Carnaval de Pernambuco 2014 - EMPETUR
Carnaval de Pernambuco - 2014 Cliente: Empresa de Turismo de Pernambuco Agência: Arcos Propaganda Produtora: Urso Filmescanta
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Blog do Toinho de Passira
Carnaval de Pernambuco - 2014 Cliente: Empresa de Turismo de Pernambuco Agência: Arcos Propaganda Produtora: Urso Filmescanta
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BRASIL - Eleição 2014 Dilma é criticada por Lula diante de empresários e políticos. Temos que admitir: Lula tem razão! O jeito de governar da presidenta não agrada ninguém, nem o seu padrinho e criador o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, que em conversas com empresários e políticos próximos diz que a presidenta precisa mudar muito, para obter sucesso num eventual segundo mandato. A presidente com Apesar das críticas, ex-presidente afasta qualquer possibilidade de ser ele o candidato nas próximas eleições.
Foto: Arquivo Postado por Toinho de Passira Os jornalistas Valdo Cruz e Andréia Sadide da Folha de São Paulo, comentam que em público, Lula sempre faz elogios apaixonados ao governo Dilma, mas reservadamente, não se furta em criticar o estilo de governar de sua sucessora e assevera que a presidente Dilma precisa mudar em 2015 num eventual segundo mandato no Palácio do Planalto. Esta tem sido a tônica das conversas do ex-presidente Lula nas últimas semanas com interlocutores do mundo político e empresarial, que intensificaram seus encontros com o petista para se queixar da presidente. Apesar das críticas, em todas as conversas Lula diz ter confiança de que Dilma será reeleita e afasta qualquer possibilidade de assumir o lugar de sua ex-ministra na campanha. O petista avalia que Dilma tem conquistas para garantir o segundo mandato, principalmente nas áreas do emprego e social, mas está convencido de que a presidente tem de fazer ajustes na economia e na área política. De posse de pesquisas internas, que indicam que 80% dos entrevistados acreditam na vitória de Dilma nas eleições deste ano, a equipe de Lula avalia que a presidente "está bem na foto" com o eleitorado, mas "divorciada" das classes política e empresarial. A médio prazo, este divórcio poderia travar a economia e colocar em risco conquistas obtidas na área social no país. Nas conversas com empresários e políticos nas duas últimas semanas, Lula tem dito que a atual equipe econômica está com o prazo de "validade vencido" e que a presidente terá de escalar não só um novo time na área como também fazer correções na sua política econômica para fazer o país voltar a crescer com taxas na casa dos 4%. Em segundo lugar, Lula diz que Dilma precisa aprender a vender o Brasil no exterior e melhorar a interlocução com o empresariado brasileiro, que também elevou o tom das reclamações contra o que consideram um estilo intervencionista da presidente. Lula e empresários concordam que a petista está deixando para 2015 uma elevada conta na área econômica, com preços represados artificialmente, o que exigirá sacrifícios no ano que vem. Na área política, o ex-presidente avalia que sua sucessora precisa criar um novo "núcleo duro" para gerenciar o governo e administrar as pendências com sua base aliada no Congresso, que já ensaia uma rebelião. Um interlocutor de Lula diz que ele está totalmente envolvido na campanha de reeleição de Dilma e faz questão de deixar claro que não tem nenhuma intenção de sair candidato no lugar da presidente, algo que empresários têm sugerido recorrentemente nos últimos encontros. "Ele nem deixa a conversa prosperar", afirma um auxiliar. Políticos também reforçam o coro do "Volta, Lula". Um amigo próximo do ex-presidente relata que, há alguns meses, Lula confidenciou que não havia a possibilidade de se colocar como candidato pois significaria admitir "o fracasso'' de sua sucessora. "E ele não acha que ela fracassou, acha que tem prós e contras, mas não fracasso." Lula reconhece que sua sucessora cometeu erros, mas acredita que ela já faz uma autocrítica em algumas áreas e tende a mudar sua forma de governar em 2015. O ex-presidente cita como exemplo as regras das concessões ao setor privado de rodovias e aeroportos. Depois de adotar uma linha intervencionista, diz Lula, Dilma fez correções, ainda que tenha demorado para começar a fazê-las. Depois disso, o programa começou a andar. Na avaliação da equipe de Lula, Dilma centraliza demais e delega pouco. A situação é tão crítica que nos obrigamos admitir: Lula está certo, Lula tem razão! – Nunca imaginaríamos que um dia escreveríamos algo assim. |
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BRASIL - Pernambuco- Eleição 2014 Paulo Câmara para Governador de Pernambuco - Eduardo Campos tira outro poste do bolso do colete O governador escolheu seu secretario da fazenda para ser o seu candidato a Governador de Pernambuco. Desconhecido e técnico, como o José Júlio, o prefeito do Recife, o novo candidato nunca disputou uma eleição. O vice João Lyra não gostou da escolha, a única que aprovaria seria a dele mesmo. Armando Monteiro, o adversário, sabendo agora com que vai disputar, prepara as armas e estratégia. O jogo começou para valer. Foto: Divulgação Postado por Toinho de Passira Hoje, oficial e festivamente, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, tirou do bolso interno do colete o nome do secretário da Fazenda, Paulo Câmara, para ser o candidato da Frente Popular, a governador de Pernambuco, da mesma maneira que fez na indicação de Geraldo Júlio, que acabou ganhando em primeiro turno a eleição para Prefeito do Recife. Estimulado pelo sucesso municipal, o governador aposta alto, ao designar um desconhecido para a disputa. Paulo Câmara, 42 anos, economista, sempre passou despercebido nos eventos do governo de Pernambuco. Atualmente no comando da Secretaria Estadual da Fazenda, Paulo Câmara já esteve à frente das pastas de Administração e Turismo durante as gestões Eduardo Campos. Auditor concursado do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Nos bastidores, Câmara tem sido um interlocutor importante de Eduardo Campos com “celebridades” do meio fazendário nacional. Posições do governador em relação à guerra fiscal ou à criação dos fundos regionais de desenvolvimento e compensação de perdas financeiras são alguns temas resultantes de conversas do ainda secretário estadual com o “ex-número 2” do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Sua personalidade metódica o faz ser comparado – por vezes – ao prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB). Portanto, não seria surpresa se um novo objeto ligado ao universo do trabalho