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24 de ago. de 2013

Bradley Manning, o soldado americano, condenado
por traição, diz que quer tratado como 'uma mulher'

ESTADOS UNIDOS - Espionagem
Bradley Manning, o soldado americano, condenado
por traição, diz que quer tratado como 'uma mulher'
Bradley Manning, condenado por ter vazado 700 mil documentos secretos do governo americano para o site Wikileaks, vai lutar na justiça, para ter direito de receber, por conta do contribuinte americano, um tratamento hormonal para deixá-lo o mais próximo possível de ser uma mulher. Renega inclusive o seu antigo nome, pede para ser chamado de agora em diante de Chelsea Manning. “É assim que eu me sinto desde a infância" – diz ele categórico.

Foto: Associated Press

Bradley Manning: ‘I am a female’.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: BBC Brasil, Veja , Bradley Mannig - Portal , Bradley Mannig - Flickr, Bom Dia Brasil, News Look Up

Bradley Manning, o soldado americano que vazou documentos secretos do governo dos Estados Unidos para o site Wikileaks, cria mais uma polêmica e desconforto para o governo Obama, ao declarar depois da sentença, que de agora em diante quer ser tratado como uma mulher.

Por crimes como espionagem e roubo de dados do governo, Manning, foi condenado por um tribunal militar a 35 anos de prisão, que deverá ser cumprida numa prisão militar masculina no estado americano de Kansas.

"Eu sou Chelsea" disse Manning, de 25 anos, em um comunicado entregue ao programa Today, do canal de televisão americano NBC. "Eu sou uma mulher." Ele disse que sente ser do sexo feminino desde criança, e que queria começar desde já uma terapia hormonal, e ser chamado pelo nome Chelsea.

Foto: Arquivo pessoal

No site de apoio a Manning foto dele ainda criança

A luta de Manning em relação a sua identidade formou uma parte fundamental de sua defesa durante as semanas de julgamento. Testemunhas de defesa, incluindo terapeutas que trataram Manning, disseram que ele tinha dito que queria fazer a transição para ser uma mulher, sugerindo que seus problemas de identidade afetaram sua saúde mental.

Promotores militares, por sua vez, descreveram Manning como um traidor em busca de notoriedade e pediram uma sentença de 60 anos a fim de impedir vazamentos de inteligência no futuro.

Manning, que cresceu no estado americano de Oklahoma e no País de Gales, entrou para o exército em 2007, para ajudar a pagar sua universidade e, de acordo com o testemunho de defesa apresentado a corte marcial, para livrar-se de seu desejo de se tornar uma mulher.

Fotos: Jeff Paterson
I


Ativistas, em manifestações, dentro e fora dos EUA, defendem a liberdade imediata de Manning

DESILUSÃO

Treinado como um analista de inteligência, ele foi enviado ao Iraque em 2010. Lá, ele se tornou desiludido com a guerra e cada vez mais isolado de seus amigos e familiares. Em maio daquele ano, ele iniciou o que, posteriormente, tornou-se um dos maiores vazamentos de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos - centenas de milhares de telegramas diplomáticos e relatórios de batalha das guerras no Afeganistão e no Iraque.

Manning disse que esperava que os documentos pudessem mudar o mundo criando um debate sobre a política externa dos Estados Unidos e o exército. Ele se mostrou arrependido, no entanto. Em uma nota à corte marcial, disse que “os últimos três anos foram de aprendizado”. Ele disse que errou ao acreditar que poderia melhorar o mundo e que deveria ter trabalhado “dentro do sistema” para fazê-lo.

O desfecho do caso do soldado Bradley Manning, mantém o dilema enfrentado pela administração Obama ao lidar com “traidores” não motivados por dinheiro ou simpatia ideológica pelo inimigo, mas pela convicção de que deve haver livre acesso a informações no mundo.

Ele conseguiu angariar apoio de muitos ativistas no país. Do outro lado, os militares americanos se mostraram determinados em fazer de sua punição um exemplo, ante novos possíveis vazamentos.

