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12 de ago. de 2013

Recebendo com classe, por conta do contribuinte

BRASIL - Pernambuco - Mordomia
Recebendo com classe, por conta do contribuinte
O jornalista Fernando Castilho, deu uma espiada no Portal Transparência de Pernambuco e descobriu que o governo Eduardo Campos gastou em média, em bufet de eventos culturais, cerca de R$ 250 mil mensais, nos últimos 18 meses, haja canapé, vinhos, sucos e uisque

Foto: Luciana Ourique/Ministério da Cultura

GALO DA MADRUGADA: Eduardo e seus convidados no camarote do Governo do Estado: Marta Suplicy, Ministra da Cultura, e Fernando Bezerra Coelho, Ministro da Integração Nacional – conta alta para o contribuinte, quase R$ 400 mil

Postado por Toinho de Passira
Baseado no texto de Fernando Castilho
Fonte: JC Negócios

Para receber seus convidados em grandes eventos como Carnaval, Auto de Natal em Gravatá, Festival de Inverno de Garanhuns e São João de Caruaru, além dos encontros de promoção cultural, o governo de Pernambuco gastou nos últimos 18 meses R$ 4,5 milhões (R$ 4.510.786,39) apenas com serviços de refeições preparadas (bufês), segundo dados disponíveis no Portal da Transparência relativos à prestação de contas da Empetur, Fundarpe e gabinete da Governadoria.

No Carnaval deste ano, para os serviços de bufê na Torre Malakoff, onde foram recebidos os convidados do governo de Pernambuco, a Empetur pagou R$ 388.250,00. No Natal de Gravatá, do ano passado, a Empetur também pagou o bufê, que custou R$ 152.760,00 aos cofres do Estado.

Nos dois casos, e para o gabinete da Governadoria, os serviços foram prestados apenas pela empresa Arcádia Serviços e Representações Ltda., que faturou para o Estado, em 2012, R$ 1.259.703,30 dos quais R$ 721.412,55 apenas para o gabinete do governador Eduardo Campos. Este ano, a empresa já faturou R$ 808.883,04, dos quais R$ 354.010,04 diretamente com o gabinete do governador.

No São João deste ano, a Empetur optou por comprar a cota de patrocínio da festa de Caruaru da ABPA (Antônio Bernardes), no valor de R$ 1, 820 milhão, que forneceu o bufê para os convidados. As despesas com buffê, no Festival de Garanhuns, da Fundarpe, ainda não estão no Portal da Transparência. Mas, nos últimos 18 meses, a fundação contratou serviços da empresa Silvia Dayse da Silva Nogueira para a maioria de seus eventos no valor de R$ 2.268.825,30, em 2012, e R$ 160.145,75 já neste ano.

Consultada, a Secretaria de Imprensa respondeu que as despesas se devem à “atividade do cerimonial do governador e de representação do Estado, à promoção de Pernambuco como destino turístico e difusão cultural do Estado”.

Ah, tá!
*Alteramos o título, acrescentamos subtítulo, foto e legenda e suprimimos parte da publicação original

16 de jul. de 2013

Eduardo Campos gastou 5 milhões do erário, em 18 meses, fretando jatinhos e helicópteros

BRASIL – Jatinhos e Helicopteros
Eduardo Campos gastou 5 milhões do erário,
em 18 meses, fretando jatinhos e helicópteros
Em tempos de escândalos dos jatinhos da FAB, o Jornal do Commercio publicou neste domingo, 14, o montante de gastos do governador, no último ano e meio, em seus deslocamentos aéreos, estaduais e nacionais. A oposição diz que quer saber se os voos foram de interesse de Permambuco ou da candidatura de Eduardo Campos. Ele não quis falar sobre o assunto.

Foto: Marcondes Moreno/Sulanca News

O governador Eduardo Campos, chegando em Caruaru, de helicóptero, para inaugurar 1ª etapa da duplicação da BR 104, abril de 2011

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Blog do Fernando Castilho, O Globo, Estadão, Blog do Jamildo, Portal Transparencia do Governo de Pernambuco, Sulanca News

O jornalista Fernando Castilho publicou na sua coluna JC Negócios do Jornal do Commercio deste domingo, 14, que nos últimos 18 meses, o governo do Estado de Pernambuco, através da Casa Militar, contratou mais de $ 5 milhões (R$ 5.173.851,71) em serviços de deslocamento do governador Eduardo Campos em avião executivo e helicóptero. Identificou que três empresas têm aeronaves fretadas pelo governo de PE: a Sociedade de Taxi Aéreo Weston Ltda. e a Easy Taxi Aéreo Ltda., e uma terceira empresa, a Colt Taxi Aéreo S.A., também prestou serviços ao governo de Pernambuco em 2012.

