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1 de jun. de 2013

Brutal política chinesa do filho único

CHINA - Ensaio
Brutal política chinesa do filho único
Oficiais de planejamento familiar dos vilarejos acompanham vigilantemente o ciclo menstrual e os exames ginecológicos de todas as mulheres em idade de ter filhos em sua área. Se uma mulher fica grávida sem permissão e não for capaz de pagar a multa exorbitante por violar a política, ela corre o risco de ser submetida a um aborto forçado.

Foto: Jing We/The New York Times

Postado por Toinho de Passira
Texto de Ma Jian, para o The New York Times
Fontes: The New York Times, Uol, The Independent, Aljazeera

Zhang Yimou, o famoso diretor de cinema e arranjador da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 2008 em Pequim, foi acusado na semana passada de ser o mais recente infrator da política do filho único da China. O Diário do Povo, o alto-falante do Partido Comunista, alegou que Zhang tem sete filhos com quatro mulheres diferentes.

A notícia despertou um irritado debate online, com internautas condenando a aplicação desigual da lei 1.979, que estipula que cada casal pode ter apenas um filho (ou dois no caso das minorias étnicas e de casais rurais cujo primeiro filho seja uma menina).

A verdade é que, para os ricos, a lei é como um tigre de papel, facilmente contornada mediante o pagamento de uma "taxa de compensação social" – uma multa de 3 a 10 vezes o rendimento anual do lar, definida pelo escritório de planejamento familiar de cada província – ou viajando para Hong Kong, Cingapura ou até para os EUA para dar à luz.

Para os pobres, no entanto, a política é um tigre de carne e osso, com garras e presas. No campo, onde a necessidade de mãos extras para ajudar nas plantações e o desejo patriarcal profundamente enraizado de ter um herdeiro do sexo masculino criaram uma forte resistência às medidas de controle populacional, o tigre tem sido implacável.

Oficiais de planejamento familiar dos vilarejos acompanham vigilantemente o ciclo menstrual e os exames ginecológicos de todas as mulheres em idade de ter filhos em sua área. Se uma mulher fica grávida sem permissão e não for capaz de pagar a multa exorbitante por violar a política, ela corre o risco de ser submetida a um aborto forçado.

De acordo com dados do Ministério da Saúde chinês divulgados em março, 336 milhões de abortos e 222 milhões de esterilizações foram realizadas desde 1971. (Embora a política do filho único tenha sido introduzida em 1979, outras políticas de planejamento familiar, bem menos rigorosas, já existiam antes dela.)

Estes números são fáceis de citar, mas eles não conseguem transmitir a magnitude do horror enfrentado pelas mulheres rurais na China. Durante uma longa viagem através do interior do sudoeste da China em 2009, tive a oportunidade de conhecer alguns dos rostos por trás desses números.

Em barcas precárias ancoradas nas águas remotas de Hubei e Guangxi, conheci centenas de "fugitivos do planejamento familiar" – casais que tiveram de fugir de seus vilarejos para dar à luz ilegalmente a um segundo ou terceiro filho nas províncias vizinhas.

Quase todas as mulheres grávidas com quem conversei tinham passado por um aborto obrigatório. Uma mulher me contou que, quando ela estava grávida de oito meses de um segundo filho ilegal e não conseguiu pagar a multa de US$ 3.200, os oficiais de planejamento familiar a arrastaram para uma clínica local, amarraram-na a uma mesa cirúrgica e injetaram uma droga letal em seu abdômen.

Durante dois dias ela se contorceu sobre a mesa, com as mãos e os pés ainda amarrados com corda, esperando seu corpo expulsar o bebê assassinado. Na etapa final do trabalho de parto, um médico arrancou o feto morto pelo pé, jogando-o em seguida numa lata de lixo. Ela não tinha dinheiro para pegar um táxi. Ela teve que ir mancando para casa, com sangue escorrendo por suas pernas e manchando suas sandálias brancas de vermelho.

Não surpreende o fato de a China ter a maior taxa de suicídio de mulheres do mundo. A política do filho único reduziu as mulheres a números, objetos, a um meio de produção; negando a elas o controle sobre seus corpos e o direito humano básico de determinar de forma livre e responsável quantos filhos querem ter e quando.