Os americanos vivem um dilema de como lidar com as informações secretas, desde o vazamento provocado por Manning. Tiveram que abrir o leque de acesso, pois ficou claro no 11 de setembro, que a falta de comunicação entre as agências, não permitiu que se juntasse as peças e se detectasse as ações do grupo de terroristas durante os preparativos do espetacular atentado.

Abriram o leque demais, e pessoas como Manning e Edward Snowden, o ex-agente atualmente asilado na Rússia, visivelmente despreparados e na base da hierarquia do sistema, tiveram acesso a volumosos arquivos ultrassecretos, aparentemente com muita facilidade.

Foto: Arquivo

Ex supervisor de Manning (Chelsea) disse ter recebido uma foto dele de peruca e batom

SAIA JUSTA

Depois de afirmar que quer ser tratado como mulher Manning, através do advogado, requer que lhe seja ofertado na prisão, terapia hormonal para se transformar em mulher o mais depressa possível.

O advogado, que já se refere ao cliente como Chelsea, diz: “Ela só não fez a revelação antes para não tirar o foco do julgamento”.

Com o desejo de viver como mulher, Manning criou mais uma saia justa para as Forças Armadas americanas. Ele vai cumprir pena em uma prisão masculina no estado do Kansas, uma das mais violentas do país, e o exército já avisou que ele será tratado como qualquer outro detento.

Dois psiquiatras já haviam atestado que Manning tem transtorno de identidade de gênero, quando uma pessoa não se identifica com o próprio sexo. O advogado disse que vai fazer de tudo para que Bradley, ou Chelsea, receba tratamento hormonal na prisão. E vai ter inicio outra batalha jurídica e movimento dos ativistas em favor de Manning.

Por enquanto o exército respondeu que Manning terá acesso a acompanhamento psiquiátrico, como todos os outros presos, mas tratamento hormonal, não.

Foto: Associated Press

MÃOS DELICADAS - Manning chega algemado, durante o julgamento no
Tribunal de Fort Meade, Maryland, USA

19 de ago. de 2012

Julian Assange pede que Obama pare de perseguir WikiLeaks

REINO UNIDO – EQUADOR
Assange pede que Obama pare de perseguir WikiLeaks
O fundador do WikiLeaks, falou da sacada da embaixada do Equador em Londres neste domingo, fazendo sua primeira aparição pública desde que se refugiou no prédio, há dois meses. O australiano, que recebeu asilo diplomático do Equador, é requerido pela justiça sueca por acusações de supostos crimes sexuais. Ele teme que a Suécia o deporte para os EUA, onde pode ser condenado à morte. Assange poderá ser preso se deixar a embaixada, pois os ingleses se negam fornecer “salvo conduto”, o documento diplomático necessário para que ele viaje até o Equador, o país que lhe acolheu.

Foto: AFP

Na sua fala de dez minutos na sacada da embaixada Assange acusou os EUA de ameaçarem liberdade de expressão: “Peço ao presidente Obama que renuncie à caça às bruxas contra o WikiLeaks”

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Reuters , O Globo, Folha de S. Paulo, Daily Mail, Terra

Julian Assange fez, neste domingo, sua primeira aparição pública em dois meses na sacada da embaixada equatoriana em Londres. O fundador do WikiLeaks agradeceu a todos os que o estão apoiando em seu pedido de asilo ao Equador, em especial as nações latino-americanas.

Ele pediu a liberdade a Bradley Manning e disse os Estados Unidos precisam acabar com a "caça às bruxas contra o WikiLeaks". (Bradley Manning, é o analista de inteligência do Exército americano, que forneceu material secreto da guerra do Iraque e do Afeganistão, além de embaraçosas correspondências diplomáticas americanas ao Wikileaks. Manning está sendo submetido a uma corte marcial americana, onde pode ser condenado a morte.

Em sua fala, que durou cerca de dez minutos, Assange citou diretamente o presidente americano, Barack Obama, ao pedir anistia a todos que vazaram os documentos.