O jornalista informa que usou apenas e simplesmente as informações disponíveis no Portal da Transparência do Governo de Pernambuco, para chegar a essa conclusão.

As despesas da frota aérea de Eduardo ganhou imediato destaque na mídia nacional, na onda em que os pecados aéreos dos nossos políticos são postos em reprovável evidência: os jatinhos da FAB usados por ministros e integrantes do congresso nacional, para fins particulares de recreação, social ou esportivo (para assistir jogos da seleção brasileira), são estão em evidências. Incluindo, ainda, o uso exagerado e privado e doméstico de helicópteros pelo do governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro.

Fernando Castilho apurou que em 2012, o governador Eduardo Campos empenhou R$ 3.638.897,82 para seus deslocamentos pelo interior do Estado e viagens pelo Brasil, onde a Weston prestou mais serviços. Mas, o Portal informa que o governo, ainda, contratou os serviços da Easy em R$ 487.860,10 para 31 voos durante o ano.

No caso da empresa Colt, os serviços referem-se apenas a um serviço no valor de $ 289.884,00 faturado em fevereiro. No Portal da Transparência é possível identificar que, em 2012, a contratação de R$ 3.638.897,82 em serviços refere-se às notas fiscais de 73 voos, 15 deles referentes à contratação de horas de voo de helicóptero para deslocamento do governador.

Este ano, o governo de Pernambuco, através da Casa Militar, já contratou R$ 1.534.953,89 das empresas Weston e Easy para um total de 30 voos das duas empresas. Segundo o Portal da Transparência, a Weston prestou serviços num total de R$ 1.270.980,29 para operar 20 voos, entre eles três empenhos relativos à contratação de lotes de horas de helicóptero, enquanto a Easy prestou serviços num total de R$ 263.973,60 para o fretamento de 10 voos.

Em nota, a Secretaria da Controladoria Geral de Pernambuco esclarece que as despesas constantes no Portal da Transparência referem-se a viagens feitas, basicamente, para Brasília.

Essas viagens, segundo a nota, são para tratar de interesses do Estado e o governador sempre viaja com secretários e dirigentes da pasta de interesse ao assunto a ser tratado no destino da viagem.

Em ano pré-eleitoral, a bancada de oposição ao governador Eduardo Campos na Assembleia Legislativa de Pernambuco, sempre discreta e adesiva, rebelou-se e diz que vai protocolar um pedido de informação sobre as viagens feitas pelo governador em aviões executivos e helicópteros fretados. Esclareça-se que o governo de Pernambuco não possui avião ou helicóptero, desde que seu avô, Miguel Arraes, numa das vezes em que foi governador de Pernambuco, vendeu a frota sucateada de teco-teco da Casa Militar e decidiu fretar jatinhos para seus deslocamentos.

"Queremos todas as informações sobre estas viagens: o destino, os passageiros, a motivação", afirmou nesta segunda-feira o líder da oposição, deputado estadual Daniel Coelho (PSDB). "É preciso saber se estes gastos são do interesse do Estado".

"Não queremos dizer que ele está fazendo pré-campanha, mas é preciso que estes gastos fiquem claros e transparentes", destacou Coelho, ao afirmar que a oposição não quer pré-julgar, mas considera fundamental que todas as viagens sejam identificadas para que fique claro se todos os deslocamentos foram realizados a serviço do governo ou se também atenderam a Campos na condição de presidenciável e presidente nacional do PSB.

O deputado frisou que "os números são elevados e acendem o sinal de alerta", especialmente porque, na sua avaliação, "Pernambuco enfrenta situação difícil". "O Estado tem o pior déficit fiscal do País, mais de R$ 1 bilhão", observou.