As meninas também são vítimas da política. Sob pressão da família para garantir que seu único filho seja menino, as mulheres normalmente optam por abortar bebês do sexo feminino ou descartá-las no nascimento, práticas que têm distorcido a proporção de sexo na China para 118 meninos para cada 100 meninas.

O Partido Comunista defende que os meios justificam os fins. Quando Deng Xiaoping e seus colegas reformadores da economia introduziram a política do filho único como uma medida "temporária" em 1979, após a morte de Mao e o fim da calamitosa Revolução Cultural, alegaram que, sem a política do filho único, a economia se enfraqueceria e a população explodiria.

Foto: Aljazeera

O governo insiste o programa do filho único ajuda a distribuir os recursos limitados no país mais populoso do mundo. Atualmente há 1,3 0 bilhão de pessoas na China, segundo eles, se não houvesse o controle de natalidade a população poderia ter chegado a 1,7 bilhão.

Trinta e quatro anos mais tarde, apesar das críticas crescentes, o partido ainda se apega a ela. Mas seu argumento se baseia numa ciência sórdida: a taxa de natalidade, que já estava caindo antes de a política ser introduzida, está agora oficialmente em 1,8, ou mais próxima de 1,2, de acordo com especialistas em demografia independentes como Yi Fuxian – muito mais baixa do que o nível de 2,1 necessário para a reposição da população. Yi e outros alertaram sobre o iminente desastre demográfico da China: uma nação de rápido envelhecimento que não conseguirá ser sustentada por uma força de trabalho cada vez menor.

O aumento da renda e a urbanização geralmente levam à queda das taxas de natalidade. Se a política do filho único fosse abolida amanhã, a maioria dos chineses não teria pressa para produzir tantos descendentes como Zhang Yimou. E apesar dos sinais recentes de que o Partido pode estar considerando flexibilizar gradualmente as restrições ao nascimento, ainda há uma resistência considerável.

Os linha-dura teimosos não vão abandonar voluntariamente as medidas de controle populacional que forneceram ao governo cerca de dois trilhões de yuans em multas, de acordo com o demógrafo Ele Yafu, e a possibilidade de manter um controle firme sobre as vidas das pessoas.

A indignação pública manifestada contra Zhang durante a última semana favorece o partido. Em vez de atacar a política bárbara do governo, as pessoas estão sendo incentivadas a criticar o rico por escapar de suas garras.

Acabar com este castigo é um imperativo moral. As atrocidades cometidas em nome da política do filho único ao longo das três últimas décadas estão entre os piores crimes contra a humanidade do século passado. As marcas que ela deixou na China talvez nunca sejam apagadas.

Aborto forçado

Foto: The Independent

Em junho do ano passado, os jornais noticiaram a história de uma chinesa que havia sido obrigada pelas autoridades a abortar, um feto de sete meses, para atender política do filho único.

Feng Jianmei, 22 anos, foi raptado de sua casa por cinco homens da clínica local de planejamento familiar, porque não tinha o dinheiro da multa para quem tem o segundo filho, algo em torno de 40.000 yuan (R$ 12 mil).

Segundo seu marido Deng Jiyuan, 29 anos, ela foi vendada, ameaçada e obrigada a assinar uma autorização para fazer o aborto.

A Foto chocante (imagem não apropriada para menores e pessoas sensíveis), de Feng deitado na cama do hospital com o feto ensanguentado ao seu lado chocou a China e reabriu o debate sobre a regra limitando os casais a um filho.

A família, que vive em Zengjia cidade no norte da província de Shaanxi, foi agredida e perseguida por funcionários públicos e parte da população local, taxados de traidores pela divulgação das fotos e da história pela imprensa estrangeira.

Temendo ser morto, o marido, Deng Jiyuan, desapareceu.


Ma Jian é autor do romance "The Dark Road", lançado recentemente.
O ensaio foi traduzido do chinês por Flora Drew
Utilizamos a tradução do inglês para o português do site da UOL
*Acrescentamos subtítulo, foto e legenda a publicação original

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27 de mai. de 2013

Terceira "Marcha das Vadias" no Recife: exigência do fim da violência contra a mulher

BRASIL - Pernambuco
Terceira "Marcha das Vadias" no Recife:
exigência do fim da violência contra a mulher
As mulheres continuam sofrendo todo tipo de violência física e psicológica. Um cardápio que inclui humilhação, estupro e assassinatos. O estado de Pernambuco, como um todo, com destaque para o Recife, amarga alguns índices recordes vexatórios e crescentes de violência contra as mulheres. O movimento “Marcha das Vadias” serve para denunciar e fazer refletir sobre essa barbárie.

