16 de abr. de 2011

Caio Blinder ofende a rainha Raina, da Jordânia

BRASIL – JORDANIA
Caio Blinder ofende a rainha Raina, da Jordânia
O jornalista Caio Blinder, durante o programa "Manhatan Connection", da Globo News chamou a rainha Rania da Jordânia, e outras mulheres de chefes de estados do mundo árabe de "piranhas", por várias vezes. A embaixada da Jordânia no Brasil protestou e ameaçou processar a Globo. O programa e o próprio jornalista se desculparam na edição seguinte do programa querendo encerra o caso. "Manhatan Connection" e Caio Blinder, merecem perdão?

Foto: Divulgação

ERRANDO FEIO - Luca Mendes, o editor, e Caio Blinder, o comentarista, no "Manhatan Connection". .

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Portal Imprensa, Uol Notícias, Folha de São Paulo, The TelegraphR7

Tanto inexplicável como injustificável, o comentário lamentável do jornalista Caio Blinder, numa de suas participações programa "Manhatan Connection", da Globo News, no dia 3 de abril, deve ser rechaçado com toda a veemência. Irresponsavelmente, por mais de uma vez, tachou algumas primeiras damas, de chefes de estado do mundo árabe de “piranhas”. Entre elas citou nominal a rainha Rania Al Abdullah, da Jordânia.

"Politicamente, ela [Rania] e as outras piranhas são intragáveis. Todas elas têm uma fachada de modernização desses regimes - ou seja, não querem parecer que são realeza parasita e nem mulher muçulmana submissa. Isso é para vender para o Ocidente, enquanto os maridos estão lá, batendo e roubando", declarou Blinder.

Caio Blinder jamais vai conseguir se retratar o suficiente
Não fosse a intervenção do economista Ricardo Amorim, um dos integrantes do programa, que discordou das acusações que Caio fazia as primeiras damas, a coisa tinha ficado mais feia e sem arremedos. Sem mencionar a palavra “piranhas” usada pelo companheiro de programa, Amorim disse que elas não poderiam ser crucificadas pelos que seus maridos faziam e que os ditadores árabes só estavam no poder, porque o ocidente apoiava. Mantendo sua linha de mau gosto, Caio debochou do companheiro dizendo que não se podia falar em crucifixão quando se tratava de mulher árabe, que Amorim deveria falar em “apedrejamento”.

Diante da repercussão negativa Caio Blinder deu entrevista ao portal imprensa da UOL onde afirmou que considerava o episódio superado, para ele pelo menos.

"Eu sabia que a gente tinha feito uma besteira, mas já acabou essa história pra mim.” Houve a retratação, no ar, de Lucas Mendes, editor-executivo do 'Manhatan', e apresentador, pedindo desculpas, em nome do programa, pelo termo ofensivo de Caio Blinder, dizendo que estava dando literalmente “as mãos à palmatória”.

Caio em sua defesa até disse que não é de seu "feitio ofender pessoas", e que não costuma se referir às mulheres com termos chulos.

"Não me refiro às mulheres como piranhas, sejam elas árabes judias, esquimós...E não é uma questão política. Aliás, eu faço críticas políticas; não a pessoas. Eu errei e estou pedindo desculpas", tentou finalizou.

Em 1997 o programa viveu polêmica semelhante, quando Paulo Francis - comentarista ao lado de Mendes, Blinder e Nelson Motta - defendeu no ar a privatização da Petrobras e acusou seus diretores de possuírem 50 milhões de dólares em contas na Suíça. Francis se retratou, mas foi processado pela estatal em 100 milhões de dólares, e iniciou um embate indireto com o diretor da empresa, Joel Rennó. Poucas semanas depois, Francis morreu devido a um ataque cardíaco.

Foto: Blog Queen Rania

Rania, pela sua importância social e política só é merecedora de elogios e respeito

A polêmica atual gerou um protesto formal do embaixador da Jordânia no Brasil, Ramez Goussous, contra o comportamento do jornalista, apoiado por outros 17 embaixadores sediados em Brasília. O governo brasileiro vai se desculpar encaminhando junto inclusive correspondência dos dois jornalistas envolvidos, Lucas Mendes e Caio Blinder, que espontaneamente reconheceram o erro e pedem desculpas formais, depois das apresentadas durante o programa.

