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1 de jun. de 2013

ISTOÉ: A fatura chegou

BRASIL – Política
A fatura chegou
Dificuldade do governo em negociar com o Congresso fez Dilma Rousseff criar uma relação de dependência com um grupo seleto de políticos, que agora cobra a conta da vitória nas votações de interesse do Planalto

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

RENAN CALHEIROS (PMDB-AL) tem uma lista de desejos. O primeiro deles é uma possível candidatura ao governo de Alagoas em um cenário que unisse partidos como o PSDB e PT num mesmo palanque. Antes disso quer garantir a indexação da divida do Estado, trocando o IGP-DI pelo IPCS e fixando os juros em 4%

Postado por Toinho de Passira
Texto de Izabelle Torres, para IstoÉ
Fonte: IstoÉ

A presidenta Dilma Rousseff nunca teve talento e disposição para discutir pedidos e picuinhas dos políticos. Avessa à troca de favores e defensora do jogo bruto quando o assunto é chantagem parlamentar, Dilma tem se tornado vítima da falta de habilidade da própria articulação política.

As negociações de última hora em torno de medidas provisórias prestes a perder a validade e a dificuldade em fazer o Congresso votar projetos relevantes apenas com base no mérito estão tornando a presidenta refém de um seleto grupo de aliados capazes de socorrer o governo e mudar o desfecho das votações.

Como se viu na Medida Provisória dos Portos, essa ajuda de última hora pode funcionar. A questão é que aliados desse tipo têm um custo alto. Em troca do apoio, cobram cargos, distribuição de poder, liberação de emendas – que somam R$ 7,1 bilhões – e até interferências em decisões do Executivo que ainda estão sendo discutidas nos gabinetes ministeriais.

Foto: Agência Câmara

HENRIQUE EDUARDO ALVES (PMDB-RN) – Quer garantir a reestruturação do Dnocs, onde manda e desmanda, e o apoio aos seus projetos para 2014: quer a garantia de que Dilma Rousseff subirá no palanque onde ele estiver no Rio Grande do Norte.

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), é um dos que apresentam a fatura. Além de ter sido um fiel escudeiro nas recentes votações, hoje ele tem nas mãos pedidos de abertura de 15 CPIs contra o governo e a missão de domar uma parcela do PMDB disposta a se bandear para a oposição.

Em troca da manutenção da fidelidade quase canina ao governo, Henrique Alves quer que Dilma Rousseff não leve adiante o plano de desativar o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), cabide de empregos para seus afilhados políticos. O deputado trabalha pela reestruturação do órgão e pelo aumento dos recursos destinados a ele e, claro, para manter–se à frente das indicações da diretoria. Alves também avisou ao vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), que quer ter a garantia de que, no Rio Grande do Norte, Dilma Rousseff subirá ao palanque onde ele estiver em 2014.

DANILO FORTES (PMDB-CE) - Quer retomar o poder de indicações na Funasa, que já comandou
A campanha do próximo ano também é uma das prioridades do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que busca apoio para disputar o governo de seu Estado natal. Durante a votação da MP dos Portos no Senado, ele driblou o regimento, fez acordos e garantiu a vitória para o governo.

Mas avisou que havia chegado a seu limite e, na semana passada, mostrou que falava sério. Recusou-se a debater outra medida provisória estratégica, que reduz em 26% a conta de luz, com o argumento de que a proposta não chegou aos senadores com prazo de sete dias para ser lida. A decisão levou o Planalto a anunciar um decreto para garantir que o desconto não se encontre sob ameaça.

Ciente do próprio poder, fruto de um pacto de dependência mútua entre o Planalto e o Congresso, Renan trabalha no presente para decidir o próprio futuro.

Já de olho na realidade pós-eleitoral de Alagoas, empenhou-se numa causa que mistura o interesse geral e o particular. Tornou-se um dos líderes na luta pela correção do indexador das dívidas dos Estados brasileiros, em grande maioria asfixiados por regras financeiras que amarram investimentos e obras de infraestrutura.

Renan batalha para trocar o IGP-DI pelo IPCA e fixar os juros em 4%, em vez de 8%, como acontece hoje, processo que fez a dívida de Alagoas crescer 120% em apenas dois anos.

