Aviso aos velejadores olímpicos: não caiam nas águas da baía da Guanabara - alerta o New York Times
BRASIL - Rio 2016 Aviso aos velejadores olímpicos: não caiam nas águas da baía da Guanabara - alerta o New York Times Reportagem dos jornalistas Simon Romero e Christopher Clarey, para o New York Times, deste domingo, com chamada na primeira página, fala das preocupações e quase desespero do Comitê Olímpico Internacional, com a preparação das Olímpiadas Rio 2016. Diz que um dos pontos mais cruciais, além das obras atrasadas, é a poluição impactante da Baía da Guanabara, onde deverão acontecer as provas náuticas
Postado por Toinho de Passira A pouco mais de dois anos para o início das Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, a poluição da Baía de Guanabara continua repercutindo mundo afora. Neste domingo, o jornal americano "The New York Times" publicou ampla reportagem sobre o assunto e fez críticas à falta de ação das autoridades nos últimos anos no local onde serão disputadas as competições de vela. Entre os personagens ouvidos pela reportagem, um dos depoimentos mais contundentes é o do velejador australiano Nico Delle Karth, que esteve no Rio para um período de treinamentos: Sem meias palavras Karth disse que a baía da Guanabara é o lugar mais sujo em que ele tinha treinado durante toda a vida. Comenta que há todo tipo de lixo flutuando na superfície: pneus velhos, colchões descartados, sofás e até animais mortos. A água da baía está tão poluída por esgotos e cheira tão mal, que ele diz ter medo de molhar os pés no momento de colocar seu barco na praia. No texto, o NYT lembra que o financiamento para a limpeza das águas sempre existiu e cita que rivalidades políticas em várias camadas do governo, municipal, estadual e federal, além da corrupção criaram o impasse sobre quem deveria pagar e com aplicar as verbas destinadas a despoluição. Foto: Ascom A baía de Guanabara, diz a reportagem, aninhado entre Pão de Açúcar e outros picos de granito, que ofereceria o tipo de imagem de cartão postal que as autoridades do Rio de Janeiro, como anfitriões, queriam exibir durante as Olimpíadas 2016, tornou-se o ponto principal de reclamações, transformando as águas poluídas do Rio de Janeiro em um símbolo de frustrações com os preparativos dos conturbados Jogos Olímpicos do Brasil. Fotos: Ana Carolina Fernandes/The New York Times A publicação ainda ressalta que menos de 40% das águas estão sendo tratadas atualmente. A promessa do Rio era entregar 80% do local despoluído até 2016. E os problemas estruturais de um modo geral ganham cada vez mais atenção do Comitê Olímpico Internacional, que faz pressão para acelerar o trabalho. Foto: Ana Carolina Fernandes/The New York Times Algumas autoridades dizem que a situação é mais precária do que a perturbava preparação para os Jogos Olímpicos de Atenas de 2004. |
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