22 de abr. de 2012

Paul McCartney, o arretado

PERNAMBUCO
Paul McCartney, o arretado
Este sábado (21) vai ficar marcado na história de Pernambuco e das cerca de 60 mil pessoas que lotaram o Estádio do Arruda para assistir ao show do cantor britânico Paul McCartney. Crianças, adultos e idosos se entregaram a 3h de uma apresentação repleta de emoção

Foto: Marcos Hermes/Divulgaçao

Paul gritando aos recifenses: “...Povo arretado!”

Postado por Toinho de Passira
Fontes: G1, JC online, UOL, Diario de Pernambuco , Veja

Foi uma noite perfeita para milhares de fãs que rumaram para o estádio do Arruda, neste sábado (21), no Recife. Gente vinda de todos os cantos do país, para conferir de perto mais uma performance de Paul McCartney, 70, apresentando-se pela primeira vez na região Nordeste.

Os shows de Paul trouxe ao Recife fãs de outros estados do Nordeste. Segundo a produtora da turnê, 51% dos ingressos foram vendidos em Pernambuco e o restante ficou dividido entre os estados mais próximos: 12% para a Paraíba, 8% para o Rio Grande do Norte; 7% para o Ceará e 7% para o Alagoas. Fãs de São Paulo e do Rio de Janeiro corresponderam a 4% dos ingressos vendidos.

Foto: Marcos Hermes/Divulgaçao

Saindo do Hotel, acenando para os fãs

O ídolo de várias gerações desde a chegada ao aeroporto, no seu jato particular, às duas da manhã, não se fez de rogado, acessível dentro do possível, aos fãs e a imprensa. Apesar de ser uma estrela internacional, cercado de seguranças, chegou e saiu do hotel, acompanhado de sua esposa, com os vidros do utilitário que o transportava, abaixado, não economizando simpatia.Como já era de se esperar, no show não foi diferente, logo no ínicio, com o carregado sotaque britânico, saudou o público pernambucano e brasileiro em português, levando os fãs ao delírio, mais uma vez:

"Oi, Recife. Boa noite, pernambucanos. Esta noite eu vou tentar falar um pouquinho de português, mas vou falar mais inglês", dizendo o que todos os presentes ali queriam ouvir: ele cantaria, e muito, pelas próximas duas horas e meia.

Foto: Ivanildo Bezerra/Prefeitura-Recife

Um destino especial de ônibus foi criado, a linha Paul McCartney: as pessoas podiam deixar sues carros estacionados no shopping Tacaruna e ir de ônibus até o local do show

O show começou com "Magical Mystery Tour", "Juniors Farm" e "All My Loving". Simpático, ele dançou, gesticulou, acenou e agradou muito os fãs. O público do Recife foi o primeiro, entre os brasileiros, a ouvir "Night before" ao vivo, segundo o própiro Paul. Os românticos também foram contemplados. Para a atual esposa, Nancy Shevell, 52, ele cantou "My Valentine", canção do disco novo composta para ela e executada de surpresa, pela primeira vez no seu casamento. Na sequência, foi a vez de lembrar Linda McCartney, inspiração de "Maybe I'm amazed".

Os telões da lateral do palco acabam se tornando um personagem à parte. Quando a banda executou "Blackbird", uma lua imensa tomou conta, fazendo ainda mais bonita a noite do Recife, verdadeiramente inesquecível, para quem estava no Arruda.

Extremamente simpático, Paul fazia a alegria dos fãs a cada intervalo de músicas. Em um período de 20 minutos, ele perguntou "Tá tudo ótimo?" três vezes. O baterista Abe Laboriel Jr. também agradou em cheio, com mímicas, dancinhas durante "Dance Tonight" e mugangas ao longo do show, transmitidas no telão, levaram o Arruda às gargalhadas.

Foto: Marcos Hermes/Divulgaçao

Antes do show circulou pelo Arruda um novo boneco gigante de Olinda, Sir Paul McCartney

Por volta das 22h50 aconteceu um dos momentos mais emocionantes do show, quando a banda de Paul começou a tocar Something. Fotos de George Harrison foram colocadas no telão.

Foto: Vanessa Bahé / G1

Maysa Valaskas sacrificou as economias e veio de São Paulo ao Recife para ver Paul McCartney

Durante a introdução de "Yellow Submarine" ele revelou, que tocava um instrumento havaiano, um ukulele ganho de presente de George. "

Entretanto, nenhum momento foi mais emocionante do que quando Paul começou a cantar Hey Jude, no bis, já por volta das 23h35. Um dos hinos dos Beatles, a música foi entoada por todo estádio, num clima de êxtase. De volta para o segundo bis, Paul carregava uma bandeira de Pernambuco, elevando ainda mais o clima de entusiasmo e simpatia.

Foto: Luiza Mendonça/G1

Por fim cantou "Yesterday" e "Helter skelter" e tocou ao piano "Golden slumbers". E voltou a falar em português:

"É hora de partir". A plateia reclamou, disse que não, ele retrucou, dizendo que sim. E encerrou, ainda em português. "Mas nós temos que partir. Não vamos dizer tchau, vamos dizer até a próxima", despedindo-se do público sob uma chuva de papel picado.

Foto: Marcos Hermes/Divulgaçao

O dia em que os pernambucanos viraram Beatles


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