Dilma, de férias, recebe Eduardo Campos, para frear clima de tensão entre PT e PSB
BRASIL – Eleição 2014 Dilma, de férias, recebe Eduardo Campos, para frear clima de tensão entre PT e PSB Encontro social em Aratu (BA), durou seis horas e contou ainda com a participação do governador da Bahia, Jaques Wagner, amigo de Campos Foto: Postado por Toinho de Passira Enquanto setores do PT estão em pé de guerra com o PSB desde a eleição municipal de outubro e se sentem incomodados pelas pretensões eleitorais do governador Eduardo Campos (PE), a presidente Dilma Rousseff fez mais um gesto de aproximação: almoçou com o socialista no sábado, na Base Naval de Aratu, em Salvador, onde ela passa férias desde o dia 28. O governador Jaques Wagner também participou do encontro. Essa foi a segunda vez, depois das eleições municipais, que Dilma teve um encontro privado com Campos. O primeiro ocorreu no início de novembro, no Palácio da Alvorada, com a presença de dirigentes de PT e PSB. Os dois governadores chegaram à Base Naval de Aratu por volta das 13h e só deixaram o local às 19h. Além das mulheres de Wagner e Campos, a família de Dilma também participou do almoço. O convite ao governador de Pernambuco foi feito no dia 28, depois que a presidente fez exames de rotina em São Paulo e embarcou para Salvador. No PT, o governador da Bahia é um dos principais defensores da tese de que o partido deve estreitar os laços com Campos, em vez de tratá-lo com desconfiança. Para Wagner, o PT está empurrando o socialista não só para um voo solo em 2014, mas também aproximando-o ainda mais de Aécio. Uma candidatura presidencial do socialista em 2014 favorece o tucano, já que divide a base aliada. Dilma disputará a reeleição. Em novembro, a presidente Dilma se empenhou em desanuviar o ambiente e procurou deixar claro que não partilhava das rusgas entre PT e PSB. Parabenizou Campos pelo crescimento no número de prefeitos eleitos e disse que tinha ficado satisfeita com o bom desempenho do aliado. O debate sobre as eleições de 2014, à época, foi delicadamente deixado de lado, para alívio de Campos. Pessoas próximas ao socialista afirmaram que ele estava receoso com a possibilidade de a presidente perguntar se ele seria candidato ao Palácio do Planalto, mesmo o PSB acumulando dois ministérios — Integração Nacional e Portos. A presidente Dilma trabalha para manter o PSB na sua base de apoio e tenta se dissociar das rusgas que ficaram entre petistas e socialistas depois das eleições municipais. Os principais problemas aconteceram no Recife e em Fortaleza, onde os dois partidos romperam a aliança e os candidatos do PSB derrotaram os do PT. — As coisas que ocorreram em Recife e Fortaleza tendem a se acirrar e devem ter peso, em nível local, para 2014 (eleição para governador). Mas não há nenhum tipo de contaminação em nível nacional — disse neste domingo o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), que é próximo de Jaques Wagner. |
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