fosse utilizado pelo marketing político como marca para vendê-lo candidato. O prefeito do Recife adotou um capacete de operário na eleição municipal de 2012. Casado com Ana Luiza Câmara – cuja mãe, Vanja Campos, é tia de Eduardo Campos e irmã de seu pai, o escritor Maximiano Campos, já falecido – ele é pai de duas meninas: Helena (9) e Clara (4). Câmara ascendeu internamente no governo graças ao seu apreço pelo diálogo. Teve seu nome lançado por socialistas como o deputado estadual Aluísio Lessa; o secretário de Governo, Milton Coelho; o prefeito de Moreno, Adilson Gomes Filho; pelo procurador-geral do Estado, Thiago Norões e pelo chefe de gabinete do governador, Renato Thiebhaut. Estreante em disputas eleitorais, Câmara se enquadra nos padrões de “nova política” prescritos por Eduardo Campos. É diretamente ligado à gestão do Estado, tem perfil técnico e é um homem de sua absoluta confiança. De quebra, é o “pai” do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), iniciativa que iniciativa que injetou R$ 280 milhões nos cofres das prefeituras. Eduardo Campos apresentou o secretário como autor da nova lei do ICMS e como o responsável por definir um calendário anual para pagamento dos salários dos servidores estaduais. Desconhecido no interior de Pernambuco, é dependente da força do governador para garantir a sua eleição. O complicador é que envolvido na própria postulação a Presidente da Republica, Eduardo não vai poder ficar com ele debaixo do braço como fez com Geraldo Júlio, durante campanha eleitoral do Recife. Foto: Blog do Jamildo FATOR JOÃO LYRA Foto: Elza Fiúza/ABr
ARMANDO MONTEIRO |
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BRASIL - Mensalão O foragido Pizzolato possui imóveis de luxo na Espanha. Por acaso seria dinheiro do mensalão? Segundo apurou a Folha de São Paulo, um dos mensaleiros pé de chinelo, demonstra ter um cofre recheado, ao comprar durante a fuga, três imóveis no litoral da Espanha; dois deles avaliados em R$ 3 milhões. Isso sem recorrer a vaquinha. Foto: Luisa Belchior/Folhapress Postado por Toinho de Passira O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato , antes de ser preso, comprou três imóveis -dois deles apartamentos em um condomínio de alto padrão-na cidade litorânea de Benalmádena, no sul da Espanha. A compra dos imóveis foi descoberta pela polícia espanhola nas investigações para localizar Pizzolato, que passou mais de três meses foragido na Europa. Os dois apartamentos comprados estão num condomínio chamado Urbanización Costa Quebrada, no distrito de Torrequebrada, ocupa o alto de uma colina, com vista para as águas do Mar Mediterrâneo, com piscina e entrada de visitantes controladas 24 horas por dia por um sistema de interfones e câmera. No folheto das corretoras consta que é um lugar onde se pode praticar esportes aquáticos como vela, golfe e mergulho, está a a menos de 50 m da praia. Com se vê, um luxo digno de um mensaleiro bem sucedido. Caprichosos, Pizzolato e esposa, não satisfeitos com o tamanho original do imóvel, uniram os dois apartamentos em um só, antes de convertê-los em sua residência na Espanha. Segundo a Folha de São Paulo, corretores de imóveis consultados, avaliaram que cada um dos apartamentos devem custar algo em torno de € 450 mil (equivalente a R$ 1,5 milhão). Segundo Olga Lizana, chefe do grupo de localização de fugitivos da polícia espanhola, quinze dias antes da prisão do Pizzolato na Itália, a mulher dele, Andrea Haas, esteve no condomínio. Mas a história não para aí, apesar de constar no cadastro de cidadãos estrangeiros residentes em Benalmádena desde 2010, o endereço registrado como o de moradia foi o de um terceiro apartamento, em outro condomínio, de classe média, que pode ser outro imóvel do mensaleiro, atualmente residente na penitenciária de Modena, no norte da Itália. Segundo a folha, esse último imóvel está praticamente abandonado: ninguém atende ao interfone, e vizinhos contaram que no local vive um casal de sul-americanos que há meses não aparecia por lá. Olga Lizana, comentou que o rastreamento de outros bens adquiridos por Pizzolato no país depende de um pedido formal das autoridades brasileiras. Na semana passada, a Folha de São Paulo revelou que o casal operou pelo menos três contas bancárias na Espanha. Fotos: Estadão Conteúdo :: Polizia di la Provincia di Modena) Reinaldo Azevedo no seu Blog comenta: |
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BRASIL - Eleição 2014 Os redutos ameaçados do PT Seis Estados que foram determinantes para a vitória de Dilma Rousseff em 2010 agora apresentam cenário desfavorável à petista. Em jogo, 12 milhões de votos. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters Postado por Toinho de Passira Ao conferir, nos últimos dias, o mapa eleitoral nos Estados, a presidenta Dilma Rousseff franziu o cenho de preocupação. Dilma percebeu que o cenário político lhe é desfavorável em seis Estados nos quais o resultado eleitoral tinha sido determinante para sua vitória na corrida ao Palácio do Planalto em 2010. São eles: Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Maranhão, Ceará e Bahia. Nesses locais, ela obteve em 2010 uma vantagem de 12,6 milhões de votos sobre José Serra. No total, Dilma venceu o tucano por uma diferença de 12%. Só em Pernambuco, Bahia e Ceará, Dilma conquistou cerca de 7,5 milhões de votos a mais que o rival. Agora, nesses Estados, rachas entre siglas da base aliada ou rearranjos locais e nacionais fortalecem as candidaturas do governador pernambucano, Eduardo Campos (PSB), e do senador Aécio Neves (PSDB), principais adversários de Dilma. Na Bahia, Estado em que a petista obteve a maior vantagem em votos sobre a oposição no segundo turno, Dilma encontra dificuldades para montar palanques competitivos. Além do desgaste da máquina petista, que comanda o governo do Estado há dois mandatos com Jaques Wagner, aliados desertaram da campanha petista à reeleição ao Planalto. De um lado, a senadora socialista Lídice da Mata lançou-se à sucessão estadual, abrindo palanque para o correligionário Eduardo Campos. De outro, o PMDB costura uma aliança com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e com o PSDB. O objetivo é lançar um candidato único ao governo baiano, garantindo um robusto palanque ao presidenciável tucano Aécio Neves. No Ceará, outro Estado estratégico para o triunfo de Dilma em 2010, os atritos entre as legendas da base aliada também podem favorecer Aécio. O PMDB local já sinalizou informalmente que, caso o PT insista em se coligar com o PROS, comandado pela família Gomes, a legenda irá firmar um acordo com um dos candidatos oposicionistas. O