Foto: Nathalia Verony /Flickr

Imagens da “Marcha das Vadias“ no Recife, 25 de maio de 2013

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Diario de Pernambuco, NE 10, Reuters, Flickr "Marcha das Vadias" - Recife, G1, Face book - Nathalia Verony, Disque Denúnci-PE

Duas mil pessoas participaram da terceira edição da "Marcha das Vadias"no Recife, que saíram às ruas da cidade, na tarde deste sábado (25), para pedir respeito e defesa às mulheres e denunciar a violência sexual. O evento acontece simultaneamente em outras capitais brasileiras, como São Paulo e Belo Horizonte.

Quase sempre organizada pelas redes sociais, este ano a marcha do Recife contou com diversos debates preparatórios. No Facebook, o evento da Marcha das Vadias contou com quase 2.600 confirmações.

Foto: Mark Blinch/ Reuters

COMEÇO DE TUDO – Multidão participando da primeira Marcha das Vadias (Slutwalk) em Toronto, Canadá, 3 de abril de 2011

O Movimento Slutwalk, vertido para "Marcha das Vadias", no Brasil, surgiu no Canadá, no início de 2011. Na época, diversos casos de abuso sexual em mulheres estavam acontecendo na Universidade de Toronto. Convidado o policial Michael Sanguinetti fez uma palestra sobre segurança pessoal no campus de faculdade de direito, em Toronto, entre as recomendações ele disse que "As mulheres deveriam evitar se vestir como vadias para não serem vítimas”.

A frase, mal posta, levou milhares de mulheres às ruas de todo o mundo protestarem contra a crença de que 'as mulheres facilitam, pedem ou contribuem para serem estupradas' ou qualquer outro tipo de violência.

No Recife, nesta ano, a caminhada saiu da Praça do Derby e seguiu pela avenida Conde da Boa Vista, na região central da capital. A manifestação começou às 14h e terminou, quase três horas depois, na Praça da Independência.

Uma fileira interminável de cartazes propagava a luta pela desconstrução de valores machistas impostos pela sociedade. Mulheres, crianças, homens, pais e filhos desfilaram pelas Avenidas Conde da Boa Vista e Guararapes com os dizeres de alerta. "É uma celebração triste; estamos reinvindicando para que não haja violência, mas a sociedade ainda não entende", comenta Késia Salgado, uma das organizadoras do evento.

Durante a concentração e pelo percurso, várias intervenções artísticas de grupos que apoiam a causa. Nas performances, direito a mulheres nuas ou com poucas peças de roupas para desconstruir a visão do 'sexo frágil' ou a crença de que as mulheres pedem para ser estupradas. "A marcha vem para mostrar que as mulheres não ficarão mais caladas, que a impunidade não vai acontecer; vivemos uma epidemia e a sociedade tem que se reeducar", ressaltava Késia.

Já no final da marcha, na Praça da Independência, o grupo abriu espaço para os depoimentos. Com megafones, mulheres vítimas de agressões compartilharam com os presentes suas experiências. De acordo com a organização, a marcha ganhou mais seguidores neste ano.

Apesar de todos os movimentos e reações da sociedade, continua a crença de que uma mulher vestida de forma mais provocante, está pedindo para ser estuprada. O comentário do policial canadense está na cabeça das autoridades e da sociedade estereotipada.

As vítimas de estupro, ao responderem o questionário policilial, no momento da queixa, são sempre interrogadas, como se tivessem culpa do que aconteceu, pergunta-se sempre, o que estava vestindo? Por que estava aquela hora naquele local? Por que estava sozinha? A quanto tempo não fazia sexo, quantos parceiros já teve, se tem alugum relacionamento fixo? Etc.

Foto: Nathalia Verony /Flickr

Imagens da “Marcha das Vadias“ no Recife, 25 de maio de 2013

Não fica descartada a insinuação de sensualidade e permissão incial mesmo quando se tratada de crianças e tenras adolescentes. As respostas das vítimas, sob forte emoção e na maioria das vezes conduzidas pelo interrogador preconceituoso, são sempre valiosos trufos "muito bem usadas" pelos advogados dos estrupadores, alegando as circunstancias provocadas pela vítima.

