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8 de jan. de 2011

Despesas falsas põe deputado trabalhista na cadeia

INGLATERRA
Despesas falsas põe deputado trabalhista na cadeia
Por causa de míseros R$ 52 mil, o ex-deputado David Chaytor, do Partido Trabalhista inglês, foi sentenciado, na Grã-Bretanha, a 18 meses de prisão. Havia recebido irregularmente esse valor, como reembolsos irregulares, junto a Câmara dos Comuns. David foi impedido de se candidatar, no último pleito, e acabou expulso do partido. Agora dorme num presídio nos arredores de Londres. O Brasil tem que aprender, diante de exemplos como esse, a lidar com parlamentares corruptos.

Foto: Toby Melville/Reuters

David Chaytor já está na cadeia, o lugar apropriado para todos os políticos corrutos do planeta, inclusive do Brasil

Postado por Toinho de Passira
Fontes: G1, The Sun, Diário de Notícias, Publico, The Telegraph, The Independent, BBC - UK

Não podemos deixar de confessar inveja da Inglaterra, ao tomarmos conhecimento, que o ex-deputado trabalhista David Chaytor, foi encarcerado por 18 meses por ter reivindicado fraudulentamente cerca de £ 20.000 (R$ 52 mil) em despesas, na Câmara dos Comuns (Parece que a corrupção é um genes característico e dominante em todos os deputados trabalhistas do mundo).

Em menos de dois anos, depois da denúncia feita pelo jornal “The Telegraph”, o parlamentar foi para cadeia, depois de ter sido afastado do partido, no mesmo mês da denúncia, e proibido de participar de eleições que se seguiram.

Por ter se confessado culpado e devolvido a grana, pegou apenas 18 meses de prisão, pena considerada pequena, para os padrões locais. Originalmente ele poderia ser condenado a até sete anos de prisão.

Foto: Graham Barclay/Bloomberg

O presídio de Wandsworth, onde recentemente esteve “hospedado” Julian Assange, o homem do WikiLeak, será o novo endereço do deputado ingles David Chaytor, pelos próximos 18 meses

Notar que David não foi julgado no Supremo Tribunal inglês, um juiz singular o pôs no cárcere, sem mais delongas, alegando didaticamente que o delito cometido por ele é "um desrespeito a confiança" que lhe foi atribuída pelos eleitores. Dependendo do seu comportamento David poderá sair da prisão, em seis meses, mas estará sujeito a toque de recolher, coleira eletrônica e restrições nos deslocamentos, como qualquer cidadão britânico condenado.

O pecado de David Chaytor foi ter recebido indenização por serviços de informática, que não haviam sido realizados e reembolso para pagamento de aluguel, de imóveis, que mais tarde se constatou serem pertencentes à sua família.

Foto: David Chaytor/Reuteres

David Chaytor, ao centro, sem apelação e sem clemência, saindo da sala do julgamento em direção ao presídio

Além de David Chaytor espera-se, para muito em breve, o julgamento de outros políticos, também envolvidos em escândalos semelhantes. Ente eles, dois ex-deputados, um atual membro do parlamento e dois membros da Câmara dos Lordes.

O custo do estado britânico com os seus representantes é uma miséria em se comparando com o que despendemos com nossos parlamentares. Por baixo, cada deputado ou senador brasileiro onera os cofres públicos em torno de R$ 100 mil mensais. Estando, nesta conta, incluídos além dos salários dos deputados e senadores, o auxílio moradia, o pagamento de assessores, passagens aéreas, despesas médicas e planos de saúde, inclusive de familiares e os reembolsos, que sozinhos podem totalizar até R$ 32 mil.

Em números redondos um deputado inglês recebe 63.291 mil libras (R$ 17.600,00 por mês), mais os reembolsos de despesas que podem chegar até 24 mil libras anuais (R$ 6.000,00 mensais). Acontece que às despesas de alojamento, viagens, telecomunicações e o pagamento de salários de assessores, são todos de responsabilidades do parlamentar britânico, dentro dessa margem de reembolso.

