Ministras do Japão são obrigadas a renunciar após denúncias de violações e indícios de corrupção
BRASIL – Eleição 2014 - 2º Turno Ministras do Japão são obrigadas a renunciar após denúncias de violações e indícios de corrupção "Bem que poderiam serem aproveitadas por aqui". As duas ministras japonesas são acusadas de desvio de verbas destinadas à campanha política. No Brasil elas não seriam sequer advertidas. Basta observar que a suposta corrupção estima um desvio que não ultrapassa US$ 250 mil - entre nós uma corrupçãozinhas do 4º escalão. Mesmo assim elas, além de obrigadas a renunciar, estão praticamente banidas para sempre da política nipônica Foto: Yoshikazu Tsuno/AFP
Postado por Toinho de Passira Com grande alerde, a mídia o Japão divulgou, nesta segunda-feira (20), que duas ministras japonesas renunciaram, causando ao primeiro-ministro Shinzo Abe sua maior crise desde que tomou posse em dezembro de 2012. A renúncia das duas mulheres, incluindo a ministra da Indústria e Comércio, um dos postos principais no gabinete, poderia complicar decisões difíceis sobre algumas políticas em estudo, incluindo a possibilidade de o governo levar adiante um plano impopular para elevar o imposto sobre vendas e a retomada das operações de alguns dos reatores nucleares do país, suspensas depois do desastre de Fukushima em 2011. Abe espera conter os danos substituindo rapidamente as duas, mas a oposição vem criticando outros ministros potencialmente vulneráveis que foram nomeados em uma remodelação de gabinete no início de setembro. As duas foram nomeadas para os cargos ao lado de outras três mulheres, na primeira reforma ministerial de Abe. Com cinco nomes, este era o governo com maior presença feminina na história do país. A ministra da Indústria e Comércio, Yuko Obuchi, 40, filha de um ex-primeiro-ministro e apontada, antes do escândalo, como candidata a se tornar a primeira mulher na chefia do governo no Japão, apresentou sua renúncia depois de alegações de que seus grupos de apoio utilizaram indevidamente fundos políticos. O premiê desejava transformá-la no símbolo de sua política para as mulheres, que ele deseja atrair mais ao mercado de trabalho para estimular a economia do país. "Como ministra da Economia, Comércio e Indústria, não posso ter a economia e as políticas de energia paralisadas por culpa de meus próprios problemas", declarou à imprensa. "Apresento minhas desculpas mais sinceras por não ter conseguido contribuir para a recuperação econômica nem para a concretização de uma sociedade na qual as mulheres brilhem", disse Obuchi, visivelmente emocionada. Foto: Toshiyuki Matsumoto/AP Photo/Kyodo News Poucas horas depois, a ministra da Justiça, Midori Matsushima, também renunciou. O oposicionista Partido Democrata tinha apresentado uma queixa criminal contra Matsushima, acusando-a de violar a lei eleitoral com a distribuição de leques para os eleitores. Foto: Arquivo
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