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20 de fev. de 2010

ARGENTINA - INGLATERRA: Nova crise das Malvinas também chamadas Falklands

ARGENTINA – INGLATERRA
Nova crise das Malvinas também chamadas Falklands
Em 1982, quando as Ilhas Malvinas, que os ingleses chamam de Falklands eram apenas um conjunto de ilhas geladas no fim do mundo, 649 argentinos e 258 britânicos morreram numa guerra pela sua posse. Agora com a possibilidade de existência de petróleo em suas águas territoriais a disputa pela sua soberania fica mais séria e preocupante

Foto: Adam Woolfitt / CORBIS

As bucólicas ilhas Malvinas, vistas assim, parecem um cenário cinematográfico romântico, mas muitos já morreram por sua causa

Fontes: BBC Brasil, Guardian, Mercopress, Agência Brasil, Sartma, El Clarin, Daily Mail

Apesar de todos os protestos argentinos as autoridades britânicas nas ilhas Malvinas (chamadas de Falklands pelos britânicos) afirmaram que a exploração de petróleo no arquipélago terá início na próxima semana, apesar da oposição do governo argentino.

No início da semana, a Argentina anunciou que iria ampliar as restrições aos navios que vão em direção ao arquipélago.

A presidente Cristina Kirchner, como todos os chefes de estado argentinos, quis inúmeras vezes conversar sobre a soberania das Malvinas, mas o primeiro ministro Gordon Brown, como outros chefes de estado britânicos, disse sempre que não havia nada a negociar.

O país protesta contra a iniciativa britânica de iniciar a exploração de petróleo na região e convocar licitações sem comunicar a Argentina. A primeira plataforma de exploração já alcançou as águas na região das Malvinas.

A Assembleia Legislativa do arquipélago informou que as restrições "não surpreendem", mas prometeu que a exploração vai "começar como planejado".

Em um comunicado, a assembléia afirma que tem "todo o direito" de desenvolver "negócios legítimos" no setor de hidrocarbonetos. Esta é uma medida da Argentina para tentar interromper a exploração de petróleo que deve começar na próxima semana. Não é surpresa para ninguém quando eles se comportam desta forma, mas, mesmo assim, é decepcionante quando fazem isso", acrescenta o texto.

O comunicado afirma ainda que "todos os suprimentos que a indústria precisa" estão disponíveis no próprio arquipélago e diz que a exploração vai começar "se o clima permitir".

O governo da Argentina afirmou que pretende buscar o apoio de países vizinhos para tentar ampliar o bloqueio a navios em volta das ilhas Malvinas.

O decreto assinado pela presidente Cristina Kirchner na última terça-feira determina que todos os navios que seguem em direção ao arquipélago a partir de portos argentinos precisam ter permissões especiais.

Mas o deputado Ruperto Godoy, vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, afirmou que espera que os países vizinhos cooperem com a Argentina.

No próximo fim de semana, os países do Grupo do Rio - que reúne países da América Latina e do Caribe - se reúnem em Cancún, no México, e o deputado diz não ter "a menor dúvida de que a Argentina encontrará solidariedade de todos os países".

Foto: Divulgação

No entanto, a plataforma de exploração Ocean Guardian, (foto) que viajava desde novembro pelo Atlântico, já chegou às águas em volta das Malvinas.

A proprietária da plataforma, a Desire Petroleum, afirmou que sua plataforma "nem chegou perto das águas argentinas" e, por isso, não pediu permissão ao governo do país.

A plataforma Ocean Guardian ficará atracada a mais de 96 quilômetros das ilhas durante o final de semana antes da exploração começar, no domingo.

A companhia acrescentou que não tomou nenhuma medida de segurança além das previstas para uma operação de "rotina".

A oposição argentina acusaram Kirchner, cuja popularidade despencou sobre a inflação, a corrupção e as batalhas com os agricultores, de procurar uma distração, como fez o governo militar, que acabou declarando guerra a Inglaterra. “O governo não deve tentar esconder "graves problemas internos", com a crise das Malvinas disse o jornal argentino Clarín, em um editorial.

A disputa entre a Argentina e a Grã-Bretanha envolvendo as ilhas Malvinas, sob controle britânico desde 1833, já foi objeto de uma guerra em 1982, quando os argentinos foram derrotados após tentarem uma invasão.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown disse que o país já adotou "todas as medidas necessárias" para proteger sua soberania no arquipélago, embora negue que planeje o envio de um reforço militar à região. Disse esperar que prevaleçam "discussões sensatas" com Buenos Aires.

