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20 de mai. de 2014

Aviso aos velejadores olímpicos: não caiam nas águas da baía da Guanabara - alerta o New York Times

BRASIL - Rio 2016
Aviso aos velejadores olímpicos: não caiam nas águas da baía da Guanabara - alerta o New York Times
Reportagem dos jornalistas Simon Romero e Christopher Clarey, para o New York Times, deste domingo, com chamada na primeira página, fala das preocupações e quase desespero do Comitê Olímpico Internacional, com a preparação das Olímpiadas Rio 2016. Diz que um dos pontos mais cruciais, além das obras atrasadas, é a poluição impactante da Baía da Guanabara, onde deverão acontecer as provas náuticas


Detalhe da primeira página do The New York Times

Postado por Toinho de Passira
Fontes: The New York Times, O Globo

A pouco mais de dois anos para o início das Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, a poluição da Baía de Guanabara continua repercutindo mundo afora. Neste domingo, o jornal americano "The New York Times" publicou ampla reportagem sobre o assunto e fez críticas à falta de ação das autoridades nos últimos anos no local onde serão disputadas as competições de vela.

Entre os personagens ouvidos pela reportagem, um dos depoimentos mais contundentes é o do velejador australiano Nico Delle Karth, que esteve no Rio para um período de treinamentos:

Sem meias palavras Karth disse que a baía da Guanabara é o lugar mais sujo em que ele tinha treinado durante toda a vida.

Comenta que há todo tipo de lixo flutuando na superfície: pneus velhos, colchões descartados, sofás e até animais mortos. A água da baía está tão poluída por esgotos e cheira tão mal, que ele diz ter medo de molhar os pés no momento de colocar seu barco na praia.

No texto, o NYT lembra que o financiamento para a limpeza das águas sempre existiu e cita que rivalidades políticas em várias camadas do governo, municipal, estadual e federal, além da corrupção criaram o impasse sobre quem deveria pagar e com aplicar as verbas destinadas a despoluição.

Foto: Ascom

A Baía da Guanabara, do alto, um cartão postal.

A baía de Guanabara, diz a reportagem, aninhado entre Pão de Açúcar e outros picos de granito, que ofereceria o tipo de imagem de cartão postal que as autoridades do Rio de Janeiro, como anfitriões, queriam exibir durante as Olimpíadas 2016, tornou-se o ponto principal de reclamações, transformando as águas poluídas do Rio de Janeiro em um símbolo de frustrações com os preparativos dos conturbados Jogos Olímpicos do Brasil.

Ambientalistas, biólogos e atletas foram entrevistados. As opiniões são de que trata-se, hoje, de um local impróprio para a prática esportiva e que dificilmente haverá uma melhora acentuada até as Olimpíadas. Em abril, o próprio prefeito, Eduardo Paes, admitiu que não é possível garantir a despoluição da Baía a tempo. Mas crê que os banhistas poderão utilizar partes dela.

Segundo a reportagem, o iatista brasileiro Lars Grael afirmou que já encontrou até quatro cadáveres em suas navegações. Há relatos de toneladas de lixo flutuando, originaria das comunidades ribeirinhas e da falta de uma política de recolhimento de lixo.

Fotos: Ana Carolina Fernandes/The New York Times



Baía da Guanabara, no detalhe: lixo, poluição e mau cheiro

A publicação ainda ressalta que menos de 40% das águas estão sendo tratadas atualmente. A promessa do Rio era entregar 80% do local despoluído até 2016. E os problemas estruturais de um modo geral ganham cada vez mais atenção do Comitê Olímpico Internacional, que faz pressão para acelerar o trabalho.

- O governo poderia implantar porta-aviões para coletar o lixo da baía, que o problema não seria resolvido - disse o biólogo brasileiro Mario Moscatelli.

Entre as críticas, o New York Times também fala dos atrasos para a Copa do Mundo e das dificuldades, em escala menor, que a cidade teve para organizar os Jogos Pan-Americanos de 2007.

Em ofício enviado ao Ministério do Esporte para solicitação de repasse de verba para a construção de duas Unidades de Tratamento de Rios (UTRs), ao qual a agência Associated Press teve acesso, o secretário estadual do meio ambiente, Carlos Portinho, admite que o objetivo do governo de reduzir os níveis de poluição em até 80% não será atingido:

- Mesmo se os recursos necessários para implementar o sistema sanitário forem feitos, não seria possível planejar e implementar todos os projetos a tempo de fazer alguma diferença significante na poluição da água da Baía de Guanabara para as Olimpíadas de 2016 - declarou Portinho.

Os Jogos Olímpicos são dificilmente a preocupação principal para um país onde sobram preocupações com uma desaceleração econômica, diz a reportagem.

Preparar-se para os Jogos Olímpicos pode ser ainda mais difícil do que para a Copa do Mundo.