"Eu peço para o presidente Obama fazer a coisa certa, os Estados Unidos devem renunciar a sua caça às bruxas contra o WikiLeaks", disse ele da pequena sacada da embaixada. Logo abaixo de Assange, uma centena de policiais cercava o local.

Assange afirmou ainda que os Estados Unidos estão arriscando desviar o mundo para uma era de opressão jornalística. "Enquanto o WikiLeaks estiver sob ameaça, a liberdade de expressão e a saúde de todas as nossas sociedades também estarão", disse o fundador do site.

Vestindo gravata marrom e camisa azul, o cidadão australiano elogiou a "coragem" mostrada pelo presidente do Equador, Rafael Correa, por aceitar conceder asilo a ele. "Eu agradeço ao presidente (Rafael) Correa pela coragem que mostrou ao considerar e me conceder asilo político", disse, para em seguida listar o nome de todas as nações latino-americanas que demonstraram apoio a ele.

Foto: Andrew Cowie/France Presse

Um dos apoiadores de Assange protesta em frente a embaixada do Equador, em Londres

Assange está asilado desde o dia 19 de junho na representação diplomática equatoriana na capital britânica. Na última quinta-feira, o Quito concedeu asilo ao australiano, o que causou embates diplomáticos entre Reino Unido e a nação sul-americana. Assange disse que ele está em segurança porque todos estão de olho no que está acontecendo.

"Estou aqui hoje porque não posso estar aí com vocês", disse Assange, dirigindo-se a seus apoiadores reunidos em frente à embaixada equatoriana.

"Na quarta-feira, depois que uma ameaça foi feita a esta embaixada e a polícia veio até aqui, vocês apareceram para vigiar", continuou, fazendo referência ao grupo de manifestantes que realizou protestos em defesa do WikiLeaks e de seu fundador em frente ao prédio da embaixada. "Obrigada por sua determinação, por sua generosidade de espírito."

Foto: Olivia Harris/Reuters

"Se o Reino Unido não jogou fora a Convenção de Viena é porque o mundo estava olhando", disse Assange

"Escutei uma equipe de policiais que entrou através da saída de emergência, mas eles sabiam que existiriam testemunhas", disse Assange, para quem, graças à presença da imprensa "o mundo estava olhando" para o que ocorre na embaixada.

Julian Assange, 41 anos, é requerido pela justiça sueca por acusações de agressão sexual que ele nega ter cometido. O fundador do WikiLeaks teme que a Suécia possa ser somente uma passagem antes de uma posterior extradição para os Estados Unidos, onde é acusado de espionagem devido à publicação de milhares de documentos secretos do Departamento de Estado.

Advogado de Assange, o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón
O argumento de Garzón
Pouco mais de uma hora antes do discurso de Assange, seu advogado, o juiz espanhol Baltasar Garzón falou na porta da embaixada equatoriana, ele afirmou que que seu cliente solicitou garantias mínimas para responder às autoridades da Suécia pelos crimes sexuais de que é acusado neste país.

Garzón disse que seu cliente quer se apresentar às autoridades suecas para demonstrar a inconsistência das acusações, "mas solicita garantias mínimas, mas, suficientes, que até agora não foram concedidas". O espanhol afirmou também que tinha encontrado Assange com um espírito muito combativo e que ele - antecipando o discurso do australiano - agradecia aos equatorianos e ao presidente Rafael Correa pelo asilo oferecido.

Garzón revelou que Assange "pediu para que se inicie a batalha legal para se conseguir um salvo-conduto (para deixar o Reino Unido) e para que os seus direitos fundamentais, da Wikileaks e das pessoas relacionadas sejam respeitados". Ele afirmou que Assange não deixaria a embaixada e que, sob hipótese nenhuma, teriam uma "atitude passiva".

A posição da Suécia
O número dois do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, em declarações à AFP disse que se a Suécia se comprometesse a não extraditá-lo aos Estados Unidos, seria uma "boa base para negociar" uma saída pra Assange.