senador peemedebista Eunício Oliveira, que não pretende abrir mão de disputar o governo estadual, ensaia uma aliança com o PSB de Eduardo Campos. Nem mesmo a oferta de Dilma de nomeá-lo para o Ministério da Integração Nacional o fez abrir mão de lançar-se candidato. O cenário em território cearense é similar ao do Maranhão, onde Dilma obteve 79,09% dos votos no segundo turno de 2010. O apoio sinalizado pelo PT ao grupo político da família Sarney contraria o ex-presidente da Embratur e pré-candidato pelo PCdoB à sucessão estadual Flavio Dino. Com isso, a campanha de Dino tenta montar um arco de alianças que inclui o PSDB, de Aécio, e o PSB, de Campos. No Rio, a insatisfação dos aliados está relacionada à candidatura do senador petista Lindbergh Farias à sucessão estadual. O PMDB já contabilizava como certo o apoio do PT para eleger o vice-governador, Luiz Fernando Pezão, o que não ocorreu. Agora, os peemedebistas reclamam da falta de reciprocidade do PT à legenda, que participou ativamente da campanha de Dilma Rousseff em 2010. Preterido, o partido negocia uma aliança com o PSDB, o que poderá abrir uma trincheira para Aécio no Estado. A candidata à reeleição Dilma Rousseff também enfrentará uma combativa oposição em Minas Gerais e Pernambuco, Estados de seus principais rivais. Ao contrário de 2010, quando tinha o governador Eduardo Campos como cabo eleitoral, o PT agora vê o rival socialista tentando isolar a sigla. Em um lance político bem-sucedido, Campos selou o fim da hegemonia petista à frente da capital do Estado e manteve sob seu controle as principais prefeituras do Estado. Também aumentou sua aliança, trazendo o PMDB, o PSDB e até ex-petistas, como Maurício Rands. Em Minas Gerais, Estado onde petistas e tucanos foram aliados nas recentes eleições, Aécio elegeu a vitória de Pimenta da Veiga (PSDB), candidato ao governo, como crucial neste pleito. Inusitadas dobradinhas nas urnas, como a Dilmasia, em que eleitores votaram na petista para o Planalto e no tucano Antonio Anastasia para o Executivo estadual em 2010, não irão ocorrer. Para se certificar de que irá derrotar o PT no Estado, o tucano Aécio Neves trabalha intensamente para manter em sua canoa antigos aliados locais e conquistar o apoio de outras legendas que ameaçam pular do barco do governo. Segundo as recentes pesquisas, Dilma navega em águas tranquilas: ainda é favorita para vencer no primeiro turno das eleições presidenciais. Mas, se a maré virar para ela nesses seis colégios eleitorais, a eleição de outubro pode ter um desfecho distinto. *Acrescentamos foto e legenda à publicação original |
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BRASIL - CUBA - Mais Médicos A capataz dos médicos cubanos Ela se apresenta apenas como “médica”. Na verdade, é a capataz e vigilante dos médicos cubanos, responsável, no território brasileiro, por enquadrar, ameaçar e reprimir os conterrâneos, que ameacem sair dos trilhos impostos pela ditadura dos irmãos Castro Foto: Veja Postado por Toinho de Passira
A capataz dos médicos cubanos Vivian Isabel Chávez Pérez se apresenta ora como doutora do Mais Médicos, ora como agente da Opas. Sua verdadeira função é controlar os passos dos compatriotas Vivian Isabel Chávez Pérez é uma mulher de múltiplas facetas. Em agosto do ano passado, quando os primeiros médicos cubanos desembarcaram no Brasil como parte do programa de “intercâmbio” de saúde do governo federal, ela aparecia de jaleco branco exaltando a nobreza da missão em um portunhol azeitado. Vivian é apresentada em vídeos de divulgação do Ministério da Saúde como uma médica cubana comum. Puro jogo de cena. Em poucos dias ela já dava entrevistas à Prensa Latina, a agência de notícias da ditadura cubana, como porta-voz da missão no Brasil. Vivian não presta atendimento ambulatorial no Brasil nem consta na lista dos profissionais enviados aos rincões do país pelo programa Mais Médicos. No dia 1º de novembro, ela surgiu em um café da manhã de boas-vindas a 100 cubanos no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, no Rio Grande do Sul, sentada à mesa das autoridades, ao lado do governador Tarso Genro e da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Ali, foi apresentada como coordenadora da Organização Panamericana de Saúde (Opas), entidade da ONU que intermediou a importação de médicos de Cuba pelo Brasil. Nessa função, Vivian vigia os compatriotas e exerce sobre eles um extraordinário poder de convencimento. Entre os cubanos tutelados por Vivian estão as médicas Yamila Valdes Gonzales e Yamile Mari Nin, que trabalham em postos de saúde da zona rural de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. Em dezembro, o Ministério da Saúde foi avisado pela prefeitura de que Yamila e Yamile queriam desistir do programa e voltar para Cuba. Elas não se conformavam em receber menos de 1000 reais de salário, enquanto os outros dois profissionais do Mais Médicos na cidade, uma cazaque e um mexicano, ganham 10 000 reais. Sem dinheiro para cobrir as despesas básicas em uma das cidades com maior custo de vida do estado, elas foram acolhidas por funcionários da prefeitura, que se revezavam para convidá-las para comer em suas casas e recebiam donativos para que pudessem mobiliar e equipar o seu apartamento, cujo aluguel é pago pelo município. Ao contrário dos médicos de outras nacionalidades, as cubanas não receberam o auxílio para as despesas de instalação previsto no programa, que varia de 10000 a 30000 reais. “Elas sofreram um impacto psicológico muito grande por causa dessa diferença de tratamento. Não havia uma semana que não reclamassem das dificuldades de viver aqui”, diz Nádia Silva, coordenadora dos serviços de atenção básica da Secretaria de Saúde do município, onde um auxiliar de enfermagem recebe salário inicial de 1800 reais. Compreendendo o estado de penúria em que Yamila e Yamile se encontravam, o secretário de Saúde, Ademar Possamai, imaginava que o pedido de demissão seria aceito. Em vez disso, a prefeitura recebeu uma ligação de Vivian, que pediu para falar com as médicas por telefone. A conversa foi privada e as duas cubanas jamais revelaram aos seus amigos na cidade o que lhes foi dito. Foto: reprodução Facebook |
