30 de jun. de 2012

EGITO: O islamista Mohammed Mursi toma posse

EGITO
O islamista Mohammed Mursi toma posse
Dia histórico no Egito, o primeiro presidente eleito democraticamente, assume. O exército, que ocupará o comando do país, quando Hosni Mubarak foi deposto, no ano passado, manteve sua promessa de ceder o poder assim que um mandatário fosse escolhido pelo povo, pelo menos é o que dizem

Foto: Reuters

Mursi é o primeiro presidente civil e islâmico do país. Também o primeiro eleito em um pleito livre

Postado por Toinho de Passira
Fontes: BBC Brasil, Reuters , O Globo

O islamista Mohammed Mursi, 60 anos, tomou posse neste sábado, no Supremo Tribunal Constitucional, no Cairo, com a difícil tarefa de consolidar a revolução que começou na Praça Tahrir e depôs o ditador Hosni Mubarak. É o primeiro presidente eleito por via democráticas no Egito e se torna o quinto presidente do país desde a derrubada da monarquia, há 60 anos.

Mursi, que venceu as eleições com quase 52% dos votos, renunciou a sua militância na Irmandade Muçulmana, grupo islâmico de origem do partido que o elegeu, após o anúncio de seu triunfo.

Com o Parlamento dissolvido e o Legislativo nas mãos dos militares, o novo presidente prestou o juramento diante da Corte Suprema Constitucional. Por ironia, o lugar onde aconteceu a cerimônia de posse fica ao lado do hospital militar em que Mubarak, deposto em fevereiro do ano passado e condenado à prisão perpétua, está internado há cerca de duas semanas.

Em um discurso otimista, em que procurou se equilibrar entre as forças em jogo, Mursi prometeu justiça social e dignidade e jurou defender a Constituição (que ainda está sendo escrita).

O presidente assegurou ainda, que estava tomando posse de plenos poderes, no país, que o exército, que assumiu o governo quando Hosni Mubarak foi deposto no ano passado, manteve sua promessa de ceder o poder.

O modo como o islamista vai tratar as relações exteriores do Egito também foi abordada no discurso. Mursi prometeu melhorar a ligação com os países vizinhos na África e no Oriente Médio. Num aceno a Israel, com o qual o Egito tem um acordo de paz, Mursi prometeu respeitar os tratados internacionais. Mas também defendeu "o direito legítimo do povo palestino".

Na véspera, Mursi fez uma espécie de juramento simbólico diante da multidão na Praça Tahrir, durante o qual também prometeu lutar pela liberdade de Omar Abdel Rahman, o clérigo egípcio atualmente cumprindo prisão perpétua nos Estados Unidos pelo planejamento do ataque de 1993 ao World Trade Center.

Nas negociações para a formação de um Gabinete especula-se que os primeiros nomes indicados serão os de uma mulher e um cristão copta (integrante Igreja cristã nacional do Egito), ainda não divulgados, que serão designados para os cargos de vice-presidente, com poderes de super-ministros. O objetivo é demonstrar o comprometimento do novo governo com uma gestão democrática e pluralista, sem barreiras tradicionais religiosas.

Ontem, também, noticiou-se que o candidato derrotado nas eleições presidenciais, Ahmed Shafiq, que havia sido primeiro ministro, nos tempos de Hosni Mubarak, fugiu do Egito em direção aos Emirados Árabes Unidos após virar alvo de investigações sobre corrupção.


Comprovado: Lula também apertou mão de Humberto

PERNAMBUCO – Recife – Eleições 2012
Comprovado: Lula também apertou mão de Humberto
Recebemos e-mails, possivelmente, de “humbertistas” exigindo que publicássemos também, as fotos do candidato biônico a Prefeito do Recife, Humberto Costa, apertando a mão de Lula. Esse modesto blog sentiu-se importante e honrado com as ameaças recebidas. Agradecemos também as homenagens prestadas a nossa mãe. Retribuimos: modéstia de vocês, a mãe de vocês é muito mais...

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

SATISFEITOS? - Temos o prazer de publicar, a foto exigida por leitores irados, de Lula aperta a mão de Humberto Costa, antes de ter apertado a mão de Eduardo Campos e depois de ter apertado a mão de Maluf, de Sarney, de José Dirceu, de Renan Calheiros, de ...

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Instituto Lula, Blog do Jamildo, Veja, Acerto de Contas, TRE-Pernambuco , Portal do PT

Recebemos emails indignados mostrando as fotos de Lula com Humberto Costa, publicada nas páginas do Instituto Lula, no dia 12 de julho, 16 dias antes das do governador. Nos fizeram ver que as fotos de Humberto ganharam as mesmas condições de publicidade que ocorreram com as do governador Eduardo Campos.

Os detalhistas destacaram que enquanto Eduardo mereceu apenas duas fotos, enquanto Humberto brilhou em quatro, a última delas ao lado do presidente do partido, o deputado federal e presidente do PT Rui Falcão.

Também informaram que o senador Humberto Costa na disputa eleitoral do Recife, como pré-candidato do PT, em substituição ao prefeito João da Costa, aparece nas pesquisas com uma média de 36% das citações, liderando com uma folga de, no mínimo, 18 pontos percentuais sobre o pré-candidato do DEM, deputado federal Mendonça Filho, que aparece em segundo lugar. João da Costa quando ainda era candidato à reeleição, sua média de intenção de votos nunca ultrapassou 20%.

Fotos: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O DOBRO DAS FOTOS DE EDUARDO - Mais duas fotos de Humberto com Lula. Agora vai...

Nos informaram, por fim, que na eleição para senador, Humberto Costa recebeu 499.522 votos no Recife, esqueceram de dizer que ele foi o segundo colocado, pois, Armando Monteiro, da mesma coligação, obteve 535.109 votos, 35.587 a mais.

É verdade que esses são dados e fatos que não se podem contestar. Porém, dados e fatos políticos são dinâmicos e representam momentos fugazes. Lembrar a célebre frase atribuída a Magalhães Pinto: “Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.

Vamos esclarecer: nós não somos partidários de João da Costa, nem de Humberto Costa, nem torcemos por esse candidato poste do Governador Eduardo Campos. Para nós eles são João da Bosta, Humberto Bosta e Geraldo Entulho.

Nós não simpatizamos, nem concordamos com o jeito de fazer política do Governador Eduardo Campos: autoritário, centralizador, ameaçador e falsamente simpático. Temos falado muito dele, porque, depois de Maluf é Eduardo quem vem roubando a cena, nesses momentos pré-eleições municipais. Toda a mídia brasileira tem comentado a espeito.

Registramos que o último prefeito de Recife, que reconhecemos como tal, e reverenciamos, foi Roberto Magalhães, depois dele só o caos petista.

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

TUTTI BUONA GENTE - Senador Humberto Costa, Lula e o deputado federal e presidente do PT Rui Falcão. Para quem Lula está olhando? Será que Maluf chegou?

Vamos torcer neste pleito, como fizemos no anterior, por Mendonça Filho, “Mendoncinha”, dos democratas. Mas como não temos nenhum vinculo com ele, podemos dizer que: Mendocinha, dificilmente conseguirá chegar ao 2º turno. A oposição esfacelou-se com candidaturas diversas, ou aderiu ao trator devorador, Eduardo Campos.

A lógica diz que os prováveis candidatos a se enfrentarem na segunda etapa serão Humberto Bosta e Geraldo Entulho. Como torcemos para ver esse circo pegar fogo, vamos ficar muito felizes em ver a disputa cair numa revelador e mal cheirosa baixaria.

Nossa expectativa é ver o PT revelar o submundo dos seis anos do governo Eduardo Campos e os partidários do governador fazendo submergir, a desastrada e quase criminosa participação de Humberto Costa no Ministério da Saúde. Vai ser lindo!

Dizem que se eleito, Humberto Bosta, fizer, como Prefeito, metade do que fez como Ministro da Saúde, vai f..der o Recife.
Os democrata devem apoiar Geraldo Entulho e nós passaremos a chamá-lo de Geraldo Júlio e votaríamos nele, se fossemos eleitor do Recife.


Aconselhamos os “humbertistas” a não se preocuparem conosco. Não somos nós, com meia dúzia de leitores, que vamos fazer vocês perderem as eleições. Foram vocês mesmo que armaram a guilhotina e puseram a cabeça de Humberto debaixo da lâmina. O povo só vai acionar o mecanismo.

Por fim, com última condescendência, mostramos o vídeo, como vocês “pediram”, onde o paulista Humberto Bosta, fala pela primeira vez como candidato a prefeito do Recife. Diz que o PT transformou a cidade do Recife, (transformou mesmo, nisso que está aí) e que sua passagem pelo Ministério da Saúde provou que ele é competente. (Sic, sic, sic)


29 de jun. de 2012

"Marilyn e Larry" - Lucas Mendes

CRÔNICA
Marilyn e Larry
Lucas Mendes fala do fotógrafo Lawrence Schiller (Larry), recentemente falecido, amigo de Marilyn Monroe, que fez inúmeras e famosas fotos da atriz inclusive as últimas imagens dela, no estúdio do inacabado “Something’s Got to Give”, que a atriz filmava ao lado do ator Dean Martin

Foto: Lawrence Schiller

Postado por Toinho de Passira

Texto de Lucas Mendes
Fonte: BBC Brasil

Lawrence Schiller tinha 25 anos quando entrou no camarim de Marilyn Monroe pela primeira vez. Foi no estúdio da Fox onde ela filmava Let’s Make Love, com Yves Montand .