Diante do recesso da Assembleia Legislativa, o pedido só será encaminhado ao governo no dia primeiro de agosto. O prazo para a resposta é de 30 dias.

O governador participou neste domingo, na sede provisória do governo, no Centro de Convenções, de evento para comemorar um ano de atividade da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Hélder Câmara, mas não deu entrevista sobre o assunto.

O deputado Daniel Coelho foi o segundo colocado nas eleições a prefeitura do Recife, derrotado pelo candidato do governador, Geraldo Júlio, e é o candidato óbvio da oposição para enfrentar o candidato apoiado por Eduardo Campos nas próximas eleições para governador de Pernambuco.

Por outro lado, a agenda nacional de Eduardo Campos tem sido preenchida por deslocamentos que obviamente estão mais próximos dos interesses do candidato a presidente da república dos que dos interesses de Pernambuco, simplesmente. A não ser que o governador Eduardo Campos seja da opinião que enquanto candidato está cuidando dos interesses pernambucanos. Pode parafrasear presidente francês, Charles De Gaulle e dizer: “Eu sou Pernambuco”.

3 de jan. de 2013

22 de nov. de 2012

AIRES BRITTO: Jurista, poeta e filósofo, de Gustavo Krause, para o Blog do Jamildo

PERNAMBUCO – Opinião
Ayres Britto: Jurista, poeta e filósofo
Gustavo Krause fala da entrevista do Ministro Ayres Britto, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, aposentado na semana passada, concedeu a Folha de S. Paulo. Surpreende-se com a “sólida coexistência em Ayres Britto da criação poética, da elucubração filosófica e da dogmática jurídica”. Faz uma ligação das declarações do ministro ao conteúdo do livro “Poesia e Filosofia”, de Antônio Cícero, recentemente lançado.

Foto: Alan Marques/Folhapress

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Britto, durante entrevista exclusiva à Folha em seu gabinete, no STF, em Brasília

Postado por Toinho de Passira
Texto de *Gustavo Krause, para o Blog do Jamildo
Fontes: Blog do Jamildo, Folha de S. Paulo - entrevista de Ayres Britto

A entrevista do ex-ministro e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto, (edição de 18 de novembro de 2012, Ilustríssima, Folha de São Paulo) revela faces incomuns aos homens do Direito: poeta e filósofo, além de jurista.

Antes de qualquer embargo declaratório, valho-me de medida cautelar: sempre existiram e existirão magistrados, juristas, advogados, professores, versados em filosofia do direito, capazes, também, de pensar sistematicamente sobre as questões existenciais e, nas horas vagas, exercer pendores poéticos.

Entretanto, o que me chamou atenção foi a sólida coexistência em Ayres Britto da criação poética, da elucubração filosófica e da dogmática jurídica.

Na magistral entrevista, a pauta jornalística – o julgamento do mensalão – serviu para que o ilustre entrevistado, sem fugir um milímetro das embaraçosas perguntas, não somente demonstrasse equilíbrio, sabedoria e, ao mesmo tempo, afirmasse o que apropriadamente chama de “mundividência”, temperada pela linguagem das “borboletras”, engenhosa invenção que compõe o título de um dos seus seis livros de poesia, “Varal de Borboletras”.

Decerto, a entrevista, por si só, mereceria minha especial atenção. No entanto, por coincidência, concluí a leitura do livro “Poesia e Filosofia”, recentemente lançado pela Civilização Brasileira, cujo consagrado autor Antônio Cícero é escritor, filósofo, compositor, poeta, curiosamente um poeta escondido na timidez, felizmente rompida, quando sua irmã, a cantora e compositora Marina Lima, musicou seus poemas.

Antonio Cícero começa afirmando que poesia e filosofia são atividades e ocupações inteiramente diferentes. E, neste sentido, descreve sua experiência pessoal: “Se eu quiser escrever um ensaio de filosofia basta que me aplique a desenvolver e explicar determinadas ideias. Desde que eu trabalhe e não desanime, o ensaio ficará pronto mais cedo ou mais tarde. Não é assim com a poesia. A poesia é ciumenta e não aparece a menos que eu lhe dedique todo meu espírito, todos os meus recursos, todas as minhas faculdades, sem garantia alguma de que, mesmo fazendo tudo o que ela exige, eu consiga escrever um poema (...) Em mim, quando o filósofo está presente, o poeta não aparece”.

