23 de dez. de 2011

Primeiro beijo lésbico na marinha americana

USA
Primeiro beijo lésbico na marinha americana
Na base naval de Virginia, Estados Unidos, casal de oficiais feminino entra para a história como as primeiras pessoas do mesmo sexo, que se beijou em público após a legislação americana permitir que gays e lésbicas possam servir abertamente as forças armadas norte americana.

Foto: Reuters

A oficial da marinha Marissa Gaeta a também oficial da Marinha Citlalic Snell no momento do histórico beijo. Há menos de um ano, esse beijo não poderia ter acontecido.

Postado por Toinho de Passira
Fontes:G1, Los Angeles Time, Sol, Huffington Post , Veja , Global Post

Uma oficial da Marinha a mericana, da tripulação da fragata USS Oak Hill, que voltou à terra firme nesta quarta-feira (21) após 80 dias em missão, foi recebida com um beijo que significou um marco na batalha pelos direitos de homossexuais nos Estados Unidos.

Tradicionalmente, os marinheiros fazem um sorteio para escolher um tripulante para ser o primeiro a descer do navio e ser recebido com um beijo apaixonado por alguém que espera em terra.

Pela primeira vez inclusa entre os que podia ser escolhido, a oficial de 2ª classe Marissa Gaeta foi a sorteada e ao chegar à base naval de Virginia Beach, na Virginia, desembarcou para dar um beijo em sua namorada, a também oficial da Marinha Citlalic Snell.

Isso só foi possível por que o presidente Barack Obama assinou o fim da lei de 1994 que impedia que cidadãos e cidadãs americanos homossexuais pudessem servir abertamente às Forças Armadas do país.

Com a decisão, homens e mulheres homossexuais puderam prestar o serviço militar sem temer represálias ou até mesmo a expulsão. Desde setembro o Pentágono começou a aceitar solicitações de ingresso de homossexuais.

Atualmente há 48.500 homens e mulheres homossexuais e bissexuais em serviço ativo ou na reserva das Forças Armadas dos EUA, e outros 22 mil estão nas forças de reserva e aposentados, de acordo com estudo Instituto Williams, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). No total, são mais de 70.500 homossexuais, que, por sua vez, representam 2,2% da força militar dos EUA, segundo esse estudo.

Desde dezembro de 2010, que o Congresso americano havia aprovado a lei que revogou a política conhecida como "não pergunte, não fale". A orientação permitia que os homossexuais permanecessem no Exército sem, no entanto, revelar sua orientação sexual.

A política foi implementada durante o governo de Bill Clinton. A promulgação da lei foi comemorada em todo país por grupos defensores dos direitos humanos. Segundo eles, a decisão honra a contribuição de todos os americanos que, independentemente de sua orientação sexual, podem e querem prestar serviço militar.

Nem tudo, porém, são flores, vários tabus ainda precisam ser quebrados dentro das forças armadas americanas. Atualmente existem sérias acusações de racismo, e de intolerância religiosa na tropa.

Mesmo os gays e lésbicas não podem ficar sossegados: Newt Gingrich, um dos candidatos republicanos com maior índice de aprovação entre os eleitores que disputará uma vaga para presidente dos Estados Unidos no próximo ano, diz que fará voltar a vigorar a situação anterior da lei “não pergunte, não fale”, revogada pelo presidente Obama caso se eleja.

O curioso é que a meia irmã do candidato Newt Gingrich, Candace Gingrich-Jones, é uma ativista gay, que discorda do seu irmão, sobre direitos dos homossexuais e disse que vai votar no presidente Obama na eleição presidencial de novembro.


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