“É uma distorção que precisamos corrigir no diálogo com o governo”, diz ele. Caso venha a realizar a mudança, Alagoas passaria a ter uma folga de caixa estimada em R$ 300 milhões por ano. Se, por um motivo qualquer, Renan desistisse de concorrer ao governo do Estado, poderia colocar Renan Filho para encabeçar uma chapa – sempre com o crivo do Planalto.

Foto: Ruy Baron/Valor

ROMERO JUCÁ (PMDB-RR) – O maior interesse de Jucá é o novo marco da mineração. Ele precisa que o texto a ser votado em junho, não atrapalhe as atividades de uma mineradora em nome de sua filha, que atua em terras indígenas.

As trombadas e os conflitos do governo Dilma também abriram espaço para líderes governistas ocasionais, cuja atuação nas negociações foi tão bem-sucedida quanto deve ser dispendiosa em sua contrapartida. Embora tenha sido destituído, de forma humilhante, por Dilma Rousseff, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) arregaçou as mangas, levantou a cabeça e, na prática, exerce as funções de líder governista de fato no Senado – função que o líder formal, Eduardo Braga (PMDB-AM), não demonstra o menor apetite para exercer, tamanhas são as demonstrações de falta de autonomia e desprestígio no Planalto.

GIM ARGELLO (PTB-DF) – Espera a indicação do senador João Vicente Claudino (PTB-PI) para o Ministério da Ciência e Tecnologia
Graças a Jucá, a presidenta desistiu da ideia de atropelar o Congresso e regulamentar por decreto a PEC das Domésticas.

Mas Jucá não quer apenas ter seu papel de legislador respeitado. Ele tem interesses bem mais ambiciosos. Sua filha é dona de empresa Boa Vista Mineração, que aguarda autorização do governo para explorar ouro em terras indígenas. Não por acaso, o senador tem pedido para participar diretamente das discussões sobre o marco regulatório da mineração, que será votado no próximo mês.

O apoio e a dedicação do líder petebista Gim Argello (DF) nas votações de interesse do Planalto também terão seu custo.

Depois de fazer corpo a corpo em busca de acordos para votar projetos e medidas provisórias, Gim já avisou que quer um ministério para chamar de seu. Logo depois da votação da MP dos Portos, ele conversou com a ministra Ideli Salvatti e disse que o PTB espera a indicação do senador João Vicente Claudino (PI) para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Avisou que pretende dizer isso pessoalmente à presidenta Dilma. “O PTB é um fiel aliado e espera por espaço”, disse ele.

A lista de parlamentares com poderes e cacife para apresentar demandas específicas é ainda mais extensa. Inclui políticos como o escanteado Danilo Forte (PMDB-CE), que vai relatar a Lei de Diretrizes Orçamentárias em plena discussão sobre orçamento impositivo, considerado uma ameaça ao governo. Forte quer retomar o poder de indicações na Funasa. As dificuldades de agradar e negociar com os próprios aliados vão aumentando a fatura que Dilma terá de pagar aos bombeiros das crises palacianas. Se continuar no descompasso atual, a conta ficará salgada demais.

1 de set. de 2012

Por que Senador Romero Jucá defende exploração de ouro em áreas indígenas?

BRASIL - Corrupção
Por que Senador Romero Jucá defende
exploração de ouro em áreas indígenas?
O parlamentar diz defender apenas os interesses nacionais, quando exorta a aprovação da nova lei, de sua autoria. Por coincidência, uma empresa que pretende explorar minas de ouro em território indígena, que será, beneficiadíssima, pela nova lei, tem a filha de Jucá como sócia majoritária.

Foto: Agência Senado

ROTINA - Jucá na tribuna, defendendo mais um conchavo de alto interesse pessoal, desde a tribuna do senado

Postado por Toinho de Passira
Post baseado no texto de Marcelo Rocha para a revista Época
Fonte: Época

Na tarde do dia 17 de maio, uma quinta-feira de trabalho no Congresso, o senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, subiu à tribuna para, como de hábito, defender os mais caros interesses do país (?)

Desta vez, exortaria os parlamentares a legalizar a mineração em terras indígenas, prevista num projeto de lei patrocinado por ele.

