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8 de dez. de 2010

WIKILEAKS BRASIL: Top Top Garcia flagrado falando mal dos vizinhos

WIKILEAKS BRASIL
Top Top Garcia flagrado falando mal dos vizinhos
O assessor especial de Lula, para assuntos internacionais, Marco Aurélio Top Top Garcia, mantido no cargo por Dilma, em conversa com o subsecretário de Estado americano para o hemisfério ocidental, Arturo Valenzuela, disparou imprecauções contra aliados sul americanos, detonando a Bolívia, de Evo Morales; o Equador de Rafael Correa; a Argentina, de Cristina Kirshner e até o companheiro Hugo Chávez, de quem se diz amigo íntimo

Foto: Associated Press

PODRIDÃO SUL-AMERICANA - Top Top reunido com Valenzuela, em Brasilia, 14 de dezembro de 2009

Postado por Toinho de Passira
Fonte: O Globo

O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Top Top Garcia, disse a um diplomata americano em visita ao Brasil, em dezembro de 2009, que o sistema político no Equador e na Bolívia é "podre".

A conversa, que aconteceu entre Garcia e Arturo Valenzuela, na época recém-nomeado subsecretário de Estado americano para o hemisfério ocidental, foi relatada a Washington por Lisa Kubiske, ministra conselheira da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília. O documento foi filtrado pelo site WikiLeaks e tornado público neste domingo.

A declaração foi dada quando Garcia aparentemente fazia um resumo do panorama político na América do Sul. A Bolívia realizara em 6 de dezembro de 2009 eleições gerais, e o Equador, em abril daquele ano. Evo Morales e Rafael Correa se reelegeram presidentes então.

"Ele descreveu o sistema político de Equador e Bolívia como 'podre'; disse que a vitória de (José) Mujica nas eleições no Uruguai era boa porque ele seria 'mais ativo'; e considerou o futuro da Argentina 'um grande ponto de interrogação'", informou Lisa Kubiske ao Departamento de Estado, em boletim com data de 29 de dezembro de 2009.

Garcia teria aproveitado a reunião com o diplomata americano para ressaltar que o atraso dos EUA em alguns projetos para a América Latina causava frustração e desapontamento.

Segundo o relatório, o assessor de Lula sugeriu ainda que Valenzuela fosse a Caracas para estabelecer uma conexão direta com o presidente Hugo Chávez.

"Se isso não for feito, Chávez vai responder a qualquer um. Ele não tem senso de proporção", teria afirmado Garcia.

O relatório é parte do pacote de 250 mil documentos secretos da diplomacia americana que o WikiLeaks vem divulgando desde o fim de novembro. Estamos esperando, quando os documentos diplomáticos americanos começarem a falar do envolvimento de Top Top Garcia com a guerrilha colombiana das FARC.


6 de abr. de 2010

Putin diz que pode vender US$5 bi em armas à Chávez

Venezuela - Rússia
Putin diz que pode vender US$5 bi em armas à Chávez
Os russos ainda amarrados na crise econômica incentivam o coronel Chávez a comprar armamento soviético e até oferecem uma linha de crédito de 2,2 bilhões de dólares. Publicamente, nenhum acordo de compra foi firmado, mas nem sempre as negociações sobre armamento são feitas as claras, só se vai saber o que aconteceu de verdade, quando os tanques de Moscou começarem a desembarcar na Venezuela

Foto: Associated Press

Hugo Chávez paparicou o presidente russo como pode, na foto, no Palácio de Miraflores, após o ter condecorado com a ordem Simon Bolivar, maior comenda da Venezuela, Putin recebeu uma réplica de ouro da espada de Bolivar. Ao fundo uma pintura do libertador Bolívar, herói venezuelano a quem Chávez se imagina ser o “alter ego”.

Toinho de Passira
Fontes: Reuters

As vendas de armamentos russos para a Venezuela poderão chegar a um total de 5 bilhões de dólares, disse o primeiro-ministro Vladimir Putin nesta segunda-feira, depois de retornar de uma visita à nação sul-americana.

O Companheiro Chávez ao invés de cuidar de investir em energia e no setor produtor de alimentos, destroçado pela sua revolução bolivarina, causando desabastecimento e apagões no país, investe massiçamente em armamentos, endividando desnecessariamente a Venezuela.

Putin encontrou-se na sexta-feira com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em Caracas, para discutir uma cooperação nos setores de petróleo, defesa e energia nuclear, mas nenhum novo acordo para venda de armas foi firmado.