O livro prossegue unindo profundidade e leveza conceitual. O autor concorda com o senso comum segundo o qual poeta e filósofo têm a “cabeça nas nuvens”; que o mundo contemporâneo encolheu o tempo para produzir e fruir poesia e filosofia; que os poetas “pensam o mundo” e os filósofos “pensam sobre o mundo”, mas que é possível extrair filosofia dos poemas e dá como um dos exemplos o “carpe diem” do poeta latino Horácio que Cícero lê no original versado que é em grego e latim; que, diferente da filosofia, a poesia pode se nutrir da contradição e ilustra citando Walt Whitman “Contradigo-me? Pois bem, então me contradigo (sou vasto, contenho multidões)”.

Vou parar por aqui, caso contrário, perco o fio da meada que é enxergar em Ayres Britto, o filósofo e o poeta, já que o “notório saber jurídico” do jurista é um dos pré-requisitos da nomeação para Ministro do Supremo Tribunal Federal.

Com efeito, emerge o filósofo quando o entrevistado se autodefine como um contemplativo e explica o conceito: “na contemplação você concilia atenção e descontração (...) eu estou acordado, como quem está atento. Mas estou descontraído como quem está dormindo”. Acrescenta o espiritualista ao contemplativo que exercita a meditação e, a partir desta força interior, explica os conflitos no Tribunal: “sem o eclipse do ego, ninguém se ilumina”.

Na conclusão da entrevista, fundem-se imagem poética e reflexão filosófica, quando Ayres Britto avalia sua passagem de nove anos no Supremo: “Em tudo que faço, já não faço questão de ser reconhecido. O que faço questão é de me reconhecer. Fui eu mesmo nessas questões. Não perdi minha essência, minha mundividência. Eu gravitei em torno de valores que dão sentido, dão grandeza, dão propósito à existência individual e coletiva. Não perdi a viagem”.

De fato, nós brasileiros é que perdemos um grande companheiro de viagem.
*Gustavo Krause é politico, poeta, filosofo e tributarista. Foi governador de Pernambuco, Prefeito do Recife, Ministro da Fazenda e do Meio Ambiente.
Pelo visto, filtradas as diferenças e alinhadas as semelhanças pode-se dizer, sem que isso seja elogio ou exagero, parte a parte, que Krause é uma versão pernambucana do sergipano Ayres Britto e vice-versa.
**Acrescentamos subtítulo, foto e legenda a publicação original

13 de nov. de 2012

CHARGE: HUMBERTO - Jornal do Commercio (PE)



HUMBERTO- Jornal do Comércio (PE)


8 de nov. de 2012

9 de out. de 2012

Eduardo Campos, rumo a 2014, mostra cacife do PSB

BRASIL – Pernambuco- Eleições 2012
Eduardo Campos, rumo a 2014, mostra cacife do PSB
Em coletiva, Eduardo exibe força do seu partido, levanta a bandeira de um “novo federalismo” e foge do assunto Presidência

Foto:Ricardo B. Labastier/JC Imagem

Eduardo não nega mais veementemente que não é candidato a presidente em 2014, mudou o discurso, afirmando seguidamente: “Nenhum partido pode falar sobre 2014, agora”

Postado por Toinho de Passira
Texto de Eduardo Machado
Fonte: Jornal do Commercio - Edição impressa

Em 2010, quando foi reeleito com 82,83% dos votos válidos (maior percentual do Brasil), Eduardo Campos despontou como uma “noiva” a ser cortejada pelo PT e pelo PSDB para os pleitos seguintes. Dois anos depois, as eleições municipais mudaram o xadrez político nacional e o PSB passou de coadjuvante para compor o elenco principal.

Ao garantir capitais importantes como Belo Horizonte e Recife, disputar o segundo turno em outras três e eleger um total de 436 prefeitos em todo o País, o cacife da legenda alcançou um novo patamar. Além disso, mesmo em cidades onde não teve candidato próprio, o apoio do partido foi disputado entre os adversários.