Por trás, ela diante do espelho, ele começou a disparar sua Nikon. A atriz interrompeu o clique, clique, clique porque achava que a luz não era boa para ele e o ângulo não era bom para ela: Daqui é melhor. Larry obedeceu - ela sabia o que estava falando.

Depois de mais algumas fotos, ela disse que ele era o primeiro fotógrafo que não fechava o olho esquerdo quando fotografava. Nunca, em dez anos, alguém tinha observado este detalhe.

"Eu sou cego deste olho" , explicou Larry. "Desde criança, quando morava no Brooklyn. Meu prédio tinha uma lixeira central. Um dia, curioso, enfiei a cabeca e olhei para cima. Naquela hora a ponta de um guarda-chuva entrou no meu olho. Os médicos conseguiram salvar o olho, mas não a visão."

A história pavorosa abriu o coração de Marilyn, que teve uma infância miserável, entrando e saindo de orfanatos e famílias adotivas enquanto a mãe entrava e saía de manicômios. Larry explicou que, apesar do acidente, a infância dele não foi infeliz, mas surgiu uma cumplicidade.

Foto: Lawrence Schiller

O principal cliente de Larry era a revista francesa Paris Match, mas aquelas fotos de Marilyn tinham sido pedidas pela revista Look. O sonho dele, como a maioria dos fotógrafos de revistas, era uma capa na revista Life. A oportunidade surgiu dois anos depois, quando Marilyn filmava Something’s Got to Give, também para a Fox, com Dean Martin.

Quando viu o roteiro, Larry notou que haveria uma cena na piscina onde a estrela pareceria nua, com um biquíni cor da pele, tesando Dean Martin.

As relações de Marilyn com a Fox estavam podres. Anos antes, ela tinha recebido US$ 15 mil pelo filme “Os Homens Preferem as Louras", enquanto a morena Jane Russel tinha recebido US$ 200 mil, mas a inveja dela era Elizabeth Taylor, que estava recebendo US$ 1 milhão por “Cleópatra” enquanto ela recebia US$ 100 mil por filme e não achava que era levada a sério em Hollywood.

Castigava a Fox se trancando no camarim por três ou quatro horas enquanto a equipe esperava lá fora ou simplesmente não aparecia no set. Em 38 dias de filmagens ela compareceu a 13, e cada dia perdido afetava 104 pessoas.

Foto: Lawrence Schiller

Quando contrariou as ordens do estúdio e veio a Nova York cantar parabéns para o presidente Kennedy, a Fox cancelou o filme e abriu um processo contra ela por quebra de contrato.

Poucos dias antes, ela tinha feito as famosas fotos nuas dentro, saindo, e fora da piscina. Antes havia dito a Larry que ficaria nua, mas ele achou que fosse brincadeira.

Quando tirou o roupão e entrou na piscina, estava de calça e sutiã cor da pele, feito o lero-lero para o Dean Martin. Na hora de sair da piscina estava completamente nua.

Clique, clique, clique....684 fotos em preto e branco, 108 em cores em duas horas de filmagem.

Foto: Lawrence Schiller

Marilyn, com poder de veto, eliminou a maioria das fotos em preto e branco porque mostravam músculos na perna, ângulos ou perfis desfavoráveis e a bunda: "Dizem que eu tenho bunda de preta e que muito homem gosta".

Disse e traçou o x do veto na folha de contato. Apesar dos cortes, Larry ficou aliviado. Tinha fotos suficientes para cinco, talvez seis páginas na Life e, mais importante, para a capa.

Era o que ele e Marilyn queriam. Nua nas capas da Life, Paris Match, em revistas do mundo inteiro para invejar Liz Taylor e gerar publicidade.

"Sem roupa, nenhuma mulher é igual a mim", disse a Larry e impôs uma condição: "Quem publicar, qualquer revista, terá de concordar em não publicar nenhuma foto, nenhuma linha sobre Elizabeth Taylor na mesma edição."

Três dias depois, Larry levou à casa dela os contatos das fotos em cor, candidatas a capas. Marilyn disse a ele: "Entre no carro. Vamos pegar Dom".

Larry tremeu. Que Dom é este que entrou na história sem nenhum aviso? Seria alguma sacanagem da Marilyn? Até então tudo tinha sido correto.

Foto: Lawrence Schiller

A atriz parou à frente da famosa lanchonete/farmácia Schwab’s, onde Lana Turner teria sido descoberta comendo um hambúrguer no balcão.

Voltou dali a cinco minutos com uma garrafa de Dom Perignon. Bebia em grandes goladas no gargalo e passava a garrafa para Larry, que não era fã de champagne, enquando examinava as fotos com olhar de modelo e uma tesoura de costureira profissional. Zip zip zip ...Cada tesourada era um aperto no coração do fotógrafo.

Vetou 70 mas sobraram 38. A capa estava garantida. Larry faturou US$ 30 mil com Marilyn nua na edição de 20 de junho. Até então só um fotógrafo tinha recebido tanto por um dia de trabalho, David Douglas Duncan pelas fotos de Picasso.

Graças à nudez de Marilyn, Larry deu entrada numa casa com piscina não longe da casa da atriz.

Larry tinha escondido dela várias fotos onde aparecia o bico de um peito e Hugh Hefner, dono de Playboy, estava disposto a pagar US$ 25 mil por elas. Uma fábula.

Ela estava interessada e ele passou na casa de Marilyn com os contatos para discutir o assunto mas Bobby Kennedy, irmão do presidente, estava na beira da piscina esperando por ela.

Larry se sentiu intruso e foi embora. No dia seguinte, 3 de agosto, sexta-feira, passou na casa de Marilyn.

Ela estava trabalhando no jardim com uma aparência muito derrubada. Deixou o envelope com as fotos e foi embora . Na manhã seguinte Larry recebeu uma chamada as 7 horas : Marilyn esta morta.

Aparentemente uma over dose. Erro dela na dosagem? Vivia numa solidão brutal, insônia, depressão, constipação . Com frequência misturava pílulas, vinho e champagne em grandes quantidades. Suicídio?

Assassinada pela máfia a mando dos Kennedys? Larry acha oversose acidental a melhor hipótese.


Lawrence Schiller, o fotografo, diante de uma das imagens de Marilyn, na galeria Steve Kasher

Conheci Larry quando trabalhava na revista Manchete. Eu dividia um apartamento com o comprador de fotos da revista alemã Stern, grande cliente dele.

Quando passava por Nova York costumava visitar o alemão lá em casa.

Larry se tornou um dos fotógrafos mais conhecidos nos Estados Unidos, autor de best sellers, produtor de TV e de filmes, um sobre Marilyn.

Colaborou com Norman Mailer em quatro livros, um deles também sobre Marilyn que escreveu: "Marilyn era o affair do povo com a América, rainha da classe operária, espelho de prazeres de quem olha para ela".

Em maio Larry publicou suas memórias sobre o breve período de sua amizade com a atriz. Em agosto a morte dela vai fazer 50 anos. Marilyn teria completado 85 anos no dia primeiro de junho.

As famosas fotos de Larry, que tem 75, estão expostas na galeria Steve Kasher, no bairro Chelsea, em Manhattan.

Foto: Lawrence Schiller


*Acrescentamos subtítulo, fotos e legenda a publicação original

Suprema Corte vota favorável ao plano de saúde de Obama

ESTADOS UNIDOS
Suprema Corte vota favorável ao plano de saúde de Obama
Em sua decisão mais importante em quase dez anos, a Suprema Corte dos Estados Unidos considerou inteiramente constitucional a reforma da Saúde aprovada em 2010 pelo Congresso, a mais destacada iniciativa legislativa, do governo democrata de Barack Obama, contestada pelos republicanos. Essa decisão vai influenciar no resultado das eleições americanas, provavelmente favoercendo Obama

Foto: Gety Images

Diante da Suprema Corte em Washington, manifestantes comemoram o resultado do julgamento

Postado por Toinho de Passira
Fontes: O Globo, BBC Brasil

Em um julgamento histórico, a Suprema Corte americana confirmou nesta quinta-feira a validade da reforma de saúde aprovada em 2010 pelo governo do presidente Barack Obama – considerada o maior legado dos quatro anos de seu mandato.

Por cinco votos a quatro, os nove juízes ampararam o ponto mais polêmico da reforma, o chamado mandato individual, que obriga todo americano a comprar plano de saúde a partir de 2014, se já não o tiver através de seu empregador ou de um dos programas do governo.

Estima-se que 30 milhões de pessoas estão nesta situação. A penalidade será uma multa, que os juízes consideraram estar dentro dos poderes do Congresso estabelecer com base em sua prerrogativas de estabelecer impostos.