Os Estados Unidos frequentemente demonstram preocupação com a venda de armas russas para a Venezuela, um dos maiores críticos de Washington na América Latina. O Brasil também deveria se preocupar, pois Hugo Chávez é um instável cidadão, capaz de entrar numa aventura guerreira, para ganhar votos, por exemplo.

Chávez diz que o aumento de seu arsenal tem como objetivo conter um planejado crescimento militar norte-americano na Colômbia, principal aliado dos EUA na região e vizinha da Venezuela.

"Nossa delegação acaba de voltar da Venezuela e o volume total de pedidos pode superar os 5 bilhões de dólares", disse Putin, segundo agências de notícias russas, numa reunião com empresários do setor bélico.

Putin afirmou que o valor inclui uma linha de crédito de 2,2 bilhões de dólares para a compra de armas russas concedida pelo governo de Moscou a Chávez durante visita do presidente venezuelano em setembro.

Foto: Divulgação

Uma das inúmeras versões Tanque soviético T-72, com mira a laser e visão noturna, não há nada que o supere na America Latina, por enquanto

Com esse montante serão adquiridos tanques T-72 e um avançado sistema anti-aéreo S-300, segundo a agência de notícias RIA. As reportagens não continham mais detalhes.

Nos últimos anos a Venezuela comprou mais de 4 bilhões de dólares em armas da Rússia, desde caças de combate Sukhoi até fuzis Kalashnikov.

Durante sua visita a Moscou em setembro, Chávez reconheceu a independência de duas regiões rebeldes pró-russas na Geórgia, um sucesso diplomático para Moscou. O presidente russo, Dmitry Medvedev, disse à época que a Rússia forneceria à Venezuela todas as armas que eles quisessem.

Chávez deseja reforçar as Forças Armadas da Venezuela com mísseis, tanques e submarinos russos. Ele afirma que precisa se defender do que chama o imperialismo dos EUA na América Latina.

Infelizmente temos, nesse aspecto, de dizer que o coronel venezuelano tem razão em ter medo dos americanos, pelos interesses estratégicos do grande volume de petróleo das reservas venezuelanas, embora parte dos seus temores, fundados, são gerado pela sua agressiva política anti-americanista.

Pintura a óleo de Ricardo Acevedo Bernal

Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar Palacios y Blanco, foi um militar venezuelano e líder revolucionário responsável pela independência de vários territórios da América Espanhola, no século XIX. Na pintura, posou com a sua espada para o pintor Ricardo Acevedo Bernal, um pintor colombiano. Foi importantíssimo personagem na história da América Latina. O ídolo de Hugo Chávez, que imagina-se sua reencarnação, e até homenageou-lhe dando o seu nova ao seu estilo de govenar, que chama “Revolução Bolivariana"

2 de mar. de 2010

URUGUAI: Ex-guerrilheiro José Mujica assume presidência

URUGUAI
Ex-guerrilheiro José Mujica assume presidência
No seu discurso de posse, prometeu moderação, estabilidade econômica diante de uma platéia que incluía seis mandatários da região, o príncipe Felipe da Espanha, e a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton

Foto: Ricardo Stuckert/PR

“Vamos ser ortodoxos na macroeconomia e vamos compensar isso sendo inovadores e atrevidos em outros aspectos", disse Mujica no se discurso de posse, ao lado da esposa a ex-guerrilheira e senadora Lúcia Topolansky, que além de Primeira Dama, é presidente do Senado.

Fontes: Reuters, Ansa Latina, Estadão, El Espectador

O ex-guerrilheiro José Mujica assumiu nesta segunda-feira a presidência do Uruguai com a promessa de manter uma macroeconomia "ortodoxa e prolífica" e amplas políticas sociais, naquele que será o segundo governo consecutivo da esquerda no país.

Com uma multidão nas ruas erguendo bandeiras uruguaias e da coalizão de esquerda Frente Ampla, Mujica fez um chamado para um diálogo entre os partidos a fim de estabelecer políticas de Estado e facilitar a governabilidade, deixado de lado os conflitos.

Foto: Associated Press

GUERRILHEIROS UNIDOS: José Pepe Mujica, afirmou que seu "coraçãozinho" pende para a eleição da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), na disputa presidencial brasileira.

"Seria uma aberração nos dedicarmos ao confronto e não ao ajuste. As batalhas pelo tudo ou nada são o melhor caminho para que nada mude e tudo se estanque", disse Mujica no discurso de posse, amplamente aplaudido por políticos de todas as forças no Congresso e dignitários estrangeiros.