A embaixada exige retratação de Blinder durante o programa e ainda ameaça processar a Rede Globo. A Jordânia recebeu o apoio de outros 17 embaixadores, Assíduos telespectadores do programa e admiradores do jornalista Caio Blinder, vez por outra até transcrevemos no “thepassiranews” as sua matérias publicadas no “Blog ligado a Editora Abril, vamos continuar vendo o programa e lendo e transcrevendo quando acharmos conveniente os textos de Caio Blinder, mas não o perdoamos, não os desculpamos.

Jornalistas experientes como eles, não podem cometer desatinos dessa envergadura. Ferir irresponsavelmente a dignidade das pessoas e depois pedir desculpas e dá o caso por acabado é muito conveniente, para eles. Por outro lado, eles tiveram a chance de evitar esse vexame: o programa é gravado, apesar do clima de um debate ao vivo, e poderia ser editado suprimindo a palavra “piranha”, repetida indevidamente tantas vezes.

Veja a parte do programa que gerou a polêmica.

Rania Al Abdullah
A rainha Raina é um daquelas mulheres que iluminam o ambiente com sua chegada. Não porque é bela, embora o seja, mas como ser humano, mãe, esposa e mulher do seu tempo. Impô-se num ambiente adverso e abriu um caminho importantíssimo para que as mulheres árabes-mulçumanas tivesse mais espaço, merecesse mais respeito e pudesse opinar. A história vai lhe reservar o espaço destinado aos libertadores.

Foto: Arquivo

Rania Al Abdullah, 40, nasceu no Kuait, filha de palestinos, recebeu uma educação ocidental e se formou em administração de empresas pela American University, do Cairo, em 1991. Veste-se com elegantes estilistas e figura carimbada nas páginas de revistas de celebridades do país e do exterior.

Casou-se em 1993 com o rei Abdullah 2º [que só assumiu o trono em 1999, após a morte do pai] com quem tem quatro filhos.

Rania já foi eleita pela revista “Vanity Fair” uma das mulheres mais bem vestidas e uma das mulheres mais poderosas do mundo, pela “Forbes”.

A popularidade da rainha dentro e fora da Jordânia está relacionada ao seu envolvimento em ações humanitárias, o que lhe rende comparações à britânica princesa Diana. Ela é embaixadora do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e envolvida em campanhas em defesa das mulheres e sua inserção na sociedade por meio da educação.

Em 2008, Rania lançou seu canal no YouTube em um movimento contra estereótipos e preconceitos nos mundos islâmico e árabe. Tem, desde 2009, um Blog, onde posta vários comentários – sobre o país e o governo do seu marido e esclarecimentos sobre a religião mulçumana, muitas vezes, erroneamente confundida, como apoiadora de atos terrorista.

Rania é uma extraordinária ligação consciente de dois mundos. Sua atuação no cenário internacional beneficia e aproxima o mundo árabe e o ocidente.

5 comentários:

Ajuricaba disse...

Sempre achei que esse rapaz era inimigo do papai Noel, ou seja, senta na boneca.
Com essa não tenho mais dúvida.
Isso é bem ciúme ou inveja encruada.

Anônimo disse...

Ele só tava dando o ponto de vista dele pô, isso é liberdade de expressão :)

Anônimo disse...

Acredito que tenha sido proposital(pois o programa era gravado e não ao vivo)os comentários desse infeliz.O verdadeiro sentido dessa reportagem ter sido editada,teria sido de cunho político,na tentativa de jogar o Ocidente contra o mundo àrabe.

Anônimo disse...

Esse Senhor não deve gostar de mulheres, então as ofende a torto e direito. De que adianta ser mestre, ter doutorado e nao ter educação. Tomara que movam uma infinidade de processos contra ele e contra a empresa que ele trabalha. Palhaço!

Anônimo disse...

Não entendo o porque ele fez isso, não entendo o porque tanta falta de respeito a estas Damas.
Depois dessa ele realmente merece ser demitido!