Foto: Penguin New

O jornal Daily Mail, porém diz que o destróier HMS York já patrulha ao largo de Port William, na costa leste das ilhas Falkland

O porta-voz argentino Ruperto Godoy disse que seu país quer "sentar para dialogar".

"Quero deixar claro que nossas ações serão diplomáticas, de reivindicações, de protestos, mas de maneira alguma pensando em uma possibilidade de confronto com a Grã-Bretanha", afirmou.

Ele acrescentou que uma "relação plena" com a Grã-Bretanha só será possível "a partir da definição de uma questão que hoje está em discussão e que aparentemente querem encobrir: a disputa sobre a soberania" nas Malvinas.

Não há a menor dúvida que os argentinos estão com a razão no caso. Os ingleses querem impor sua vontade, baseado na vitória militar do passado. Não dá para se ter uma idéia formada de quem tem direito a soberania do arquipélago. Só uma negociação diplomática de alto nível vai resolver a pendenga.

Por pura solidariedade latino americana estamos torcendo pelos argentinos.


18 de fev. de 2010

EUA – CHINA: Obama enfurece Hu Jintao recebendo o Dalai Lama

EUA – CHINA
Obama enfurece Hu Jintao recebendo o Dalai Lama
O presidente americano se reuniu na quinta-feira com o líder espiritual tibetano exilado, para uma reunião na Casa Branca. Apesar de ter recebido o tibetano apenas como líder espiritual e fora do Salão Oval, descaracterizando uma reunião política, o governo chinês se mostrou irado, com o gesto americano, complicando ainda mais as relações entre os dois países

Foto: Pete Souza / The White House

O presidente Barack Obama se reúne com Sua Santidade o Dalai Lama XIV, o encontro de dois premio Nobel da Paz, na sala de Mapa da Casa Branca, longe da imprensa. A única foto divulgada, do encontro, foi clicada pelo fotografo oficial da Casa Branca

Fontes: The New York Times, Folha Online, Uol Notícias, Times Online, MSNBC, White House

Apesar das fortes objeções do governo da China, o presidente dos EUA, Barack Obama, recebeu nesta quinta-feira, na Casa Branca, o Dalai Lama, líder espiritual tibetano exilado.

Obama usou seu primeiro encontro como presidente com o Dalai Lama para pressionar Pequim - alvo de crítica internacional devido a sua política em relação ao Tibet - a preservar a identidade tibetana e proteger os direitos humanos da população tibetana.

Considerado um separatista perigoso por Pequim, mas visto por milhões no mundo todo como um homem de paz, o Dalai Lama sentou-se para conversar com Obama em um momento em que a tensão entre Estados Undios e China se intensifica devido à venda de armas americanas a Taiwan, a política monetária de Pequim e o controle chinês sobre a internet.

"O presidente elogiou o compromisso do Dalai Lama com a não violência e sua busca por diálogo com o governo chinês", disse a Casa Branca em um comunicado escrtio divulgado após o encontro,que durou cerca de uma hora.

Obama encorajou a China e os enviados de Dalai Lama a continuarem com os esforços para resolverem suas diferenças através de negociações, apesar de as recentes conversas terem resultado em pouco progresso.

A Casa Branca disse ainda que Obama e o Dalai Lama também "concordaram sobre a importância de uma relação positiva e de cooperação entre os Estados Unidos e a China"

Após desafiar o pedido chinês para adiar o encontro do presidente Obama com o Dalai Lama, a Casa Branca fez com que o encontro corresse de maneira discreta, sem a presença da mída, num esforço para acalmar Pequim.

Foto: Andrew Harrer/Bloomberg News

Após o encontro, o Dalai Lama conversou com repórteres, ainda na Casa Branca, sem a presença do presidente, e disse ter expressado a Obama sua admiração pelos Estados Unidos, um país "campeão da democracia, liberdade e valores humanos".

Analistas disseram acreditar que o encontro tem grande potencial de complicar ainda mais as relações entre Pequim e Washington e aumentar as recentes tensões entre as duas potências. A China havia advertido que a decisão de abrir as portas da Casa Branca ao Dalai Lama comprometeria a diplomacia sino-americana.

Em entrevista recente, o líder do Partido Comunista Chinês para questões de etnia e religião, Zhu Weiqun, afirmou que o encontro vai "prejudicar seriamente as relações políticas" entre os dois países. "Vamos tomar medidas para fazer com que países relevantes percebam os seus erros".