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BRASIL - Opinião A calma de Barbosa Essa súbita aceitação do Ministro Joaquim Barbosa da decisão do plenário do STF sem nenhuma reação mais contundente embora seja quase certo que o veredicto seja alterado e os condenados por formação de quadrilha terão suas penas reduzidas é que com ou sem crime de formação de quadrilha, a decisão está tomada e os condenados já estão na cadeia. O que ficará na história é que pela primeira vez, no Brasil, políticos poderosos foram para a cadeia por crime de corrupção. Foto: Fellipe Sampaio/STF Postado por Toinho de Passira Perguntado sobre sua expectativa em relação ao resultado do novo julgamento da acusação de formação de quadrilha no processo do mensalão petista, que começou ontem, o presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa deu de ombros, dizendo que para ele “tanto faz como tanto fez”. Essa súbita aceitação da decisão do plenário do STF sem nenhuma reação mais contundente parece ser provocada pela certeza de que o veredicto será alterado e os condenados por formação de quadrilha terão suas penas reduzidas. Tudo indica que os dois novos ministros Teori Zavascki e Luiz Roberto Barroso inclinam-se, por votos anteriores e comentários, a decidir a favor dos condenados. Mas há outra razão para a aparente tranqüilidade, pelo menos até agora, com que Joaquim Barbosa está recebendo a reversão de um dos pontos centrais da acusação do mensalão. Com ou sem crime de quadrilha, a decisão está tomada e os condenados já estão na cadeia. Houve corrupção, desvio de dinheiro público, definiu o Supremo Tribunal Federal, e a dificuldade para alterar isso em uma eventual revisão criminal é muito grande. Tão difícil de acontecer, por não haver razões técnicas para tal, que o advogado de Genoino, o mais excitado ontem no julgamento, admitiu que ela se dará, se acontecer, “dentro de 10, 20, 30 anos”. A única novidade do julgamento de ontem do Supremo Tribunal Federal (STF) foi o tom explicitamente político que os advogados do núcleo político do mensalão deram à defesa. O mais veemente deles foi o advogado Luiz Fernando Pacheco que, ao contrário de outras intervenções, quando tratou Genoino como um herói brasileiro, ontem preferiu ameaçar os ministros do Supremo com a força do PT. A associação dos condenados do núcleo político do mensalão – Dirceu, Delubio e Genoino – foi descrita não como a formação de uma quadrilha, como até o momento o STF entendeu, mas a união para a criação de um partido político “para salvar o país”. Um partido, frisou bem o advogado, que está no poder há 12 anos e, segundo ele, baseado nas pesquisas eleitorais, deve manter esse controle político do país pelo menos por mais um mandato presidencial. Os argumentos técnicos para desqualificar a formação de quadrilha foram apenas subsidiários às defesas, que se empenharam em reafirmar a inocência de seus clientes, não apenas no tema em questão, mas também sobre o tema geral da corrupção política, que já é questão julgada e definida pelo STF. Os advogados de Delúbio Soares e José Dirceu foram mais formais com relação ao já decidido, admitindo mesmo Malheiros Filho que Delubio fora co-autor dos crimes cometidos. O advogado José Luis de Oliveira Lima limitou-se a dizer que José Dirceu “(...) teve 40 anos de vida pública sem mácula, sem qualquer mancha. O meu cliente, José Dirceu, é inocente". O mais enfático da tarde foi o advogado de José Genoino, que atacou de frente o processo do mensalão, classificando-o de “a maior farsa da história da política brasileira". Luiz Fernando Pacheco mais uma vez refutou a acusação de corrupção ativa – que não estava em discussão – para concluir que, portanto, não houve também a formação de quadrilha. O advogado de Dirceu já havia feito uma menção, de passagem, ao fato de que os condenados no núcleo político haviam se reunido não para formar uma quadrilha, mas sim um partido político. Mas o de Genoino foi além, afirmando que não houve a "intenção de formar uma sociedade de delinqüentes”, mas sim. "um partido político que encampou o poder e o poder vem mantendo há 12 anos. Dizer que havia uma quadrilha é uma tese absurda, e o povo brasileiro já refutou isso". De maneira surpreendente, o advogado Luiz Fernando Pacheco referiu-se à mais recente pesquisa de opinião que mostra a presidente Dilma em primeiro lugar na disputa presidencial para perguntar aos ministros do STF: "O povo brasileiro quer ser governado por quadrilheiros? Acho que não". O raciocínio politicamente tosco do advogado de Genoino é semelhante aos que tratam as vaquinhas para pagar as multas dos mensaleiros, ou a reeleição de Lula em 2006 como provas de que o povo já inocentou o PT. Mas o que ficará na história é a primeira vez que políticos poderosos foram para a cadeia por crime de corrupção. E a primeira vez não se esquece. Talvez por isso Joaquim Barbosa esteja tão calmo. *Acrescentamos subtítulo, foto e legenda à publicação original |
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VENEZUELA Primavera venezuelana: violência, mortes, inquietação popular e incertezas Uma jovem estudante venezuelana, Génesis Carmona, 22 anos morreu nesta quarta-feira após ser baleada na cabeça durante uma manifestação contra o governo de Nicolás Maduro. Universitária, também era modelo e foi eleita, no ano passado, Miss Turismo de Carabobo. Ela foi alvejada quando a manifestação que participava foi atacada por motociclistas armados que dispararam contra a multidão. Carmona é a quinta vítima fatal decorrente dos protestos contra o governo venezuelano. Foto: Redes Sociais Postado por Toinho de Passira Subiu nesta quarta-feira para seis o número de mortos na onda de protestos políticos que sacode a Venezuela, num momento em que o detido líder opositor Leopoldo López, líder do partido Vontade Popular convocou seus seguidores a continuar lutando para derrubar o governo socialista. A televisão estatal informou que uma mulher morreu depois que a ambulância que a levava ao hospital foi bloqueada por manifestantes da oposição em Caracas. Segundo a VTV, ela estava sendo socorrida após sofrer um ataque cardíaco. Mais cedo nesta quarta-feira, Génesis Carmona, eleita, no ano passado, Miss Turismo de Carabobo, modelo e estudante de turismo de 22 anos, morreu após ser baleada na cabeça, Na véspera, havido sido alvejada por motociclistas não identificados, possivelmente integrantes das milícias chavistas, que abriram fogo contra uma manifestação pacifica, da oposição, em Valencia, ferindo nove pessoas, incluindo a jovem estudante, que chegou a ser operada, mas não resistiu. Há quase 20 dias, milhares de venezuelanos protestam nas ruas contra preocupações que vão desde a piora da economia até a insegurança no dividido país. Além de haver centenas de feridos, quatro pessoas morreram baleadas, uma de ataque cardíaco e outra atropelada: O motorista de um caminhão da estatal petrolífera venezuelana PDVSA atropelou e matou o adolescente José Ernesto Mendez, 17 anos durante protestos em Carúpano, estado de Sucre. Ele teria tentado