Polêmica: Cristina Kirchner renacionaliza petrolífera
ARGENTINA Polêmica: Cristina Kirchner renacionaliza petrolífera A presidente da Argentina decretou a renacionalização da YPF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales), que em 1999 havia sido vendida em leilão público para a Repsol - controlada por capitais espanhóis. A YPF é responsável por 65% da produção de petróleo e gás natural do país. Não foi difícil associar a medida aos atos do governo populista do venezuelano Hugo Chávez (que costuma nacionalizar empresas estrangeiras, para despertar o nacionalismo dos compatriotas, em momentos de crise) e até do ditador argentino o presidente general, Leopoldo Galtieri, que inventou a desastrada guerra das Malvinas, para tentar apoio popular para o seu governo. Foto: Postado por Toinho de Passira
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou nesta segunda-feira que seu governo pretende "expropriar" 51% da petrolífera de capital argentino e espanhol Repsol-YPF. A declaração - segundo Cristina, inspirada na Petrobras - estremeceu as relações diplomáticas com a Espanha. Um projeto de lei, já enviado ao Congresso Nacional, estabelece que o Estado passa a controlar a empresa - que havia sido privatizada nos anos 1990. A presidente justificou a decisão diante da queda na produtividade da petroleira, no aumento inédito das importações de combustíveis, no passado, e no fato do país ser um dos poucos no mundo que não tem o "controle" deste setor. "Depois de dezessete anos, pela primeira vez em 2010, tivemos que importar gás e petróleo. Também tivemos redução no saldo comercial [devido à queda nas exportações do setor], que entre 2006 e 2011 foi de 150%", afirmou. "Não se trata de estatização, mas de recuperação da empresa, que passará a ser controlada pelo Estado argentino", disse, em rede nacional de rádio e de televisão. Ela também anunciou a assinatura de um decreto intervindo na companhia, que passará a ser administrada por autoridades locais, antes mesmo da aprovação do texto pelos parlamentares argentinos. Foto: Governo Argentina O anúncio da nacionalização era esperado há vários dias e já tinha gerado forte reação das autoridades da Espanha. Foto: Reuters Na sexta-feira passada, a Comissão Europeia afirmou ter o "dever de defender os investimentos realizados pelos estados-membros do bloco no exterior", sinalizando apoio à Espanha. Foto: Getty Images Observadores internacionais dizem que só as ditaduras determinam o que uma empresa pode ou não fazer com seus lucros. No caso da Argentina, grande número de empresas - e não somente a YPF - não tem interesse em investir no país, (muito menos agora depois dessa violência), porque o atual governo tabelou os preços ao consumidor. Eles seguem sendo reajustados muito abaixo da inflação, porque os números oficiais são achatados, por manipulação do governo. |
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