O governo diz que a obrigatoriedade traz mais gente para dentro do sistema e barateia os custos.

Foto: Reuters

O candidato republicano à Casa Branca nas eleições de novembro, Mitt Romney, diz que vai “repelir” a lei no seu primeiro dia de trabalho, se for eleito.

Com a espinha dorsal da lei mantida, os juízes não viram necessidade de derrubar o resto da legislação de 2.000 páginas, que, entre outras coisas, eleva para 26 anos a idade em que jovens podem permanecer cobertos pelo plano de saúde de seus pais.

A lei elimina ainda a possibilidade de alguém ser rejeitado por doença prévia e aumenta o gasto, de fato, dos operadores de planos na saúde dos seus clientes.

A lei cria uma espécie de “bolsa” de seguros no quais as empresas podem oferecer seus produtos a preços competitivos, e expande a cobertura do programa público de saúde conhecido como Medicaid .

>REAÇÕES

Mal a decisão foi anunciada, partidários da lei reunidos em frente ao Supremo, em Washington, comemoraram com música, dança e palavras de ordem.

Reações começaram a pipocar nas caixas de mensagem dos jornalistas, com e-mails que iam de organizações de esquerda considerando o resultado um “golpe duro” contra o movimento de direita “Tea Party”, a grupos conservadores do “Tea Party” enxergando na “Obamacare” (um trocadilho pejorativo com o termo “health care”, ou cuidados da saúde) uma demonstração clara das tendências “socialistas” do presidente.

Apesar de a proposta de lei ter sido concebido por uma organização conservadora em 1989, a lei foi aprovada no Congresso em 2010 sem receber sequer um só voto republicano.

A lei gerou reações viscerais de parte da sociedade, que viu na legislação uma interferência “sem precedentes” do Estado na vida dos cidadãos. E utilizou rapidamente grande parte do capital político de Obama, eleito dois anos antes sob a plataforma da “mudança”.

Foto: Getty Images

Segundo a imprensa americana, Obama tinha três discursos preparados, dependendo do cenário que saísse da votação. Acabou usando o preparado para o veredicto mais favorável à lei que defendia.

Partidários da reforma da saúde a consideram o maior legado do presidente. “Com a decisão de hoje, a Suprema Corte reafirmou um princípio fundamental: que aqui na América, na nação mais rica do mundo, nenhum problema de saúde leve à ruína financeira de uma família”, disse Obama em pronunciamento.

Já o candidato republicano à Casa Branca, Mitt Romney, disse que a lei “coloca o governo entre você e o seu médico” e prometeu reverter o projeto se for eleito.

“O que a Corte não fez no seu último dia de trabalho, vou fazer no meu primeiro dia na Casa Branca: repelir e substituir a Obamacare”, disse Romney.

JUSTIÇA E ECONOMIA

Analistas têm indicado que, para a indústria da saúde – que movimenta US$ 2,7 trilhões ou o equivalente a 17,9% da economia americana – a decisão remove uma grande interrogação em relação ao seu funcionamento e aos custos do futuro.

O resultado só foi possível depois que o juiz conservador John Roberts, cuja indicação em 2005 pelo ex-presidente George W. Bush foi criticada pelo então senador Barack Obama, cruzou as linhas partidárias e votou para desempatar a decisão.

Nesta semana, a Corte derrubou partes da dura lei de imigração do Estado do Arizona, favorecendo a postura de moderados, como o próprio Obama, no debate.


28 de jun. de 2012

Lula dá uma banana para Humberto

PERNAMBUCO – Recife – Eleições 2012
Lula dá uma banana para Humberto
Blog do Jamildo: “Na festa junina da casa do vice-governador João Lyra Neto, em Caruaru, o governador Eduardo Campos, dizia publicamente que não esperava problemas com o ex-presidente. “Lula não me cobra nada. Quem pega no meu pé é a petezada”, dizia

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

A IMAGEM QUE VALE POR MIL PALAVRAS Foto divulgada no site do Instituo Lula, hoje à tarde.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Instituto Lula, Blog do Jamildo, Wikipedia – Humberto Costa

A foto de Lula sorrindo e apertando a mão de Eduardo Campos, divulgada nesta tarde, foi uma tapa na cara lisa de Humberto Costa. O petista fuxicava que o ex-presidente estava “arretado”, com o governador de Pernambuco.

A verdade é que Lula e Eduardo nunca estiveram tão unidos e mancomunados.

O blog do Jamildo diz que, sem alarde e pouco vazamento, o governador Eduardo Campos viajou à São Paulo, nesta quinta-feira (28), para discutir as eleições no Recife com Lula. Não queria lançar o seu candidato, Geraldo Júlio (PSB), sem antes comentar pessoalmente o assunto com o ex-presidente.

Isso debaixo do tiroteio petista, com o presidente do PT, Rui Falcão, declarando guerra a Eduardo, num vídeo, incitando a militância do PT contra o PSB local.

O encontro com Lula, nesta manhã, antes da oficialização do nome do seu apadrinhado nesta tarde, destruiu a argumentação da ala de Humberto Costa, do PT, que tem alimentado a imprensa local com a informação de que Lula estaria brigado com Eduardo Campos, por ter este ter abandonado a aliança com o PT.

Nas redes sociais, ainda segundo Jamildo, depois do encontro, o assessor de comunicação do governo Eduardo, Carlos Percol, divulgou a foto oficial do encontro, sem perder a oportunidade de fazer ironia. “Eles parecem intrigados?”, questionou.

Na “festa junina da casa do vice-governador João Lyra Neto, em Caruaru, o governador Eduardo Campos, dizia publicamente que não esperava problemas com o ex-presidente. “Lula não me cobra nada. Quem pega no meu pé é a petezada”, dizia.

Humberto Costa que já foi uma trinta vezes candidato a Prefeito do Recife, embora ninguém se lembre, ouviu o canto da sereia de José Dirceu e sua trupe e aceitou fazer parte da trama para dar um impeachment paraguaio no Prefeito João da Costa, e aparecer como o candidato da conciliação.

O plano seria ótimo se não houvesse Eduardo Campos no caminho, como a pedra do poema de Carlos Drummond de Andrade.

Desde da origem das brigas do PT recifense, nos tempos dos embates preliminares, em que engalfinhavam-se João Paulo, o ex-prefeito e João da Costa, prefeito atual, que o governador de Pernambuco viu a possibilidade de tomar de assalto a sucessão do Recife.

Assim, quando concordou em apoiar Haddad em São Paulo, acertou com Lula, que em troca queria ter liberdade na sucessão recifense. Acordo selado, Eduardo ficou esperando os petistas entregarem a rapadura.

Não deu outra, as facções petistas entraram em pé de guerra, e iam se enfraquecendo enquanto travavam batalhas sem fim. Faziam e anulavam prévias, davam impeachment e por fim decidiram nomear o biônico Humberto Costa.

A estas altura Eduardo tinha comido a candidatura petista pelas beiradas, como canjica quente.

Humberto preocupado com seu próprio umbigo, só viu que estava sozinho e mal pago, quando já era tarde demais. Apelou para Lula, como um naufrago a uma tabua de salvação. Ganhou uns tapinhas nas costa, um abraço apertado e só.

Finalmente, não podendo mais retardar, hoje pela via fotográfica, Lula, também abandonou o barco de Humberto, e disse com quem estava.

Politicamente Lula ficou do lado certo. Quem tem mais a oferecer politicamente no futuro? Humberto, um senadorzinho obrigado a lhe apoiar, ou Eduardo, o dono de um partido de alcance nacional?

Não é a primeira vez que Lula, prefere o conterrâneo recifense Eduardo, ao campinense paulista, Humberto Costa.

Na eleição de governador em 2006, Lula inventou uma engenharia política, apoiando ao mesmo tempo, Eduardo e Humberto, fazendo comícios com os dois no mesmo palanque.

Na prática Lula estava tratando Humberto, que era do seu partido, como o filho bastardo, e Eduardo, do PSB, como se fora o filho legítimo.

Humberto perdeu Eduardo ganhou e Lula foi ficando cada vez mais ligado a Eduardo e distanciado do desimportante Humberto.

Nesse instante a única vantagem que Humberto dispõe, é que, por ser médico, pode prescrever, para si mesmo, aqueles comprimidos de tarja preta. Não abuse!

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Eduardo ficou bem na foto, Humberto não pode negar.


“Lula e Sombra” - Luis Fernando Veríssimo

BRASIL - HUMOR
Lula e Sombra
Luis Fernando Veríssimo diz que Interpol não acreditou que Lula fosse ter um encontro com Maluf

Charge: SPONHOLZ

Postado por Toinho de Passira
Texto de Luis Fernando Veríssimo
Fonte: Blog do Noblat

Todo o mundo sabe que o Paulo Maluf é procurado pela Interpol. O que pouca gente sabe é que o codinome dele na Interpol é Sombra, devido à dificuldade da organização em sequer localizá-lo.