“Quero aqui registrar a importância deste debate. Para o Brasil, é muito importante (a aprovação da lei)”. Passou, então, a explicar os benefícios da proposta:

“Haverá pagamento de royalties ao Poder Público e também à população indígena. Ganhará o direito à mineração aquele que pagar mais à comunidade indígena. Haverá uma licitação.

Haverá todo o cuidado ambiental, todo o cuidado antropológico da Funai”.

Jucá – talvez convencido de que comovera os colegas por ter, pela primeira vez na carreira, empregado no mesmo discurso os termos “licitação”, “cuidado ambiental” e “cuidado antropológico” – encerrou com um apelo para que o projeto seja aprovado logo, ainda neste ano.

POR QUE JUCÁ TEM PRESSA?
- Em 2 de abril – portanto, um mês antes do discurso de Jucá –, a empresa Boa Vista Mineração pedira autorização ao governo para explorar ouro em nove terras que contêm áreas indígenas.

O pedido fora feito ao Departamento Nacional de Produção Mineral, o DNPM, instância burocrática que cuida do assunto.

A quem pertence a Boa Vista Mineração, uma empresa com capital de R$ 2 milhões? A sócia majoritária chama-se Marina Jucá, de 29 anos, filha do senador Romero Jucá. Outros dois sócios dela no negócio também são ligados ao senador. O tino empresarial de Marina Jucá é recente. Não faz muito tempo, era empregada no gabinete do pai e fazia faculdade em Brasília.

INTERRESSES DO PAÍS CONFUNDEM-SE COM OS DE JUCÁ? - O clã Jucá quer explorar ouro em reservas dos índios macuxi e uapixana, em terras que somam 90.400 hectares (algo como a extensão da cidade do Rio de Janeiro). O garimpo ficará próximo à fronteira com a Venezuela, em Roraima.

Em Brasília, está tudo preparado para a criação do eldorado de Jucá. O relator na Câmara do projeto de Jucá é o deputado Édio Lopes, também do PMDB de Roraima, e amigo do senador. Sérgio Dâmaso, que dirige o Departamento Nacional de Produção Mineral e pode conceder as autorizações à empresa de Jucá, é bancado no cargo pelo PMDB.

Se a proposta for aprovada, é provável que a empresa de Jucá consiga as autorizações de imediato, sem licitação, porque as havia pedido antes de a nova lei passar a valer.

Procurado por ÉPOCA, Jucá limitou-se a dizer, por e-mail, que não tem nada a ver com a empresa da filha. Disse ainda que a defesa que faz no Congresso Nacional da aprovação do projeto de lei não representa conflito de interesses com a atividade empresarial de Marina Jucá. “É de interesse do país que esse assunto seja regulamentado.”

Não é lindo?


6 de jul. de 2012

Chávez acusa senadores paraguaios de pedirem propina

VENEZUELA - PARAGUAI
Chávez acusa senadores paraguaios de pedirem propina
Aumentando ainda mais a tensão entre Paraguai e Venezuela, o presidente Hugo Chávez, hoje, na cerimonia comemorativa da independência do país, disse que senadores paraguaios pediram dinheiro por adesão ao Mercosul, sem citar nomes, nem apresentar provas. Os políticos paraguaios insinuam que a declaração de Chávez visa encobrir as acusações de que o chanceler da Venezuela, Nicolas Maduro, tentour, instruído por Chávez, sublevar os militares paraguaios, para evitar o impeachment do presidente Lugo.

Foto: El Nacionl

APAGANDO INCÊNDIO COM GASOLINA - Chávez usando discurso comemorativo dos 201º ano da Indepêndencia da Venezuela para atacar senado paraguaio

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Reuters, La Nacion, Ultima Hora, Folha de São Paulo, Folha de São Paulo

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse nesta quinta-feira que senadores paraguaios pediram subornos para aprovar a adesão venezuelana ao Mercosul, acusação que foi rejeitada por parlamentares e que exacerbou a atual disputa diplomática entre Caracas e Assunção.

A Venezuela retirou seu embaixador do Paraguai e suspendeu o envio de petróleo ao país depois que o Senado, num rápido processo político, destituiu em junho o presidente socialista Fernando Lugo, o que Chávez qualificou como "golpe de Estado".

