6 de abr. de 2014

Confirmado definitivamente: Joaquim Barbosa não é candidato a nada, nas próximas eleições

BRASIL - Eleição 2014
Confirmado definitivamente: Joaquim Barbosa
não é candidato a nada, nas próximas eleições
O presidente do Supremo Tribunal Federal deixou passar os prazos legais, sem que renunciasse ao cargo, nem se filiasse a qualquer partido político. Agora, mesmo que quisesse, não poderia mais participar, como candidato, no próximo pleito. No futuro, quem sabe?

Charge: Aroeira

Postado por Toinho de Passira
Fonte: Yahoo Notícia

Contrariando prognósticos de colegas da Corte, de políticos, rumores e fofocas, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, não renunciou nesta sexta-feira, 04, ao cargo, prazo limite para magistrados deixarem os postos a fim de concorrer nas eleições de outubro. Caso renunciasse, teria ainda de se filiar na manhã do sábado, a um partido político a fim de se habilitar ao pleito.

Ele chegou cedo ao Supremo, cumpriu uma agenda normal de despachos e deixou o tribunal por volta das 17h30.

Barbosa teria que ter protocolado até o final desta sexta o pedido de aposentadoria ou exoneração - uma vez que não há expediente no STF no sábado.

A atuação do presidente do Supremo no julgamento do mensalão despertou interesse de partidos políticos. Os rumores de que Barbosa largaria a Corte cresceram no final de fevereiro, com o julgamento de recursos do mensalão. Na ocasião, com pose de candidato, segundo colegas de tribunal, ele fez um "alerta à nação brasileira" ao criticar a "sanha reformadora" após o tribunal livrar oito réus do crime de formação de quadrilha.

A pedido do pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, conforme revelou o jornal O Estado de S.Paulo, a ex-corregedora Nacional de Justiça Eliana Calmon sondou Barbosa para que ele se filiasse ao partido, a fim de concorrer a algum cargo eletivo no Rio de Janeiro, domicílio eleitoral do ministro. A intenção era lançá-lo ao Senado Federal.

Em entrevista no final de fevereiro, o presidente nacional do PV, José Luiz Penna, admitiu que tinha "grande interesse" em filiá-lo. Mas negou tê-lo convidado também para concorrer ao Senado, nas eleições majoritárias do Rio de Janeiro.

Alheio a essas suposições, Joaquim Barbosa já tem agenda oficial marcada como presidente do Supremo para as próximas semanas. Na segunda-feira, ele foi convidado para participar de um evento da Unesco no Rio de Janeiro sobre liberdade de expressão. Constam também solenidades e eventos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). No dia 5 de maio, ele deve participar, na Itália, do encontro da Comissão Europeia para a Democracia através do Direito, mais conhecida como Comissão de Veneza, cidade-sede da reunião.

Mesmo não saindo da Corte neste momento, Joaquim Barbosa tem dado sinais de que poderá deixar o tribunal após o término da sua gestão na presidência, em novembro. Barbosa faz 60 anos em outubro. Pela Constituição, ainda teria direito de ficar mais 10 anos de tribunal. Contudo, ele já admitiu a pessoas próximas que não deve ficar no Supremo por tanto tempo ainda.

Na verdade, entre outras coisas, ele não suportaria ficar debaixo do tacão do próximo presidente da corte, o seu quase desafeto, Ricardo Lewandowski, que deverá a partir da posse, procurar de todas as maneiras facilitar a vida dos condenados do mensalão.

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