parar o veículo. Embora os protestos tenham se convertido no maior desafio de governabilidade do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, desde que assumiu o cargo em abril, não há ainda indícios de que seu governo esteja seriamente ameaçado institucionalmente. Os militares, cruciais na história venezuelana para equilibrar a balança e pressionar pela saída de um mandatário, estão do lado do presidente. Os países do Mercosul, incluindo o governo Dilma, tem se manifestado favorável ao presidente, e a maneira como ele vem conduzindo a crise. Maduro, como fazia seu padrinho Hugo Cháves, garante que a oposição, com apoio dos Estados Unidos, tenta repetir o sangrento golpe de Estado que tirou brevemente do poder o então presidente Hugo Chávez em 2002. Sem reconhecer que a posição política de Leopoldo López, o opositor, é de revogar o mandato de Maduro através de referendo, permitido pela Constituição venezuelana, para 2016. Foto: Jorge Silva/Reuters Nesta quinta feira (20), um tribunal da Venezuela confirmou a prisão preventiva do dirigente de oposição Leopoldo López, que continuará detido na penitenciária militar de Ramo Verde, nos arredores da capital Caracas. Foram aceitas as acusações de incêndio e depredação, assim como as de formação de quadrilha e incitação da violência. O líder da oposição continuará reclusão pelo menos durante 45 dias. Foto: Arquivo A HERANÇA MALDITA DE CHÁVEZ Foto: Arquivo O presidente Nicolás Maduro deu continuidade às 'misiones', como são conhecidos os programas assistencialistas. O desafio será mantê-los e ainda investir na petrolífera e aumentar a produção. |
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BRASIL - Violência REVISTA VEJA: Os black blocs têm agora uma morte sobre os ombros Reportagem de VEJA desta semana mostra que a máscara “libertária” do grupo caiu e revela o rosto soturno de um bando que, ao aliar inconsequência à violência e o uso de armas letais, equipara-se a terroristas Foto: (Montagem sobre fotos: Armando Paiva/Fotoarena Christophe Simon/AFP) Postado por Toinho de Passira Eles não vieram com flores nas mãos. Os primeiros black blocs a surgir nas ruas brasileiras já chegaram de máscara e marreta em punho. Quebraram lojas, incendiaram ônibus e invadiram prédios públicos em badernas no Rio, em São Paulo e em outras 22 capitais. Mesmo assim, receberam olhares benevolentes de políticos (“Vários movimentos têm vários métodos distintos. Eu não sou juiz para ficar avaliando os métodos em si”, disse o deputado Marcelo Freixo, do PSOL) e francamente deslumbrados de alguns artistas (“Emma é linda. O anarquismo é lindo”, escreveu Caetano Veloso a propósito de uma black bloc, pouco antes de posar fantasiado de mascarado). Um professor da Fundação Getulio Vargas, de São Paulo, chegou a escrever que os black blocs “usavam a estratégia da violência” porque eram “vítimas da violência cotidiana praticada pelo Estado”. A polícia e as leis brasileiras fizeram a sua parte para piorar a situação. Nove meses após o início da baderna e dezenas de arruaças depois, há apenas um black bloc preso no Rio. Em São Paulo, nenhum. Na semana passada, a leniência e a impunidade cobraram seu preço: o cinegrafista Santiago Andrade, de 49 anos, morreu em consequência de um rojão que, disparado por um mascarado, o atingiu em cheio quando trabalhava. Com a tragédia, a máscara “libertária” dos black blocs caiu para revelar o rosto soturno de um grupo que, ao aliar inconsequência a violência e uso de armas letais, se equipara a terroristas. Fotos: Rudy Trindade/Frame/Folhapress e Pablo Jacob/Ag. O Globo Três personagens foram fundamentais para revelar a face mais sinistra dos black blocs: Fábio Raposo, o Fox, que carregou o rojão que atingiu o cinegrafista; Caio Silva de Souza, o Dik, que levou o artefato até perto da vítima; e Elisa Quadros, a Sininho, “militante ativista” (a definição é dela) que surgiu do nada para oferecer “assessoria jurídica” aos dois acusados e não parou mais de aparecer. Raposo e Souza, que se entregaram e estão presos, são peões do movimento, integrantes da tropa de choque do quebra-quebra. Foto:Paulo Campos/Futura Press Sininho diz que não gosta de políticos e políticos dizem que não apoiam a violência dos black blocs, mas as duas partes parecem se dar muito bem. A Câmara de Vereadores é um ambiente familiar para Sininho. Quando começou a minguar o movimento Ocupa Cabral, em que manifestantes permaneceram dois meses acampados diante da casa do governador do Rio, ela sugeriu a ocupação das escadarias da Câmara. Ficou lá por 52 dias. Fotos: Roberto Castro e Ag. O Globo
Sininho posta vídeos com frequência, às vezes com o ex-namorado, conhecido como Game Over. Articulada, gosta de mandar — em passeatas, é vista apontando a direção a ser tomada pelos mascarados — e de alardear amizade com quem julga poderoso, como o deputado Marcelo Freixo, do PSOL. Freixo minimiza os laços. Afirma ter se encontrado com Elisa apenas duas vezes, na condição de presidente da Comissão de Direitos Humanos, por iniciativa dela. Mas comentários nas redes sociais não deixam dúvida: black blocs e PSOL são mais do que bons amigos. É a uma ONG presidida por um alto funcionário do gabinete de Freixo, Thiago de Souza Melo, que Elisa e outros apelam quando alguém vai preso ou sofre ameaça. A organização é composta de advogados que ficam a postos, nas ruas e em delegacias, para ajudar manifestantes detidos em confrontos de rua. Em São Paulo, quem faz esse papel são os advogados da CSP-Conlutas, entidade sindical ligada ao PSTU. Foto: Ag. O Globo O advogado foi o primeiro a falar sobre o pagamento para promover quebra-quebras que os baderneiros receberiam de grupos, que ele não identificou. Coisa de “150, 200 reais”. Caio Souza confirmou, tanto a Nunes quanto à polícia, ter recebido propostas nesse sentido. Mais: diz ter visto a distribuição de quentinhas aos acampados na Câmara e de pedras e outros “apetrechos” aos mascarados na rua. Fotos: Paulo Campos/Futura Press/Estadão Conteúdo
O principal responsável pela morte de Andrade mora com o pai em uma casa simples em Nilópolis, na região metropolitana do Rio. No dia seguinte à manifestação, 6 de janeiro, ele vendeu um celular, pagou o aluguel, pegou a correspondência e sumiu. Nunes conseguiu contatá-lo em um ônibus a caminho da casa dos avós em Ipu, no Ceará, e o convenceu a se entregar. Antes do crime, Souza era porteiro num hospital onde o pai é enfermeiro. Evangélico, fã de skate, descrito como calmo e calado, só mostra os dentes nos protestos de rua, aonde vai movido por convicções pouco claras — como mostra o texto que escreveu (veja o trecho abaixo).
