Mostrando postagens com marcador José Mujica. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador José Mujica. Mostrar todas as postagens

4 de abr. de 2013

“Essa velha é pior que o vesgo”, diz Mujica sobre Cristina e seu marido Nestor Kirchner

URUGUAI – ARGENTINA- Bizarro
“Essa velha é pior que o vesgo”, diz Mujica sobre Cristina e seu marido Nestor Kirchner
Sem perceber o microfone ligao o presidente uruguaio, José Mujica, disse comentou com um prefeito o pensa da presidenta Cristina Kirchner e do seu marido falecido. A declaração involuntário criou um embaraço diplomático.

Foto: El Clárin

MUJICA E CRISTINA - “Esta vieja es peor que el tuerto” – disse o presidente Uruguaio. Cristina deve estar está subindo pelas paredes, por ter sido chamada de velha.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Veja , La Red 21, Clarin, Diario de La Republica, Terra, El Espectador

O presidente do Uruguai, José Mujica, o velho ex-guerrilheiro Tupamaro, caiu nesta quinta-feira, em uma armadilha que já pegou vários mandatários imprudentes. Sem perceber que seu microfone estava ligado, fez um comentário que ganhou uma negativa repercussão internacional, principalmente na vizinha Argentina:

“Essa velha é pior que vesgo”, disse Mujica, em referência à presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e a Néstor Kirchner, marido de Cristina, que morreu em 2010.

“Essa velha é pior que o vesgo ... o vesgo era mais político, ela é teimosa", disse Mujica, após fazer referências às difíceis relações de seu país com a Argentina. O áudio foi divulgado pela imprensa uruguaia pouco depois.

Ele conversava com o governador de um distrito uruguaio, depois de conceder uma entrevista coletiva. O assunto era a relação com os governos da Argentina e do Brasil. Mujica disse que para conseguir algo com o governo argentino, era preciso se inclinar um pouco para o Brasil.

Mais tarde, o presidente uruguaio tentou negar suas declarações. “Publicamente, nunca falei da Argentina”, disse. Segundo ele, a conversa era sobre o ex-presidente Lula e o Brasil. “Eu não vou dar bola nem atravessar o mundo esclarecendo nada. Inventem o que quiserem”, esbravejou.

Mujica não foi o primeiro presidente uruguaio a se colocar em uma situação incômoda com a Argetina. Em 2002, o ex-presidente Jorge Batlle também não percebeu que estava sendo gravado por uma câmera de televisão e disse que os argentinos eram “um bando de ladrões, do primeiro ao último”.

Depois do incidente, Batlle viajou a Buenos Aires para pedir desculpas ao então presidente Eduardo Duhalde. “Por que fui pedir perdão? Eu não era um cidadão, era o presidente da República e os 3 milhões de uruguaios podiam sofrer muito por um erro meu”, explicou.

Segundo o jornal “El Espectador” o primeiro a divulgar o áudio de Mujica, o Ministro das Relações Exteriores argentino Hector Timerman, reuniu-se na tarde desta quinta-feira com o embaixador uruguaio na Argentina, Guillermo Pomi, para entregar-lhe uma carta de protesto do Governo Argentino, chamando de "inaceitáveis" os "comentários depreciativos" do Presidente José Mujica:

"A Argentina assinala que é inaceitável que comentários ultrajantes, que ofendem a memória de uma pessoa falecida, que não pode se defender, tenham sido realizados por alguém que Kirchner considerava seu amigo", disse a nota.

A Chancelaria antecipou que "em relação às palavras usadas pelo presidente Mujica, para descrever a presidente da Argentina (...), a mandatária Cristina Kirchner não vai fazer qualquer comentário.”

Cristina jamais vai perdoar Mujica ter lhe chamado publicamente de velha. Vai não!

1 de out. de 2012

Mujica, o corte no nariz e os buracos de Havana

CUBA
Mujica, o corte no nariz e os buracos de Havana
A história de Pepe Mujica me fez refletir sobre o divórcio que existe entra o modo de vida dos dirigentes e o do povo de Cuba.

Postado por Toinho de Passira
Texto de Yoani Sánchez
Fonte: Blog de Yoani Sánchez - Desde Cuba

Foi uma folha de teto empurrada pelo vento que cortou o nariz do presidente uruguaio José Mujica. Um pedaço de metal que se desprendeu justamente quando ajudava um vizinho a reforçar a cobertura do teto de sua casa. O fato rolou pelas midias e as redes sociais como um exemplo da sensibilidade de um mandatário conhecido pelo seu modo de vida austero. Estava ele ali como mais um camponês, cuidando para que o vendaval não levasse as telhas de uma moradia próxima da granja onde vive em Montevidéu. Sem dúvida uma história cheia de ensinamentos que muitos outros governantes no mundo deveriam imitar.

