Cristina Kirchner saiu-se bem em cirurgia, mas seu futuro político corre perigo
ARGENTINA Cristina Kirchner saiu-se bem em cirurgia, mas seu futuro político corre perigo O porta-voz do governo de Cristina Kirchner anunciou na tarde desta terça-feira que a cirurgia de retirada de um hematoma da cabeça da presidente foi um sucesso. Em nota, o hospital afirmou que a presidente evolui de forma satisfatória. Não se sabe a repercussão que a saída, da presidente, da campanha eleitoral, por motivo de saúde, irá piorar o melhorar as chances do governo de manter a maioria no legislativo. As consultas de opinião indicam que 60% dos argentinos desaprovam a gestão de Cristina
Foto: EPA Postado por Toinho de Passira A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi submetida a uma cirurgia bem-sucedida para a drenagem de um hematoma cerebral nesta terça-feira, mas será obrigada a se afastar da campanha eleitoral para uma eleição fundamental para seu governo. Cristina foi internada na segunda-feira na Fundação Favaloro, em Buenos Aires, para realização de exames pré-cirúrgicos, após sentir um formigamento no braço no domingo que obrigou seus médicos a optarem pela intervenção cirúrgica, no lugar do repouso indicado inicialmente. A operação "sem complicações" começou pouco antes das 8h (9h no horário de Brasília), disseram os médicos em comunicado. "A paciente evolui favoravelmente permanecendo internada na unidade de tratamento intensivo", disseram os médicos da presidente em comunicado. O porta-voz do governo disse que Cristina estava bem humorada. "Cumprimentou todo mundo, agradeceu a todos, agradeceu a equipe médica... agradeceu a todas as pessoas que estão rezando por ela", disse a jornalistas o porta-voz Alfredo Scoccimarro, na porta do hospital. A operação de baixo risco consistiu em abrir um orifício para permitir a drenagem do hematoma que se formou por baixo da meninge, membrana que envolve o cérebro, disseram fontes médicas. A recuperação da cirurgia deixará Cristina fora da campanha para as eleições legislativas de 27 de outubro, e também significa que a presidente ficará afastada do poder durante um momento delicado para o governo, em que a economia mostra sinais de fraqueza e a inflação está em alta acelerada. O vice-presidente Amado Boudou assumiu a Presidência temporariamente na segunda-feira, mas uma fonte do governo disse à Reuters que o papel dele será protocolar. Foto: Marcos Brindicci/Reuters Cristina tem um estilo de gestão centralizador do poder e todas as decisões relevantes são tomadas por ela com pouca intervenção de seus ministros, o que, segundo críticos, implica um risco porque a ausência da presidente pode paralisar o governo. Foto: Gustavo Ortiz/El Clarin |
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