8 de jul. de 2011

A revista Veja e o Globo derrubaram o ministro dos transportes

desGOVERNO DILMA
A revista Veja e o Globo derrubaram o ministro dos transportes
Pesa sobre todo o ministério Dilma um clima de suspeição de corrupção generalizada. Os mais suspeitos são os protegidos pelo ex-presidente Lula, dono de farta cota ministerial. Sabe-se que o ex-presidente nunca se preocupou com a folha corrida dos seus protegidos e doou para Dilma a banda podre do seu jeito de governar. O Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento é apenas o mais novo corrupto expelido pela imprensa.

Foto: Stuckert Filho/PR

Dilma dando posse a Alfredo Nascimento um corrupto oriundo do governo Lula

Postado por Toinho de Passira

Caiu o Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. É o segundo Ministro do governo Dilma que arruma as gavetas em menos de um mês, o primeiro foi do Antonio Palocci, da Casa Civil. O pontapé inicial, de ambas as saídas, deve-se a denuncias de corrupção expostas por reportagens investigativas da revista Veja.

A semelhança entre os casos continua pelo fato de ambos os Ministros serem da cota pessoal do presidente Lula, como parte da herança maldita transmitida ao governo da companheira, refém voluntária do ex-presidente.

Constata-se, porém, que nem tudo é semelhança, enquanto Antonio Palocci era da cozinha de Lula - o tesoureiro de sua campanha eleitoral em 2002, seu prestigiado e estimado Ministro da Fazenda - já Alfredo Nascimento, não tinha intimidade com o ex-presidente, manteve-se no cargo desde o segundo mandato de Lula e foi apoiado para permanecer, no governo Dilma, pois sua permanência no ministério beneficiava um amigo do peito de Luís Inácio Lula da Silva, o suplente de senador, João Pedro (PT), desde então aboletado na vaga de nascimento no Senado Federal.

Por isso, quando viu Palocci ameaçado, Lula fez escarcéu, foi para Brasília defender o companheiro, deu declarações na imprensa em sua defesa, embora fosse essa a segunda vez, como Ministro, a primeira foi no seu governo, que Palocci estivesse sendo pego, em atos de corrupção explícita.

Nascimento não teve o mesmo apoio público, Lula até viajou para o Chile, no meio da crise. Mas mesmo assim, nota-se o dedo do ex-presidente, na tentativa de Dilma em manter Nascimento, que renunciou ao cargo, segundo a imprensa, contra a vontade da presidenta.

Olha que a segunda onda de denuncia contra o Ministro dos Transportes, feita pelo jornal "O Globo" explicitava que maracutaias, propinas e superfaturamento, geradas no ministério, fizeram o patrimônio da empresa do filho de Alfredo Nascimento, o arquiteto Gustavo Morais Pereira, ter seu patrimônio aumentado em 86.500% no período de 2009 a 2011. A construtora de Gustavo, a Forma Construções, que foi criada com um capital social de R$ 60 mil, teve seu patrimônio aumentado para mais de R$ 50 milhões. Coisa de fazer as peraltices de Lulinha, filho do ex-presidente, também um sucesso empresarial, tão avassalador como inexplicável, parecer traquinagens do jardim de infância.

Há quem veja nessas quedas um fio de moralidade, um ligeiro frisson de ética no governo federal. Não é verdade, ambos os ministros saíram porque temiam em ficando no cargo, descobrissem mais coisas de sua trajetória corrupta. Com suas quedas, a imprensa costuma deixa-los em paz, com seus milhões amealhados nos momentos de poder, lamentando apenas, não poder continuar a tão promissora carreira de corrupto federal.

Palocci saiu sem ameaças de ser processado, Nascimento reempossado Senador, na base aliada do governo, e reintegrando na presidência do seu partido o PR, dificilmente vai ser incomodado pela justiça, e se o fosse, é improvável e quase impossível venha a ser punido, em algum momento futuro.

Constata-se, assim, mais uma vez, que o governo é incapaz de detectar, ou é conivente com a corrupção que grassa nos seus corredores e subterrâneos. Durante todos esses anos de governo petista, os ministros, diretores e poderosos só caíram depois de denunciados pela imprensa. Por isso a carreira de corrupto, entre nossos políticos, é cada vez mais cobiçada e promissora.


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