The Economist ironiza Mantega e diz que a medíocre economia brasileira caiu em desgraça
BRASIL - Economia The Economist ironiza Mantega e diz que "a medíocre economia do Brasil caiu em desgraça" A revista britânica The Economist critica, na edição desta semana, o desempenho da economia brasileira e lembra irônica que havia pedido a demissão de Mantega no ano passado, e isso parece ter blindado o ministro, por isso agora eles, apostando na teimosia em desagradá-los de Dilma, reivindicam agora sua permanência, dizendo que Mantega é um sucesso. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters Postado por Toinho de Passira A imprensa brasileira, em relação ao editorial da publicação britânica Economist, intitulado “Brazil’s mediocre economy - A fall from grace" ("A economia medíocre do Brasil - Caindo em desgraça") desta semana, concentrou-se na parte final do texto, que ironiza a atuação do Ministro Mantega, a frente do Ministério da Fazenda, e a teimosia da presidenta Dilma em mantê-lo no cargo. Mas o editorial, é muito mais isso, traça o perfil da economia brasileira, desde os tempos que Fernando Henrique Cardoso assumiu o Ministério da Fazenda até o momento em que o governo Lula se afastou das diretrizes do plano real e o país começou a ir pelo caminho tortuoso que enveredamos no momento. Eles dizem que o segundo governo Lula, e o governo Dilma, desperdiçaram a herança recebida por Fernando Henrique: Vejamos o trecho inicial do editorial:
Nos últimos dias, lembra The Economist, o Banco Central subiu juros para conter a inflação e Mantega afirmou que não vai mais recorrer à política fiscal para estimular a economia (por meio da redução do IPI, por exemplo). Além disso, a revista acrescenta que o governo decidiu suspender nesta semana a barreira para o controle de capitais (nesta semana, o governo zerou o IOF para investimentos em renda fixa). A avaliação sarcástica da Economist sobre Mantega é uma crítica às recentes mudanças de posição do ministro, face à piora do ambiente macroeconômico brasileiro. A publicação destaca que o Brasil vive um momento difícil, com crescimento abaixo das expectativas e inflação em alta. Além disso, a revista britânica diz que o atual governo vem descuidando dos pilares macroeconômicos construídos durante o governo Fernando Henrique Cardoso. De acordo com a publicação, desde o segundo mandato do governo Lula – e mais recente com Dilma na presidência -, "a fórmula por trás do sucesso do Brasil foi abandonada". Ela afirma que o Brasil abdicou do controle da inflação em busca do crescimento, tomando, para isso, medidas avaliadas como erradas pela revista, como a redução dos juros, apesar de uma subida dos preços. A revista afirma ainda que os gastos públicos aumentaram ao passo que o governo se distanciou da meta de superávit primário (a economia para pagar os juros da dívida). Para cumpri-la, o governo vem fazendo o que analistas chamam de 'contabilidade criativa', ao estilo argentino, alterando os dados e a fórmula para fechar as contas.
A Economist também criticou a falta de independência do Banco Central e lembrou que Dilma Rousseff pressionou publicamente o Banco Central a reduzir as taxas de juros. |
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