O novo governo paraguaio, por sua vez, retirou na quarta-feira seu embaixador em Caracas e acusou o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, de ter pedido em reunião com militares em Assunção que as Forças Armadas paraguaias impedissem a destituição de Lugo.

A entrada da Venezuela no Mercosul já havia sido aprovada pelos Congressos da Argentina, Brasil e Uruguai, mas estava sendo inviabilizada devido à resistência do Parlamento paraguaio.

Depois do impeachment de Lugo, o Mercosul suspendeu o Paraguai dos seus quadros, e assim a Venezuela pôde finalmente se tornar membro pleno do bloco.

Em discurso à Assembleia Nacional venezuelana por ocasião do Dia da Independência, Chávez disse que "um grupo desses senadores do Paraguai, desses que deram o golpe, estava pedindo dinheiro, ou seja, pediam dinheiro a nós para permitir entrar no Mercosul".

"Eu disse a Nicolás (Maduro) chanceler da Venezuela: “Nicolás, mande-os passear". São umas verdadeiras máfias. Pedindo dinheiro, pedindo dinheiro. Também há testemunhas brasileiras disso, também há testemunhas argentinas disso", acrescentou Chávez, sem entrar em detalhes nem citar nomes.

Parlamentares paraguaios reagiram negando a versão de Chávez.

"Parece-me sumamente grave o que denuncia o presidente Chávez, e me parece que deveria apresentar provas", disse o senador paraguaio Hugo Estigarribia, do Partido Colorado.

"Esperemos que não seja uma acusação para desviar a atenção das supostas atuações de Maduro no Paraguai", acrescentou o senador, que apoiou a destituição e era contra a adesão venezuelana ao Mercosul.

A Justiça do Paraguai investiga a intromissão do chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, junto a militares paraguaios durante o processo de impeachment do presidente Fernando Lugo.

A ministra da Defesa do Paraguai, Maria Liz García de Arnold, acusa Nicolás Maduro de convocar os comandantes militares a sublevar-se para defender o então presidente Lugo, destituído em 22 de junho passado.

O chanceler Maduro "incitou os chefes militares a reagir a uma situação que afetava o presidente". "Pediu que agissem naquele momento, de acordo com os acontecimentos", em reunião que ocorreu uma hora antes da decisão do Senado que destituiu Lugo, afirmou a ministra.

Segundo o deputado José López, porta-voz da comissão da Câmara dos Deputados que ouviu o testemunho de um dos comandantes paraguaios, "está confirmado plenamente que o chanceler venezuelano e o embaixador equatoriano foram ao gabinete militar da presidência da República" no dia do impeachment.


13 de mar. de 2012

Cai Romero Jucá, na continuação do dia de São Nunca

BRASIL- SENADO
Cai Romero Jucá, na continuação do dia de São Nunca
Cristiana Lobo no seu Blog comenta que havia uma lenda que apesar de nunca se saber por antecipação os resultados eleitorais, uma coisa era, porém, certa, o líder do governo no senado seria o pernambucano Romero Jucá, há 12 anos no cargo, desde os tempos em que o presidente era Fernando Henrique Cardozo. Dilma usou uma rebelião do PMDB para num só golpe derrubar Jucá e ameaçar as lideranças de Sarney e Renan Calheiros no Senado, colocando no lugar o independente Senador Eduardo Braga (PMDB-AM)

Foto: Renato Araujo/AgenciaBrasil

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) resiste em acreditar que perdeu o cargo de líder do governo no Senado. Mas ele já era.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Agência Brasil, Blog da Cristiana Lobo, Terra

No inicio da tarde de ontem, a presidente Dilma Rousseff comunicou ao PMDB que estava tirando o líder do governo no Senado, Romero Jucá. A decisão da presidente é a reação revanche depois da derrota do governo, com a recusa da recondução de Bernardo Figueiredo para a presidência da Agência de Transporte Terrestre, ANTT, no Senado. A derrota do governo, que tem ampla maioria no Senado, foi uma demonstração de força do PMDB rebelado, que anda queixoso, em busca de mais poder e mais verbas, em liberações de emendas parlamentares.

Quem pagou o pato foi Romero Jucá que ocupava o cargo há mais de 12 anos – desde o governo Fernando Henrique Cardoso, passando pelos oito anos do governo Lula e este primeiro ano de Dilma Rousseff.