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Presidenta Dilma Rousseff empossa como ministro do Turismo, o deputado Pedro Novais, o velhinho tarado do PMDB do Maranhão

No Brasil, a partir de 1º de fevereiro cada parlamentar receberá só de salário, R$ 24 mil, o equivalente ao que o parlamentar inglês recebe para pagar todas as despesas.

Por outro lado, os nossos deputados nunca, ou quase nunca são punidos, mesmo quando cometem atos semelhantes aos de David Chaytor e são descobertos. Nem precisa ir muito longe: basta lembrar que há pouco mais de um mês, o deputado Pedro Novais (PMDB-MA), foi flagrado recebendo, por conta da "verba indenizatória", um reembolso de R$ 2.156,00, referente a uma orgia para 15 casais, no Motel Caribe, em São Luís, Maranhão.

Descoberto pelo Jornal o Estado de São Paulo, disse que havia sido um engano, pagou o dinheiro que tentara afanar e em seguida foi nomeado sem maiores embaraços, Ministro do turismo, na Pocilga Ministerial de Dilma Rousseff.

Querem mais? O Presidente do Parlamento britânico, Michael Martin, no cargo desde 2000, no mesmo mês em que se descobriu o escândalo dos ressarcimentos irregulares dos deputados, renunciou por estar sendo acusado de não ter sido suficientemente diligente para impedir as falcatruas dos colegas parlamentares.

Foto: Reuters

No Brasil, o deputado Michel Temer, presidia recentemente a Câmara dos deputados, quando estourou o escândalo das passagens aéreas. Houve de tudo, deputado vendendo passagens, patrocinando viagens de turística pelo Brasil e exterior para familiares, amantes e correligionários. Até o próprio Michel Temer acabou envolvido na farra aérea. Pois bem, ao invés de renunciar e ser responsabilizado, o Michel brasileiro tornou-se vice-presidente do Brasil. No dia da posse ainda apareceu desafiador e orgulhoso pilotando o seu avião particular.

Veja o que já foi publicado no “thepassiranews” sobre o escândalo do Parlamento inglês:

Reino Unido: Deputados corruptos não têm perdão

Michael Martin renunciou já Michel Temer...

20 de mai. de 2009

Michael Martin renunciou já Michel Temer...

Michael Martin renunciou já Michel Temer...
Presidente do Parlamento britânico diz que vai renunciar por causa dos escândalos, sente-se responsável pelos desmandos dos deputados, embora nenhuma acusação pese sobre ele, Michel Temer não sente nada, porque estava também na parada

Fotos: José Cruz/ABr e Getty Images

Michel Temer e Michael Martim iguais mp varejo mais diferentes no atacado.

Fonte: BBC Brasil

O presidente da Câmara dos Comuns (Câmara baixa) do Parlamento britânico, Michael Martin, comunicou que deve renunciar ao cargo em junho próximo, depois de ser duramente criticado pelo seu comportamento durante o escândalo do reembolso de despesas de parlamentares.

Martin disse a colegas que deixaria o cargo no dia 21 de junho, para manter "a unidade" da Casa. Será a primeira vez em 300 anos que o presidente da Câmara dos Comuns é forçado a deixar o cargo.

Para muitos parlamentares e setores da opinião pública, Martin se empenhou mais em evitar que revelações sobre gastos pessoais de deputados viessem a público do que em reconhecer erros de conduta na Casa e mostrar disposição para introduzir reformas no sistema vigente.

Foto: Arquivo

Edificios do Parlamento Britânico em Londres, onde está instalada a Camara dos Comuns, motivo da polêmica

No Brasil, os nossos parlamentares mantêm um nível de corrupção tão elevado, que não tem ninguém que possa protestar, devido ao envolvimento coletivo, assim ninguém é punido todos são felizes e o Presidente do Parlamento, nosso Michel Temer, não precisa se preocupar.

Um grupo de 23 deputados ingleses chegou a submeter uma moção de desconfiança contra o presidente da Câmara, um gesto raro na história parlamentar britânica.