Na semana passada, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, encaminhou ao Senado uma proposta de mudança na legislação que, se aprovada, atenderá às reclamações da polícia, que afirma não ter meios legais para manter presos os black blocs flagrados em ação. As principais medidas são: proibir o uso de máscaras em manifestações, como já é lei no Rio e em Pernambuco, e vetar o porte de objetos que possam ser usados para ferir, como rojões ou canivetes. Quem for pego desrespeitando essas regras será levado à delegacia. Os reincidentes teriam de pagar multa e ficariam banidos de eventos públicos por no mínimo 120 dias. Com reportagem de Alexandre Aragão, Alvaro Leme, Bela Megale, Cintia Thomaz e Helena Borges |
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BRASIL - Mensalão Ministro do STF, Gilmar Mendes, diz suspeitar de lavagem de dinheiro na ‘vaquinha’ dos mensaleiros petistas, para pagar multas condenatórias Ministro do STF sugere que Delúbio faça ‘vaquinha’ para repor dinheiro desviado no mensalão. Gilmar Mendes criticou o sistema de arrecadação dos mensaleiros e disse que a falta de transparência 'sabota' o cumprimento das penas, Estranhou que os sites de arrecadação petista estejam hospedados no exterior, possivelmente para dificultar qualquer investigação e pede que o Ministério Público apure a ação suspeita Foto: : Nelson Jr./SCO/STF Postado por Toinho de Passira O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes voltou a criticar o sistema de arrecadação adotado por petistas condenados do mensalão para o pagamento das multas impostas pela Corte e sugeriu, em carta aberta endereçada ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares promova uma “vaquinha” para repor os recursos desviados pelos mensaleiros. De acordo com o Ministério Público, pelo menos 173 milhões de reais foram movimentados na trama criminosa. Para pagar cerca de 2,1 milhões de reais em multas, os petistas José Genoino, Delúbio Soares e José Dirceu promoveram campanhas virtuais de arrecadação. Um dia antes do prazo final para a quitação da dívida, Delúbio recebeu 600.000 reais. A facilidade na arrecadação e a origem das altas quantias amealhadas estão sendo investigadas pelo Ministério Público. “Quem sabe o ex-tesoureiro Delúbio Soares, com a competência arrecadatória que demonstrou – 600.000,00 reais em um único dia, verdadeiro e inédito prodígio! - , possa emprestar tal expertise à recuperação de pelo menos parte dos 100 milhões de reais subtraídos dos cofres públicos”, sugeriu, ironizando, o ministro. Na avaliação do magistrado, as “vaquinhas” feitas pelos mensaleiros, por não revelarem os doadores dos recursos, “ridicularizam” e “sabotam” o cumprimento das penas definidas no julgamento do mensalão. Dirceu, Delúbio e Genoino foram condenados por corrupção ativa e formação de quadrilha. Os três cumprem pena em Brasília e recorrem, por meio de embargos infringentes, do crime de formação de quadrilha. “A falta de transparência na arrecadação desses valores torna ainda questionável procedimento que, mediando o pagamento de multa punitiva fixada em sentença de processo criminal, em última análise sabota e ridiculariza o cumprimento da pena, fazendo aumentar a sensação de impunidade que tanto prejudica a paz social no país”, disse o ministro Gilmar Mendes. Para ele, “urge tornar públicos todos os dados relativos às doações que favoreceram próceres condenados pela Justiça brasileira, para serem submetidos a escrutínio da Receita Federal e do Ministério Público”. No início do mês, o ministro já havia defendido que o Ministério Público investigasse como foi feita a arrecadação das multas pagas pelo mensaleiros sob a alegação de que o rápido levantamento dos valores pode indicar lavagem de dinheiro. Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ministérios públicos estaduais estão apurando eventuais irregularidades nas “vaquinhas”. “Eu acho que está tudo muito esquisito. [Houve] Coleta de dinheiro, com grandes facilidades. Agora, essa dinheirama, será que esse dinheiro que está voltando é de fato de militantes? Ou estão distribuindo dinheiro para fazer esse tipo de doação? Será que não há um processo de lavagem de dinheiro aqui?”, questionou o ministro anteriormente. “O Ministério Público tem que olhar isso. Imaginem os senhores, com organizações sindicais, associações, distribuindo dinheiro por CPF”, completou Mendes. “Essa gente, eles não são criminosos políticos, não é gente que lutava por um ideal e que está sendo condenado por isso. São políticos presos por corrupção. É disso que estamos falando. Então, há algo de estranho nisso”. Depois de conseguir arrecadar mais de 1 milhão de reais por meio de uma campanha de militantes do PT na internet, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, condenado no julgamento do mensalão, depositou na última sexta-feira 466.888,90 reais em juízo. O restante deve ser direcionado ao pagamento das multas do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP). Na “vaquinha” feita pela internet, Delúbio recebeu 1,013 milhão de reais – 600.000 reais foram depositados na véspera do prazo final de pagamento. No caso de José Genoino, foram arrecadados cerca de 700.000 reais, mais do que os 667.500 reais exigidos pela Justiça. “Arrecadar 600 mil num dia é algo que precisa ser refletido. A sociedade precisa discutir isso”, afirmou o ministro. Mendes escreveu na correspondência endereçada ao senador que atem certeza que Suplicy “liderará o ressarcimento ao erário público das vultosas cifras desviadas”. Ele, no entanto, reclama que os organizadores das campanhas dos petistas condenados na ação penal usaram sites hospedados no exterior para dificultar a fiscalização por parte das autoridades brasileiras. |
