15 de mar. de 2013

Coma de Dominguinhos é irreversível

BRASIL - Pernambuco
Coma de Dominguinhos é irreversível
Médicos dizem que o artista não vai mais acordar. Dominguinhos merece todas as homenagens, regalias e respeito dos pernambucanos e brasileiros, pelo artista incomparável e cidadão exemplar, que sempre foi. Estamos torcendo para que os médicos estejam errados e o sanfoneiro garanhuense desperte e abra seu fole incomparável.

Foto: Divulgação

Dominguinhos e a sanfona sua amiga inseparável, quase uma extensão dele

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Blog de Carolina Santos, O Globo

O coma do músico pernambucano Dominguinhos, de 71 anos, é irreversível, segundo informações do Blog Play do jornal "Diário de Pernambuco" divulgadas nesta sexta-feira.

De acordo com o blog da jornalista Carolina Santos, a família foi informada no dia 25 de fevereiro que o estado de saúde do sanfoneiro era irreversível. Apenas agora, no entanto, o filho mais velho de primeiro casamento do cantor, Mauro da Silva Moraes, resolveu divulgar a informação em respeito aos fãs.

“Quando meu pai ainda estava internado em Recife, um médico disse que ele não ia mais acordar. Não acreditei, outros médicos disseram que ele poderia sair do coma. Ele abria os olhos e ficava todo mundo esperançoso”, lembra Mauro.

“No mês passado, o médico dele no Sírio-Libanês falou que o coma não tinha mais volta. Eu perguntei se ele ia acordar e ele me disse que não, que o quadro do meu pai estava caminhando para um coma vegetativo”, lamentou o filho.

“É triste saber que os admiradores não sabem o verdadeiro estado de saúde dele. As pessoas pensavam que ele estava melhorando. O marca-passo foi retirado, um dos rins está funcionando, mas ele não tem reação alguma. Faz alguns movimentos, como apertar a mão, mas os médicos disseram que é involuntário”, contou. “Oro todo dia para ele acordar. Milagres existem”.

Segundo o último boletim médico divulgado pela assessoria de imprensa do Hospital Sírio-Libanês, em 14 de janeiro, Dominguinhos permanece na UTI, respondendo de forma satisfatória ao tratamento médico e apresenta melhora no padrão hemodinâmico e respiratório.

O compositor foi internado no dia 17 de dezembro na Terapia Intensiva (UTI) coronariana do Hospital Santa Joana, em Recife, com quadro de infecção respiratória e arritmia cardíaca. No início da internação, sofreu oito paradas cardíacas, chegando a ficar quase cinco minutos com o coração sem bater.

No dia 13 de janeiro, o músico foi transferido para o Sírio-Libanês, em São Paulo, a pedido da família. Dominguinhos luta contra um câncer de pulmão há cerca de 6 anos e tem diabetes. No hospital, ele recebia tratamento para tratar uma infecção e um marca-passo temporário foi colocado no músico para controlar a arritmia. Ele foi submetido a uma traqueostomia e também vinha passando por sessões de hemodiálise.

A notícia foi comunicada há cerca de três semanas somente aos amigos mais próximos. Dono do restaurante Arriégua, onde Dominguinhos encontrava os amigos para tocar sanfona, Luiz Ceará foi um dos que souberam do estado do sanfoneiro.

“Foi com muita tristeza que recebi a notícia, mas já era algo esperado. O tratamento de quimioterapia era muito violento, muito cruel”, disse Luiz Ceará, que não foi visitá-lo. “Prefiro guardar a imagem dele bem, feliz”, disse.

José Domingos de Morais nasceu em Garanhuns, em 12 de fevereiro de 1941. Considerado herdeiro artístico de Luiz Gonzaga, conheceu o rei do baião com apenas oito anos de idade, em Garanhuns, sua cidade natal. Aos 13, já morando no Rio de Janeiro, ganhou a primeira sanfona de Gonzaga.

Em 2010, Dominguinhos foi o vencedor do Prêmio Shell de Música Brasileira. Na premiação, recebeu no palco Gilberto Gil e Elba Ramalho para apresentar clássicos como "Eu só quero um xodó" e "Aconchego". Em 2002, ganhou o Grammy Latino com o CD "Chegando de mansinho"./

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