Por aqui quem fazia isso era Gabeira, agora não pode mais...

O parlamentar do oposicionista Partido Conservador Douglas Carswell, (foto) que apresentou a moção, disse que o sistema parlamentar passou a sofrer com má reputação, com muitos deputados sendo vistos como "parasitas" por causa do escândalo.

No Brasil o pessoal é mais específico: são sanguessugas mesmo.

Mas Carswell disse à BBC que "a saída de Michael Martin não é o fim, é o começo - o novo presidente tem que ser reformista, precisa ser progressista".

Nick Clegg, (foto direita) líder do partido Liberal Democrata, também de oposição, disse à BBC ser favorável à renúncia de Martin, que vinha agindo, segundo Clegg, como um "defensor teimoso do status quo".

Por aqui, não houve reação pelo fato de Michel Temer, em defender o “status quo” dos deputados e deixar o do povo, sem proteção.

Gordon Brown, o primeiro ministro inglês e o líder do Partido Conservador David Cameron não quiseram se posicionar sobre o presidente da Câmara dos Comuns, dizendo que este é um assunto para o Parlamento, e não para o governo ou para a oposição.

Esse Brown, branco de olhos azuis, não aprende mesmo, depois das lições de Lula devia se intrometer sim, para enfraquecer o parlamento e reduzir o preço dos deputados.

Foto: Gatty Images

Presidente da Câmara dos Comuns Michael Martin caminha para o plenário na solenidade de abertura do Parlamento, em Londres.

Michael Martin, de 63 anos, é deputado do Partido Trabalhista por Glasgow há 30 anos e preside o Parlamento desde o ano 2000.

O cargo que ainda ocupa é um dos mais importantes da política britânica. O presidente, ou "speaker" da Câmara dos Comuns, representa a Casa junto à família real e na Câmara dos Lordes (Câmara alta do Parlamento) e dirige os trabalhos do Parlamento.

Ele dirige, também, o escritório que supervisiona e autoriza as despesas e verbas de gabinete dos deputados.

Foram dados vazados por este escritório que permitiram que a imprensa britânica passasse a revelar pedidos de ressarcimento de gastos pessoais feitos por deputados.

Pedidos como reembolso de gastos com estrume para uso em jardins, manutenção de piscinas e pagamento de salários para governantas escandalizaram a opinião pública.

Essa opinião pública britânica está precisando ser lixada, quem já se viu se escandalizar com bobagens com essas.

A diferença entre Michael e Michel, é de apenas uma letra, mas na verdade eles agiram mais ou menos da mesma maneira, a diferença dos resultados, é que a opinião pública inglesa é levada a sério e ainda tem capacidade de se indignar.

18 de mai. de 2009

Ciro Gomes tem de lavar a boca com sabão

Ciro Gomes tem de lavar a boca com sabão
Depois de chamar todo mundo de mentiroso e mandar para o “caralho”, a imprensa e o Ministério Público, encontrou-se a passagem de "mamãe Ciro" indo para nova Iorque, possivelmente indo fazer compras naquelas liquidações maravilhosas de fim de estação.

Fotomontagem Toinho de Passira

“Leviana e grosseira mentira” bradou Ciro no plenário, sob os aplausos dos colegas, afirmando que não havia passagem da sua mãe para Nova Iorque. “Ministério Público é o caralho”, ditou em seguida, para os jornalistas – estava blefando

Fontes: Congresso em Foco, Blog do Jamildo

O site Congresso em Foco publicou uma lista de deputados que haviam usado suas cotas aéreas para mandar parentes passear no exterior, por informações que conseguira através do Ministério Público Federal.

Em meio aos diversos parlamentares aproveitadores das tetas públicas, reluzia o nome do deputado presidenciável Ciro Gomes, que fora com a mamãe, dona Maria José Gomes, para Nova Iorque, por conta da Câmara dos Deputados.

