ESTADOS UNIDOS - BRASIL: Avó do menino Sean proibida de visitar o neto
ESTADOS UNIDOS – BRASIL Avó do menino Sean proibida de visitar o neto David Goldman, o pai americano de Sean, aquele menino de 10 anos, que foi levado por ordem judicial do Brasil, conseguiu que uma juíza de Nova Jersey, EUA, onde vive o garoto, impedisse sua avó Silvana Bianchi, de visitá-lo
Foto: Associated Press Fontes: Blog do Anselmo Gois , Estadão, Portal TerraO advogado Sérgio Tostes, que representa a família materna do menino Sean Goldman, de 10 anos, disse esperar que a decisão do tribunal de Nova Jersey, nos Estados Unidos, de impedir que a avó brasileira Silvana Bianchi visite o neto apresse a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a guarda da criança. Segundo o advogado, Silvana está há três semanas nos Estados Unidos tentando visitar o neto. De acordo com Tostes, ela praticamente não teve mais contato com o neto, desde que o STF concedeu uma liminar que determinou que Sean fosse devolvido ao pai biológico, o americano David Goldman, em dezembro de 2009.
“A decisão do tribunal de Nova Jersey descumpre a Convenção de Haia, que diz que o interesse da criança deve prevalecer sobre ações administrativas, legislativas e judiciárias. E prevê que a criança seja ouvida em processos judiciais, como temos tentado junto ao STF. Esperamos agora, que diante desse impedimento de ter contato com a família, o STF decida a questão mais rapidamente”, disse Tostes. Silvana Bianchi retorna ao Brasil na noite deste domingo (4). Durante as três semanas em que esteve nos Estados Unidos, a avó de Sean conseguiu apenas uma reunião com David Goldman e com o psicólogo que acompanha o menino para tratar da visita. O psicólogo americano recomendou o contato da avó com Sean. Mesmo assim o pai resolveu impedir judicialmente a visita. A decisão da justiça americana saiu na última quinta-feira (1º). Desde que Sean deixou o Brasil, no dia 24 de dezembro, Silvana só conseguiu falar rapidamente com o menino por telefone, algumas poucas vezes. Mesmo assim, a conversa tinha de ser em inglês para que David pudesse controlar o que o menino dizia. O advogado diz ainda que avó materna recebeu um e-mail que o menino enviou escondido, no qual demonstrava estar vivendo nos Estados Unidos a contragosto e se mostrava aborrecido com a situação. A batalha judicial, no Brasil, pela volta do garoto aos Estados Unidos, incluiu uma intervenção do governo americano, que pautou, numa das visitas de Lula a Obama, a matéria como item de negociação entre os dois países. Agora que a coisa se inverteu, a família brasileira, não conta, com o apoio, nem mesmo com a boa vontade do governo brasileiro. |
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