Autoridades brasileiras imaginavam que o legado dos Jogos Pan-Americanos realizados no Rio, facilitaria com adaptações de baixo custo, para o projeto olímpico. Mas no ano passado tiveram que demolir o velódromo, por que o local destinado as provas de bikes não cumpriram as normas olímpicas. Agora Rio planeja construir uma nova estrutura que custará 10 vezes mais do que o original.

Greves atrasaram reparos no estádio Engenhão, um espaço Jogos Pan-americanos destinados a 2.016 provas de atletismo, que foi o fechado no ano passado sobre os temores de que seu teto podia desmoronar.

Foto: Ana Carolina Fernandes/The New York Times

Baía da Guanabara: sem chance de despoluição satisfatória até as olímpiadas

Algumas autoridades dizem que a situação é mais precária do que a perturbava preparação para os Jogos Olímpicos de Atenas de 2004.

"Eu acho que em termos de tempo disponível, estamos ainda pior", disse Ricci Bitti, presidente da Associação Olímpica.

De todos os desafios que o Brasil enfrenta, a limpeza da Baía de Guanabara pode ser o mais difícil, concluiu o New York Times.

1 de abr. de 2012

A Hora do Planeta

ECOLOGIA
A Hora do Planeta
Pontos turísticos em todo mundo, inclusive no Brasil, ficaram, por instantes, às escuras, neste sábado em adesão ao movimento Hora do Planet, que visa lembrar a necessidade de economizar e gerar energia limpa como forma de reduzir os efeitos da poluição e o aquecimento global.

Foto: Felipe Dana/Associated Press

No Rio de Janeiro, o Cristo Redentor, os Arcos da Lapa, no Centro, e a orla de Copacabana e Ipanema, na Zona Sul da cidade, entre outros locais, ficaram às escuras por alguns minutos.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: The Guardian, Times, G1, BBC Brasil, Zimbio

Cidades em todo o mundo desligaram suas luzes durante uma hora neste sábado durante a "Hora do Planeta". O evento, criado pela ONG ambientalista WWF, acontece às 20:30, no horário local de cada país.

Na Austrália, onde a campanha contra a poluição causada por combustíveis fósseis foi concebida, o famoso porto da cidade ficou as escuras.

De acordo com os organizadores, o evento já quebrou recordes de adesão no sudeste da Ásia. Na China, monumentos como a Grande Muralha e o estádio Ninho de Pássaro, criado para as Olimpíadas de Pequim em 2008, tiveram as luzes apagadas.

Fotos: Antoine Antoniol/Getty Images Europe

Em Paris, a Torre Eiffel apagou suas luzes

Na Coreia do Norte, mais de 74 mil edifícios apagaram suas luzes. Em 2011, mais de 5 mil cidades participaram da campanha, criada em 2007 pela WWF. Este ano, Líbia e Iraque também se juntarão ao evento.

O correspondente da BBC em Sidney, Phil Mercer, diz que astronautas da Estação Espacial Internacional afirmaram que também apagarão suas luzes durante uma hora.

Segundo a WWF, 131 cidades brasileiras aderiram oficialmente ao evento em 2012, incluindo 27 capitais.

Horas antes, a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, divulgou uma mensagem aos participantes da campanha, dizendo que a "Hora do Planeta" é "uma oportunidade para mostrar comprometimento e um momento de reflexão sobre o planeta.

Fotos: Lewis Whyld/PA/Associated Press

Em Londres, o Big Bem aderiu ao simbólico movimento ficando as escuras

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, afirmou em um comunicado em vídeo que a ONU participará do evento e que "desligar as luzes é um simbolo de compromisso com a energia sustentável para todos".

Ele também pediu a adesão de governos e organizações. "Precisamos alimentar nosso futuro com energia limpa, eficiente e acessível. Agindo juntos, podemos criar uma futuro mais brilhante", disse.

Em seu perfil no Twitter, o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela também manifestou apoio à campanha.

Críticos dizem que a campanha é ineficiente contra o uso de combustíveis fósseis, já que concentra seus esforços em uma ação pontual.

A WWF, no entanto, diz que a "Hora do Planeta" é um ato simbólico que ajuda à reflexão e à conscientização sobre as mudanças climáticas.

Fotos: Lisa Maree Williams/Getty Images AsiaPac

Nas duas imagens a visão do porto de Sidney, na Austrália, onde a campanha contra a poluição começou, mostra o mesmo local iluminado e durante a Hora do Planeta.