O escritório da Interpol no Brasil tem agentes dedicados exclusivamente a procurar o Maluf, cujos atos de corrupção internacional são notórios e comprovados. Ainda não conseguiram achá-lo, mas, recentemente, chegaram perto. Esta coluna teve acesso a memorandos internos na Interpol que descrevem o episódio.

Um relatório de um dos agentes encarregados de procurar o Sombra revela a existência de rumores nos meios políticos segundo os quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá se encontrar com o Maluf, em lugar não especificado, para tratar de assuntos também desconhecidos.

Em resposta ao relatório, o chefe da Interpol pede cautela, em memorando que publicamos na íntegra, só omitindo o nome do agente e do seu chefe para proteger nossas fontes.

“De XXX para X. Confidencial. Assunto: ‘Encontro com Sombra.’ Recomendo extrema cautela. Os rumores de um encontro de Lula com Sombra são obviamente destinados a desmoralizar o ex-presidente e seu partido, o PT. Como já lembrei em outras ocasiões, não devemos nos envolver na política do país. Desconsidere os rumores.”

O agente responde em outro memorando:

“De X para XXX. Confidencial. Assunto: Lula e Sombra. Os rumores parecem estar confirmados. Haverá sim um encontro do Sombra com o ex-presidente, que, sabe-se agora, irá pedir seu apoio para o candidato do PT nas próximas eleições municipais. Peço autorização para iniciar uma operação.”

A resposta do chefe:

“De XXX para X. Confidencial. Assunto: sua insistência. A possibilidade de um encontro de Lula e Sombra é tão inverossímil, levando-se em conta o histórico do PT e as opiniões do Lula sobre o Sombra, que não merece consideração, quanto mais uma operação. Desista, X.”

Volta o agente:

“De X para XXX. Confidencial. Assunto: chance única. Chefe, desculpe a insistência. Mas descobrimos que o encontro Lula/Sombra será na casa do Sombra. Se seguirmos o Lula até o local, não só encontraremos o Sombra como descobriremos onde ele mora. Posso colocar agentes disfarçados de arbustos para flagrar o encontro. É uma chance que não se repetirá!”

Como resposta, XXX ordena que o agente X abandone seu plano, informe-se melhor sobre a história política do Brasil e da próxima vez use o bom-senso, em vez de acreditar em boatos delirantes.

E a Interpol continua procurando o Maluf.


*Acrescentamos subtítulo e charge a publicação original

27 de jun. de 2012

Fortuna de Eike "encolhe" R$ 23 bilhões em três meses

BRASIL – Dinheiro
Fortuna de Eike "encolhe" R$ 23 bilhões em três meses
Bilionário perde sete posições no ranking da Bloomberg, mas ainda é o brasileiro mais rico, com R$ 16 bilhões, na frente do segundo colocado

Foto: Reuters

LISEU - Eike Batista, temporariamente menos bilionário

Postado por Toinho de Passira
Fonte: Época - Negócios, Reuters

Eike Batista despencou no ranking dos bilionários da Bloomberg. O brasileiro, que chegou a ocupar a sétima posição no mês de março, aparece hoje na 14ª posição entre os homens mais ricos do mundo.

A fortuna de Eike Batista é avaliada em US$ 23,4 bilhões, uma "perda" de US$ 11,1 bilhões (R$ 23 bilhões) em relação ao valor estimado pela Bloomberg no fim de março (US$ 34,5 bilhões).

Na ocasião, a fortuna de Eike Batista chegou a esta cifra recorde depois que ele vendeu 5,63% por US$ 7,7 bilhões de sua holding EBX a investidores árabes de Abu Dhabi Mubadala.

O ranking da Bloomberg é diário e leva em consideração o movimento das ações em posse dos bilionários. Como o mercado acionário é muito volátil, a classificação dos ricaços varia bastante. O levantamento começou a ser feito em março para rivalizar com a lista anual da revista Forbes.

Nesta quarta-feira, as empresas de Eike enfrentam um dia ruim.

Investidores frustrados com dados de produção da OGX, companhia de petróleo do bilionário Eike Batista, derrubaram a ação da empresa em mais de 25 por cento nesta quarta-feira e levantaram novas dúvidas sobre o potencial do setor de óleo e gás brasileiro.

Na noite da véspera, a OGX divulgou que a vazão de óleo nos primeiros poços perfurados pela empresa em um campo na bacia de Campos é de 5 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia, apenas um terço do que o mercado esperava.

"Acreditamos que o baixo nível de produção em relação às expectativas coloca em dúvida todas as premissas por trás de todo o programa de crescimento da OGX", escreveu a equipe de análise do Bank of America Merrill Lynch em relatório.

"Vemos isso como um grande desapontamento que provavelmente terá um longo efeito sobre as avaliações feitas sobre a OGX."

O BofA Merrill Lynch cortou o preço-alvo para a ação da OGX de 19,50 para 7,30 reais e reduziu a recomendação de "neutra" para "underperform", esperando um desempenho abaixo da média do mercado.

No mesmo tom, o JPMorgan disse que o volume para os poços do campo de Tubarão Azul gera "grande incerteza sobre o potencial de petróleo recuperável" da OGX. Dependendo do sucesso de futuras perfurações e da capacidade de extração do óleo, o JPMorgan vê impacto negativo de 10 a 70 por cento sobre o valor justo que atribui à OGX.

A ação da OGX desabou 25,3 por cento, para 6,25 reais, enquanto o Ibovespa perdeu 1,35 por cento. Na mínima do dia, o papel da petrolífera perdeu 29,4 por cento.

Segundo operadores, a notícia era o motivo para a queda de papéis de outras empresas de Eike. OSX recuou 12,5 por cento, LLX caiu 7,47 por cento, MMX registrou queda de 6,94 por cento e MPX perdeu 7,69 por cento.

Para tentar acalmar o mercado, o empresário Eike Batista convocou uma teleconferência com analistas após o fechamento do mercado.

Foto: Portal Marítimo

Plataforma FPSO OSX-1, com o que há de mais moderno na Indústria Offshore, em operação na no Campo de Tubarão Azul, aquele que apresentou produtividade abaixo do esperado

PRODUTIVIDADE

O bilionário explicou que a produtividade do campo é boa, mas que será preciso injetar mais água para aumentar a vazão. Aos analistas, Eike Batista disse que a OGX vai substituir as bombas dos poços em Tubarão Azul na bacia de Campos para adequar os equipamentos à vazão mais baixa.

Ele informou que o grupo EBX, controlador da OGX, possui em caixa 9 bilhões de dólares para investir e também disse que a empresa já começou a perfurar o pré-sal da bacia de Santos.

SINAL DE ALERTA

A companhia de Eike não é a primeira a passar por escrutínio, com sinais de que o otimismo de investidores com o setor de óleo e gás no Brasil esteja se esgotando após o impulso com a descoberta do pré-sal alguns anos atrás.

A HRT -que explora blocos de petróleo na bacia do Solimões, na Amazônia- teve suas ações penalizadas pela falta de descoberta de óleo em perfurações. No lugar do petróleo, a companhia encontrou grandes quantidades de gás com extração inviável economicamente. A ação da HRT acumula perda de 47 por cento neste ano até 26 de junho.

A estatal Petrobras não cumpre suas metas de produção desde 2003. O novo plano de negócios da companhia prevê produção de 4,2 milhões de barris/dia em 2020, cerca de 700 mil barris diários a menos que a estimativa anterior.

Foto: Reuters

CHATO SER RICO - Exceto o tempo em que era casado com Luma de Oliveira, não temos inveja e até torcemos por Eike Batista. Ele fica cada vez mais rico, investindo e gerando empregos no Brasil. Sim, ele é chato, pedante e metido, mas quem não seria?

PRIMEIRO ÓLEO

A OGX deu início à produção do seu primeiro óleo, em Waimea, agora batizado Tubarão Azul, em 31 de janeiro. No início dos testes, a produção teve diferentes níveis de vazão, entre 10 mil e 18 mil barris/dia, mas todas muito acima do nível ideal de 5 mil barris por dia.

A empresa chegou a prometer uma produção entre 40 mil e 50 mil barris diários ainda em 2012, mas adiou essa meta para o segundo trimestre de 2013.

No comunicado de terça-feira, a OGX disse que mais dois poços produtores e dois poços de injeção de água serão interligados nos próximos 12 meses para aumentar gradativamente a produção de óleo do campo de Tubarão Azul.

Apesar da vazão menor, a OGX informou que continua confiante na recuperação dos 110 milhões de barris de óleo equivalente do Campo de Tubarão Azul.

A estimativa para todo o complexo de Waimea -que envolve outros campos- permanece entre 500 milhões e 900 milhões de barris. A declaração de 110 milhões de barris abrange apenas uma parte do campo de Tubarão Azul, onde a OGX opera a plataforma FPSO OSX-1.

Eike Batista nunca escondeu seu desejo de se tornar o homem mais rico do mundo, superando o mexicano Carlos Slim, hoje com uma fortuna de US$ 69,1 bilhões. Apesar da atual queda, ele ainda é o brasileiro melhor colocado da lista que engloba 40 bilionários. Na 39ª posição, está o investidor Jorge Paulo Lemann, com uma fortuna de US$ 15,7 bilhões.

