6 de mar. de 2011

CARNAVAL - PERNAMBUCO: Carnaval de Recife começa com Maracatu

CARNAVAL - PERNAMBUCO
Carnaval de Recife começa com Maracatu
O percursionista pernambucano, Naná Vasconcelos, pelo décimo ano seguido, rege a orquestra de tambores de dez maracatus, mais de 500 batuqueiros, na abertura apoteotica do carnaval recifense, no marco zero da cidade. Um clima de magia e emoção em meio a construções históricas tendo ao fundo o antigo Porto do Recife.

Foto: Guga Matos/JC Imagem

Nana Vasconcelos, o embaixador da percurssão, entre Reis e Rainhas do Maracatu

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Portal da Prefeitura do Recife, Estadão, Portal Terra, Diário de Pernambuco, O Globo

Aconteceu nesta sexta, 04, a tradicional abertura do carnaval do Recife, há dez anos consecutivos sob o comando do olindense Juvenal de Holanda Vasconcelos, mais conhecido mundialmente como Naná Vasconcelos é um dos mais impressionantes espetáculos de percussão coletiva.

Foto: Wilson Correia /Portal Prefeitura do Recife

Naná vira rei das alfaias, maestro de mais de 500 batuqueiros de dez nações de maracatus pernambucanos. Um espetáculo mágico e ensurdecedor, um ritmo de raízes profundamente africanas, irresistível, cerimonial e majestático.

Foto: Antonio Ledes/Especial para o Terra

Os ensaios na semana pré-carnavalesca já reúnem multidões embevecidas. Mas nada se compara o que se viu ontem, repetindo-se o arrepio dos anos anteriores, o momento da apoteose, quando os Maracatus concentrados na Rua da Moeda, seguindo pelo Recife Antigo, chegam em procissão no Palco postado no na Praça do Marco Zero, bairro do Recife Antigo, para submete-se ao comando performático de Naná Vasconcelos.

Foto: Wilson Correia /Portal Prefeitura do Recife

Em entrevista ao Terra, Naná Vasconcelos confessou que ainda se sente emocionado ao reunir as dez nações de maracatu do Recife.

"A cada ano que faço esta apresentação é uma vitória, pois estas nações só se juntam durante o Carnaval. Seria como colocar Mangueira e Portela para desfilarem juntas", disse o percussionista.

Quando perguntado sobre a importância do maracatu para o povo pernambucano, Naná foi categórico. "O Maracatu é uma África que só tem aqui no Pernambuco e é a espinha dorsal da cultura pernambucana".

Foto: Guga Matos/JC Imagem

O espetáculos envolve as cortes dos Maracatus, os reis e as rainhas sobem ao palco e reinam soberanas. Além das duas maiores nações do Recife, Estrela Brilhante e Porto Rico, compareceram Oxumirim, do bairro Afogados, estreando na festa e encanto do Pina, o único maracatu conduzido por uma mulher, Joana d’Arc, que participa pela segunda vez.

Naná já planeja para o ano trazer artistas africanos para participar da festa:

"Se a organização do carnaval quiser, pretendo fazer essa ligação com a África porque, para mim, é natural que ela exista. Preciso pesquisar quem trazer de lá, para que chegue aqui e fique confortável, que colabore e adicione alguma coisa."

Foto: Wilson Correia /Portal Prefeitura do Recife
Agora é só esperar para ficar, de novo, arrepiado no próximo ano.


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