Obama pede que americanos pressionem congressistas
ESTADOS UNIDOS - ECONOMIA Obama pede que americanos pressionem congressistas Falta de acordo sobre dívida trará 'problemas sérios', alertou o presidente americano num curto pronunciamento de 15 minutos, desde a Casa Branca, para o povo americano. Os EUA têm até 2 de agosto para conseguir aprovar elevação do teto. 'Podemos entrar em uma profunda crise econômica', alertou presidente. Por fim apelou aos norte-americanos para fazerem pressão sobre o Congresso, onde os republicanos detêm a maioria na Câmara dos Representantes, para que se chegue a um consenso Foto: Samantha Appleton/Official White House Photo Postado por Toinho de Passira O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira (25), em pronunciamento na Casa Branca, que a falta de um acordo que permita elevar o teto da dívida do país trará problemas sérios à economia. "Se continuarmos nesse caminho, nossa dívida vai causar problemas sérios à nossa economia", afirmou ele. De acordo com Obama, o país deverá ver um crescimento do desemprego e alta nas taxas de juros. "E não teremos dinheiro para criar empregos suficientes", disse. O governo dos Estados Unidos está correndo contra o tempo para não colocar em risco sua credibilidade de bom pagador. Se até o dia 2 de agosto o Congresso não ampliar o limite de dívida pública permitido ao governo, os EUA podem ficar sem dinheiro para pagar suas dívidas: ou seja, há risco de calote. Em maio, a dívida pública do país chegou a US$ 14,3 trilhões, que é o valor máximo estabelecido por lei. Isso porque, nos EUA, a responsabilidade de fixar o teto da dívida federal é do Congresso. O presidente dos EUA defendeu o plano bipartidário que vinha sendo debatido por republicanos e democratas nas últimas semanas e que, de acordo com ele, previa cortes de gastos do governo ao mesmo tempo em que poria fim a isenções de impostos de tributos das fatias mais ricas da população. "Esse plano exigiria que os mais ricos colaborassem", afirmou. "Eles colaboraram todas as vezes que precisamos de acordo para reduzir o déficit". Obama lembrou que apelo semelhante foi feito pelo ex-presidente republicano Ronald Reagan, e foi atendido. De acordo com o presidente, caso esse acordo fosse aprovado, 98% dos americanos com renda anual inferior a US$ 250 mil "não teram nenhum aumento de impostos". "O que estamos pedindo é aos americanos cuja renda subiram mais na última década – milionários e bilionários – dividam o sacritfício que todos têm que fazer". Obama destacou que alguns republicanos estão impedindo o avanço de um acordo com esse plano bipartidário. "Esse plano só não está caminhando porque alguns republicanos querem outro plano, que não pede nada dos mais ricos, que só funcionaria com mais cortes em programas com os quais nos importamos", afirmou o presidente dos EUA, apontando que a maioria dos cortes teria que ser feita em programas sociais, como o Medicare. "Hoje estamos em um beco sem saída. Temos que aumentar o teto da dívida até a próxima terça, 2 de agosto, ou não poderemos pagar todas as nossas contas", disse. "Pela primeira vez na história nosso rating AAA (a nota de crédito) pode ser rebaixado". "Podemos entrar em uma profunda crise econômica, causada exclusivamente por Washington". Foto: Getty Images O líder dos republicanos na Câmara, John Boehner, reagiu ao discurso afirmando que os Estados Unidos "não podem entrar em default, mas advertiu que o "povo americano não aceitará um aumento da dívida sem cortes significativos nos gastos e uma reforma". Foto: Getty Images Falando à rede de TV CNN, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner disse que é fundamental que o Congresso aprove um novo teto da dívida ao menos até 2013, após as eleições presidenciais de novembro de 2012. "A coisa mais importante é remover a ameaça de default do país pelos próximos 18 meses", disse Geithner. "O que os líderes sabem é que eles precisam chegar a um acordo que passe pela Câmara dos Deputados, pelo Senado e que o presidente possa aceitar". Foto: Reuters |
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