A concepção geral é como se houvesse uma tentação irressitivel, ao homem pedrador, diante da mulher de roupas atraentes, circulando fragilisada e sozinha por locais com pouco frequencia.

A violência fisica, desfiguração e até a morte ocorrem com uma frenquencia insuportável, por homens que se voltam contra as mulheres que não querem continuar um relacionamento, principalmente, se elas inciam um novo.

Para alguns o fato é agravado, com a persepção de que a mulher pertence ao homem, como uma propriedade privada. "Se não vai ser mais minha, não será de mais ninguém" dizem os assassinos de mulheres enciumados, por terem sido rejeitados pelas mulheres.

Lembrar que até os anos 60, do século passado, os tribunais ainda aceitavam com "legítima defesa da honra", argumento para justificar, abrandar as penas, ou inocentar os homens que matavam as mulheres que o traíssem.

Foto: Nathalia Verony /Flickr

Imagens da “Marcha das Vadias“ no Recife, 25 de maio de 2013

De janeiro a dezembro de 2012, a Central de Atendimento à Mulher Nacional (Ligue 180) contabilizou 732.468 registros, sendo 88.685 relatos de violência. Isso significa que, a cada hora, dez mulheres foram vítimas de maus tratos ao longo do ano passado.

As denúncias de violência contra a mulher cresceram 46% em 2012. Segundo dados do Disque-Denúncia Pernambuco, foram 866 ligações ao longo do ano passado, frente a 593 em 2011. Na maioria dos casos, o agressor é o próprio marido e o crime ocorre no ambiente doméstico.

Nos últimos 12 anos, já foram mais de 6.500 denúncias, que vão deste agressão verbal, física até cárcere privado e abuso sexual. Um crescimento de informações não quer dizer obrigatoriamente maior violência. O fato é que muitas mulheres não estão mais aceitando caladas as situações em que sofrem algum tipo de agressão”, explica a superintendente do Disque-Denúncia penambucano, Carmela Galindo.

Todo e qualquer tipo de violência contra a mulher deve ser denunciado. Até mesmo um simples empurrão pode dar indícios de que a violência possa chegar a uma ocorrência mais grave, como o homicídio. Por isso é fundamental fazer a denúncia ainda na primeira vez em que existir esse desrespeito.

Foto: Nathalia Verony /Flickr

Imagens da “Marcha das Vadias“ no Recife, 25 de maio de 2013

Desde 2006 está em vigor a Lei Maria da Penha, que prevê três anos de prisão para o agressor, impossibilitou o cumprimento de penas alternativas e permitiu o decreto de prisão preventiva. Já em 2012, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) passou a permitir que o acusado seja denunciado pelo Ministério Público mesmo que a mulher não apresente queixa.

“Mesmo assim, por se tratar de um crime cometido no ambiente doméstico, a maior dificuldade ainda é o registro da queixa. Por isso é importante a existência de canais, como o Disque-Denúncia, para o registro anônimo. Mesmo pelo site conseguimos preservar a identidade do denunciante”, lembra a superintendente da entidade.

As denúncias podem ser realizadas pelo site www.disquedenunciape.com.br, com o envio de fotos e vídeos. Por telefone, é possível entrar em contato através do 3421-9595, na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata Norte, ou pelo (81) 3719-4545, no interior do estado. O anonimato é garantido.

Apesar de debochado, por vezes, apelativo o movimento merece respeito e atenção. Ao lado, em cima, em baixo da mulher, observando, ou sendo observado, “thepassiranews”, defende, apoia e participa da “Marcha das Vadias”, com se vadia fosse.

Foto: Nathalia Verony /Flickr

Imagens da “Marcha das Vadias“ no Recife, 25 de maio de 2013


30 de set. de 2012

Os crimes sexuais de Kadafi

LÍBIA
Os crimes sexuais de Kadafi
O livro reportagem, “As presas - sobre o harém de Kadafi” , da jornalista do Le Monde, Annick Cojean, conta o horror dos porões do palacio do ditador líbio, onde mulheres, homens e crianças viviam como prisioneiros, para satisfazer o doentio apetite sexual do ditador, que utilizava-se de até quatro vítimas diárias.