"Posso assegurar que ele (Assange) quer responder às perguntas do promotor sueco há muito tempo, há quase dois anos", acrescentou Hrafnsson.

A Suécia reagiu rapidamente: "O suspeito não tem o privilégio de ditar suas condições". "Se o WikiLeaks quer dar uma mensagem deste tipo, deve fazê-lo conosco diretamente, de maneira convencional", disse um porta-voz do ministério das Relações Exteriores.

"No estado atual das coisas, não podemos dizer o que vamos fazer", sustentou, embora tenha assegurado que "não extraditamos ninguém que corre o risco de (ser condenado à) pena de morte".

A manifestação da Alba
No sábado, na cidade equatoriana de Guayaquil, os chanceleres e representantes de Estados da Alba, grupo integrado, entre outros, por Cuba, Venezuela e Nicarágua, apoiaram o governo de Correa, que denunciou que o Reino Unido ameaçou entrar em sua embaixada em Londres para deter Assange. Também em Guayaquil está prevista neste domingo uma reunião de ministros das Relações Exteriores da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), enquanto a Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou uma reunião para o dia 24 de agosto em Washington.

Foto: Bem Cawtha/LNP

Uma pequena multidão de admiriadores, curiosos, policiais e jornalistas ocuparam a rua na frente da embaixada do Equador em Londres, para ouvir Julian Assange


17 de ago. de 2012

Crise Equador x Reino Unido, por causa do asilo de Julian Assange, do Wikileaks

EQUADOR - REINO UNIDO
Crise Equador x Reino Unido, por causa do asilo
de Julian Assange, do Wikileaks
A controvérsia entre o Reino Unido e o Equador devido à concessão de asilo político ao australiano Julian Assange, fundador do site Wikileaks, levou a reuniões extraordinárias do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Aliança Bolivariana para a América (Alba) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Foto: Getty Images

Pessoas que puderam visitar o fundador do grupo Wikileaks, Julian Assange, dentro da embaixada, dizem que ele está chateado, sem ter o que fazer e com uma capacidade de movimentação muito restrita. Alguns admitem que ele está deprimido.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Reuters, Veja , BBC Brasil, O globo, El Comercio, NE10

O Equador concedeu asilo político ao fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, um dia depois de o governo britânico ameaçar invadir a embaixada do país sul-americano em Londres para prendê-lo.

A Grã-Bretanha afirmou que está determinada a extraditar o ex-hacker para a Suécia, onde é acusado de abuso sexual. E que não reconhece o asilo político do Equador, pois o australiano é um criminoso comum.

O australiano de 41 anos provocou a revolta do governo dos Estados Unidos depois que seu portal publicou milhares de documentos confidenciais, o que deixou em situação incômoda o serviço diplomático americano e de outros países em 2010. Assange teme que uma eventual deportação para a Suécia abra as portas para uma nova deportação, desta vez para os Estados Unidos, onde as acusações poderiam levá-lo à pena de morte.

O governo equatoriano disse que outorgou o asilo ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, porque compartilha de seu temor de ser vítima de perseguição política e das possíveis consequências de uma eventual extradição aos EUA.

Um grande número de simpatizantes do fundador da WikiLeaks está convencido do mesmo.

E Assange sabia que poderia contar com o presidente equatoriano, Rafael Correa, entre esses simpatizantes muito antes de entrar na embaixada do Equador em Londres.

Foto: Getty Images

Simpatisantes de Assange comemoram o anúncio do asilo do Equador, em frente a embaixada equatoriana em Londres

Analistas internacionais afirmam que, para se entender a decisão do governo equatoriano, é preciso ter em conta que Correa e Assange têm interesses comuns.

“Os dois acreditam que os Estados Unidos são um império que precisa ser controlado”, afirmou à rede CNN Robert Amsterdam, advogado especializado em direito internacional.

