Confirmado definitivamente: Joaquim Barbosa não é candidato a nada, nas próximas eleições
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Eleição 2014 Confirmado definitivamente: Joaquim Barbosa não é candidato a nada, nas próximas eleições O presidente do Supremo Tribunal Federal deixou passar os prazos legais, sem que renunciasse ao cargo, nem se filiasse a qualquer partido político. Agora, mesmo que quisesse, não poderia mais participar, como candidato, no próximo pleito. No futuro, quem sabe? Postado por Toinho de Passira Contrariando prognósticos de colegas da Corte, de políticos, rumores e fofocas, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, não renunciou nesta sexta-feira, 04, ao cargo, prazo limite para magistrados deixarem os postos a fim de concorrer nas eleições de outubro. Caso renunciasse, teria ainda de se filiar na manhã do sábado, a um partido político a fim de se habilitar ao pleito. Ele chegou cedo ao Supremo, cumpriu uma agenda normal de despachos e deixou o tribunal por volta das 17h30. Barbosa teria que ter protocolado até o final desta sexta o pedido de aposentadoria ou exoneração - uma vez que não há expediente no STF no sábado. A atuação do presidente do Supremo no julgamento do mensalão despertou interesse de partidos políticos. Os rumores de que Barbosa largaria a Corte cresceram no final de fevereiro, com o julgamento de recursos do mensalão. Na ocasião, com pose de candidato, segundo colegas de tribunal, ele fez um "alerta à nação brasileira" ao criticar a "sanha reformadora" após o tribunal livrar oito réus do crime de formação de quadrilha. A pedido do pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, conforme revelou o jornal O Estado de S.Paulo, a ex-corregedora Nacional de Justiça Eliana Calmon sondou Barbosa para que ele se filiasse ao partido, a fim de concorrer a algum cargo eletivo no Rio de Janeiro, domicílio eleitoral do ministro. A intenção era lançá-lo ao Senado Federal. Em entrevista no final de fevereiro, o presidente nacional do PV, José Luiz Penna, admitiu que tinha "grande interesse" em filiá-lo. Mas negou tê-lo convidado também para concorrer ao Senado, nas eleições majoritárias do Rio de Janeiro. Alheio a essas suposições, Joaquim Barbosa já tem agenda oficial marcada como presidente do Supremo para as próximas semanas. Na segunda-feira, ele foi convidado para participar de um evento da Unesco no Rio de Janeiro sobre liberdade de expressão. Constam também solenidades e eventos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). No dia 5 de maio, ele deve participar, na Itália, do encontro da Comissão Europeia para a Democracia através do Direito, mais conhecida como Comissão de Veneza, cidade-sede da reunião. Mesmo não saindo da Corte neste momento, Joaquim Barbosa tem dado sinais de que poderá deixar o tribunal após o término da sua gestão na presidência, em novembro. Barbosa faz 60 anos em outubro. Pela Constituição, ainda teria direito de ficar mais 10 anos de tribunal. Contudo, ele já admitiu a pessoas próximas que não deve ficar no Supremo por tanto tempo ainda. Na verdade, entre outras coisas, ele não suportaria ficar debaixo do tacão do próximo presidente da corte, o seu quase desafeto, Ricardo Lewandowski, que deverá a partir da posse, procurar de todas as maneiras facilitar a vida dos condenados do mensalão. |
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