Ex-presidente líbio mantinha, segundo o livro, mulheres, homens e menores de ambos os sexos como escravos sexuais, em Trípoli. Costumava estruprar menores de ambos os sexos.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: O Globo, El Pais, Terra

As orgias e depravações sexuais dos filhos de Muamar Kadafi são de conhecimento público, mas pouco se sabe da intimidade do ex-ditador líbio, morto no ano passado.

Em entrevista ao jornal espanhol “El País”, a jornalista Annick Cojean, autora do livro “As presas”, conta detalhes do apetite sexual insaciável do ex-presidente, que além de violar mulheres, abusaria também de homens, incluindo seus próprios ministros e embaixadores, e teria ao menos quatro relações sexuais por dia. O livro, recém-lançado na França, retrata um Kadafi megalomaníaco, vaidoso e cínico.

- Muitos o viam como um predador de mulheres, mas não podíamos imaginar seu nível de barbárie, sadismo e violência - disse Annick.

Soraya, uma das jovens cujo relato está presente no livro, tinha 15 anos quando, em 2004, foi sequestrada por 'olheiros' de Kadafi após entregar um buquê de flores para ele durante uma cerimônia em sua escola. O ex-líder aceitou o presente e colocou a mão sobre a cabeça da menina. Soraya disse que só mais tarde percebeu que o sinal queria dizer "eu quero essa".

No dia seguinte, mulheres em uniformes apareceram no salão de beleza de sua mãe em Sirte e explicaram que Kadafi queria a menina para outra "cerimônia de buquê". Ela foi levada, viajou horas por um deserto, teve seu sangue tirado e os seios medidos antes de ser desnuda e depilada. Após ser vestida com uma pequena calcinha e um vestido justo de cetim branco, ela foi levada ao quarto de Kadafi, onde o encontrou já pelado.

As mulheres que escoltavam Kadafi, nas suas viagens, eram, na verdade, escravas sexuais
"Ele segurou a minha mão e me forçou a sentar ao seu lado na cama", contou Soraya, acrescentando que não se atreveu a encará-lo. "Ele disse: 'não tenha medo. Eu sou o seu papai. Não é assim que vocês me chamam? Mas também serei seu irmão e amante, porque você ficará e viverá comigo para sempre'". A jovem afirmou que tentou resistir e foi então foi enviada para ter lições com Mabrouka, mulher responsável pelo harém de Kadafi, que recebeu ordens para educá-la e trazê-la de volta.

De acordo com o livro, Kadafi repetidas vezes estuprou, espancou e urinou em cima da adolescente nos cinco anos que ela passou em cativeiro. Algumas vezes outras garotas estavam presentes nos seus encontros com o líder. Quando alguma delas fazia sexo oral em Kadafi, ele dizia para Soraya "assistir e aprender". Segundo a jovem, Kadafi estava sempre drogado e obrigava suas vítimas a cheirar cocaína, fumar, beber e dava filmes pornôs para a jovem ver como "dever de casa" .

Outra vítima, Houda, relatou à jornalista francesa que concordou em fazer sexo com Kadafi após ele prometer libertar o seu irmão. Ela tinha 18 anos na época do primeiro encontro. Kadafi teria abusado dela nos próximos cinco.

Famoso por sua tirania, os relatos no livro ajudam a trazer luz sobre o misterioso exército de mulheres em uniforme que sempre escoltava Kadafi em suas viagens. De acordo com a obra, em vez de fazer a segurança do líder, elas eram suas escravas sexuais e Kadafi adotava o estupro como prática diária. O ex-líder, morto em 2011 ao fim da revolução que tomou conta da Líbia, também estupraria meninos com frequência, segundo relatos de vítimas.

Capa da versão francesa do livro sobre os crimes sexuais de Kadafi

Como Soraya, eram muitas mulheres e até alguns homens, vivendo como escravos sexuais. Alguns ficavam por dias, outros por anos sob o domínio do ditador. O fluxo era constante para saciar o apetite sexual de Kadafi, que mantinha relações com quatro pessoas por dia, segundo as testemunhas entrevistadas por Annick.

- Algumas me falaram de 30 mulheres presas ao mesmo tempo, mas é impossível comprovar, havia muitas idas e vindas e os movimentos eram restritos. Não tinham muito contato umas com as outras - disse a jornalista.