A relação do presidente equatoriano e do criador da WikiLeaks é, aliás, estreita. Correa, por exemplo, já participou do show de TV comandado por Assange, “The World Tomorrow”, transmitido pelo canal de televisão russa R-TV. No programa, ambos trocaram elogios. O australiano definiu Correa como um “líder transformador”. “Sua WikiLeaks nos fez fortes”, respondeu Correa.

Para o analista político equatoriano Jorge Leon, a concessão do asilo a Assange está relacionada às eleições presidenciais, programadas para acontecer em fevereiro de 2013. Segundo ele, a presença de Assange no país pode ser "útil para reforçar a imagem de esquerda de Correa".

Não deixa de ser irônica essa aproximação entre um homem que se proclama defensor incondicional do direito de expressão, como Assange, com um dos grandes perseguidores da imprensa independente, como Correa. O presidente equatoriano é famoso por processar jornalistas e recomendar a ministros que não deem entrevistas. Para Amsterdam, Assange parece agora estar mais interessado em se salvar do que em defender a imprensa livre.

Enquanto Correa tenta utilizar o caso, para fazer um discurso nacionalista e unir os equatorianos em seu torno, a caminho da reeleição quase certa, em fevereiro de 2013, a oposição tenta dá novo rumo ao evento.

O ex-presidente equatoriano Lucio Gutiérrez, por exemplo, chegou a sugerir que a intenção real de Correa é utilizar as habilidades de hacker de Assange para roubar as eleições.

Foto: Reuters

Simpatizante de Assange diante da embaixada do Equador, Londres

Um pequeno escritório, improvisado em quarto, é agora habitat de Assange – há 58 dias “aprisionado’ num espaço onde deve dormir, tomar banho e fazer refeições. Já se fala que ele está deprimido e instável.

Material de escritório, uma cama e uma esteira para correr compõem os móveis no cubículo do australiano, que tem acesso à internet e liberdade para receber amigos e simpatizantes.

O prédio, literalmente cercado pela polícia londrina, abriga também a embaixada da Colômbia e apartamentos privados, alguns deles de membros da família real saudita e do ex-primeiro-ministro líbio Ben-Halim Mustafa.

Apesar de ganhar um cliente famoso, os empregados dos cafés e restaurantes da área não veem com bons olhos a presença constante de um helicóptero da polícia, devido ao barulho ensurdecedor do aparelho. Isso e o espetáculo organizado diante do número 3 da Hans Crescent Street - geralmente um endereço tranquilo, mas hoje repleto de policiais, curiosos e simpatizantes de um homem cujo confinamento voluntário causou uma crise diplomática entre dois países. A grande questão em Londres hoje é quando e como Assange conseguirá escapar dessa confusão monumental.

Se é que vai conseguir.

A controvérsia entre o Reino Unido e o Equador, devido à concessão do asilo político, levou a reuniões extraordinárias do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Aliança Bolivariana para a América (Alba) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Foto: Reuters

Rafael Correa, presidente do Equador, garantindo o direito de expressão do Wikilike, acusado de perseguidor da imprensa livre equatoriana


17 de dez. de 2010

A libertação do fundador do WikiLeaks, em Londres

WikiLeaks
A libertação do fundador do WikiLeaks, em Londres
O juiz londrino, encarregado do processo, concedeu liberdade sob fiança condicional ao australiano Julian Assange, que deverá aguardar, em liberdade, o julgamento do pedido de extradição da justiça da Suécia, onde é acusado de crimes sexuais

Foto: Getty Images

Diante do Tribunal londrino, Assange, ladeado por seus advogados, exibe o alvará de soltura

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Estadão, O Globo, Diario de Notícias, The Independent, Jornal Publico, El Pais,

O editor-chefe do WikiLeaks, Julian Assange, 39 anos, foi libertado sob fiança nesta quinta-feira, após uma semana conturbada em que apresentou-se a justiça inglesa, por estar sendo procurado devido um pedido de extradição emitido pela Suécia, onde é acusado de crimes sexuais.

