5 de dez. de 2011

Finalmente Carlos Lupi pediu penico

BRASIL – CORRUPÇÃO
Finalmente Carlos Lupi pediu penico
O Ministro do Trabalho do governo Dilma, oriundo da base aliada do PDT resistiu o que pode, mas acabou capitulando. Mesmo depois de dizer que só saia do Ministério alvejado à bala e de confessar amor pela presidenta da Republica Dilma Rousseff. Sabendo que Dilma ir tacar o pé no seu traseiro na reunião que aconteceria na manhã desta segunda, resolveu sair de fininho dizendo-se perseguido e injustiçado.

Foto: Antonio Cruz/ABr

"Tendo em vista a perseguição política e pessoal da mídia que venho sofrendo há dois meses sem direito de defesa e sem provas; levando em conta a divulgação do parecer da Comissão de Ética da Presidência da República – que também me condenou sumariamente com base neste mesmo noticiário sem me dar direito de defesa - decidi pedir demissão do cargo que ocupo, em caráter irrevogável.” – diz um trecho da carta de demissão de Lupi

Postado por Toinho de Passira
Fontes:Agencia Brasil, O Globo, Reuters, Folha de São Paulo

O Ministro Carlos Lupi pediu demissão sufocado por uma enxurrada de denuncias de irregularidade na pasta e a descoberta de um desabonador passado político. Foi estimulado a pedir o penico e sair, pois não havia mais chances dele sobreviver à frente do ministério nem mais um dia.

. Ele se antecipou, desta forma, à decisão da presidente, que convocou para esta segunda-feira reunião da coordenação política para tratar especificamente do caso.

Na sexta-feira, em Caracas, Dilma já dera a indicação de que bateria o martelo sobre o futuro de Lupi nesta segunda. Afirmando que tomava decisões objetivas e que não era nada romântica, em alusão ao fato de Lupi ter dito declarado "Dilma, eu te amo" em audiência no Congresso Nacional.

Carlos Lupi, do PDT, entregou neste domingo à presidente Dilma Rousseff seu pedido de demissão.

A Reuters afirma, citando fonte próxima a presidenta, que Dilma ainda não escolheu um substituto para Lupi: o secretário-executivo do ministério, Paulo Roberto Santos Pinto, responderá pela pasta interinamente.

É possível que Dilma só escolha um substituto definitivo na reforma ministerial prevista para o começo do próximo ano.

Lupi é o sétimo ministro a deixar o governo Dilma, o sexto diante de denúncias de irregularidades publicadas pela imprensa. Ele foi um dos integrantes do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que foram mantidos por Dilma em seus cargos.

A situação política de Lupi se deteriorou ainda mais na quarta-feira, após a Comissão de Ética Pública (CEP), órgão consultivo ligado à Presidência da República, ter recomendado à Dilma a exoneração do ministro.

Em nota, Lupi se disse vítima de "perseguição política e pessoal da mídia" e afirmou ter sido condenado "sumariamente" pelo parecer da CEP.

"Faço isto para que o ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste país contra o Trabalhismo não contagie outros setores do governo," disse o comunicado, publicado no site do ministério na Internet.

Lupi era alvo de denúncias de acumular cargos públicos na esfera federal e municipal. Esse problema foi que mais pesou na decisão dele de deixar o cargo, de acordo com o ministro que falou com a Reuters.

Dilma havia decidido mantê-lo no cargo na quinta-feira, mesmo com a publicação desta denúncia e com a decisão da CEP, que julgou ter havido desvio de ética dele nos casos de irregularidades de convênios e cobrança de propina no Ministério do Trabalho, divulgados pela imprensa.

O relatório da conselheira Marília Muricy Machado Pinto disse que o ministro "tem inquestionáveis e graves falhas como gestor" e é irresponsável "em seus pronunciamentos públicos."

Em nota, Dilma agradeceu a "colaboração, o empenho e a dedicação" de Lupi à frente da pasta.

"(A presidente) tem certeza de que ele continuará dando sua contribuição ao país," disse o comunicado.

A presidente vinha resistindo a demitir Lupi para não perder mais margem de manobra na reforma ministerial esperada para o início de 2012.

O Ministério do Trabalho havia sido alvo de denúncias de um suposto esquema de cobrança de propina de organizações não-governamentais (ONGs) conveniadas com a pasta, num esquema que serviria para abastecer o caixa do PDT de Lupi.

O ministro também foi acusado de ter pegado "carona" em avião providenciado por um empresário e dirigente de ONG, que meses depois assinou convênios com o ministério. Ele também foi acusado de ter sido funcionário fantasma da Câmara por quase seis anos.

Desde junho, sete ministros deixaram o governo Dilma, seis deles em meio a denúncias de irregularidades - Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte) e, agora, Lupi.

Outros ministros devem deixar o governo no começo do ano que vem, quando a presidente deve fazer sua primeira reforma ministerial do seu governo, que deverá ser menos ampla justamente pelas substituições ocorridas ao longo do ano.

No fim, a imprensa, encabeçada pela Revista Veja, fez a reforma ministerial antes do tempo, trazendo à tona a sujeira dos ministérios mais apodrecidos. Tem se a impressão que a podridão estende-se por toda a esplanada dos ministérios. A questão não é acreditar que os ministros restantes são menos corruptos do que saíram. Apenas são mais competentes, em esconder as falcatruas ou ainda não foram descobertos.


Um comentário:

Anônimo disse...

Chiste, pergunta:

Para variar, a grana surrupiada não será devolvida e o marginal vai ser aspone em uma outra boquinha melhor.

(I Coríntios 6:12) “Todas as coisas me são lícitas,mas nem todas me convêm”...
Corrupção é uma doença crônica, contagiosa e incurável:
corruptos, são placentas que sobreviveram aos abortos da natureza.
Pior do que o dinheiro desviado dos cofres públicos é o que vem junto com ele, acompanhado da indiferença gritante de nossas autoridades que não tomam as devidas providencias.
“NUNCA ANTES NESSE PAÍS”: OS POLÍTICOS E AUTORIDADES, NOS ÚLTIMOS ANOS, ENTRARAM NUM PÂNTANO MORAL NO QUAL A LEI NÃO CONSEGUE DAR CONTA DE TODO O LAMAÇAL DA CORRUPÇÃO.