”O PSB teve vitórias expressivas em 2008, 2010 e em 2012. Isso não quer dizer que é hora de tratarmos de 2014. Vamos primeiro finalizar o 2º turno nas cidades restantes e depois trabalhar para ajudar a presidenta Dilma a recolocar o Brasil no caminho do crescimento econômico”, ressaltou Eduardo Campos, em entrevista coletiva ontem à tarde, na sede provisória do governo, no Centro de Convenções.

O governador analisou ainda a situação de seus (poucos) adversários locais, após a totalização dos votos para prefeito. “A oposição sai da eleição do tamanho que o povo desejou. Democracia é isso.”

Eduardo Campos foi questionado se era candidato à Presidência em 2014 por seis vezes durante a coletiva. De excelente humor, após eleger Geraldo Julio no primeiro turno e ladeado pelo presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, do vice-presidente nacional da legenda, Roberto Amaral, e do secretário nacional, Carlos Ikeda, ele não se importou em responder repetidamente a mesma indagação.

“Vou ter que aguentar vocês me perguntando isso e vocês vão ter que aguentar escutar a mesma resposta sempre. Nenhum partido pode falar sobre 2014, agora. Isso será resolvido no momento certo”, ressaltou o governador.

Animado com a superação da meta estabelecida – vencer em 400 cidades pelo País –, Eduardo Campos encaixou um discurso que enquadra o PSB como uma terceira via concreta para o eleitor. “Nosso partido tem tamanho e tem propostas. Temos governos estaduais e municipais importantes e o resultado do primeiro turno mostra que o PSB é uma opção que ganha cada vez mais unidade e respeito.”

Ao se posicionar como uma força não-atrelada ao PT, Eduardo estabeleceu uma bandeira a ser levantada pelo seu partido. “Há uma nova pauta em discussão que aparece com mais partidos se fortalecendo: o novo federalismo, com uma avaliação direta sobre o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e o FPE (Fundo de Participação dos Estados)”, destacou.

Eduardo tomou cuidado para não se mostrar definitivamente aliado do PT ou do PSDB. “As divergências na eleição do Recife não interferem no plano estadual ou nacional.”

Por outro lado, a parceria com o PSDB permanece viva. “Temos posições divergentes, mas isso não impede que reconheçamos os méritos do governo Fernando Henrique, como a estabilidade financeira, ou a melhoria do acesso à educação. Sem contar que temos alianças antigas com o PSDB em vários Estados.”

Amanhã, a executiva nacional do PSB terá uma reunião para definir a estratégia do segundo turno. “Vamos gravar para os guias eleitorais à noite e nos fins de semana e ajudar onde for preciso.”

Perguntado se teria que trabalhar dobrado, agora que Geraldo Julio está fora do governo, Eduardo reagiu com descontração. Ele asseverou que o time deixado pelo prefeito eleito na Secretaria de Desenvolvimento Econômico está dando conta do recado.

“Já trabalho dobrado com Geraldo ou sem Geraldo. Ele é um grande quadro técnico e político. Só uma pessoa não pode dizer que se surpreendeu com o desempenho dele e essa pessoa sou eu. Vocês vão ver que Geraldo sabe montar equipe, comandar e trabalhar muito. Nós vamos ajudá-lo da mesma forma que ele nos ajudou no governo. Ele será o melhor prefeito que o Recife já teve”, concluiu o governador.


*"PSB mostra o seu cacife, rumo a 2014" é o título original do texto

6 de out. de 2012

Prefeito João da Costa confessa estar de “alma lavada” com derrota de Humberto

BRASIL – rECIFE - Eleições 2012
Prefeito João da Costa confessa estar
de “alma lavada” com derrota de Humberto
Em entrevista a rádio Jornal, as vésperas das eleições, o prefeito petista do Recife, parece feliz com a derrota do seu partido na capital pernambucana, desconstrói seus inimigos João Paulo e Humberto Costa e ironiza os projetos mirabolantes do candidato Geraldo Júlio.

Foto: Vinícius Sobreira/Blog de Jamildo

O prefeito João da Costa dando entrevista na Radio Jornal

Postado por Toinho de Passira
Fonte: Blog do Jamildo

Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta sexta-feira (5), ao comunicador Geraldo Freire, o prefeito João da Costa (PT) estava bem humorado, não fugiu a nenhuma pergunta, alfinetou os companheiros petistas Humberto Costa e João Paulo, ironizou os projetos mirabolantes dos candidatos e se posicionou como capaz de liderar depois da derrota, o Partido dos Trabalhadores, em Recife.