O BILIONÁRIO, A PODEROSA E O EMPATA
PINTOU UM CLIMA? Sérgio Cabral, numa de suas passagens pelo Rio de Janeiro, foi a testemunha desse momento histórico: o dia em que o bilionário Eike Batista, dono do grupo EBX, encontrou-se com uma das mulheres mais poderosas do mundo, a ex-guerrilheira e presidenta, Dilma do Brasil. Comemorava-se o início da produção de petróleo da OGX, a companhia de petróleo dele. Foi um momento mágico, ele havia encomendado uma lua cheia, um céu estrelado e de quebra Cabral apareceu exalando um doce aroma de perfume francês (presente de Cavendish)

Foto: Reuters

Foi essa foto, e não a baixa produtividade dos poços que fez as ações de Eike desabar. Os investidores avaliaram que Eike está tão desesperado para salvar as empresas que resolveu abrir mão do controle de qualidade, pelo menos, no quesito mulher.

Nos bastidores ele tentou explicar que estava apenas de olho no BNDES dela. Defende-se, inclusive dizendo que levou Cabral como “empata oficial”, para evitar que a coisa saísse do controle, mas Cabral como sempre, mostrou-se incompetente para cumprir sua tarefa.

Difícil mesmo foi depois se livrar do assédio de Cabral e dos ciúmes de Cavendish (o dono laranja de Delta Construções).

E vocês ficam pensando que vida de bilionário é fácil.


EGITO: Um novo tipo de primeira-dama

EGITO
Um novo tipo de primeira-dama no Egito
Casada há 33 anos com o novo presidente do Egito, desde os seus 17 anos, Naglaa Ali Mahmoud não cursou uma faculdade, teve cinco filhos e recusa o título de primeira-dama, preferindo simplesmente “Um Ahmed”, um apelido tradicional que a identifica como a mãe de Ahmed, seu filho mais velho, nascido quando eles moravam nos Estados Unidos

>Foto: El Youm El Sabei/The New York Times

RARIDADE - A primeira foto publicadas, da "Primeira Dama", Naglaa Ali Mahmoud, esposa do novo presidente do Egito, Mohammed Mursi, depois do resultado das eleições

Postado por Toinho de Passira
Texto de Mayy El Sheikh e David D. Kirkpatrick
Fontes: UOL, The New York Times

Naglaa Ali Mahmoud veste um lenço de cabeça islâmico que desce drapeado até seus joelhos, não cursou uma faculdade e nunca adotou o sobrenome do marido, porque essa é uma convenção ocidental que poucos egípcios seguem. Ela também recusa o título de primeira-dama, preferindo simplesmente “Um Ahmed”, um apelido tradicional que a identifica como a mãe de Ahmed, seu filho mais velho.

O Egito tem um novo líder, Mohammed Mursi, o primeiro presidente procedente da Irmandade Muçulmana, não das forças armadas. E também tem Mahmoud, 50 anos, uma primeira-dama cujo perfil é tão comum segundo os padrões contemporâneos egípcios que torna sua elevação extraordinária. Mahmoud dificilmente poderia ser mais diferente de suas antecessoras, Suzanne Mubarak e Jihan el Sadat, mulheres indiferentes educadas no Ocidente, com penteados bem cuidados e roupas da moda.


EX-PRIMEIRAS DAMAS EGIPCIAS - Suzanne Mubarak esposa de Hosni Mubarak e Jihan el Sadat mulher de Anwar Sadat

Com sua imagem de mulher comum tradicionalista, Mahmoud passou a simbolizar a linha divisória na guerra cultural que tornou a união uma meta elusiva desde a queda de Hosni Mubarak. Para alguns, ela representa a mudança democrática que a revolução prometeu. Ela é uma mulher no palácio presidencial que se parece e vive como suas irmãs e mães.

A imagem dela se tornou tema de um debate rancoroso nos sites e nos jornais. Uma coluna no jornal “El Fagr” perguntou de modo incrédulo: como ela poderia receber os líderes mundiais e ainda seguir seus padrões tradicionais islâmicos de modéstia? “Não olhe para ela. Não aperte a mão dela”, sugeriu o jornal, o chamando de um “cenário cômico”.

Mahmoud, por sua vez, disse que sabia que não seria fácil ser mulher do primeiro chefe de Estado islamita, como ela disse ao jornal da Irmandade Muçulmana, o movimento islâmico de 84 anos. Se ela tentar ter um papel ativo, ela corre o risco de provocar comparações com Suzanne Mubarak, que era amplamente desprezada por sua suposta influência nos bastidores.

Mas se Mahmoud desaparecer, ela disse: “Eles dirão que Mohammed Mursi está escondendo sua esposa, porque é a forma como os islamitas pensam”.

De fato, seu caminho inesperado até o palácio presidencial ilustra quão estrangeira é sua experiência para a cultura da velha elite egípcia – ou talvez o quão estrangeira essa elite seja para o Egito. O começo dela foi bastante típico: ela cresceu no bairro pobre do Cairo de Ain Shams, e tinha 17 anos e ainda estava no colégio quando se casou com seu primo, Mursi, que era 11 anos mais velho. Ele também cresceu pobre, na pequena aldeia de El Adwa, na província de Sharqiya no Delta, mas se destacou no programa de engenharia da Universidade do Cairo.

Foto: Getty Images

Foi muito importante a participação das mulheres nos atos de protestos na Praça Tahirir, que acabou derrubando a ditadura de Mubarak

Três dias depois do casamento deles, ele partiu para Los Angeles, para concluir seu Ph.D. na Universidade do Sul da Califórnia. Ela concluiu o colégio e estudou inglês no Cairo. Um ano e meio depois do casamento deles, ela se juntou ao seu marido em Los Angeles, onde trabalhou como voluntária na “Casa do Estudante Muçulmano”, traduzindo sermões para as mulheres interessadas em se converter ao Islã.

Foi em Los Angeles que ela e seu marido foram convidados para ingressar na Irmandade Muçulmana, uma oferta que posteriormente definiria suas vidas. “Eu sempre digo que os Irmãos não vendam ninguém”, ela disse ao jornal do grupo. “Desde o início eles nos falaram sobre a situação e o que nos estavam pedindo, e nos disseram que o caminho era longo e cheio de riscos.”

Ela disse que os recrutadores da Irmandade disseram para Mursi se assegurar de que sua mulher aprovava a decisão antes de se juntar ao grupo, lhe dizendo: “Nós nos preocupamos com a estabilidade da família mais do que ter um membro a mais”.

Os dois primeiros dos cinco filhos do casal nasceram em Los Angeles e têm cidadania americana. Depois que Mursi concluiu seu curso, Mahmoud inicialmente não queria voltar ao Egito, ela disse em uma entrevista para o site da Irmandade. Mas Mursi queria que seus filhos crescessem no Egito.

Foto:Associated Press


Foto: Getty Images
Mulheres egípcias exibem dedo marcada com tinta, comprovando participação no pleito que elegeu o novo presidente do Egito

Após o retorno deles, em 1985, Mursi lecionou engenharia na Universidade de Zagazig, perto de sua cidade natal, no Delta ao norte do Cairo, e começou a ascender nas fileiras da Irmandade. Mahmoud, uma dona de casa, se tornou instrutora na subsidiária do grupo para mulheres, ensinando sobre casamento para as garotas jovens. “Os homens devem liderar e as mulheres devem seguir”, explica o currículo do grupo.

Como muitos egípcios, ele viajou para o exterior para ganhar uma renda extra, ensinando engenharia em uma universidade líbia de 1988 a 1992. Ele finalmente ganhou dinheiro suficiente para deixar o pequeno apartamento alugado deles e comprar um apartamento em Zagazig, além de dar entrada em um sedã Mitsubishi Lancer, segundo amigos da família em Sharqiya.

A Irmandade era um movimento ilegal sob Mubarak, e exercer um papel em sua liderança nem sempre foi fácil para Mursi ou sua família. “Eu não sei se voltarei a ver você”, ele disse para ela antes de sair para um protesto em 2006. “Nosso próximo encontro pode vir a ser na prisão de Tora.”

Ele não voltou para casa naquele dia e passou sete meses detido, disse Mahmoud ao jornal da Irmandade. Entre seus filhos, Ahmed foi detido várias vezes, Osama foi detido e espancado durante a revolta do ano passado e Omar também foi agredido. (Como seu pai antes dele, Ahmed está trabalhando no exterior para ganhar dinheiro, como urologista na Arábia Saudita.)

Foto: Getty Images

Cartaz de propaganda eleitoral da campanha de Mohammed Mursi

Em 2000, Mursi venceu a eleição para o Parlamento, se tornando líder do bloco de 18 legisladores da Irmandade, mas perdeu a eleição seguinte em meio a acusações de fraude apresentadas pelo partido do governo de Mubarak.