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BRASIL - Opinião Terrorismo: a morte do cinegrafista Todos os que participam de ações terroristas estão assumindo o risco de um assassinato, que afinal aconteceu. Manifestações contra ou a favor de alguém ou alguma coisa são próprias da democracia, mas dentro da lei e da ordem. Do jeito que estão sendo feitas desde junho, uma escalada de violência, não é aceitável de maneira alguma. Foto: Reprodução Postado por Toinho de Passira A violência chegou ao limite do suportável em uma sociedade democrática nessas manifestações utilizadas pelos black-blocs como pretexto para suas atuações terroristas. O desprezo pela vida humana está implícito na atitude irresponsável de atirar um rojão em direção a adversários, pois qualquer pessoa normal sabe que não é possível soltar um artefato com esse teor de destruição em uma manifestação pública sem correr o risco de matar alguém, como aconteceu no caso trágico do cinegrafista da TV Bandeirante Santiago Andrade. Todo manifestante que participa dessas passeatas com a intenção de direcionar um artefato desses – um sinalizador, um rojão – contra alguém, seja policial, seja um jornalista, é um assassino em potencial, a atitude pode ser considerada um ato de terrorismo. É preciso que a sociedade entenda isso perfeitamente: os black-blocs, que têm na violência a maneira de se manifestar contra as instituições ou as grandes corporações capitalistas, assumem o risco de ferir gravemente ou até mesmo de matar, uma atitude inaceitável em uma democracia, onde quem tem o direito ao uso da força é apenas a polícia. Com muito treinamento e com armas que, pelo menos na teoria, não provoquem danos como os causados pelo rojão. A sociedade exige, além do mais, que a Polícia não exorbite desse poder de uso da força que lhe é concedido e está sempre atenta a denunciar quando isso acontece. Sempre que a polícia age fora dos padrões exigidos em uma democracia, a imprensa é a primeira a denunciar os desvios e a cobrar punições. Todos os que participam de ações terroristas estão assumindo o risco de um assassinato, que afinal aconteceu. Manifestações contra ou a favor de alguém ou alguma coisa são próprias da democracia, mas dentro da lei e da ordem. Do jeito que estão sendo feitas desde junho, com uma escalada de violência, não é aceitável de maneira alguma. A atuação da imprensa vem sendo constrangida desde o início das manifestações por esses terroristas, que atacam indiscriminadamente os membros do que denominam de “mídia tradicional”. A tal ponto que jornalistas já não podem sair para trabalhar com suas identificações, pois se tornam alvos de ações terroristas. A situação chegou a tal ponto que o fotógrafo do Globo que flagrou toda a cena do atentado que culminou na morte do cinegrafista não quis ser identificado como autor das fotos que possibilitaram a identificação dos criminosos. O mesmo aconteceu com o cinegrafista da TV Brasil que filmou a cena. Em qualquer lugar do mundo, correspondentes de guerra usam coletes com identificação de que são jornalistas para serem respeitados pelas partes em disputa, sob a proteção da ONU. Nas manifestações no Brasil desde junho, identificar-se como jornalista, de qualquer empresa, é um risco, não uma proteção. Com o agravante de que não estamos em guerra. Não importa se desta vez a intenção não era acertar o cinegrafista, mas os policiais que estavam mais adiante. A ação terrorista foi consumada, e suas conseqüências têm que ser punidas rigorosamente. O caráter terrorista da ação dos black-blocs contra a imprensa é revelado pela ameaça feita em frente à delegacia onde estava o primeiro culpado preso, Tiago Raposo, que aliás já havia sido detido em outras ocasiões por distúrbios em passeatas do gênero. Um de seus companheiros de vandalismo estava lá tentando criar um clima contra a prisão quando se virou para outro cinegrafista, por sinal da mesma TV Bandeirantes, e ameaçou: “O próximo vai ser você”. O cinegrafista reagiu à ameaça e acabaram os dois se atracando, com o black-bloc levando um corte na testa. Pelo relato do acontecido vê-se que o ambiente político está totalmente desequilibrado, graças a setores da sociedade e partidos políticos que avalizam as agressões dos black-blocs como manifestações legítimas, quando elas são a negação da democracia. *Alteramos o título, acrescentamos subtítulo, foto e legenda à publicação original |
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BRASIL - CUBA Para Cuba, com amor: a médica cubana que escancarou e desmascarou as mazelas do programa "Mais Médico" Embora o governo Dilma afirme que só decidiu importar cubanos porque não conseguiu preencher as vagas do Mais Médicos com brasileiros e outros estrangeiros, Ramona foi treinada há dois anos para vir para o Brasil. Fez parte de uma farsa. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasi Postado por Toinho de Passira Ramona Rodriguez. A cubana que fugiu do Mais Médicos de Pacajá, no Pará, criou um enrosco sem tamanho para o governo Dilma Rousseff. Reacendeu críticas ao extravagante contrato em que os irmãos Castro se apropriam do grosso dos salários dos médicos exportados e deu xeque-mate à legalidade do programa, carro-chefe da campanha do ex-ministro Alexandre Padilha ao governo do Estado de São Paulo. Contas publicadas pelo jornal O Globo revelam que o Mais Médicos reforçará os cofres da ilha em R$ 713 milhões ao ano, 77% do valor destinado ao programa junto a Cuba. Só 23% ficam com os profissionais importados. Criou ainda uma encrenca jurídica. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, apressou-se em dizer que Ramona poderá perder o visto de permanência no país e a licença para atuar como médica no Brasil. A tese é frágil. Ancora-se na medida provisória que sustenta o programa, que pouco vale se confrontada à Constituição. Aliás, se o Brasil conferir a Ramona um improvável asilo, ela pode passar no Revalida e exercer a profissão como qualquer médico estrangeiro. Para o governo, ficar com Ramona é um problema. Incitaria novas dissidências. Embarcá-la de volta pode ser ainda pior. Até porque, sabe-se, a ditadura cubana não a pouparia de retaliações, que acabariam reveladas pela mídia. Não à toa, ela teme por seus familiares, em especial pela filha, também médica. É tão verdade que mesmo no Brasil Ramona já é vítima de detratores. Ela foi acusada de bêbada e devassa pelo deputado José Geraldo (PT-PA), que inscreveu nos anais da Câmara trechos indizíveis da carta repugnante do presidente do Conselho Municipal de Saúde de Pacajá, Valdir Pereira da Silva. De nível tão baixo que o PT deveria se envergonhar e pedir solenes desculpas. Para completar, blogs engajados divulgaram a versão de que Ramona só queria mesmo encontrar o namorado, em Miami, e que tudo não passou de uma farsa instruída pelo líder dos Democratas, Ronaldo Caiado (GO). A previsão é de que o Brasil receba mais de sete mil médicos cubanos. Hoje, 5.378 já estão operando a um custo de R$ 925,86 milhões por ano, isso sem computar transporte e moradia. Repita-se: mais de três quartos disso fica com o governo de Cuba. Embora o governo Dilma afirme que só decidiu importar cubanos porque não conseguiu preencher as vagas do Mais Médicos com brasileiros e outros estrangeiros, Ramona foi treinada há dois anos para vir para o Brasil. Fez parte de uma farsa. E faz parte de uma massa que sustenta, com o seu trabalho, a ditadura que ela já demonstrou que não quer. Mas que o governo do PT apoia. Com unhas, dentes e dinheiro. Muito dinheiro. Mary Zaidan é jornalista. Trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas. Atualmente trabalha na agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa'. *Alteramos o título, acrescentamos subtítulo, foto e legenda à publicação original |