Assange disse aos jornalistas, reunidos na frente do Tribunal, de onde acabará de ser libertado, que estava contente em respirar o ar fresco da liberdade, afirmando que continuará a lutar para provar sua inocência.

A decisão do juiz Duncan Ouseley, do Tribunal Superior de Londres, permite que o fundador do site WikiLeaks, possa responder, em liberdade, o processo do pedido de extradição.

Na terça-feira, o juiz londrino estipulou uma fiança de 200 mil libras, cerca de R$ 600 mil, para que Assange recebesse o beneficio da liberdade condicional.

Foto: Reuters/El Pais

Mark Stephens, o advogado do australiano (foto) veio a público declarar que ele não dispunha dessa quantia, pois as doações feitas ao WikiLeaks estavam bloqueadas, inclusive as enviadas as companhias de cartões de crédito MasterCard e por pressões do governo americano.

Imediatamente um movimento mundial pela libertação de Assange fez com que, em dois dias, toda a quantia especifica fosse arrecadada. Entre os doadores estão celebridades como o realizador norte-americano Michael Moore, a ativista dos direitos humanos Bianca Jagger (primeira mulher de Mick Jagger), a ex-namorada do ator Hugh Grant, Jemina Khan, e até o biólogo John Sulston, vencedor de um Nobel.

A audiência em que foi concedida a fiança, teve uma novidade bem ao estilo WikiLeaks: foi a primeira vez, que um juiz britânico autorizou que o público twitasse durante a sessão de julgamento, sendo acompanhada no exterior minuto a minuto, atráves de mensagens no Twitter, enviadas por dois jornalistas britânicos presentes na sala.

O advogado afirma veementemente que por trás dessas acusações está o serviço secreto americano, ansioso por lhe por as mãos. Denuncia que a extradição de Assenge para Suécia é um estratagema, que tem como objetivo final conseguir extraditá-lo para os Estados Unidos.

Segundo reportagem do jornal americano "New York Times", o Departamento de Justiça dos Estados Unidos está buscando provas para acusar Assange de conspiração. Eles tentam provar que o ex-hacker australiano estimulou ou até mesmo ajudou o soldado americano Bradley Manning a extrair dos computadores do governo os documentos vazados pelo WikiLeaks. Acusado pelo crime, o militar Manning está preso, deverá ser julgado por uma Corte Marcial, por alta traição.

As acusações, atuais, contra o australiano centram-se em relatos de duas mulheres suecas, voluntárias do WikiLeaks. A primeira diz que Assange teria continuado com uma relação sexual, antes consentida, mas depois forçada, após o preservativo ter-se rompido. Outra o acusa de ter mantido com ela relações sexuais, sem preservativo, quando estava ainda meio adormecida, apesar de adiantar que na noite anterior terem feito sexo consensual (com preservativo).

Foto: Reuters/El Pais

Vaughan Smith, o militar britânico, anfitrião de Assenge, corajoso defensor do jornalismo independente

Em liberdade condicional, Assange usará uma pulseira eletronica e não poderá deixar a casa colocada à sua disposição por um apoiante da WikiLeaks, um capitão aposentado do Exército britânico, Vaughan Smith, jornalista de guerra e fundador do Frontline Club - um clube para repórteres, que defende o jornalismo independente.

Foto: Reuters

O local da prisão domiciliar de Julian Assange, mansão rural georgiana, no condado de Suffolk

Foi na sede do clube, perto da estação de Paddington, que Assange viveu nos últimos dias antes de se entregar à polícia. Agora, ficará na residência de Smith conhecida como “Ellingham Hall”. Trata-se de uma mansão vitoriana com dez quartos incrustada numa propriedade de 160 hectares a 200 km de Londres. O fundador da WikiLeaks teria pedido, sem sucesso, por questão de segurança, que o seu endereço não fosse revelado.