Na cultura patriarcal do Egito, e especialmente entre os islamitas, os homens raramente falam publicamente sobre suas mulheres, e mencioná-las pelo nome é quase tabu. Mas Mursi demonstra enorme apreço por Mahmoud, mesmo em público, às vezes dizendo em entrevistas pela televisão que se casar com ela “foi a maior realização pessoal da minha vida”.

Ele às vezes a ajuda nas tarefas domésticas, ela disse à revista “Nesf el Donia”, e até mesmo cozinha para ela. “Eu gosto de tudo nele”, ela disse. “Nossas brigas nunca duraram mais do que poucos minutos.”

Ela apareceu com frequência ao lado de seu marido na campanha, apesar de raramente falar em público. Quando um jornalista de revista pediu por uma foto, a resposta dela foi condicional. “Apenas se suas fotos me fizerem parecer mais jovem e um pouco mais magra”, ela disse.

Assim que a vitória de seu marido foi confirmada, os egípcios começaram a se maravilhar e rir com a ideia de uma dona de casa de cidade pequena se mudando para o palácio presidencial.

Mahmoud, entretanto, disse não saber ao certo sobre o palácio: “Tudo o que quero é viver em um lugar simples, onde eu possa cumprir meus deveres como mulher. Um local como o palácio presidencial isola você completamente do mundo em que as pessoas vivem, e se afastar demais endurece o coração”.

Foto: Amr Nabil/AP/SIPA

Fogos de artifícios na Praça Praça Tahirir, marca as comemorações da vitória de Mohammed Mursi como novo presidente do Egito


(Tradução: George El Khouri Andolfato para UOL)

Collor, quem diria, aprova impeachment paraguaio

PARAGUAI- - BRASIL
Collor, quem diria, aprova impeachment paraguaio
O senador Fernando Collor (PTB-AL) afirmou, em discurso no plenário do Senado, que o impeachment de Fernando Lugo da Presidência do Paraguai, foi uma ação legítima, realizada dentro das normas paraguaias. Collor criticou a posição da diplomacia brasileira no episódio, que considerou "açodada" e marcada por erros. Recomendou "moderação e bom senso" para evitar um cenário de instabilidade na região.

Foto: André Coelho / O Globo

Collor enquanto aprova o método paraguaio de destituição de presidente, discorda dos métdodos e posição da diplomacia brasileira diante do caso

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Noticia UOL, Agência Senado, Terra, Gazeta Web, Informação Pública

O senador Fernando Collor (PTB-AL), é o sujeito que mais entende de impeachment no planeta. Sofreu um na própria pele e passou anos refletindo sobre a questão, junto com jurisconsultos e advogados. Portanto tem muito peso a sua afirmação, direto da tribuna do Senado, nesta terça-feira (26), de que não houve golpe de Estado no Paraguai, com a destituição de Fernando Lugo.

Para ele interesses pessoais e ideológicos impedem a clareza da análise da crise paraguaia, que terminou com o impeachment do ex-presidente Fernando Lugo e com a ascensão do vice, Federico Franco, ao poder. Para o senador, é preciso respeitar os conceitos jurídicos do país vizinho.

- O Estado de Direito significa a existência de normas jurídicas. É o contrário da anarquia. Pressupõe a existência e o respeito às regras – disse.

Fernando Collor, que foi afastado da Presidência da República por meio de um impeachment em 1992 e hoje preside a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), disse não ver ilegalidade no afastamento de Lugo. Segundo ele, a constituição do Paraguai prevê o impeachment e que o presidente do país poderá ser submetido a julgamento, por mau desempenho de suas funções ou, ainda, por prática de delitos comuns ou de responsabilidade.

A exemplo do Brasil, cabe ao Senado julgar os acusados. No entanto, complementou o senador, a constituição não prevê um rito para o processo.

- A norma foi cumprida. Não há golpe de Estado ou quebra da legalidade – argumentou.

Collor disse que o golpe é a ação fora da norma legal, comumente com o uso da força física. Ele também registrou que a Suprema Corte do Paraguai rejeitou o pedido de Lugo para anular o julgamento, garantindo o mandato do atual presidente até agosto do ano que vem.

DIPLOMACIA

Na visão de Collor, a reação diplomática do Brasil foi “açodada”, ao fazer críticas ao processo paraguaio. Segundo o senador, o processo tem a ver com problemas da legislação interna daquele país. Para Collor, esse tipo de reação não vai contribuir para a relação com o país vizinho, cujo novo presidente já manifestou a intenção de visitar o Brasil. O senador lembrou que isso pode ajudar na situação dos chamados brasiguaios – que são brasileiros que cultivam terras paraguaias.

Para Collor, por razões estratégicas a diplomacia brasileira tradicionalmente interferiu no processo político paraguaio, mas sempre de maneira mais discreta. Dessa vez, segundo ele, parece que o governo brasileiro "foi tomado de surpresa" pela medida adotada pelo Congresso do Paraguai. "Ou seja, a diplomacia brasileira não antecipou o cenário e não antecipou uma ação preventiva como o fez no passado por inúmeras e discretas vezes", disse.

Collor pediu uma atuação mais efetiva da diplomacia brasileira junto ao Paraguai, no sentido de amenizar a crise. Para o senador, um aprofundamento da crise pode fazer com que Lugo assuma uma posição mais radical e até dificulte os interesses do Brasil na região. Ele lembrou o recorrente sentimento antibrasileiro por parte de alguns paraguaios e a hidrelétrica de Itaipu, construída em parceria com o Paraguai, que gera parte da energia consumida no Brasil.

O senador considerou "erro" o tratamento da questão no âmbito da Unasul, porque o Brasil perde, assim, "sua capacidade individual de manobra".

Para ele, a suspensão do Paraguai nas próximas reuniões de cúpula do Mercosul e ameaças de retaliações econômicas significam "acuar o novo governo e podem prolongar a crise".

- Ainda cabe à diplomacia brasileira uma iniciativa de moderação e bom senso – concluiu o senador.


Desastrada operação do governo americano entregou milhares de armas a narcotraficantes do México

ESTADOS UNIDOS
Desastrada operação do governo americano entregou milhares de armas a narcotraficantes do México
Uma mal sucedida operação da agência americana que fiscaliza armas e explosivos do governo americano deixou que milhares de armas, que deveriam ser monitoradas, chegassem, sem controle, nas mãos de narcotraficantes do México. O escândalo ainda pode ser pior, levando-se em conta as manobras que a Casa Branca tem feito para abafar a extensão do caso, alimentando as suspeitas de que a estupidez dos agentes pode esconde algo maior

Foto: Divulgação

SONHO DE CONSUMO DOS CARTÉIS - AK-47, sigla da denominação russa Avtomat Kalashnikova odraztzia 1947 goda ("Arma Automática de Kalashnikov modelo de 1947"), é um dos mais eficientes fuzis-espingarda de assalto

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Veja - 25/06/2012, The Boston Herald, Los Angeles Time, Miami Herald, Huffington Post

Os grandes escândalos começam pequenos. No dia 15 de dezem¬bro de 2010, um agente da pa¬trulha de fronteira dos Estados Unidos, Brian Terry, foi assassinado durante um tiroteio no Arizona, perto do México. Na cena do crime foram encontrados dois fuzis de assalto AK¬47.

Examinando o número de série das armas, descobriu-se que elas haviam sido compradas por um laranja dos cartéis de droga mexicanos. Em segui¬da, soube-se que o laranja era um alvo sob vigilância da agência americana que fiscaliza armas e explosivos, co¬nhecida pela sigla ATF.

Os investiga¬dores sabiam da compra das armas, mas nada fizeram. De propósito. A ideia era deixar que elas chegassem às mãos dos compradores finais. Assim, em vez de prenderem apenas um laran¬ja, os investigadores da ATF desvenda¬riam toda a rede de tráfico de armas na fronteira que abastece os cartéis da droga no México. A investigação foi batizada de Operation Fast and Furious (Operação Rápida e Furiosa). Equiva¬lente em sua intrínseca capacidade de dar errado a apagar incêndio com ga¬solina, o plano falhou.

Brian Terry, o agente da fronteira, assassinado, com o fuzil da desastrada “Operação Rápida e Furiosa”
As cerca de 2000 armas foram dis¬tribuídas sem critério, em vez de ser en¬tregues em um único carregamento fácil de monitorar, como planejaram os in¬vestigadores da ATF. Uma parte das ar¬mas foi parar no México, outra ficou dentro dos Estados Unidos mesmo. Até agora, 600 armas foram achadas em ce¬nas de crime nos dois países. O resto do arsenal, muito provavelmente, ainda es¬tá nas mãos dos criminosos.

Ao debru¬çar-se sobre o escândalo, o Congresso americano descobriu que a estratégia de facilitar a entrega de armas marcadas a narcotraficantes vinha sendo executada desde 2006 - e com resultados igual¬mente desastrosos. Foi um daqueles ruinosos encontros da incompetência com a iniciativa.

Na primeira operação, em 2006, a ATF acompanhou em tempo real cente¬nas de compras ilegais de armas nos Es¬tados Unidos. Conseguiu observar que elas atravessaram a fronteira com o Mé¬xico mas, a partir daí, o rastro dos arma¬mentos foi perdido.

