4 de abr. de 2011

FRANÇA: Destroços do AF 447 encontrados no fundo do mar

FRANÇA
Destroços do AF 447 encontrados no fundo do mar
O Birô de Investigações e Análises, do governo francês, divulgou nesta segunda-feira as primeiras imagens dos destroços do avião da Air France encontrados no domingo, 3, no oceano Atlântico. A aeronave fazia o voo 447, na rota Rio-Paris, com 228 passageiros a bordo, e caiu em 31 de maio de 2009, na costa brasileira. Até hoje não se conseguiu precisar o que motivou o terrível acidente, até porque ainda não foram encontradas as “caixas pretas

Foto: Divulgação BEA

Parte do trem de aterrisagem

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Folha Online, Le Figaro, Portal Terra, Paris Match, The New York Times, CNN

Quase dois anos após o acidente do Airbus A330-203 da Air France que opera o voo Rio-Paris e caiu em29 de maio de 2009, na costa brasileira, foi finalmente localizada, depois de três buscas infrutíferas, grande parte da fuselagem da aeronave, os motores e parte da cabine onde alguns corpos identificáveis ainda se encontram. Até o hoje, apenas 3% da estrutura do Airbus e 50 corpos foram resgatados

Nathalie Kosciusko-Morizet, Ministro da Ecologia e dos Transportes, da França disse que provavelmente o avião não explodiu e foi preservada parte da cabine, onde há corpos, mais não quis especificar quantos, mas adiantou que mais detalhes serão adiantados apenas as famílias das vítimas. As retiradas dos destroços e dos corpos deverão ocorrer nas próximas quatro semanas.

Com esta descoberta, os investigadores têm agora a "esperança" de encontrar as caixas-pretas do avião, uma vez que o campo de destroços é "relativamente concentrado", disse o diretor do Departamento de Investigação e Análise (BEA), Jean-Paul Troadec.

"O fato de que os destroços estarem concentrados em uma pequena área reforça a hipótese de que o avião não explodiu durante o vôo. A aeronave estava intacta no momento do impacto sobre o mar ", segundo teoria de vários especialistas.

A descoberta das caixas-pretas, que contêm registros de parâmetros de vôo e conversas piloto, é fundamental.

Foto: Divulgação BEA

Um dos motores encontrados no fundo do mar

Até agora as teorias mais aceitas é que uma das causas importantes que gerou o acidente foi falha num dos instrumentos da aeronave o Pitot , um equipamento que fundamentalmente mede a velocidade dos aviões que apresentou, em outros aviões, defeitos de funcionamento em baixas temperaturas.

Para esclarecer esse mistério, o Birô de Investigações e Análises do governo francês lançou essa quarta fase de investigação no mar, numa área que abrange mais de 10.000 km2, um raio de 75 km em torno da última posição conhecida do voo 447.

De acordo com o birô francês, a operação custará 12,5 milhões de dólares (R$ 20,2 milhões), pagos pela Airbus e Air France, ambas recentemente indiciadas pela justiça francesa, por homicídio culposo, devido ao acidente.

Abre-se agora um debate, que já começou junto a “Ajuda Mútua e Solidariedade AF447” a associação francesa de familiares das vítimas. Entre os familiares das vítimas, há os que desejam que os corpos permaneçam onde estão e outros que querem trazê-los a superfície para finalmente realizar os funerais dos seus entes-queridos.

Jean-Baptiste Adousset, presidente da associação Ajuda Mútua e Solidariedade das Famílias de Vítimas do Voo AF 447, considera que o luto é formado por diferentes etapas, e que, embora as feridas pela perda do companheiro no acidente já estejam cicatrizando, é fundamental poder enterrar o corpo da vítima. "Cada um pensa de uma forma, nós estamos todos bem divididos. Não há uma posição comum", disse. "Eu, particularmente, acho que vai ser fundamental para finalizar o luto pela perda que tive. Mas a realidade é que acho que este luto não vai acabar jamais".

Foto: Divulgação BEA

Parte de uma das asas do avião encontrada, perto do arquipélago de Fernando Noronha, poucos dias após o acidente, em junho de 2009 


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