Foto: Getty Images

Hoje, pela manhã, depois da primeira noite em liberdade, diante de um campo gelado tendo ao fundo a mansão que lhe serve de prisão domiciliar, Assange falou com a imprensa e disse que as divulgações continuarão a acontecer no WikiLeaks e que seu maior temor é ser extraditado para os Estados Unidos.


8 de dez. de 2010

WIKILEAKS: A polêmica prisão de Julian Assange em Londres

WIKILEAKS
A polêmica prisão de Julian Assange em Londres
O fundador do portal WikiLeaks está preso em Londres acusado de crimes sexuais na Suécia. O blog “Biscoito Fino e a Massa” sugere que ele é o primeiro preso político global da internet: “Assange teve todos os seus direitos mais elementares suspensos globalmente, de tal forma que tornou-se o sujeito mundialmente “inospedável”, o primeiro, salvo engano, a experimentar essa condição só por ter feito algo na internet”.

Foto: Getty Images

Julian Assange apresentou-se diante do juiz inglês, admitindo ter tido envolvimento sexual com as acusadas, mas de forma consentida. Depois que lhe foi negada a fiança para responder a acusação em liberdade, expressou sua intenção de lutar contra a extradição para a Suécia

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Expressen, Affär Svärlden, Portal Terra, O Globo, Estadão, “Biscoito Fino e a Massa”, Evening Standard , EPA, Correio 24 Horas

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, entregou-se ontem, as autoridades inglesas e encontra-se preso a disposição do tribunal londrino de extradição da Corte de Magistrados de Westminster. Pesam contra ele quatro acusações de agressão sexual, contra duas mulheres, voluntarias suecas do WikiLeaks. A promotoria da Suécia pede que ele seja extraditado, para responder ao processo, no local onde cometeu o delito, em Estocolmo.

A advogada Gemma Lindfield, representante legal das autoridades suecas no processo, disse perante o juiz Howard Riddle que uma mulher identificada como "Miss A." acusou Assange de "coerção ilegal" na noite de 14 de agosto.

A mulher argumentou que o fundador do Wikileaks utilizou o peso de seu corpo para imobilizá-la com intenção sexual.

A segunda acusação diz que Assange "abusou sexualmente" da mesma "Miss A." ao praticar sexo sem preservativo, sem respeitar pedido da suposta vítima.

A terceira acusação é de que, no dia 18 de agosto, o suspeito "abusou deliberadamente" da mesma pessoa "violando sua integridade sexual". A quarta e última acusação se refere a uma segunda mulher, identificada como "Miss W.", que o acusa de ter mantido relações sexuais sem preservativo e enquanto ela dormia, na casa da vítima, em Estocolmo.

Foto: Getty Images

A mídia do mundo inteiro aglomerava-se diante da Corte de Magistrados de Westminster, querendo colher notícias do julgamento de Julian Assange

O juiz não aceitou o pedido de liberdade sob o pagamento de fiança, devido ao risco de fuga do réu, e ordenou que Julian permanecesse em prisão preventiva até a próxima audiência, marcada para 14 de dezembro.

Os seguidores e admiradores de Assange reagiram a prisão atacando online o site ao Ministério Público sueco, a portal do advogado sueco, Claes Borgstrom, que representa as mulheres que o acusam de crimes sexuais e o site corporativo da empresa de cartão de crédito MasterCard, retaliando pelo fato da companhia ter bloqueado as doações ao site WikiLeaks.

Foto: Getty Images

Na Bulgária um protesto solitário e singelo pela libertação de Assange

Mark Stephens, advogado britânico do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, sustenta que "poderes obscuros" perseguem seu cliente e que existe uma conspiração para prendê-lo, em declarações no jornal londrino “Evening Standard”.

"Nesta terça-feira vimos os sorrisinhos dos políticos americanos. A armadilha deu certo” – disse o advogado referindo-se as declarações do Secretário de Defesa, EUA, Robert Gates, que considerou como "boa notícia" a prisão de Assange.

Julian Assange e seu advogado temem que uma extradição para a Suécia, pode ser o começo de extraditá-lo para os Estados Unidos, onde se examina a possibilidade de processá-lo por espionagem, com penas que podem chegar à prisão perpetua ou pena de morte.

