HISTÓRIA: Renoir, o pintor francês, morria aos 78 anos
HOJE NA HISTÓRIA Renoir, o pintor francês, morria aos 78 anos Sofrendo de forte reumatismo, no fim da vida chegou a pintar com os pincéis atados aos punhos, O francês é uma das mais destacadas figuras do movimento impressionista. Imagem Wikimedia Commons Postado por Toinho de Passira Nascido em uma família pobre, cujo pai era um alfaiate modesto que a duras penas sustentava a família, Renoir começou a pintar em porcelana e em tecidos para ganhar algum sustento. Mais tarde, com alguma economia acumulada, pôde ingressar no ateliê do afamado pintor Charles Gleyre, que não acreditava muito no talento de seu aluno. Abandonado à própria sorte por Gleyre, passou a freqüentar o Louvre copiando os grandes mestres. A pintura de Renoir, de início influenciada por Gustave Courbet, encontra seus primeiros traços próprios em 1867. Sua “Lise” é uma obra em que já se encontram firmados os grandes temas caros a ele: a luz e o corpo da mulher. Trabalhando ao lado de Claude Monet, executou telas dentro de um mesmo espírito de pesquisa: “La Grenouillère” (A Tratadora de Rãs, 1869), depois “Maré aos Canards” (Charco dos Patos, 1873) entre as principais. Uma grande amizade os unia, estimulando-os a intercambiar suas descobertas técnicas. No meio desse período, em 1870, teve início a Guerra Franco-Prussiana. Renoir, alistado na cavalaria, foi enviado a Bordeaux. Retornou a Paris e ao trabalho. Pinta então as animadas ruas de Paris, com destaque para “Le Pont-Neuf” (A Ponte Nova, 1872). Imagem Wikimedia Commons A estada que fez ao lado de Monet em Argenteuil (1873-1874) permitiu-lhe separar a tonalidade, clarear a palheta e estudar todas as transformações da luz. Na casa de Monet, encontrou-se com Edouard Manet, que estava se convertendo à pintura clara. Em meio a uma vida animada, o espírito lúcido dele e de seus colegas os ajudou a descobrirem sucessivas técnicas.
Participando das exposições dos impressionistas de 1877 a 1879, neste último ano é admitido no Salão de Paris. Em Croissy, começa sua célebre composição Le Dejeneur des Canotiers (O Almoço dos Barqueiros) em que evoca uma vez mais a vida feliz e sensual que o encantava. Tema difícil e complexo em que pôde utilizar todos os recursos técnicos e traduzir, sob a luz brilhante de um dia de verão, todas as delicadezas particularmente agudas de suas sensações. Em 1883, viaja para a Itália onde visita Florença, Roma, Nápoles e outras cidades, determinante para o futuro de sua obra. O ano de 1884 marca seu afastamento dos conceitos impressionistas. Sob efeito ainda vibrante do que vira na Itália, empreende pesquisas que são qualificadas de lineares. A forma não tende mais a ser absorvida pela luz, ao contrário,ela é delimitada pela linha, o contorno se estreita e se torna mais preciso, criando uma atmosfera despojada. Em 1890, rompe com seu estilo recente e adota desta vez uma execução carregada, ágil, tom rosado, que terá uma grande importância em sua obra e que fixará no espírito de muitos a própria imagem de Renoir. Em 1891 é organizada em Paris uma importante exposição de suas obras. Em 1894, sem atingir completamente seu objetivo, luta para que o Estado aceite o magnífico acervo particular de Caillebotte com seus quadros. Somente em 1897 é que parte do acervo entra para a coleção dos museus estatais. É afetado pela primeira vez em 1898 de reumatismos agudos, doença que se transformaria em seu calvário até o fim da vida. De 1905 a 1909, a enfermidade se agrava e ele decide se fixar definitivamente no sul da França. Não obstante, trabalhou incansavelmente, chegando ao ponto de só poder pintar atando os pincéis aos seus punhos. *Veja as mais importantes telas de Renoir |
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