Ciro que sonha ser presidente da republica, arretou-se de vez e pediu a palavra em meio a uma sessão que Michel Temer, o presidente tentava explicar o uso de passagens de seus parentes, por conta da Câmara:

O pronunciamento de Ciro (que pode ser lido na íntegra aqui) era de uma indignação típica dos injustiçados:

”... dezembro de 2008, minha mãe viajou comigo e pagou sua passagem com recursos próprios.

Portanto, não passa de grosseira mentira o que disseram O Globo, Folha de S. Paulo, Congresso em Foco e Ministério Público Federal (não mencionou thepassiranews”).

Trata-se de leviana e grosseira mentira envolvendo o nome de minha mãe, uma senhora octogenária. (Os deputados cheios de culpas deliraram e aplaudiram.)

E continuou Ciro:

Volto a dizer: discutir isso é oportuno. Podemos entender que o tempo amadureceu, que se trata de um privilégio descabido. Pessoalmente, já fiz o meu voto, porque inclusive não usei os créditos.

Devolvi as sobras aos cofres públicos — R$189 mil dos exercícios de 2007 e 2008. Não ensino isso para ninguém, até porque quem não fez assim não fez nada errado.

Logo depois de discursar, Ciro dirigiu-se ao cafezinho do plenário. A reportagem do site Congresso em Foco o seguiu para pedir mais detalhes sobre o uso da cota parlamentar de passagens. Aos berros, o deputado disse que queria saber quem era o “filho da puta” que havia envolvido o nome dele no caso.

“Só eu viajo com a cota, e agora me vejo jogado numa lista? Quem fez essa lista?”

Uma repórter disse que o levantamento era do Ministério Público Federal, e o deputado gritou: “Ministério Público é o caralho. Pode escrever aí. Ciro diz: Ministério Público é o caralho”.


O Congresso em Foco continuou a investigação e descobriu que Ciro estava mentindo, querendo no grito assustar os acusadores, no velho estilo coronel nordestino.

Diz o site agora: “segundo os registros da TAM sobre as passagens pagas pela Câmara em 2008. De acordo com o cartão de embarque 95723453087776, Maria José Gomes viajou de São Paulo a Nova York no dia 18 de maio, às 8h45, no vôo JJ 8082. E voltou no dia 25 do mesmo mês, às 19h40, no vôo JJ 8081. A passagem, de acordo com o bilhete, custou US$ 7,6 mil. Precisamente R$ 12.682,12, segundo o câmbio da época.

Explica o site diz também que “os nomes de Ciro e de sua mãe apareceram exclusivamente na lista dos parlamentares que usaram a cota para passagens internacionais, e não haviam sido destacados em nenhuma matéria deste site até a explosão verbal do deputado, três semanas atrás.“

Mas há mais mentiras a serem reveladas:

”Há outra contradição nas explicações dadas por Ciro no dia 22, diz o Congresso em Foco.

Em pronunciamento no plenário, disse ter devolvido à Câmara R$ 189 mil de créditos não utilizados de passagens aéreas (ver discurso abaixo).

“Devolvi as sobras aos cofres públicos, R$ 189 mil dos exercícios de 2007 e 2008. Não ensino isso para ninguém, até porque quem não fez assim não fez nada errado”, afirmou.”

Não consta em nenhum lugar a devolução feita pelo deputado cearense.

Continua o site Congresso em Foco:

A assessoria de Ciro mantém a versão de que os dois vôos de dezembro de 2007 não ocorreram, até porque, insiste o gabinete do deputado, ela à época não tinha visto de entrada para os Estados Unidos. Em nenhum momento, o Congresso em Foco afirmou que essa viagem foi feita. Informou que a passagem foi paga pela Câmara.

Fotomontagem sobre imagem do site Congresso em Foco

O pessoal do Congresso em foco, não quer mais ouvir palavrões de Ciro, por isso parou por aí, mas o que deve ter acontecido, é que a passagem não utilizada e paga, foi transformada em crédito, que foi usada para pagar a outra passagem de dona Maria Gomes.