A saída de Jucá abala o grupo que comanda o Senado há muitos anos, do qual fazem parte o presidente da Casa, José Sarney, o líder da bancada do PMDB, Renan Calheiros, e o vice-presidente do PMDB, Valdir Raupp, agora reforçado com a chegada de Jader Barbalho ao Senado.

Desde o início do atual legislatura, foi formado no Senado um grupo de dissidentes da bancada do PMDB, chamado “Grupo dos Oito”, que resiste à liderança de Sarney e Renan sobre a bancada. Neste grupo, estão, além de Eduardo Braga, os senadores Ricardo Ferraço, Luiz Henrique, Vital do Rego, Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos e Roberto Requião.

Foto: Renato Araujo/Agencia Brasil

Eduardo Braga, o novo líder do governo no Senado, a resposta de Dilma, a chantagem do PMDB de Sarney e Renan

Braga já governou o Amazonas por dois mandatos, mas é estreante no Senado. Logo na chegada, ele marcou diferenças com o grupo dominante na Casa e no partido, formado por José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá – agora reforçado pela chegada recente de Jader Barbalho. A partir de agora, Eduardo Braga passa a dividir o poder que antes era do grupo.

Lula não abria mão do apoio do trio Sarney-Renan-Jucá. Por isso, mesmo se expondo, pôs sua mão protetora sobre eles que em algum momento estiveram sob uma saraivada de denuncias de corrupção. Agora, Dilma destitui Jucá da liderança e enfraquece o grupo.

Esse movimento no tabuleiro do xadrez político, pode ter um resultado futuro de consequências alvissareiras, se Eduardo Braga se sair bem no papel de líder, ele poderá se cacifar para ser indicado presidente do Senado no próximo ano, no lugar do enfraquecido Renan Calheiros, que contava a indicação como favas contadas.

Cristiana Lobo no seu Blog fala também da possibilidade de se retirar Edison Lobão do Ministério de Minas e Energia para ele assumir a candidatura à presidência do Senado. Na verdade dificilmente Lobão ganharia a eleição, mas a sua saída do poderoso e rico ministério, minguaria o poder de Sarney, o seu padrinho político.

Não se pode negar que Dilma com um gesto, está promovendo uma faxina e tanto no Senado Pemedebista, mas ela vai precisar de mais munição, pois tanto o mafioso Sarney, quanto o cangaceiro Renan Calheiros, não vão aceitar tudo isso mansa e pacificamente, por certo vão por jagunços de tocaias nas veredas do Senado a espera dos próximos interesses políticos da presidenta.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil

Esperar para ver como os enfraquecidos e peçonhentos Sarney e Renan Calheiros vão reagir.


15 de nov. de 2011

BRASIL: Jucá subiu no telhado

20/08/2011

BRASIL
Jucá subiu no telhado
PT e assessores de Dilma pregam destituição de Jucá. O senador que nunca gozou da simpatia dos petistas, perdeu a serventia e ocupa um cargo, líder do governo no senado, ambicionado por muita gente influente, do PT e do próprio PMDB de Jucá. O camaleônico senador pernambucano, sentado numa cadeira de Roraima, já sobreviveu a outros ataques, mais desta vez, as apostas são de que sua hora chegou.

Foto: Wilson Dias/ABr

A saída de Wagner Rossi da Agricultura religou a máquina de moer Jucá.

Postado por Toinho de Passira
Fonte: Blog do Josias de Souza

O Blog de Josias de Souza comenta a conspiração petista para tirar Jucá da liderança do governo no Senado, cargo que ocupa desde os tempos em que era tucano, no governo Fernando Henrique Cardoso.

Informam os dicionários que, numa de suas acepções, Jucá é o nome de uma árvore. Em versão científica: Caesalpinea ferrea. No português das ruas: pau-ferro.

A resistência e a durabilidade insinuadas na denominação da madeira ornam com a biografia do senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Comanda os interesses do Planalto no Senado há tanto tempo que, por vezes, tem-se a impressão de que já nasceu manuseando uma medida provisória.

Sob FHC, Jucá, então um tucano, foi líder do PSDB e vice-líder do governo. Sob Lula, foi líder do Planalto. Empossada, Dilma confirmou-o como seu líder no Senado.

