Este Brasil varejeiro, de Lucas Mendes, para a BBC Brasil
BRASIL - Opinião Este Brasil varejeiro Em Nova York, como em Miami, brasileiro documentado com bom inglês está em falta e em alta.
Foto: Kate Racovolis/The Midtown Gazette Postado por Toinho de Passira A amiga de uma amiga entrou numa butique cara e falou bom inglês. Quando a dona descobriu que falava português, disse a ela que precisava de uma gerente que falasse nossa língua e podia começar no mesmo dia. A brasileira trabalha na Universidade da Flórida e está feliz no emprego. Gerente da loja: "Dê seu preço. Eu pago o dobro". E foi mostrando o talão de cheques. A brasileira agradeceu e foi embora. A fonte é boa, mas pode ser parte da fantasia do poder consumidor brasileiro em algumas cidades americanas. Não sei se a dona da loja já encontrou a gerente, mas sei que em Nova York, como em Miami, brasileiro documentado com bom inglês está em falta e em alta. Chegamos aos milhares e compramos. Foram uns US$ 2 bilhões no ano passado, um aumento de quase 500% em seis anos. A prefeitura dá vivas ao Brasil, abre portas, imprime e distribui novos guias em português. As más línguas dizem que brasileiros só vêm para as compras, mas Harold Holzer, vice-presidente do Metropolitan Museum, me contou que hoje os brasucas estão em terceiro lugar nas visitas do museu. Um amigo cético garante que eles vão às compras na lojona, antiga lojinha, do museu, mas isto não está na pesquisa. O Financial Times, de Londres, publicou que estamos endividados até o pescoço, numa bolha de consumo que vai explodir a qualquer momento. Outra pesquisa, da Global Inteligence Alliance, informa que até 2017 o Brasil continuará sendo a bola e não a bolha da vez. Vai bombar e bolar na Copa e nas Olimpíadas. Na terça-feira, passei algumas horas com mais de duzentos varejistas brasileiros reunidos no Waldorf Astoria. Estão aqui para o evento anual da National Retail Federation, que reúne o mais poderoso lobby dos varejistas americanos. Sobre o Brasil, entre brasileiros, otimismo nota dez. Foto: Divulgação Lá estavam Luiza, do Magazine Luiza, a segunda rede de varejo no Brasil, Flavio Rocha, presidente da Riachuelo-Guararapes, campeã em confecções, Manuel Correa, presidente da Telha Norte, do Grupo Saint Gobain, líder da América Latina em material de construção, e Sergio Herz, presidente da Livraria Cultura, pronto para bater de frente com os invasores da Amazon. Foto: Alamy/Travel *Acrescentamos subtítulo, foto e legenda a publicação original |
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