10 de out. de 2010

ECOLOGIA: A poluição das turbinas eólicas

ECOLOGIA
A poluição das turbinas eólicas
Dos 250 novos parques eólicos instalados nos Estados Unidos nos últimos dois anos, uma dúzia deles têm gerado reclamações, por causa do impacto na paisagem, riscos para a fauna e navegação aérea e principalmente da insuportável poluição sonora provocado pelo barulho das turbinas

Foto: Getty Images

As turbinas na costa de Barbate, sul de Espanha. O governo espanhol se propõe a atingir a meta de 12% de energias renováveis até 2010

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Ultimo Segundo, The New York Times, Renewable Energy World, Wind Watch, The Boston Globe, Inovação Tecnológica, ZD Net, Wild Life Service

Quando a General Eletric começou a erguer três torres para produzir energia aeólica na Ilha de Vinalhaven na Baía de Penobscot, Maine, nos EUA, ano passado, os moradores festejaram a chegada de uma energia limpa que as turbinas trariam.

Pouco tempo depois descobriram que haviam comemorado antes da hora. Reparando bem e ouvindo obrigatoriamente as turbinas acabaram com o silencio e trouxeram junto muitos problemas ambientais, segundo alguns moradores.

Estas queixas estão se tornando um problema crescente para os defensores da ampliação da energia eólica e outras fontes de energia renováveis.

Foto: Kayana Szymczak/The Boston Globe

Art Lindgren, um dos oponentes do parque aeólico, em Penobscot Bay, diz que as turbinas tiraram definitavamente paz do local.

Em todo o mundo, grupos contrários a essas fontes renováveis, estão se formando, com uma ampla gama de argumentos: o principal é o ruído excessivo e a destruição da paisagem, mas figuram também, ameaças para a vida selvagem, risco para o tráfego aéreo. Já obtiveram algumas vitórias. Nos Estados Unidos, por exemplo, a oposição eólica impediu ou atrasou a implantação de alguns importantes projetos de energia eólica.

Essa força opositora, ameaça minar os esforços para se atingira a meta de usar turbinas eólicas para gerar até 20% da eletricidade consumida nos EUA. Para atingir esse objetivo, de gerar de forma aeólica 300 GW, os americanos teriam que acrescentar cerca de 100.000 novas turbinas.

Foto: Reuters

Um conjunto de placas fotovoltaicas, no sopé das Montanhas Rochosas, perto de Boulder, Colorado, USA

Os defensores das turbinas argumentam que essa geração seria bem mais limpa do que a utilização de usinas que funcionam com combustíveis fósseis e o uso do vento, poderia reduzir por quilowatt, as emissões de dióxido de carbono, em até 99%.

Esses benefícios, no entanto, não silenciam as críticas.

Imagem AWS Ocean Energy

Concepção artística de como ficarão, a 50m da superfície, as bóias coletoras submersas de energia das ondas do mar

A resistência a equipamentos de energia renovável não foca só a as torres aeólica: problemas semelhantes está enfrentando planeja cobrir vastas áreas de deserto com coletores solares ou dispersão de produção de energia através das ondas do mar gerada por bóias submarinas.

Um dos primeiros esforços para compreender os impactos ambientais da energia eólica começou duas décadas atrás, depois de milhares de aves mortas, como as águias que imaginavam serem as altíssimas torres locais idéias para a instalação de ninhos. Hoje, os projetos prevêem espaçamentos maiores entre as turbinas e a remoção de torres dos locais mais problemáticos.

Foto: Getty Images

Torres de turbinas aeólicas postadas no mar, na costa da Ilha de Borkum, Alemanha, capaz de gerar energia suficiente para 50 mil residencias

O assunto, porém voltou a esquentar no ano passado, depois que os pesquisadores relataram que um parque eólico só em West Virginia estava matando 4.000 morcegos a cada ano, principalmente durante as migrações de outono.

Águia morta após se chocar com turbinas
Os morcegos estão em risco porque navegam ao longo dos cumes de montanhas que são também os locais ideais para a energia eólica, mas os pesquisadores também registraram que os morcegos parecem ter um fascínio hipnótico com o movimento pás da turbina. Há estudos para proteger os morcegos, com turbina que tem pás em velocidade reduzidas e o acréscimo de alto falantes emitindo sinais de ultra-som, que afastaria os morcegos.

Outro problema para produtores de energia eólica é a interferência para aquelas muito próximas a estações de radar, pois as hélices têm registro eletrônico similares às de pequenos aviões. Esses sinais podem confundir os controladores aéreos.

Mas o maior desafio que enfrentam os construtores da turbina é o ruído.

Sob uma perspectiva puramente técnica: quanto mais rápidas giram as lâminas de uma turbina mais energias produzem. Mas a velocidade das lâminas é também proporcional ao barulho produzido. Vão ter que encontrar um equilíbrio entre eficiência e ruído.

Pesquisadores dizem, porém, que as pessoas tendem a ficar mais confortável com os parques eólicos nas proximidades, com o passar do tempo. As torres passam a integrar naturalmente a paisagem e o barulho tende a ser menos sentido. Mas isso não quer dizer que a questão esteja pacificada.

Foto:Reuters

Fazenda divide a paisagem com um parque eólico de geração de eletricidade no sopé das Montanhas Rochosas, perto da cidade de Pincher Creek, Alberta, Canadá