Passageiros acionam Costa Concordia em Miami
ESTADOS UNIDOS - ITÁLIA Passageiros acionam Costa Concordia em Miami O Tribunal de Miami recebeu os pedidos de idenização dos sobreviventes do naufrágio do transatlântico Costa Concordia, que afundou na costa italiana há um mês. Por enquanto os advogados de 39 passageiros estão exigindo uma indenização de 13,3 milhões, “per capita” da Carnival Corporation e sua filial, Costa Cruise Lines, donas do navio. Alguns advogados dizem, porém, que a justiça americana não vai aceitar as ações, devido a clasula de foro exclusivo contido no contrato assinado entre passageiros e a companhia de navegação, quando da compra do bilhete, determinando que qualquer demanda seja feita em Genova, Itália. Foto: Giampiero Sposito/Reuters Postado por Toinho de Passira Agora são 39, os passageiros sobreviventes do naufrágio do transatlântico italiano "Costa Concordia", que se chocou com um arrecife, em 13 de janeiro, diante da ilha de Giglio, na Itália, que demandam junto a uma corte de Miami, indenizações milionárias. No mérito a ação acusa as empresas Carnival Corporation e sua filial, Costa Cruise Lines de fraude e indução fraudulenta, como resultado da conduta inadequada da tripulação do Costa Concordia, “que demonstrou um desprezo pela vida humana", segundo comunicado advogado Marc Bern, principal responsável pela demanda. No novo processo, os advogados americanos enfatizam a responsabilidade do capitão Francesco Schettino, na má condução dos trabalhos de evacuação do navio e na "negligência da tripulação" que provocou uma crise "de angústia emocional" nos passageiros do barco. "Estes passageiros foram abandonados assustados e sem um guia em uma situação desesperadora, enquanto o capitão já estava a salvo em um bote salva-vidas com sua roupa seca e sua bagagem na mão", disse Bern. O advogado das vítimas afirmou que quando os sobreviventes "chegaram à terra, sua terrível experiência estava longe de terminar porque a Carnival não lhes ofereceu a mínima atenção, assistência, deixando-os em um país onde a maioria era de estrangeiros só com a roupa do corpo, sem dinheiro e sem passaportes", acrescentou. Entre os 39 demandantes estão passageiros de Itália, Estados Unidos, Alemanha, Cazaquistão, Canadá, Coreia do Sul, China e Venezuela. "Nosso objetivo com esta ação é que as empresas de cruzeiros deixem de investir em enormes embarcações e na publicidade que vende férias de sonhos que não podem cumprir porque não investem em segurança nem em preparação do pessoal", disse Oscar Alemán, um venezuelano que está em Miami para recuperar documentos que perdeu no naufrágio. Sem querer comentar a respeito da ação em Miami, a empresa estendeu para até 31 de março o prazo para que os passageiros cobrem uma compensação de 11 mil dólares (cerca de R$ 25 mil) mais o reembolso das passagens e os gastos que tiveram para o retorno às cidades de origem. "Essas são esmolas que nos parecem uma brincadeira", disse Juan Carrasquel, outro dos sobreviventes venezuelanos que nesta terça-feira acompanhou os advogados para apresentar a ação em Miami. Foto: Enzo Russo/EFE Mas as pretensões dos passageiros vão enfrentar certamente um mar agitado pela frente. Muitos juristas afirmam que será bastante difícil ganhar processos judiciais na Flórida, neste caso, porque nos bilhetes dos passageiros, do Costa Concordia, em forma de contrato, elegia o forum de Genova, na Italia, para qualquer demanda judicial, por ser a sede da Costa Cruise Lines, a filial da Carnival Corporation, na Itália. Foto: Giampiero Sposito/Reuters |
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