O Dalai Lama diz que busca "autonomia de fato" para os tibetanos, não a independência do Tibete. Entretanto Pequim rotula o líder espiritual como um "separatista".

Foto: Getty Images

Tibetanos enfrentaram o frio glacial de Washington para protestarem em frente a Casa Branca pela libertação do Tibet, aproveitando a presença do Dalai Lama

No ano passado, Obama não recebeu o Dalai Lama quando o líder visitou Washington. O presidente, que se preparava para uma reunião com o presidente chinês, Hu Jintao, convenceu os tibetanos a adiar o encontro.

Os últimos atritos entre as duas nações incluem disputas comerciais, venda de armas americanas para Taiwan, que Pequim considera uma província rebelde, e polêmica sobre censura envolvendo o Google na China.

Além disso, os EUA precisam de apoio da China no Conselho de Segurança da ONU para aprovar novas sanções ao Irã, por causa do seu programa nuclear.

O New York Times disse que fontes chinesas afirmaram que o presidente chinês, Hu Jintao poderiam retaliar devido o encontro Obama Dalai Lama, com o cancelando sua viagem planejada para Washington em abril.


10 de out. de 2009

França vai devolver afrescos roubados do Egito

França vai devolver afrescos ao Egito
A França vai devolver ao Egito cinco fragmentos de afrescos pintados em tumbas antigas, que foram adquiridas pelo museu do Louvre entre 2000 e 2003, por vias pouco transparentes, os egípcios acusam os franceses de roubo

Foto: Museu do Louvre

Papiro egípcio no Museu do Louvre

Fontes: O Globo, Abril Notícias, Hoje em Dia – France Press, Veja Abril

A França está disposta a devolver imediatamente ao Egito cinco fragmentos de afrescos pintados em tumbas antigas, que foram adquiridas pelo museu do Louvre entre 2000 e 2003, disse o ministro francês da Cultura, Frederic Mitterrand, ao acabar de receber aval do comitê do museu.

Desde que o Louvre expôs os afrescos, identificado pelos egícipios, como surrupiados da tumba do nobre Tetaki", perto do famoso templo de Luxor, 670 km do Cairo, o Conselho Supremo para Antiguidades do Egito pediu à França a devolução das antiguidades, gerando farta discussões entre as duas partes e debates no mundo musicológico.

Foto: khaled Desouki/AFP

Os arqueólogos franceses e egípcios visitaram o site de Karnak, em Dezembro de 2007. Os afrescos em questão fazem parte desse conjunto

Uma convenção de 1970 da UNESCO (órgão da ONU para educação e cultura) prevê medidas contra a exportação ilegal de tesouros nacionais.

Mitterrand disse que os cinco murais foram adquiridos de boa fé pela ex-diretora do departamento de Egiptologia do Louvre, Christiane Ziegler e só em 2008 surgiram dúvidas sobre a sua proveniência, com a descoberta da tumba da qual eles foram retirados.

Foto: Jan Egil Kirkebo

A pirâmide de vidro acrescentada, nos anos 80, pelo arquiteto sino-americano I.M. Pei, magicamente harmonizada com a arquitetura neoclássica do Louvre.

Não é a toa que, diante do Museu do Louvre, na sua reforma, tenham construído uma pirâmide de vidro, como portal de acesso. A coleção de objetos, estátuas, sarcófagos, relíquias e múmias egípcias, impressionam pela profusão, variedade e preciosidade. Grande parte desse acervo chegou ao museu francês por pilhagem.

Hoje o Museu do Louvre acumula a maior coleção de antiguidades egípcias fora do Egito, com um total de 55.000 objetos, entre murais, peças de estatuária e arquitetura.

Zahi Hawass (foto), principal arqueólogo do Egito e diretor do Conselho Supremo para Antiguidades, saiu vencedor em mais uma das suas investidas em recuperar relíquias roubadas do seu país.

Desde que assumiu o cargo, Hawass tem feito da recuperação de peças roubadas uma prioridade da sua administração. Ele pretende reaver o busto de Nefertite - mulher do faraó Akhenaton - e a Pedra de Roseta, fundamental para a descoberta dos significados dos hieróglifos. O busto está no Museu Egípcio, em Berlim, e a Pedra de Roseta, no British Museum de Londres. Recentemente, Hawass conseguiu trazer de volta para o Egito fios de cabelo roubados da múmia de Ramsés II.

Foto: Museu do Louvre

Louvre, vasta coleção de sarcófagos