>Qualquer evento poderia ser usado para encontrar novas presas sexuais, incluindo viagens ao exterior, diz Annick. Segundo a jornalista, qualquer lugar poderia ser usado para saciar o apetite do líder. Nos porões da Universidade de Trípoli, por exemplo, rebeldes encontraram um quarto, com uma enorme cama ainda feita e uma hidromassagem com detalhes de ouro.

Mas a obsessão sexual de Kadafi também era uma arma de poder. O ditador usava o sexo para punir seus desafetos políticos, contou um ex-membro do regime, afirmando que o líder abusava sexualmente com alguns de seus ministros, condenados à desonra, e elaborava estratégias para seduzir mulheres de chefes de Estado africanos e embaixadores.

- Cada vez que queria se posicionar como vencedor frente a um chefe tribal, de Estado ou um opositor qualquer, prometia que poderia dar dinheiro para uma fundação, diploma de estudo, para sua mulher, sua filha. Uma desculpa para um convite até o complexo de Bab al-Aziziya. O simples fato de ter transado com a filha de um deles o fazia se sentir triunfal - disse Annick.

16 de jan. de 2012

Big Brother: Acusação de estupro elimina participante

BRASIL
Caso de estupro no BBB12 elimina participante
Acusado de ter estuprado uma companheira no BBB12, o modelo Daniel Echaniz, foi expulso nesta tarde. A vítima foi a estudante Monique Amin, que teria sido molestada pelo participante, por estar inconsciente após ter ingerido bebidas alcoólica durante uma festa do programa. Independente da expulsão do programa a polícia já investiga o caso e Daniel deverá ser processado.

Foto: TV Globo/Divulgação

Daniel foi um dos quatro participantes que entraram por último na casa. Sai da casa, com a carreira de modelo encerrada, acusado de estupro e com contas a acertar com a polícia.

Postado por Toinho de Passira
Fontes:O Globo, Terra, UOL, Terra, BBB 12, Folha de São Paulo, Veja

O modelo Daniel Echaniz, 31, foi expulso do "BBB12" após ter supostamente estuprado a estudante Monique Amin. O blog da jornalista Patrícia Kogut, do jornal "O Globo", foi a primeira a noticiar a eliminação do candidato da casa, ainda na tarde desta segunda-feira, quando já havia muita especulação.

Na madrugada de sábado para domingo (15), Daniel e Monique dormiram na mesma cama, após terem participado de uma das festas do BBB. Foi possível observar uma movimentação intensa de Daniel, debaixo do edredom, em circunstancia que fazia supor um ato sexual, enquanto a estudante, Monique, parecia dormir.

O vídeo que mostra a cena, foi postado inúmeras vezes por assinantes do pay-per-view do Big Brother na TV a cabo, mas tem sido retirado do ar quase que automaticamente, com um aviso que há um pedido da Globo alegando direitos autorais.

O site da Veja diz que durante sete minutos a jovem, completamente inerte, sofreu o ataque sexual de Daniel.

Nesta segunda, a participante Monique foi chamada ao confessionário para esclarecer pela segunda vez - ela já havia feito isso poucas horas depois do ocorrido - o que aconteceu entre ela e Daniel.

Poucos minutos depois do retorno de Monique, todos os participantes foram chamados para dentro da casa e recolheram algumas roupas do armário e colocaram em uma mala. Possivelmente os pertences de Daniel, que já havia saído da casa.

Os participantes escutaram com apreensão as ordens da produção, mas quando o áudio da casa foi aberto não se ouviu comentário sobre a saída de Daniel.

Segundo a jornalista Patrícia Kogut, do jornal "O Globo", a decisão foi tomada pela direção depois que a Polícia Civil esteve no Projac para investigar o caso.

O delegado Antonio Ricardo, titular da 32ª DP (Taquara), instaurou inquérito para apurar o caso e segundo as últimas notícias ouviu pessoalmente os envolvidos do suposto crime, dentro do Projac , cidade cenográfica da Globo no Rio de Janeiro.

Segundo o advogado Sergio Ribeiro, ouvido pela reportagem do Terra, no caso, como Monique estava embriagada, ou seja, inconsciente, o inquérito policial pode ser aberto na categoria de "estupro de vulnerável" e, desta forma, tanto o Ministério Público quanto o delegado podem determinar sua instauração, mesmo que não haja queixa formal da vítima.