Ciro imaginou que o dinheiro lavado nessa operação circular, não ia ser detectado, mas foi. Quem devia mais do que ninguém respeitar a octogenária Dona Maria Gomes, era o Deputado não a envolvendo nessas “facilidades” parlamentares.

Com todo o respeito queremos dizer que Dona Maria Gomes, também tem a sua responsabilidade, por não ter dado educação ao menino, que acabou ficando com essa boca suja.

Aqui em Passira, menino que diz um palavrão daqueles, tem a boca lavada com sabão amarelo.

Agora fica o grande questionamento:

Qual será o novo palavrão que o mentiroso, destemperado e exibido Ciro Gomes vai usar para se defender?


15 de mai. de 2009

Reino Unido: Deputados corruptos não tem perdão

Reino Unido: Deputados corruptos não tem perdão
Os deputados tidos como corruptos do parlamento do Reino Unido, comparativamente com os nossos, são infantis e incompetentes, por incrível que pareça dão até satisfação a opinião pública, coisa de britânicos

Foto: Reuters

A casa do escândalo do deputado do partido trabalhista, Elliot Morley, na verdade é uma casinha, não serviria nem para o motorista do secretario do Senado de Brasília

Fontes: Diário Digital, The Independet, The Telegraph, Estadão 

Políticos são todos iguais, em qualquer lugar do mundo, vê um dinheirinho público fácil e já pensam que é dele. Jornalistas e jornais também são iguais, quando descobrem que os políticos ultrapassaram os limites da ética, denunciam e fazem o maior escândalo.

Os políticos sempre dizem a princípio que os jornais estão exagerando, que não é bem assim. Os jornais insistem, e os políticos dizem que estão sendo perseguidos.

O que muda de lugar para lugar no mundo, é o povo que julga e elege esses políticos.

Comparado aos escândalos daqui os corruptos deputados do reino unidos são uns ingênuos, cheios de preocupações com a opinião pública, e por mais que se expliquem, não conseguem se reeleger, e até o seu partido perde espaço eleitoral.

Apesar de que corrupção é corrupção, não se mede pelo tamanho do avanço na verba pública, mas pelo descaramento em se aproveitar da situação para dar uma mordida em seu favor no dinheiro do contribuinte.

Mas temos inveja do Reino Unido, pois desde que o jornal Daily Telegraph denunciou os parlamentares, e seus abusos com as verbas de representação, que eles nunca mais tiveram sossego, quer os governistas, quer os oposicionista.

Talvez seja essa a diferença desse pessoal branco de olhos azuis, para esse pessoal mestiço que habita por aqui.

A denuncia aconteceu na edição do dia 05 de maio, desse anos, há exatos 10 dias, e algumas soluções para punir os transgressores, estão em andamento, e mesmo ontem, dois dos mais expressivos corruptos, do governo e da oposição já sofreram parte do castigo por ter comportado-se de maneira inconveniente.

Não se falou em lixa, ou lixadores, os culpados confessaram os seus erros, derreteram-se em desculpas, ressarciram os cofres públicos, ou estão a espera que as comissões digam os exatos valores para pagar o mais rápido possível.

20 deputados, ministros e secretários de Estado devolveram ao Parlamento ou prometeram devolver um total estimado de cerca de 120 mil libras (R$ 400 mil).

Foto: Arquivos

O Trabalhista Elliot Morley e o Conservador Andrew MacKay, corruptos bobinhos, conformados e dispostos a ressarcir

Dois deputados britânicos envolvidos com os reembolsos no bolso errado já fez as primeiras duas vítimas, o ex-secretário de Estado Trabalhista Elliot Morley e o Conservador Andrew MacKay.

Elliot Morley, ex-secretário de Estado das Pescas , mais tarde da ministro da Agricultura e presidente da Comissão de Energia e Clima do Parlamento, foi suspenso hoje do grupo parlamentar do partido Trabalhista enquanto tramita o inquérito par examinar a gravidade da forma como o parlamentou pediu o reembolso de despesas.

O deputado do partido do governo admitiu ter recebido “por engano” 16 mil libras (R$ 51 mil) para o pagamento da hipoteca da sua casa 18 meses depois de esta já estar completamente paga, alegando “desleixo na contabilidade”.

