Dilma , a emergente de segunda classe
BRASIL – ESTADOS UNIDOS Dilma, a emergente de segunda classe Obama tratou a visita de Dilma aos Estados Unidos como um evento de segunda classe. Nada parecido com a pompa e circunstancia dada aos indianos, chineses e russos. A culpa não é de Dilma, nem do Brasil. Ou os americanos não nos acha tão importante assim, como sonhamos ser, ou estão querendo colocar agua no nosso chope, temendo num futuro, ter uma concorrência direta na liderança política do continente americano. Mesmo quando éramos o primo pobre fomos mais bem tratados. Foto: Roberto Stuckert-Filho/PR Postado por Toinho de Passira Numa nota de apenas 280 palavras o site da Casa Branca registrou o encontro da Presidenta Dilma, com o presidente Barack Obama. Apesar de reconhecer que “os Estados Unidos e o Brasil são as duas maiores economias e democracias do Hemisfério Ocidental”, o governo americano recepcionou a delegação brasileira de forma muito menos pomposa e cerimoniosa que o fez com a Índia, a China e a Rússia, que são emergentes como nós. Não devemos ficar tristes, não precisamos mais dos americanos, como precisávamos no passado, quando com medo da economia e do poderia americano nos alinhavamos automaticamente com eles, principalmente nas questões de política externa. Claro que causa desgosto e temor aos americanos ver que o Brasil apoiando o polêmico programa nuclear iraniano, dizendo acreditar que se trata de um programa com fins pacíficos. Não agrada ver a ligação exagerada e investimentos maciços na Ilha de Cuba, ajudando a fortalecer o governo dos irmãos Castro. Não lhe é simpático ver que o governo Dilma, como todos os governos brasileiros, sempre estão do lado da Argentina, na questão de posse das Ilhas Malvinas. Não gostam também como é tratada, a questão Palestina, na maioria das vezes, contrariando os interesses de Israel. Mas não parece ser esse o fundamento principal da questão. A China, a Rússia, tem posições muito mais polêmicas e agressivas, sobre a maioria desses temas, e são tratados com salamaleques embora firam interesses americanos, com muito mais desenvoltura e profundidade. Os americanos não querem colaborar para que o Brasil seja mais poderoso econômica e politicamente no cenário internacional. Não serão eles que vão colocar mais uma azeitona na nossa empada. No que depende deles o nosso Martini não terá cereja. A diplomacia brasileira percebeu isso e fez o que pode. Afinal a presidenta Dilma era a convidada, a visitante, e ninguém poderia obrigar o anfitrião a mudar de atitude. Por isso a nossa governante defendeu a "agenda do século 21" entre Brasil e Estados Unidos. Tecnicamente a agenda se centrou na cooperação em áreas em que Brasil e Estados Unidos têm maior potencial de integração: aeroespacial, energia e biocombustível, defesa, atuação em segurança alimentar em terceiros países, entre outras. Foto: Lawrence Jackson/White House Além dessas, a grande aposta desta visita são as possibilidades de parcerias nas áreas de educação, ciência e tecnologia – foco da continuação da viagem de Dilma nesta terça-feira em Boston, que o comentarista politico do O Globo, Merval Pereira, afirmou ser a parte mais importante da viagem, com possibilidades de retorno importante para o futuro do nosso país. Foto: Associated Press Ternura à parte, como a própria Dilma lembrou, "temos muitos pontos de convergência, e muitos em que não convergimos em nossas posições". |
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