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BRASIL - Mensalão Tucano Procurador-Geral recomenda 22 anos de prisão para tucano Eduardo Azeredo, chefe do mensalão mineiro O procurador-geral da República enviou ao STF nesta sexta-feira (7) as alegações finais do processo do valerioduto tucano, também conhecido como mensalão mineiro. O documento tem 84 páginas. O escândalo tucano aconteceu antes do mensalão petista e teve como um dos protagonistas o publicitário Marcos Valério, já condenado pelo mensalão do PT a 40 anos, quatro meses e seis dias de prisão por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Foto: Agencia Câmara Postado por Toinho de Passira A jornalista Carolina Brígido, do O Globo, reporta que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) as alegações finais no processo do mensalão tucano, recomendando a condenação do deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) a 22 anos de prisão por peculato e lavagem de dinheiro. Janot também pede que o deputado do PSDB pague multa de R$ 404.950, um valor ainda sujeito à correção monetária. A expectativa é que o caso seja julgado no plenário do STF ainda neste semestre. Segundo o processo, foram desviados recursos públicos para financiar a campanha pela reeleição de Azeredo ao governo de Minas, em 1998. Embora o réu negue que tenha participado das finanças de sua campanha, para Janot, o tucano foi o regente do esquema. Nas alegações finais, o procurador escreveu: “Os fatos não teriam como ser praticados na forma em que provados se não tivessem a participação essencial e decisiva, como verdadeiro coordenador e maestro, ditando as linhas de condutas, de Eduardo Azeredo. Não se trata de presunções, mas de compreensão dos fatos segundo a realidade das coisas e a prova dos autos”. Janot cita até a teoria do domínio do fato, utilizado no processo do mensalão petista, para reforçar a acusação: “Eduardo Azeredo tinha pleno conhecimento de tudo que se passava na área financeira de sua campanha à reeleição”. Em nota, Azeredo reafirma que o mensalão mineiro não existiu. “Azeredo reitera sua inocência com relação às acusações e espera que as questões sejam esclarecidas o quanto antes. Reforça que não houve mensalão, ou pagamento a parlamentares, em Minas Gerais e que as questões financeiras da campanha de 1998, alvo da ação penal que tramita no STF, não eram de sua responsabilidade”, diz o texto. Na nota, o tucano “manifesta sua confiança no Supremo Tribunal Federal, que decidirá ouvindo também as alegações da defesa”. O deputado também afirma que há contradição entre as conclusões da Procuradoria Geral da República e as provas do processo. À noite, numa segunda nota, Azeredo protestou pelo fato de Janot ter utilizado em seu parecer documentos que ele diz serem falsos. Ele reafirma, ainda, que a aquisição de cotas de patrocínio por estatais mineiras, também questionada, não é da alçada de um governador de estado, e que não houve determinação sua para que ocorresse. Segundo as investigações, o esquema funcionava de forma muito semelhante ao mensalão do PT, que desviou mais de R$ 100 milhões dos cofres públicos para comprar apoio político no Congresso, durante o governo Lula. O mensalão mineiro foi uma espécie de ensaio geral do mensalão do PT, mas em proporções menores: os desvios foram de R$ 3,5 milhões em valores da época (R$ 9,3 milhões em cifras atualizadas).
O operador do esquema também era Marcos Valério, que aparece novamente com os sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz. “A prática dos crimes descritos na denúncia só foi possível com a utilização do esquema criminoso montado por Marcos Valério Fernandes de Souza, mais tarde reproduzido, com algumas diferenças, no caso conhecido como ‘mensalão’, julgado na Ação Penal 470”, disse Janot. No mensalão mineiro, a SMP&B, de Valério, tomou dinheiro emprestado no Banco Rural — como no mensalão petista — e o repassou para a campanha de Azeredo. Para saldar a dívida no banco, três estatais — a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) e o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) — deram dinheiro à empresa de Valério. Oficialmente, a SMP&B era a intermediária do patrocínio do governo a três eventos de motocross. Os eventos aconteceram, mas, segundo o processo, custaram R$ 98,9 mil. “As verbas desse suposto patrocínio estatal, efetivamente, não foram aplicadas nos eventos esportivos, em razão de terem outro destino já previamente ajustado: após a devida ‘lavagem’, seriam (e foram) utilizados na campanha de reeleição de Azeredo”, escreveu Janot. Uma das provas elencadas pelo MP é o fato de que Azeredo foi avalista de um empréstimo contraído pela SMP&B junto ao Banco Rural (igualzinho o que fez José Genoino, na condição de presidente do PT). Janot também anotou que, entre julho de 2000 e maio de 2004, Azeredo conversou com Valério ao telefone 57 vezes. Segundo o colunista Gerson Camarotti, a cúpula tucana foi surpreendida com a sugestão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de uma pena de 22 anos de prisão para o deputado Eduardo Azerado (PSDB-MG). Segundo ele, os tucanos não esperavam que a sugestão de pena fosse tão pesada. Integrantes do PSDB temem o reflexo desse julgamento num ano de eleição presidencial. Um dirigente do PSDB reconheceu, de forma reservada que a análise do caso pode esvaziar parte do discurso do senador Aécio Neves (PSDB-MG), pois equilibra o jogo em relação ao escândalo do mensalão dos petistas. Esperamos e torcemos que os ministros do supremo tenham a mesma mão de ferro com o corrupto tucano. Lugar de político corrupto é na cadeia, execrada pela história e esquecido pelo povo. |
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