O primeiro-ministro, Gordon Brown, declarou-se “muito zangado com o que aconteceu” e prometeu ação “disciplinar se for necessário”.

Do lado da oposição, Andrew MacKay, do partido Conservador, demitiu-se das funções de conselheiro parlamentar do líder, David Cameron.

MacKay reconheceu ter cometido um “erro de juízo” ao declarar a sua casa de Londres como segunda residência, permitindo reclamar o reembolso de despesas com a sua compra, enquanto a esposa, também deputada, fazia o mesmo com a outra casa do casal em Bromsgrove, a cerca de 200 quilômetros noroeste de Londres.

Um jeitinho igual aos dos Camatas aqui no Brasil.*

Apesar de MacKay alegar que o que fez foi a conselho do gabinete de despesas do Parlamento, David Cameron considerou a situação “inaceitável” e determinou o seu afastamento das funções de conselheiro.

Morley garantiu que já devolveu o dinheiro recebido indevidamente, enquanto o deputado Conservador se ofereceu para fazer o mesmo após uma avaliação do comitê criado pelo Partido para avaliar estas situações, o conselho de ética, lá deles.

Foto: Daily Telegraph

Exemplos de corrupções inglesas: O deputado Andy Burnham pediu indenização pela compra de um roupão de banho da marca Ikea no valor de R$ 60 reais; a deputada Hazel Blears ficou hospedada algum tempo no luxuoso Zetter boutique hotel em Clerkenwell, por conta do parlamento

Por representarem regiões eleitorais, os deputados britânicos podem pedir o reembolso de despesas com uma segunda casa, que pode ser em Londres, onde exercem as funções parlamentares, ou na região que representam fora da capital britânica, para manterem contacto aos seus eleitores.

Todavia, alguns, aproveitando a brecha, pediram o reembolso de despesas consideradas abusivas, como comida de cão, tampões higiênicos, compra de carrinhos de bebês, iogurtes, candeeiros, cadeiras, a limpeza de piscinas ou a contratação de uma decoradora de interiores.

Foto: Daily Telegraph

Exemplos de corrupções inglesas: o deputado Geoff Hoon adquiriu dois televisores digitais com a verba idenizatória; o deputado Paul Murphy gastou R$ 11 mil reais com os encanamentos de sua residência por conta do parlamento

O jornal Daily Telegraph, denunciou esses escândalos, apesar de um tribunal já ter decidido recentemente que todas as despesas parlamentares deveriam ser tornadas públicas até ao final do ano, com acesso a qualquer cidadão.

"A imprensa persegue os pobres parlamentares em todos os lugares e a justiça intromete-se obrigando uma transparência absurda", haveria de dizer o presidente Sarney se coisa acontecesse por aqui.

Comparado com os nossos parlamentares, os deputados britânicos recebem um salário de miséria, algo como o que percebem qualquer Assembléia Legislativa por aqui.
Um membro do Parlamento, tem um salário anual de 63.291 mil libras (R$ 17.600,00 por mês), mas os reembolsos de despesas podem ir até 24 mil libras anuais (R$ 6.000,00 mensais), destinados às despesas de alojamento, viagens, telecomunicações e o pagamento de funcionários, todos pagos pelo parlamentar.

O primeiro ministro Gordon Brown, e seu adversário conservador, David Cameron, estão sob grande pressão para limpar a imagem do Parlamento após as revelações feitas pelo jornal "The Daily Telegraph".

A divulgação dos gastos enfureceu a população e ameaça afetar os resultados das eleições locais previstas para o próximo mês. Nós não podemos só responsabilisar nossos parlamentares, faltam o item povo, rebelar-se nessa historia entre nós.


*O senador Gerson Camata (PMDB-ES) e sua mulher, a deputada Rita Camata (PMDB-ES), recebiam auxílio-moradia dobrado, mesmo morando em apartamento próprio em Brasília. Ele chorou se explicando e ficou por isso mesmo.