A história de Pepe Mujica me fez refletir sobre o divórcio que existe entra o modo de vida dos dirigentes e o do povo de Cuba. O contraste é tão marcante, tão abissal, que indica com exatidão boa parte dos erros que estes cometem na hora de tomar decisões. Não se trata somente do fato de residirem nas melhores casas, morarem em bairros residenciais formosos ou dirigirem automóveis mais modernos. Não. A grande diferença apóia-se na prática quase nula que as autoridades têm em relação aos problemas que afligem nosso dia a dia. Desconhecem a sensação de esperar por mais de uma hora numa parada de ônibus, o desassossego de um corte de eletricidade no meio da noite, o mal estar de se caminhar nas ruas sem iluminação pública ou cheias de buracos. Não têm a menor idéia do odor de suor rançoso que preenche o interior dos caminhões onde dezenas de pessoas viajam de um povoadozinho para outro, nem do tumulto das carroças a cavalo que são, para muitos, a única forma de se transportarem. Nunca passaram uma noite no terminal La Coubre, na lista de espera para conseguir uma passagem de trem, nem tiveram que deixar o equivalente a um salário mensal para o segurança que revende os tickets para subir num vagão desmantelado.

Quando um comandante ou general deste país entrou numa loja em pesos conversíveis para ver se no momento vendem o picadinho mais barato e teve que ir-se porque o dinheiro não dava para nenhuma das mercadorias exibidas nas prateleiras? Há quanto tempo que um ministro não abre a geladeira e comprova que sobra água e falta comida? O presidente do parlamento haverá dormido alguma vez sobre o colchão remendado sucessivamente pela avó da sua família? Haverá cerzido sua roupa íntima para continuar usando-a ou utilizado o vinagre de cozinha para lavar o cabelo na falta do shampú? Os filhos destes hierarcas sabem sobre essas madrugadas úmidas nas quais há que se passar esquentando o fogareiro de querosene para que esteja pronto para fazer o café da manhã? Viram de perto a cara do funcionário que diz “não” – quase com prazer – quando perguntado pelo resultado de um trâmite? Alguns deles haverão tido que vender cartuchos de amendoim para sobreviver como tantos aposentados ao longo de todo o país?

Não podem nos governar porque não nos conhecem. Não são capazes de encontrar soluções porque jamais sofreram as dificuldades que temos. Não nos representam porque faz muito tempo que se perderam num mundo de privilégios, comodidades e luxos. Não têm a menor idéia do que implica ser um cubano hoje.


* Tradução Humberto Sisley de Souza Neto

1 de jul. de 2012

Os três patetas do Mercosul usaram o golpe que não houve no Paraguai como pretexto para a execução de um golpe de verdade

OPINIÃO
Os três patetas do Mercosul
usaram o golpe que não houve no Paraguai
como pretexto para a execução de um golpe de verdade

Foto: Reuters

OS TRES PATETAS DO MERCOSUL - Cristina Kirchner, presidente da Argentina, Dilma Rousseff, do Brasil e Jose Mujica do Uruguai

Postado por Toinho de Passira
Texto de Augusto Nunes
Fonte: Blog do Augusto Nunes

O golpe que não houve no Paraguai foi o pretexto invocado pelos parceiros vigaristas para a consumação de um golpe real. Sem a presença do único integrante do Mercosul contrário ao ingresso da Venezuela bolivariana, os governos do Brasil, da Argentina e do Uruguai concederam ao companheiro Hugo Chávez a carteirinha de sócio do clube que nunca funcionou.

Durante oito anos, o Congresso paraguaio amparou-se na cláusula que exige respeito às regras democráticas para barrar a entrada do bolívar-de-hospício. Sete dias bastaram para que a trinca de cínicos removesse a pedra no caminho de Chávez e instalasse no Cone Sul a república de araque localizada no extremo norte do subcontinente.

O impeachment de Fernando Lugo foi decretado sem que qualquer norma constitucional fosse violada. “Tenho a impressão de que foi um golpe”, hesitou Dilma Rousseff no dia do despejo do reprodutor de batina. Se também não souber direito que palavra deve usar para definir o que acaba de fazer em companhia da Argentina e do Uruguai, o neurônio solitário pode dispensar-se de dúvidas: golpe é o nome da coisa.

Formado por parceiros que vivem tentando enganar uns aos outros, o Mercosul era, até esta sexta-feira, uma inutilidade controlada por três patetas. Agora são quatro.


*Acrescentamos foto e legenda a publicação original