João da Costa, destacou que é falsa a afirmativa de Humberto que se colocou como alguém "que atendeu aos chamados do partido" para assumir o posto de "alternativa" do PT para o Recife. O prefeito disse que Humberto já vem trabalhando nesse projeto há três anos.

"Humberto trabalhou nesse projeto desde o meu rompimento com João Paulo (em 2009). Ele quis ser a alternativa do PT. Ele projetou que, vencendo no Recife, estaria se cacifando para enfrentar o PSB a nível estadual", afirmou o prefeito.

João da Costa ainda lembrou que no pós-prévias, ainda antes do cancelamento do processo, Humberto demonstrou que queria ser o candidato, agindo inclusive sem o conhecimento do outro postulante, Maurício Rands, que contava com o apoio de Humberto.

"Na segunda-feira, um dia após as prévias, Humberto se encontrou com Eduardo Campos (PSB). Naquele dia ele foi ao governador se apresentar como alternativa, antes mesmo da definição da Direção Nacional."

"Na primeira reunião (em São Paulo) depois das prévias ele se colocou como alternativa", lembrou João da Costa, referindo-se ao encontro em que a Direção Nacional confirmou o cancelamento das prévias e definiu a realização de um novo processo.

João da Costa (PT) foi impedido de se candidatar à reeleição, já que o partido considerou que o processo de prévias desgastou a imagem dele e do então deputado federal Maurício Rands. Humberto foi colocado como alternativa, sob protesto dos partidários de João da Costa. A campanha do petista no Recife acabou não conseguindo unir o partido ou, muito menos, a Frente Popular.

Perguntado se o cenário das eleições, em que Humberto seguiu decadente e se encontra em terceiro lugar, com poucas chances de disputar o segundo turno, teria deixado o prefeito "de alma lavada", João da Costa confirmou.

"De alma lavada, mas não alegre. Até porque eu também vou pagar um preço por tudo isso. Isso é uma derrota não só eleitoral, mas política. É uma derrota ruim para o partido. Eu perco muito", disse o prefeito, que pretende liderar um processo de renovação no partido, se colocando como um novo líder, substituindo nomes como os de João Paulo e Humberto Costa.

Por fim o prefeito do Recife, João da Costa (PT), disparou uma farpa contra o ex-prefeito, que indicou João da Costa para substituí-lo, rompeu com o atual prefeito após seis meses de gestão, alegando ter sido "traído". Hoje, João Paulo já articula a expulsão de João da Costa do partido. E João da Costa traz de volta o passado do seu desafeto.

"João Paulo não tem credibilidade para tentar me expulsar do partido. Ele passou um ano tentando sair do PT, procurando outro partido. Foi com a ficha pedir para Eduardo (Campos) para ir para o PSB, mas o governador não aceitou porque iria dar muita confusão por lá", afirmou João da Costa. "Depois já estava de malas prontas para o PV, mas desistiu.

"Quem tem moral para pedir expulsão de alguém sou eu", disparou. Mas depois amenizou.

"Mas, num partido grande como o nosso, não podemos trabalhar pensando em expulsar alguém."

Questionado se, depois de todo esse processo, Humberto continuaria sendo o líder do partido no estado, João da Costa respondeu com ironia.

"Eu sou otimista", disse, afirmando que lutará para que isso não aconteça.

O prefeito reiterou que o partido, a nível nacional, precisa se renovar. Lembrou a votação presidencial de dois anos atrás, em que Marina Silva (então no PV) teve votação próxima à de Dilma na maioria das grandes cidades e que isso já mostrava uma sede do eleitorado por algo novo. Para ele, o partido no Recife precisa passar por isso também, substituindo as "velhas lideranças" por gente nova (ele).

Bem humorado, o prefeito ironizou também o excesso de promessas de Geraldo Julio (PSB) durante a campanha eleitoral.

"Eu, como cidadão recifense, estou em êxtase. Pelo que estou vendo nessa campanha, a partir de janeiro essa cidade vai ser um paraíso. Teremos ComPaz, milhares de Upinhas, teleféricos..."


19 de set. de 2012