Com a mudança de governo na Casa Branca, o desastre de 2006 foi devidamente revisado em 2009. Os laranjas foram processados por tráfi¬co de 450 armas. Mas, para salvar as aparências da debate oficial, os réus fo¬ram absolvidos.

Para piorar as coisas, a experiência fracassada não deixou nenhuma lição útil e foi repetida em 2007, dessa vez com mais de 200 armas. Os gênios da ATF tentaram montar uma operação conjunta com autoridades do México, mas, de novo, perderam o controle.

Apesar dos fracassos sucessivos, o escritório da ATF em Phoenix, no Arizona, continuou insistindo na estratégia que, na prática, apenas armava os traficantes com um arsenal de alta letalidade. O alerta vermelho só se acendeu mesmo depois que o patrulheiro Brian Terry morreu baleado por uma das armas entregues aos bandidos.

Foto: Susan Walsh/Associated Press Reuters

O procurador-geral Eric Holder, chefe da ATF, depois de mentir para os congressistas está sendo blindado, com alto custo, pelo amigo Obama

A operação foi uma adaptação estúpida do que se faz nas investigações sobre dinheiro sujo em que cédulas com numeração conhecida são postas nos circuitos criminosos, permitindo, assim, monitorar todas as fases do processo de lavagem.

Começa agora a germinar a suspeita de que o governo em Washington está escondendo algo ainda pior do que a estupidez de seus agentes. A ATF é subordinada ao Departamento de Justiça, chefiado pelo procurador-geral Eric Holder, cuja mulher é amiga íntima de Michelle Obama. Os parlamentares republicanos descobriram que Holder enganou o Congresso no ano passado quando disse desconhecer totalmente a operação.

Documentos liberados mais tarde mostraram que Holder havia sido informado da operação. Em defesa do chefe, os assessores disseram que o procurador-geral não havia entendido bem a pergunta.

Holder já depôs oito vezes sobre o caso, entregou perto de 8000 páginas sobre o assunto ao Congresso, mas vem se negando a fornecer qualquer documento com data posterior a fevereiro de 2011. Ninguém sabe a razão da negativa, o que alimenta ainda mais as suspeitas.

Na semana passada, um dos republicanos mais atuantes no caso, Darrell Issa, intimou o executivo a enviar ao Congresso um novo lote de documentos. O presidente Obama entrou em cena pela primeira vez no episódio e, lançando mão do “privilégio executivo", negou acesso aos papéis.

O privilégio executivo é um poder que nos últimos 32 anos os presidentes americanos exerceram apenas 25 vezes. Um dos que mais abusaram dele foi o ex-presidente Bush, filho — seis vezes, com o objetivo de proteger os amigos Dick Cheney e Karl Rove. Agora. Obama recorre ao mesmo dispositivo para proteger o amigo Eric Holder.

Claro que este escândalo, nesta hora, vai somar-se as dificuldades que enfrenta a campanha de reeleição de Barack Obama. E pode piorar porque a Congresso, estará apreciando nesta quinta-feira (28) se o chefe da ATF, o procurador-geral Eric Holder, desacatou o parlamento ao mentir sobre o caso e negar fornecer os documentos solicitados, da última vez que foi convocado para dar esclarecimento. O desacato ao Congresso pode valer inclusive alguns anos de cadeia ao procurador Holder e uma hemorragia de votos na campanha de Obama.

Charge: Mike Keefe - Denver Post (USA)

A “Operação rápida e furiosa”: ponha 2.000 armas em circulação para ver se elas acabam nas mãos de criminosos.
O que poderia dar errado?

26 de jun. de 2012

CHARGE: SPONHOLZ (PR)



SPONHOLZ (PR)


MÁ NOTÍCIA: Clã Sarney lança nova geração na política

MARANHÃO – Eleição 2012
MÁ NOTÍCIA: Clã Sarney lança nova geração na política
Quase 60 anos depois do atual senador José Sarney ter participado e vencido de um pleito pela primeira vez, os Sarneys estão lançando, nessa eleição, uma nova fornada de descendentes e aparentados, visando manter o domínio do desfortunado feudo do Maranhão


ALIADA ADEQUADA A prefeita de Paço do Lumiar, Bia Venâncio, acusada em 22 processos por corrupção, abriu mão da reeleição em beneficio de Adriano Sarney

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Prosa & Política, Blog do Edgar Ribeiro, Folha de São Paulo, Blog do Cesar Bello, Blog Sua Cidade, Wikipedia, Estadão

Com a segunda geração envelhecendo, o clã Sarney aposta em novos nomes para não ver seu legado minguar”- reporta a jornalista Andreza Matais da sucursal de Brasília da Folha de São Paulo

Adriano Sarney, 32 anos, neto do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) e filho do deputado José Sarney Filho (PV-MA) vai disputar a eleição para prefeito de Paço do Lumiar, na região metropolitana de São Luís.

Será a entrada da terceira geração da família na política, 57 anos após a primeira eleição de José Sarney.

Adriano é a maior esperança do clã para manter o controle do Maranhão. Com 110 mil habitantes e a 23 km do centro da capital, Paço do Lumiar é estratégica na "geografia Sarney": é o melhor caminho para a ilha de Cururupu, onde a família tem casas.

Vovô Sarney é um exemplo para o netinho Adriano
Cinco candidatos com experiência política já desistiram da eleição em Paço, para apoiar o neto do homem ou por acharem não terem chances com ele no páreo.

”Se for eleito, esse será o primeiro emprego de Adriano, que nos seus 32 anos de vida, nunca pregou "um prego em uma barra de sabão" diz o blogueiro maranhense.

A única atividade laboral de Adriano Sarney, que se tem notícia, foi quando a Polícia Federal que investigava possíveis irregularidade no sistema de crédito consignado no Senado o identificou como operador, no instante em que Sarney estava sendo bombardeado pela descoberta dos seus 300 imorais atos secretos. . Descoberto, Adriano, perdeu a boquinha, como não sabe fazer nada , a família resolveu pendurá-lo no cargo de Prefeito de Paço do Lumiar.

O principal cabo eleitoral de Adriano é a atual prefeita, Bia Venâncio (PSD) (que desistiu da reeleição para abrir espaço ao neto do senador) responde a 22 processos na Justiça e já foi afastada quatro vezes, sob acusação de corrupção. Como se vê uma correligionária perfeita para um Sarney que está começando. "Onde eu estiver, ele vai estar comigo", disse Bia enquanto enfileirava elogios ao novo pretenso candidato:

Papai Sarney Filho, destinou verbas federais para Paço do Lumiar, em forma de emendas parlamentares
"Tudo o que tem aqui em Paço tem o dedo da família Sarney."

Como não tinha nenhuma ligação com o município, Adriano é questionado sobre a legalidade de sua pretensão, por falta de domicílio eleitoral, (pela lei o candidato tem que residir na cidade onde pretende se candidatar) costuma exibir como prova de que tem endereço no município, uma conta de luz, em seu nome, de um sítio, nos limites da cidade..

A reportagem da Folha de São Paulo diz que o Blogueiro Cesar Bello está disposto a ingressar na Justiça eleitoral, para questionar o documento emitido pela Cemar, a companhia energética do Estado governado por Roseana Sarney.

O neto tem a quem puxar: o avô, hoje senador pelo estado do Amapá, também não possui nenhuma ligação com o estado que representa. Comprou em Macapá, apenas para constar, uma casa que serve como seu endereço junto à justiça eleitoral.

Segundo a Folha de São Paulo, as outras apostas da família Sarney, são Filuca Mendes (PMDB), afilhado de batismo de Sarney, candidato em Pinheiro. E Souza Neto, casado com uma sobrinha da governadora Roseana, que irá disputar como vice em Santa Inês.

Filuca já conseguiu uma pequena proeza. O PT decidiu apoiá-lo ignorando resolução que impede novas alianças com o DEM, também na chapa de Filuca. Petistas contrários prometem recorrer ao Diretório Nacional.

Conselho de Ética pede cassação do senador Demóstenes Torres

BRASIL - Corrupçao
Conselho de Ética pede cassação do senador Demóstenes Torres
O senador Humberto Costa (PT-PE) teve aprovado por unanimidade o relatório lido no plenário da Comissão de Ética do Senado, na noite desta segunda-feira, onde pedia a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO). O processo, porém, só será concluído com a votação no plenário do Senado. Demóstenes só perderá o mandato se 41 dos 80 senadores votantes (ele estará impedido de votar) decidirem por sua cassação. A expectativa é que o processo todo seja concluído até o dia 17 de julho, último dia de trabalho no Senado antes do recesso de meio de ano. Senão ele só será apreciado em agosto, rivalizando com o julgamento do mensalão no STF

Foto: José Cruz/Agência Brasil

"A vida política do senador Demóstenes, desde 1999, gravita em torno dos interesses de Carlinhos Cachoeira no ramo de jogos de azar", disse Humberto no seu relatório

Postado por Toinho de Passira
Fontes: UOL, Folha Online, G1, Congresso em Foco, Correio do Brasil, Agência Senado, Agência Senado

Os integrantes do Conselho de Ética do Senado aprovaram, por unanimidade o relatório do senador Humberto Costa (PT-PE), que pediu a cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) por quebra de decoro parlamentar.