O líder de 74 anos prometeu uma condução rigorosa da economia e do sistema bancário, vital para o Uruguai, país com 3,3 milhões de habitantes que vive da agricultura, da pecuária, do turismo e do investimento de não residentes.

"Uma macroeconomia prolífica é um pré-requisito para todo o resto (...) Vamos ser ortodoxos na macroeconomia e vamos compensar isso sendo inovadores e atrevidos em outros aspectos", disse Mujica.

Com o estilo franco que o caracteriza, Mujica disse que passou a manhã anterior à posse "tomando uns mates com a velha" e garantiu que não estava nervoso, já que passou "por muitos testes."

Em relação aos desafios que deverá enfrentar como presidente, entretanto, ressaltou que "hoje é o céu, amanhã começa o purgatório."

Entre os desafios, Mujica deverá buscar a solução a um prolongado conflito ambiental com a vizinha Argentina, que tem afetado a relação bilateral, o comércio e o turismo.

O governo também deverá enfrentar uma situação fiscal apertada e grandes vencimentos da dívida. Alguns analistas econômicos afirmam que ele deverá realizar um ajuste de gastos que poderá afetar as amplas políticas sociais do Estado uruguaio.

Foto: Reuters

A presença da poderosa secretária de estado, Hillary Clinton na posse de um presidente ex-guerrilheiro de um pequeno país latino, foi compreendida como um namoro realista do governo Obama, para com a America Latina, e o início da preparação de sua visita, ao continente, ainda este semestre.

À cerimônia de posse estiveram presentes seis mandatários da região, o príncipe Felipe da Espanha, e a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que se reuniu previamente com Mujica para lhe oferecer cooperação nas áreas de educação, tecnologia, negócios, comércio e investimentos.

"Seu país, presidente eleito Mujica, é um modelo para muitos outros, não apenas no nosso Hemisfério, mas em todo o mundo", disse Hillary.

Em seu discurso, Mujica criticou o estado atual do Mercosul, integrado também por Brasil, Paraguai e Argentina, e pediu um compromisso maior com o bloco por parte dos sócios maiores.

Membro da guerrilha urbana Tupamaros, Mujica passou mais de uma década na prisão durante a ditadura que governou o Uruguai na década de 1970 até o começo dos anos 80 e ganhou as eleições de novembro com 52,3 por cento dos votos.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que um grande revolucionário chegava à presidência uruguaia. "Hoje é um grande dia para o Uruguai. Chega à presidência um revolucionário também", assegurou Chávez.

Foto: Reuters

PODEROSO, MAS SEM PERDER A TERNURA: O presidente Mujica tomou posse sem gravata e em praça pública. O primeiro ato após receber a faixa presidencial foi correr para dá um abraço na esposa senadora, o povo vibrou. Mujica avisou que continuará morando no seu sítio com a mulher durante o mandato.

Considerado um político mais radical que o presidente Tabaré Vázquez, que deixou o cargo, Mujica moderou o discurso durante a campanha, na qual disse se sentir mais próximo a governos como os do Brasil e do Chile do que do modelo socialista da Venezuela, e se comprometeu a continuar as políticas econômicas que permitiram ao Uruguai evitar a crise econômica mundial.

Foto: Reuters
Depois da posse Mujica desfilou pelas ruas de Montevidéu com o seu vice num veículo movido a energia elétrica, não poluente, de tecnologia Uruguai, apelidado de “Pepe – móvel”, em referencia a Pepe, nome que Mujica é popularmente conhecido.

O novo presidente estará acompanhado em seu governo pelo vice-presidente Danilo Astori, artífice da rigorosa política econômica de Vázquez, que supervisionará de seu posto a economia.

Astori disse recentemente que seguirá insistindo em estreitar os laços econômicos com os EUA.

O Uruguai conseguiu escapar da recessão em 2009, apesar da crise financeira global. O país cresceu 2 por cento em 2009 e espera uma expansão econômica de 4 por cento neste ano.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Lula, Uribe e Hillary Clinton assistiram apenas parte da posse do presidente uruguaio. Uribe não queria encontrar-se com Chávez, Hillary tinha mais o que fazer e Lula ia se encontrar com a presidente Barchelet no Chile. Saíram logo após, o discurso no congresso, antes mesmo que Mujica recebesse a faixa presidencial.