Foto: Getty Images

Por outro lado o advogado das duas suecas supostamente vítimas de Assange, Claes Borgstrom, diz que as acusações são coerentes, reais e verossímeis e “o caso não tem nada a ver com o WikiLeaks ou a CIA."

Enquanto isso, Julian Assange continua inspirando emoções fortes, de ódio, principalmente das autoridades americanas e de solidariedade, daqueles que carregam bandeiras de liberdade de expressão. Organizações não-governamentais russas estão pensando, por exemplo, como forma de fortalecê-lo, indicar, Julian Assange, ao Premio Nobel da Paz, declarou uma fonte do Kremlin a agencias de Moscou.

Foto: Reuters

O tradicional presépio do artista plástico Gennaro Di Virgilio, em Nápoles, todo ano escolhe uma figura contemporânea para participar da cena do nascimento de Cristo na manjedoura. Como não poderia deixar de ser, neste ano, colocou Julian Assange na companhia de Jesus, Maria, José e os Reis Magos.

Veja tudo que foi publicado sobre Julian Assange e WikiLeaks, no “thepassiranews”


WIKILEAKS BRASIL: Top Top Garcia flagrado falando mal dos vizinhos

WIKILEAKS BRASIL
Top Top Garcia flagrado falando mal dos vizinhos
O assessor especial de Lula, para assuntos internacionais, Marco Aurélio Top Top Garcia, mantido no cargo por Dilma, em conversa com o subsecretário de Estado americano para o hemisfério ocidental, Arturo Valenzuela, disparou imprecauções contra aliados sul americanos, detonando a Bolívia, de Evo Morales; o Equador de Rafael Correa; a Argentina, de Cristina Kirshner e até o companheiro Hugo Chávez, de quem se diz amigo íntimo

Foto: Associated Press

PODRIDÃO SUL-AMERICANA - Top Top reunido com Valenzuela, em Brasilia, 14 de dezembro de 2009

Postado por Toinho de Passira
Fonte: O Globo

O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Top Top Garcia, disse a um diplomata americano em visita ao Brasil, em dezembro de 2009, que o sistema político no Equador e na Bolívia é "podre".

A conversa, que aconteceu entre Garcia e Arturo Valenzuela, na época recém-nomeado subsecretário de Estado americano para o hemisfério ocidental, foi relatada a Washington por Lisa Kubiske, ministra conselheira da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília. O documento foi filtrado pelo site WikiLeaks e tornado público neste domingo.

A declaração foi dada quando Garcia aparentemente fazia um resumo do panorama político na América do Sul. A Bolívia realizara em 6 de dezembro de 2009 eleições gerais, e o Equador, em abril daquele ano. Evo Morales e Rafael Correa se reelegeram presidentes então.

"Ele descreveu o sistema político de Equador e Bolívia como 'podre'; disse que a vitória de (José) Mujica nas eleições no Uruguai era boa porque ele seria 'mais ativo'; e considerou o futuro da Argentina 'um grande ponto de interrogação'", informou Lisa Kubiske ao Departamento de Estado, em boletim com data de 29 de dezembro de 2009.

Garcia teria aproveitado a reunião com o diplomata americano para ressaltar que o atraso dos EUA em alguns projetos para a América Latina causava frustração e desapontamento.

Segundo o relatório, o assessor de Lula sugeriu ainda que Valenzuela fosse a Caracas para estabelecer uma conexão direta com o presidente Hugo Chávez.

"Se isso não for feito, Chávez vai responder a qualquer um. Ele não tem senso de proporção", teria afirmado Garcia.

O relatório é parte do pacote de 250 mil documentos secretos da diplomacia americana que o WikiLeaks vem divulgando desde o fim de novembro. Estamos esperando, quando os documentos diplomáticos americanos começarem a falar do envolvimento de Top Top Garcia com a guerrilha colombiana das FARC.