O site da Veja condenou a forma como a produção do programa lidou com o caso, perguntando: “Daniel está expulso do Big Brother Brasil 12. Ou seria eliminado? Afinal, o modelo teve um comportamento inadequado – ou teria sido ele acusado de um crime grave? A edição do BBB12 levada ao ar nesta segunda-feira pela Globo mostrou que o programa pode ter tudo, menos a realidade que dá nome ao seu gênero televisivo.”

Foto: Captura de Tela

Pedro Bial, irreconhecivelmente impreciso, vacilante e dissimulado, informando a eliminação do participante Daniel.

Na boca de Pedro Bial, o inquérito policial aberto pela 32ª DP do Rio para apurar o possível estupro da gaúcha Monique pelo modelo paulista, após a festa de sábado no reality, se transformou em avaliação “cuidadosa” e “sem precipitação” do fato por parte da Globo”.

Pior: Boninho, o diretor do programa, mostrou que segue se colocando acima da lei, pois o caso de Daniel foi tratado como um desrespeito às regras do BBB, e não às leis. Se a Globo entendeu que o modelo agiu mal sob o edredom com uma embriagada Monique, foram antes as leis do país e não as regras do reality que ele desrespeitou”.

“Desde o domingo de manhã, a direção do programa vem avaliando o comportamento do participante Daniel, suspeito de ter infringido as regras do programa”, disse Pedro Bial logo no começo da edição desta segunda.

Mais tarde concluiu dizendo: “O BBB avaliou o comportamento do participante. Sem precipitação, com o máximo de cuidado, avaliamos as imagens que evidenciaram uma infração ao regulamento do programa. A produção entendeu que, sim, o comportamento de Daniel na noite da festa foi motivo de eliminação.”

”E não se falou mais do caso ao longo da edição, nem mesmo para explicar ao telespectador alheio à discussão o que se passou com Daniel, acusado de ter abusado de Monique após a festa de sábado no BBB12. O silêncio sobre o assunto, aliás, impera também no pay-per-view, onde o áudio chegou a ser cortado no início da noite desta segunda, enquanto a produção mandava Daniel fazer as malas e dar o fora da luxuosa casa montada para o reality no Projac. Mesmo depois de restituído o som, não se ouviu os participantes tocarem no assunto. Ao que tudo indica, foram orientados a evitar o tema”.

O caso não vai acabar por aí, como sonha a Rede Globo. Vai ser muito difícil a polícia e o Ministério Público, provar legalmente que houve estupro. As imagens dizem da possibilidade, mas no mundo legal as provas podem ser insuficientes para uma condenação. Um exame de corpo de delito na moça não acrescentará nada, pois não houve violência física e as marcas e resíduos do possível estupro já sumiram depois de tanto tempo da ocorrência do evento.

Os advogados dele vão alegar que ele também havia bebido, que as condições de confinado na casa alterou sua capacidade de censura, de autocontrole, e, por fim, vão falar mal da vítima, sem nenhuma piedade. Depois o que vai acontecer é previsível, o eliminado Daniel Echaniz vai processar a Rede Globo e pedir uma indenização milionária, por ter sido acusado de estuprador e a justiça ter “reconhecido a sua inocência.”

Foto: TV Globo/Divulgação
A estudante Monique Amin, em conversa com os brothers, contou que estava embriagada na noite da balada, que pediu diversas vezes para Daniel parar de agarrá-la e que considera que ele foi "muito mau caráter" se fez sexo enquanto ela estava dormindo.

Não se sabe o que se passa na cabeça da estudante Monique Amin, assediada sexualmente enquanto dormia, diante de milhões de telespectadores. Mas ao final, quando sair, possivelmente também deverá acionar a Globo e o BBB, pedindo uma indenização milionária e merecida.

Espera-se que em paralelo a justiça condene também a produção do programa, por ter assistido impassível os fatos criminosos acontecerem. Que enquadre o temperamental Boninho que a princípio, inclusive, saiu em defesa do estuprador dizendo que não houve o crime e que as pessoas estavam sendo racista.

Por causa disso é que o sempre eloquente Pedro Bial foi tão econômico e lacônico em comentar os fatos.

Infelizmente esse evento vai fazer o programa, que apresentava uma audiência aquém do padrão global, aumente o número de espectadores.