19 de mar. de 2012

Dilma faz as pazes com a FIFA

BRASIL – COPA 2014
Dilma faz as pazes com a FIFA
A presidenta Dilma finalmente reuniu-se com o presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, nesta sexta-feira, após pedidos de desculpas dos chefões do futebol mundial e endurecimento por parte do governo brasileiro. Segundo ele, a reunião foi positiva e ela teria se comprometido em fazer o Brasil respeitar todos os acordos com a entidade para a organização da Copa do Mundo de 2014. Ninguém falou na sugestão de “pé na bunda” do Brasil sugerida por Jerome Valcke, secretario geral da FIFA.

Foto: Associated Press

Dilma e Joseph Blatter, suspendendo a queda de braço

Postado por Toinho de Passira
Fontes: BBC Brasil, IstoÉ, ESPN, BBC Brasil

O presidente da Federação Internacional de Futebol (FIFA), Joseph Blatter, se reuniu com a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff durante uma hora para tratar das questões relativas à realização da próxima Copa do Mundo de Futebol. Essa foi a primeira reunião após a renúncia do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do COL, Ricardo Teixeira, na última segunda-feira.

O chefão da FIFA Joseph Blatter saiu entusiasmado da reunião dizendo que “o governo brasileiro e a FIFA precisam trabalhar em conjunto para que possamos organizar uma das maiores copas de todos os tempos”, disse Blatter.

Estavam também presentes a reunião o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e os ex-jogadores Ronaldo, membro do Comitê Organizador Local (COL) da Copa, e Pelé, "embaixador honorário" do Brasil para o Mundial.

O encontro também sucede desentendimentos entre o governo e a FIFA gerados com declaração há duas semanas do secretário-geral da federação, Jerome Valcke, que afirmou que o Brasil precisava levar um “chute no traseiro” para acelerar os preparativos para a Copa.

Tanto Blatter quanto Valcke pediram desculpas pela afirmação, depois de através do Ministro Aldo Rebelo o governo ter endurecido com a FIFA e exigia que o secretario geral Jerome Valcke fosse substituído como o homem de ligação entre a Federação Internacional de Futebol e o governo brasileiro.

Porém, com um tom levemente ameaçador, mostrando que não é refém do Brasil, Blatter comentou que há rumores de que a Inglaterra pode sediar a próxima Copa, caso o Brasil não atenda às reivindicações da federação.

"Tem algumas pessoas que dizem que até a Inglaterra poderia sediar essa próxima Copa, mas um país como o Brasil, que é do futebol, que vive e respira futebol, é muito importante ter essa Copa aqui".

Segundo Blatter, governo e Fifa concordaram em estreitar os laços para "não deixar tanto tempo passar".

A Fifa está descontente com o tempo levado pelo Brasil para aprovar a Lei Geral da Copa, que trata das responsabilidades da entidade e do governo no evento, bem como da venda de ingressos e comércio nos estádios durante os jogos.

Vetada pela legislação brasileira, a autorização para a venda de álcool nos estádios é o ponto da lei que tem gerado mais controvérsias.

Patrocinada pela cervejaria Budweiser, a FIFA diz não abrir mão da venda e que a autorização tinha sido acordada com o governo.

Parlamentares, especialmente da bancada evangélica, dizem, no entanto, que a medida feriria a legislação nacional e ameaçam rejeitar a lei caso o item que prevê a comercialização de álcool não seja retirado do texto.

O novo líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), está tentando conciliar com as lideranças para fazer o projeto da Lei Geral ser votado nesta semana, em sessão extraordinária, uma vez que a pauta está obstruída por nove medidas provisórias.

Devido as recentes rebeliões das bancadas do PMDB, PR e ameaças do PDT, a aprovação da lei, ainda é uma incógnita.

Foto: Associted Press

“Se donner un coup de pied aux fesses” disse o secretário-Geral da Fifa, Jèrôme Valcke, sobre os atrazos nas obras para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Traduzida ao pé da letra, por aqui as palavras do dirigente, pegou muito mal, pois foram interpretadas como que a FIFA precisava “dar um pé na bunda” do Brasil para nos despertarmos do marasmo.

Porém, a coordenadora de língua francesa do departamento de letras da USP, Adriana Zavaglia, afirmou que a expressão foi mal traduzida:

“Trata-se de uma expressão idiomática. Não dá para traduzir palavra por palavra. A expressão idiomática, usada pelo secretario, significa ‘se esforçar’, ‘acelerar o ritmo’.

Mania dos franceses de usar a bunda desnecessariamente.

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