10 de jul. de 2010

COLOMBIA - Ingrid Betancourt, ex-refém da FARC, quer indenização

COLOMBIA
Ingrid Betancourt, ex-refém da FARC, quer indenização
Não foi bem aceito o pedido de milhões como recompensa por ter ficado refém da FARC durante seis anos, na selva colombiana, feito pela franco colombiana Ingrid Betancourt, resgatada pelo exercito colombiano, há dois anos. Após participar em Bogotá, dia 02, das comemorações de aniversário da operação que a libertou, surpreendeu a todos entrando com uma ação contra o estado colombiano, pedindo R$ 12 milhões. Fontes do Ministério da Defesa confirmaram que o pedido foi recebido com surpresa e pesar.

Foto: Associated Press

LIVRE E AMBICIOSA - Ex-refém das FARC, a franco-colombiana Ingrid Betancourt , conversa com o comandante das Forças Armadas, general Freddy Padilla, após cerimônia comemorativa de dois anos de "Operação Jaque", a operação militar colombiana que a libertou. Ninguém desconfiava do que ela ia aprontar depois.

Toinho de Passira
Fontes: Semana, AFP, G1

A ex-refém da guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) Ingrid Betancourt quer uma indenização do Estado colombiano pelas perdas econômicas e pelos danos morais sofridos durante seus seis anos de cativeiro, um processo que poderá alcançar o valor de 6,5 milhões e dólares, informou o governo esta sexta-feira.

Segundo o ministério da Defesa, Ingrid e seus familiares apresentaram em 30 de junho duas solicitações de conciliação extrajudicial, nas quais pedem uma compensação monetária de US$ 13 bilhões de pesos (R$ 12 milhões).

As solicitações foram recebidas, esta sexta, pela Procuradoria de Bogotá, que deve iniciar um processo de conciliação entre Ingrid Betancourt, sua irmã, Astrid, sua mãe, Yolanda Pulecio, e seus filhos, Melanie e Lorenzo Delloye, de um lado; e o governo da Colômbia, de outro.

Se não for possível chegar a um acordo nesta instância, Betancourt e seus familiares poderão entrar com um processo administrativo no Conselho de Estado.

Esta é a primeira vez que a Procuradoria colombiana recebe uma demanda deste tipo.

Com dupla nacionalidade colombiana e francesa, Betancourt foi sequestrada pelas Farc em fevereiro de 2002 e resgatada no âmbito da Operação Xeque, realizada pelas forças militares colombianas, em 2 de julho de 2008.

Em um comunicado, o ministério da Defesa da Colômbia se declarou "surpreso e pesaroso" com a iniciativa, "especialmente pelo esforço e empenho da força pública no planejamento e na execução" da Operação Xeque, com a qual se conseguiu o resgate de Ingrid, de três americanos e onze policiais e militares colombianos.

Foto: Getty Images

PERDA DE TEMPO - Ingrid Betancourt ao lado de alguns dos militares que a resgataram nas selvas da Colômbia. Autoridades judiciais ouvidas pela imprensa dizem que ela se “sujou” à toa, pois dificilmente suas pretensões indenizatórias terão sucesso

Além disso, reforçou que "mulheres e homens das Forças Armadas arriscaram a vida pela liberdade dos sequestrados" durante a operação, lembrando que "a própria doutora Ingrid Betancourt qualificou como 'perfeita'" a ação militar.

O vice-presidente colombiano, Francisco Santos, afirmou que o pedido de Betancourt representa um "precedente funesto" e "uma punhalada na força pública".

As autoridades colombianas expressaram sua "convicção de que não existe nenhum elemento objetivo que permita deduzir a responsabilidade do Estado" no sequestro de Betancourt, e ressaltaram que a ex-refém havia "desconsiderado" as recomendações que a força pública fez, na ocasião, para que evitasse a viagem na qual foi capturada pelos guerrilheiros.

Foto: EFE e Getty Images

EFEITOS DA LIBERDADE - Ingrid no dia do resgate, em 2008 e na sua última visita a Colômbia, oito dias atrás

Ingrid Betancourt, que na época em que foi sequestrada fazia campanha eleitoral pela Presidência da Colômbia, foi levada junto com sua assistente, Clara Rojas, quando viajava para San Vicente del Caguán (sul), região onde acabava de ser suspensa a tentativa de diálogo entre o governo do presidente Andrés Pastrana (1998-2002) e as FARC.

Na semana passada, ela participou em Bogotá de uma cerimônia oficial por ocasião dos dois anos da Operação Xeque. Na ocasião, elogiou a decisão do governo do presidente Álvaro Uribe de resgatar os sequestrados mediante "operações humanitárias de autoridade" e chamou de "heróis" aqueles que a resgataram, para logo depois, querer tirar vantagem econômica do problema que ela mesma, ajudou a criar.


2 comentários:

Patrícia de Sampa disse...

Vamos analisar o caso: 1) Por que algumas pessoas, como Ingrid Betancourt, não conseguem manter uma atitude de decência por muito tempo? 2) Por que uma mulher, que foi admirada por todos por sua aparente coragem e idealismo, se "suja" dessa maneira? 3) O dinheiro fala mais alto? 4) Então o seu suposto idealismo era falso? 5) O que será, então, que ela estava esperando de seu cargo, caso fosse eleita?
Conclusão: Dá para desconfiar, já que ela acha que deixou de ganhar essa dinheirama toda!
É o caso de se pensar...

Anônimo disse...

Na boa vá arrumar o que fazer até eu queria uns milhões pra recontruir minha vida, fazer terapia...só ela sabe o que sofrer, passou o que passou e ainda é acusada de oportunista, tem mais é que ser idenizada mesmo...