11 de abr. de 2012

Santorum desiste, Romney se fortalece, Obama ataca

ESTADOS UNIDOS - ELEIÇÕES
Santorum desiste, Romney se fortalece, Obama ataca
O pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos Rick Santorum anunciou nesta terça-feira que abandonou a disputa pela indicação do partido para concorrer nas eleições de novembro. Esse fato praticamente consolida o republicano Mitt Romney como o futuro adversário de Barack Obama, candidato a reeleição.

Foto: Stephanie Strasburg for The New York Times

Alguns analista dão como provável que Rick Santorum tenha saído de cena, quando ainda tinha oxigênio, para tornar viável um retorno em 2016, em caso de reeleição de Obama, como um forte candidato a presidência dos Estados Unidos.

Postado por Toinho de Passira
Fontes:The New York Times, Reuters, Reuters, BBC Brasil

O ex-senador da Pensilvânia, Rick Santorum anunciou, nesta terça-feira, a desisitencia de continuar disputando sua indicação para disputar a vaga pelo partido Republicano, de enfrentar o democrata Barack Obama, atual presidente americano, candidato a reeleição. Segundo analista insinuou que saia da disputa por problemas pessoais, mas na verdade estava apenas se curvando a evidencia Mitt Romney, o ex-governador de Massachusetts, será o candidato do partido.

Muito emocionado Santorum fez o anúncio, na Pensilvânia, sua terrra natal. Antes de tornar pública a decisão Santorum comunicou ao companheiro de partido e adversário na disputa, Mitt Romney, da sua decisão de encerrar a campanha. Na ocasião disse que continuava, mesmo fora da disputa direta, empenhado em derrotar o presidente Obama, embora não tenha se comprometido em apoiar imediatamente Romney.

Durante seu comunicado de 12 minutos, em nenhuma ocasição citou o nome de Mitt Romney. Após meses acusando Romney de ser um adversário fraco para enfretar o presidente Obama, Santorum, não poderia neste instante apresentar um discurso desmentindo-se. Disse apenas que iria continuar a lutar para eleger um presidente republicano e garantir o controle republicano do Congresso.

Foto: Getty Images

Mitt Romney o adversário provavel de Obama nas eleições de novembro.

Romney publicou uma declaração logo após o anunciou de Santorum:

"O senador Santorum é um concorrente capaz e digno, e felicito-o pela maneira como conduziu sua campanha", disse Romney. "Ele provou ser uma voz importante no nosso partido e da nação. Nós dois reconhecemos que o mais importante é deixar para trás os fracassos dos últimos três anos (refere-se a governo Obama) e colocarmos a América de volta no caminho para a prosperidade. "

Santorum, 53 anos, um católico devoto, pai de sete filhos, estava atrás de Romney nas pesquisas de opinião e na luta pelos 1.144 delegados do partido necessários para vencer a nomeação, acabou sendo um adversário mais difícil para Romney do que muitos esperavam, especialmente após a dolorosa derrota sofrida na tentativa de reeleição ao Senado em 2006.

Conservador extremado, opositor do aborto e do casamento gay, tinha apoio de importantes segmentos formadores de opinião, como alguns líderes evangélicos que não concordam com parte do liberalismo de Romney.

A saída de Santorum deixa o caminho livre para o confronto entre Romney e Obama. Os outros dois candidatos republicanos, Ron Paul e Newt Gingrich, que ainda estão na disputa, estão muito atrás de Romney e em breve seguirão o mesmo caminho de Santorum.

Foto: Getty Images

Ágil, o comitê eleitoral de Obama, diante dos fatos novos, acusou o milionário Romney de não pagar a sua "parte justa" de impostos, antes de um discurso do presidente sobre por que milionários devem suportar uma carga tributária maior. O governo Obama defende que pessoas que ganham mais de 1 milhão de dólares por ano sejam tributadas a uma taxa mais elevada do que famílias de classe média.

Os Republicanos rebatem o discurso como um golpe político e se queixam de que o aumento dos impostos sobre os ricos não faria diferença na criação de empregos nem reduziria os preços da gasolina, que são as questões com que os cidadãos comuns se preocupam mais.

Obama, que tem feito da justiça fiscal uma parte essencial de sua campanha pela reeleição, tentando atrair eleitores da classe trabalhadora que serão necessários para ganhar um segundo mandato.

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