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11 de set. de 2012

Talibãs anunciam que vão tentar matar o príncipe Harry

REINO UNIDO - AFEGANISTÃO
Talibãs anunciam que vão tentar matar o príncipe Harry
Depois das badaladas férias em Las Vegas, onde esteve de férias, o príncipe Harry, que é capitão do exército britânico Air Corps, voltou ao batente e foi enviado ao Afeganistão, como piloto de helicóptero. Os talibãs anunciaram nesta segunda-feira que vão tentar mata-lo, ou sequestrá-lo, de qualquer maneira.

Foto: John Stillwell / PA

18 de fevereiro de 2008: Príncipe Harry a postos num veículo blindado na província de Helmand, sul do Afeganistão

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Isto É, CNN, MSBNC, The Guardian

O Taliban afegão disse nesta segunda-feira que eles vão fazer de tudo que estiver ao seu alcance para tentar sequestrar ou assassinar o príncipe Harry da Grã-Bretanha, que é capitão do exército britânico Air Corps, que chegou ao Afeganistão na semana passada para pilotar helicópteros de ataque.

"Estaremos usando todas as nossas forças para atingí-lo, seja matando ou sequestrando", disse o porta-voz do Taleban Zabihullah Mujahid, à agência de notícia Reuters por telefone.

"Nós já informamos nossos comandantes em Helmand para fazer o que puder para eliminá-lo", acrescentou Mujahid, recusando-se a entrar em detalhes sobre o que ele chamou de "operações de Harry."

Essa é a segunda vez que o príncipe estará em missão no Afeganistão, da primeira, serviu como controlador de voo, entre dezembro de 2007 a março de 2008.

A sua permanência, em território afegão, na ocasião, era mantida em sigilo, mas como foi descoberto por jornalistas foi repatriado, a Grã Bretanha, na metade do tempo previsto, por questões de segurança.

Agora, sem segredo, foi divulgado sua partida na sexta-feira, de volta ao Afeganistão, como piloto de helicoptero de ataque Apache, numa missão programada para durar quarto meses.

O príncipe Harry, neto da rainha Elizabeth II e terceiro na linha de sucessão ao trono britânico, ficará estacionado em Camp Bastion, no sul do Afeganistão, na província de Helmand - considerada um reduto talibã – como integrante do Esquadrão 662, do 3º Regiment Army Air Corps.

Não será fácil, todas as medidas de seguranças estão sendo tomadas, mas todo mundo sabe que os Talibãs estão falando sério e vão tentar chegar perto do príncipe. Qualquer coisa que acontecer a ele será um troféu de guerra importantissimos para os extremista talibãs.

Como se bem pode ver, Harry estava bem mais seguro, nas férias em Vegas, quando o maior perigo era ser flagrado, por algum fotógrafo indiscreto, desfilando bêbado e nu cercado por mulheres.

Foto: John Stillwell/PA

Príncipe fazendo uma patrulha na província de Helmand, no Afeganistão em 2008


5 de set. de 2009

Ataque da OTAN mata civis afegãos

Ataque da OTAN mata civis afegãos
Além do desperdcio de vidas inocentes cria problemas políticos no Afeganistão, nos EUA e na Alemanha

Foto: JawedKargar/EuropeanPressphotoAgency

Soldados examinan os destroços da explosão

Fontes: The New York Times, Jornal do Brasil, Expresso, Reuters , BBC Brasil, Deutsche Welle

O comandante das forças internacionais no Afeganistão, Stanley McChrystal, foi neste sábado até à província de Kunduz, ao local onde na sexta-feira dois bombardeiros F-15 americano, por solicitação do comando alemão na região, atirou bombas e fez explodir caminhões de combustíveis, tendo matado além de rebeldes Talibãs, um número ainda não confirmado de civis.

O general McChrystal já ordenara em julho que aviadores só deveriam entrar em ação se houvesse a certeza de que a vida de civis não estaria em perigo. Para ele, a segurança da população seria mais importante do que a caça aos talibãs. Esse incidente, porém, vai reacender a ira dos afegãos, contra tropas estrangeiras no país e dificultar a aprovação de mais tropas no Afeganistão, que já encontrava resistência tanto no Congresso, quanto na opinião pública americana.

Foto: Agence France-Presse/GettyImages

O ataque ocorreu quando membros do Talebã que haviam roubado dois caminhões de combustível na noite de quinta-feira, após decapitarem dois motoristas da Otan, acabaram, atolados nas margens do rio Kunduz. Para tentar sair do local, decidiram esvaziar os tanques e os moradores da região se aglomeraram para recolher parte do combustível. Foi neste momento que o ataque aéreo aconteceu.

O Ministério da Defesa em Berlim insiste em dizer que se tratava de mais de 50 mortos, mais descarta que houvesse vítimas civis.

Foto: AP

Mortos no ataque sendo enterrados em Kunduz, no Afeganistão

O presidente afegão Hamid Karzai comunicou, no entanto, que "cerca de 90 pessoas foram mortas ou feridas". Ele declarou estar consternado e disse que "civis inocentes não devem ser mortos ou feridos em operações militares".

