Velório de Reginaldo Rossi, a emoção do povão, fans, garçons, amigos anônimos, políticos e celebridades
BRASIL - Pernambuco - Luto Velório de Reginaldo Rossi, a emoção do povão, fans, garçons, amigos anônimos, políticos e celebridades O céu ficou mais brega, alegre e romântico." - disse o cantor e compositor cearense Falcão, enquanto lamentava a morte de Reginaldo nas redes sociais.Uma fila interminável de fans formou-se em frente a Assembleia Legislativa de Pernambuco, onde o corpo é velado. O Governo do Estado decretou 3 dias de luto oficial, pela morte do Rei do Brega Reginaldo Rossi: “Os cantores no mundo todo querem fazer sucesso. As letras são as mais simples possíveis, as harmonias [também]”. Tem que ter Chico [Buarque], Gal [Costa], Caetano [Veloso], e tem que ter Amado Batista, Zezo dos Teclados, Faringes da Paixão e Reginaldo Rossi". Postado por Toinho de Passira Morreu na manhã desta sexta-feira, aos 69 anos, o cantor Reginaldo Rossi, ou Reginaldo Rodrigues dos Santos nascido na cidade de Recife, capital de Pernambuco, em 14 de fevereiro de 1944. Ele estava internado desde 27 de novembro no Hospital Memorial São José, no Recife, e foi diagnosticado com câncer de pulmão na última semana. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, a morte se deu às 9h25, em decorrência de complicações da doença. O velório será realizado nesta sexta-feira, na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a partir das 19h. O sepultamento será no cemitério Morada da Paz, neste sábado, às 20h. Reginaldo Rossi, o Rei do Brega, morreu apropriadamente, numa nesta sexta-feira, o dia da farra. Nos bares do Recife e do Brasil, reunidos os boêmios e os corações desiludidos, reverenciaram o ídolo pernambucano, que seduziu o país, pela autenticidade, simplicidade e talento. No texto de Tiago Barbosa, para o Diário de Pernambuco, fica o registro de que Reginaldo Rossi entra para a história da música como uma das vozes mais românticas do país. Em mais de 50 anos de carreira, ele cantou os desencontros do sentimento humano, especialmente ilusões, fetiches, dores e desamores comuns aos relacionamentos. Contemporâneo de uma geração tachada de brega por cantar canções idolatradas pelo povo, ao lado de Odair José, Amado Batista, Wando, Agnaldo Timóteo, Fernando Mendes, entre outros, Rossi inverteu a lógica do rótulo e abriu espaço para um gênero musical marginalizado no Brasil. O cantor reformulou o conceito de brega e, com músicas e declarações, esfregou na cara da sociedade a incoerência entre a crítica e a vida real. Democratizou os sentimentos, uniu pobres e ricos nas emoções e na mesa do bar, universalizou a dor, o amor, o chifre e a alegria da roedeira ao pé de um garçom, definido por ele como o confessor da humanidade, personagem inspiração para o maior sucesso musical. Foto: Jarbas Araújo/Alepe "Quando o chifre dói, o diploma cai da parede", "Não há quem não bregue depois de três doses" e "No mundo inteiro, é romântico, mas, aqui, quem faz romantismo é brega" foram frases da filosofia "Reginaldiana" levada adiante em mais de 300 composições gravadas ao longo da carreira. Foto: Breno Laprovitera/Alepe Reginaldo Rossi canta "Garçon", ao vivo, o vídeo é de 2006 |
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