Sem alarde, um pedaço da bancada de senadores do PT e parte da assessoria de Dilma puseram-se a conspirar contra a longevidade do “pau-ferro” do Senado.

Inaugurou-se um tipo de movimento que começa em burburinho e costuma terminar com uma cabeça na bandeja.

Atribui-se a um lance de Jucá o início do processo que arrastou o Ministério da Agricultura para a banda podre do noticiário.

Foi por insistência dele que o irmão Oscar Jucá Neto sentou-se na cadeira de diretor-financeiro da Conab, a estatal vinculada à Agricultura.

A liberação de R$ 8 milhões de um fundo destinado à compra de alimentos para uma distribuidora fantasma levou Jucá Neto às manchetes.

Demitido, o irmão do senador atirou para o alto. Acusou o chefe Wagner Rossi de lhe oferecer dinheiro em troca de silêncio e disse: na Agricultura, “só tem bandido”.

Jucá alegou que não sabia da beligerância do irmão, pediu desculpas a Dilma, se recompôs com Rossi e fez de conta que nada sucedera. Engano.

A encrenca virou munição da infantaria petista. Pior: nos demais partidos do consórcio governista, mesmo no PMDB, escasseiam as vozes pró-Jucá.

Não é a primeira vez que o petismo marcha na direção do líder eterno. Dera-se coisa parecida sob Lula. Antes, porém, havia um argumento que enfraquecia o veneno.

Alegava-se que o trânsito de Jucá junto à oposição era útil no desarme de armadilhas. Além de ex-tucano, Jucá tem vínculos históricos com o grão-demo Marco Maciel.

Pernambucano como Maciel, Jucá foi levado a Brasília pelo grupo político do ex-senador do DEM. Fez-se própero nas franjas da presidência de José Sarney.

Antes de virar congressista, presidiu a Funai. Sarney nomeou-o governador do ex-território de Roraima, de onde Jucá recolhe os seus votos até hoje.

Para desassossego de Jucá, o argumento esgrimido por Lula perdeu a validade. Sob Dilma, o Senado deixou de ser trincheira oposicionista.

Outrora, juntando-se a uns poucos silvérios governistas, PSDB e DEM punham CPIs de pé (ONGs, Correios, Cartões Corporativos, Petrobras…). Em 2007, foi ao lixo a CPMF.

Hoje, a maioria governista no Senado é quase tão poderosa quanto a da Câmara. Diz-se que a proximidade de Jucá com as bancadas inimigas já não é tão essencial.

O diz-que-diz anti-Jucá, por disseminado, migrou dos subterrâneos da Praça dos Três Poderes para os ouvidos de Dilma.

E a presidente não pareceu aos que a ouviram avessa à idéia de trocar Jucá. Nem tão rápido que parereça retaliação nem tão devagar que se confunda com inação.

A saída de Wagner Rossi da Agricultura religou a máquina de moer Jucá. O substituto de Rossi, deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS) é líder de Dilma no Congresso.

A cúpula do PMDB apressou-se em espalhar que o vice Michel Temer ouviu de Dilma a promessa de que o partido indicará outro deputado para o posto de líder.

O PT levou o pé atrás. Sob Lula, respondia pela liderança no Congresso a então senadora petê Ideli Salvatti (SC), hoje ministra do balcão. O petismo quer a função de volta.

O PMDB dá de ombros. Já escolheu até um candidato à vaga aberta com a ascensão de Mendes Ribeiro: o deputado piauiense Marcelo Castro.

Confirmando-se a nomeação de Castro, o petismo tende a se concentrar na liderança do governo no Senado.

E o rumor que alveja Romero ‘Pau-ferro’ Jucá pode se converter num barulho ensurdecedor.


13 de mai. de 2010

OPINIÃO: Jucá não gosta do projeto de ficha limpa

OPINIÃO
Jucá não gosta do projeto de ficha limpa
O líder do governo no Senado Romero Jucá diz que pretende melhorar o projeto de ficha limpa aprovado pela Câmara, que propõe proibir que gente como ele se candidate a cargos eletivos. Não disse, porém, se a melhora é melhor para os "fichas sujas, ou para a democracia brasileira. Mas ninguém tem dúvidas de que lado ele está.

