procedimento já foi testado e se mostrou eficaz em outros vazamentos, mas o mau tempo e questões ecológicas podem complicar sua realização. Foto: Washington Post O desastre com a plataforma da BP é o maior vazamento de petróleo em pelo menos uma década nos EUA. Ele ocorre num momento em que o governo Obama está decidido a levar adiante uma expansão na exploração de óleo no mar e estava enfrentado críticas dos ecologistas.
Ontem a administração disse que o derramamento seria considerado na expansão. Robert Gibbs, secretário de Imprensa da Casa Branca, disse que a causa da explosão, que ainda não foi determinada, poderia influir em quais áreas seriam abertas para exploração futura. Afinal, o vazamento ocorreu de um poço a 1.500 metros de profundidade, o que mostra os riscos da exploração em zonas mais distantes. Gibbs afirmou, porém, que Obama segue comprometido a expandir a perfuração em áreas hoje fora dos limites. O presidente quer procurar combustíveis fósseis no Atlântico e no norte do Alasca. Também quer que o Congresso levante a proibição atual à exploração no leste do golfo do México, a 190 km da Flórida. O governo espera que a proposta atraia votos republicanos para a aprovação do projeto de lei em tramitação no Senado que prevê o corte de emissões de gases-estufa pelos EUA. Desde a campanha Barack Obama anunciou que tentará aumentar a produção de petróleo doméstica, para reduzir a dependência externa dos Estados Unidos que tem que comprar o combustível inclusive a países hostis. "...Como se estivesse financiando inimigos americanos". Obama referia-se é óbvio, basicamente ao Coronel Hugo Chávez e aos árabes não aliados com Washington. O acidente por certo trará obstáculos com a lei que tramita no congresso e para ser aprovada precisará de voto oposicionista, já que nem todo os Democratas, estão dispostos a aprová-la. O executivo-chefe da BP, Tony Hayward, disse, tantando acalmar os ambientalistas, que o óleo cru que está vazando do poço é muito claro, com a cor e textura de chá gelado, deixando entender que causará menos danos que o óleo pesado que vazou do navio Exxon Valdez no Alasca em 1989. Foto:Associated Press O desastre deixou o país traumatizado, pois o vazamento ocorreu em uma zona ecologicamente sensível. |
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