Diante da notícia de vítimas civis e das críticas à desproporção da missão, um porta-voz do Ministério alemão da Defesa defendeu o comandante alemão que ordenou o ataque. O oficial em questão seria extremamente cauteloso, afirmou.

Três semanas antes das eleições parlamentares alemãs, o ataque aéreo provocou fortes reações entre políticos alemães de oposição. Oskar Lafontaine, presidente do partido A Esquerda, reiterou o pedido de retirada das tropas alemãs do Afeganistão.

A especialista em Defesa do Partido Liberal Democrata exigiu uma posição definida da chefe alemã de governo Angela Merkel de que a missão no Afeganistão trata-se de lutas perigosas e não da ajuda ao desenvolvimento.

A Alemanha tem estacionado no Afeganistão uma tropa de 4.000 homens, soldados que Berlim não deixou que operassem em zonas de combate, na missão possui apenas aviões de reconhecimento, mas não de ataque, quando necessário, como foi o caso, é requisitado apoio aéreo, então pilotos britânicos ou norte-americanos assumem a missão, como o F-15 da foto.

9 de mai. de 2009

Paquistão resolve enfrentar o Taleban

Paquistão resolve enfrentar o Taleban
O Exército do Paquistão avança nesta sexta-feira para o 13º dia consecutivo da ofensiva na região de Swat, onde o Governo ordenou oficialmente a eliminação dos talibans ligados à Al-Qaeda. Aumentam os relatos que acusam tanto os militares como os talibans de matar civis, em bombardeamentos indiscriminados.

Foto: Reuters

Paquistaneses expulsos de suas casas pela retomada dos conflitos na região do Swat recebem barracas para abrigo temporário

Fontes: Washington Post, Folha Online, Ultima Hora, TVI24

Milhares de civis continuam a fugir da zona de combates no Paquistão, com o intensificar da operação de bombardeamento maciço do exército sobre a região do vale do Swat – bastião dos talibãs – um dia depois de o primeiro-ministro ter dado ordens expressas para “eliminar” os rebeldes.

Foto: Reuters

Topas paquistanesas marcham em direção a área de combate

Uma ofensiva intensa no terreno, com o apoio de força aérea, está varrendo toda a região de Swat, tendo sido mortos nas primeiras horas 12 rebeldes. Já na véspera os militares tinham confirmado a morte de pelo menos 55 combatentes talibãs, com esta operação a decorrer há já 11 dias – desde que os Estados Unidos instaram o Governo paquistanês a combater o extremismo no país.

Foto: Reuters

Mulheres Paquistanesas, com suas tradicionais burkas, são deslocadas das áreas de conflito, para um campo do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) o acampamento Takht Bai, cerca de 150 km a noroeste de capital do Paquistão

Ontem, o chefe do Executivo, Yusuf Raza Gilani, afirmara em declarações à televisão estatal que a rebelião estava a tentar tomar o Paquistão como refém à força das armas, impondo-se por isso a sua “eliminação”.

“De forma a restaurar a honra e dignidade da nossa terra natal e proteger o povo, as forças armadas foram chamadas a eliminar os militantes e terroristas."

A batalha pelo vale de Swat, a 80 quilômetros de distância da capital, é um teste crucial à determinação do Governo paquistanês no combate à crescente rebelião – com a qual, de resto, as autoridades de Islamabad tinham acordado um cessar-fogo, em Fevereiro passado, concedendo aos talibãs a aplicação da lei islâmica naquela região.

Esse acordo foi ferozmente criticado pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que nele viu uma “abdicação” do Governo aos terroristas, fazendo soar sinais de alarme de que todo o país – dotado de armamento nuclear – poderia cair nas mãos dos talibãs, dada a sua progressão no terreno, para cada vez mais perto de Islamabad.

Ao longo desta semana, dezenas de milhares de civis fugiram da região dos combates, que inclui todo o vale e também os distritos vizinhos de Lower Dir e Buner – de que os talibãs tinham obtido controle nos últimos dois meses. Os grupos de ajuda humanitária começam a alertar que este novo êxodo está a intensificar uma séria crise, uma vez que o país tem já na região centenas de milhares de pessoas deslocadas devido a combates anteriores entre o exército e os rebeldes

Foto: Getyy Images

Analistas militares americanos consideram as tropas paquistanesas mal treinadas e pouco equipadas para a missão no Swat. Mesmo a vantagem numérica -15 mil militares contra estimados 7.000 insurgentes- tem efeito limitado nesse tipo de conflito, que usa táticas de guerrilha.

Foto: Reuters

O Presidente Barack Obama falando a imprensa no Grande Foyer da Casa Branca ladeado pelo presidente afegão Hamid Karzai (a esquerda) e presidente Asif Ali Zardari (a direita), do Paquistão, após reunião em Washington 6 de maio de 2009.

A escalada da ação militar coincide com a visita do presidente Asif Ali Zardari a Washington, onde se reuniu com o americano Barack Obama e o afegão Hamid Karzai para discutir o avanço dos extremistas.

O discurso nacionalista ganha força entre os paquistaneses, insatisfeitos com a insegurança. O apoio às ações americanas contra radicais islâmicos agravou as tensões internas no país, assolado por ataques terroristas. A violência, que pesou na queda do ditador Pervez Musharraf, persiste após a redemocratização, em 2008.