Photoshop Toinho de Passira, sobre foto de José Cruz/ABr

Pouca gente sabe, mas Jucá é pernambucano. Quirino Ventania dizia: “pernambucano quando presta, é um colosso, mas quando desanda...”

Toinho de Passira
Fontes: Isto É, O Globo, Wikipedia, O Globo

Os jornais dão destaque à posição firme do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que sinalizou que não se esforçará para dar celeridade à votação do projeto "Ficha Limpa", proposta para barrar a candidatura de políticos condenados pela Justiça.

A votação da proposta foi concluída dia 11 pela Câmara, nascida de um projeto de iniciativa popular, com mais de 1,3 milhões de assinaturas.

Isso não pode ser considerada notícia, pois notícia é uma coisa surpreendente, inusitada. Jucá com a folha corrida que possui, só poderia agir dessa maneira.

Apesar de imoral é coerente com a sua condição de um dos mais importantes representante dos “fichas sujas” no Congresso Brasileiro, um páreo duro com o seu mentor e presidente da Casa José Sarney.

Note-se que apesar de notórios fichas sujas de fato, Jucá, Sarney e até Maluf (até pouco tempo) não podem ser considerados “fichas sujas” de direito, nem com a implantação dessa nova lei, pois nenhum tribunal os conseguiu condenar. Não é lindo?

No ano passado, o ministro do STF Cezar Peluso, atendendo pedido do advogado de Jucá, declarou a extinção da punibilidade do senador, por prescrição da pena, após a denúncia repousar sem nenhum movimento, durante quatro anos, no seu gabinete.

A procuradoria federal acusava Jucá e um sócio de “... obterem em 27 de junho de 1996, mediante fraude, financiamento em instituição financeira, uma vez que se utilizaram de imóveis inexistentes como garantia, a fim de receberem a segunda parcela do empréstimo".

Romero Jucá poderia pegar até seis anos de cadeia, mas jamais será punido por esse crime, como não foi por ter vendido madeira ilegal de reservas indígenas quando era presidente da FUNAI.

Mesmo assim, sem ser um “ficha suja”, de direito, Jucá está empenhado em defender os “fichas sujas” a qualquer custo, por identificação e por prevenção, (vai ver acaba sendo condenado por alguma estripulia).

Jucá nunca disfarça os seus propósitos em defesa da corrupção e da marginalidade. Afinal ele é da tropa de choque do governo Lula, e como toda tropa de choque, não está ali para ser delicado.

Por isso mesmo, soa um deboche, uma pantomima, ver que Romero Jucá está enfrentando inclusive o presidente do Senado, José Sarney que disse disposto a fazer o projeto ter celeridade no senado, para ser aprovado o mais depressa possível.

Sarney quer fazer média. Jucá não é capaz de discordar em nada com o seu mentor. Pouca gente sabe, ou não se lembra que foi José Sarney como presidente da república que tirou o pernambucano Jucá do anonimato de político de província nomeando-o presidente da FUNAI.

Depois que ele se apoderou da madeira dos índios, Sarney viu que ele tinha potencial e o nomeou governador do então território federal de Roraima. Desde então a folha corrida dos dois e as contas bancárias só tem crescido.

A encenação, mal ensaiada, de Jucá e Sarney vai ter que enfrentar, porém, a determinação da oposição no Senado.

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do senado, por exemplo, já avocou a relatoria do projeto Ficha Limpa, para dar celeridade de verdade à aprovação da nova lei.

Há uma possibilidade legal, de sendo aprovado antes das convenções partidárias, o projeto, já transformado em Lei, venha a vigorar já nas próximas eleições.

Mesmo com a nova Lei, muito bandido vai poder continuar candidatando-se, pois o projeto não tem uma amplitude capaz de capturar todos, mas já é um filtro, um começo.

O resto pode ser feito com a conscientização do eleitor. Sonhamos com um congresso, sem Jucá, Sarney, Ideli Salvati, Maluf, Jáder Barbalho, Antônio Palocci, João Paulo, José Genoino, Fernando Collor, Eduardo Azeredo, Renan Calheiros e os Edison Lobão, entre tantos outros.

O povo roraimense não vão nos decepcionar, Jucá e seus comparsas políticos, precisam ser alijados da política brasileira, a partir da próxima eleição.