No seu relatório Humberto diz que o líder o ex-líder do DEM recebeu "vantagens indevidas" do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e praticou "irregularidades graves" em seu mandato.

Cachoeira foi preso em fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, sob a acusação de explorar o jogo ilegal e por corrupção ativa.

Com a aprovação, o processo contra Demóstenes segue para votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Em seguida, vai ao plenário. Para que Demóstenes perca o mandato em definitivo, o pedido de cassação tem que ser aprovado por pelo menos 41 senadores no plenário em votação secreta.

RELATÓRIO

A leitura do relatório de Costa durou três horas. Em 79 páginas, o relator afirma que Demóstenes agia como uma espécie de "despachante de luxo" do empresário ao defender seus interesses em órgãos do governo - como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Ministério da Educação e Receita Federal.

No seu voto, Humberto Costa afirmou que o senador goiano cometeu vários crimes para favorecer interesses de Carlinhos Cachoeira, como advocacia administrativa, formação de quadrilha, favorecimento pessoal e favorecimento real.

- Afirmo, sem tergiversar, que o senador Demóstenes Torres teve um comportamento incompatível com o decoro parlamentar - disse o relator ao final.

Humberto Costa rebate alegações da defesa de Demóstenes, expõe contradições entre o que disse o senador e o que apontam as escutas da Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira, acusado de comandar uma organização criminosa. O relator trata, ainda, do recebimento de vantagens ilícitas e do envolvimento de Demóstenes com a lavagem de dinheiro do empresário, com sua logística de proteção, e com o uso da imprensa.

- Considerado todo o conjunto da obra, é impossível não concluir que ela o desabona. Quem o julga somos nós; mas é o seu passado que o condena - declarou.

Humberto Costa rebateu as alegações da defesa sobre a ilegalidade das escutas da Operação Monte Carlo, o que impediria o conselho de usá-las para embasar o relatório. Para ele, esse é um aspecto que deve ser levado em conta pela justiça e não pelo Conselho de Ética, em que o juízo a ser emitido é eminentemente político.

Foto: Frame/Folhapress

Para Carlinhos Cachoeira o senador Demostenes era o “braço político”, o “facilitador institucional que poderia auxiliar na manutenção e na satisfação dos seus interesses”- segundo relatório de Humberto

BRAÇO POLÍTICO

No relatório, Humberto Costa conclui que a vida política do senador Demóstenes, desde 1999, gravita em torno dos interesses de Carlinhos Cachoeira Na exploração de jogos de azar. O papel do senador não seria operacional, mas sim de “braço político”, facilitador institucional que poderia auxiliar na manutenção e na satisfação dos interesses de Cachoeira.

Para o relator, o envolvimento entre o senador e o empresário é notório, assim como o fato de as relações não se limitarem ao campo social. Ele lembrou que, em 316 dias, foram registradas pela polícia 416 conversas telefônicas entre Demóstenes e Carlinhos Cachoeira. Além disso, o senador teria mantido 25 conversas com pessoas apontadas como membros da organização. E Demóstenes teria sido citado em outras 315 conversas.

Para o relator, Demóstenes “se deixou instrumentalizar por Cachoeira”, que se valeu do prestígio do senador para fazer prevalecer seus interesses.

- Estamos diante de um mandato parlamentar corrompido.

DESPACHANTE DE LUXO

O relator cita diversas situações em que Demóstenes teria atuado em favor dos interesses de Cachoeira em órgãos como Anvisa, Ibama, Infraero, Dnit e Ministério da Educação, além de governos estaduais e prefeituras. É nesse contexto, afirma o relator, que Demóstenes teria cometido o crime de advocacia administrativa.

- Nas conversas telefônicas interceptadas há, à saciedade, diálogos que tratam de “jeitinhos” em despachos alfandegários ou “negócios” na tramitação de processos administrativos tributários - lembrou o relator.

Humberto Costa citou a atuação de Demóstenes, admitida pelo próprio, em favor da empresa farmacêutica Vitapan, com sede em Anápolis. A Vitapan é uma sociedade de Cachoeira com seu ex-cunhado, Adriano Aprígio de Souza e sua ex-mulher, Andréa Aprígio de Souza.

No Ministério da Educação, o senador teria buscado autorização para o Instituto Nova Educação, do qual é sócio, e para uma escola de medicina vinculada à Faculdade Padrão, que pertence a Walter Paulo Santiago. Santiago é o dono da casa em que Cachoeira foi preso em fevereiro.

O relatório também cita a atuação de Demóstenes na assistência a policiais presos em operação que investigava o envolvimento deles com grupos de extermínio em Goiás.

- O representado estava ciente, acompanhou de perto os acontecimentos e, na hipótese que lhe seria mais vantajosa, explorou seu prestígio.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

“Até as pedras de Pirenópolis e as capistranas de Goiás Velho sabiam disso. Não é crível que um Secretário de Segurança Pública, que antes fora, por duas vezes, o chefe do Ministério Público Estadual, desconhecesse a ficha corrida de seu interlocutor” (Carlinhos Cachoeira) – diz Humberto Costas no seu relatório

QUADRILHA

O relatório também cita o uso, por parte de Demóstenes, de telefone celular Nextel com contas pagas por Cachoeira, Para Humberto Costa, não interessa o valor das contas e sim o fato de ela ser paga pelo empresário.

- Como se verdadeiramente estivesse em questão o valor do aparelho, ou o valor das faturas mensais e não o caráter de uma relação com um empresário, melhor dizendo, um meliante, que cobria as despesas de um senador da República.

Para o relator, os celulares, usados também por outros integrantes da organização, eram “uma peça na engenharia do crime organizado, uma rede fechada de comunicação utilizada para a prática de crimes”. O uso dos aparelhos, segundo o senador, é elemento importante para apuração da prática de crime de formação de quadrilha.

O relatório também menciona trechos das gravações que apontam para o recebimento de dinheiro por Demóstenes e traz a afirmação de que as contribuições de Cachoeira para a campanha do senador seguem o padrão de caixa dois. O fato de não haver nas prestações de contas perante a Justiça Eleitoral vestígio de contribuições de Cachoeira desde 2002, se deveria ao fato de o grupo se esforçar para “não deixar a digital em nada”.

Foto: Roosewelt Pinheiro /Agência Brasil
Segundo Humberto Costa, , Demóstenes “se deixou instrumentalizar por Cachoeira”, que se valeu do prestígio do senador para fazer prevalecer seus interesses.
CONTRADIÇÕES

Em seu depoimento ao Conselho em maio, Demóstenes afirmou ter conhecido Cachoeira na época em que era Secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás, na gestão do Governador Marconi Perillo. Segundo Humberto Costa, não é crível que um Secretário de Segurança Pública, que já havia sido promotor, desconhecesse as atividades de Cachoeira.

Humberto Costa também lembrou o fato de Demóstenes ter dito ao conselho que não se lembrava de ter participado da CPI dos Bingos, iniciada em 2005 com base em uma gravação feita por Cachoeira, “empresário do setor de jogos”.

Humberto Costa lembrou que Demóstenes foi um dos responsáveis pela criação da CPI, além de ter participado como “implacável inquisidor”.

- Mas o Senador Demóstenes Torres não guarda memória alguma desses eventos - ironizou o relator, para quem Demóstenes “foi tomado por súbita amnésia” em relação a fatos recentes da vida nacional.

Segundo o relator, a postura de Demóstenes na CPI dos bingos mudou quando a comissão investigou as questões pertinentes a Cachoeira.

- O senador Demóstenes Torres adotou postura distinta da que usava para atacar autoridades públicas: recolheu-se, acautelou-se.

Humberto Costa também citou gravações telefônicas que apontam para o conhecimento de Demóstenes sobre as atividades do amigo, como quando, ao tratar de projeto de lei que tornaria crime a exploração de jogos de azar exercida, teria dito a Cachoeira: “isso te pega”.

O interesse de Demóstenes pelo tema da legalização dos jogos de azar, segundo Humberto Costa, vem desde o início de seu mandato, em 2003. O relator lembrou que, em julho daquele ano, o senador mencionou em plenário, sem citar a fonte, futuros investimentos do setor de cassinos no Brasil. Além disso, demonstrou conhecimentos sobre o setor de apostas pela internet, em que Cachoeira avançava.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O advogado de Demóstenes, Antonio de Almeida Castro, o Kakay, disse que o senador foi alvo de um "massacre"

DEFESA

Na sessão, o advogado de Demóstenes, Antonio de Almeida Castro, o Kakay, disse que o senador foi alvo de um "massacre" e de "vazamento criminoso" das gravações da PF que apontaram uma ligação entre o parlamentar. "Os vazamentos foram um massacre à pessoa de um senador. [...] O vazamento foi criminoso, covarde e foi direcionado", disse Kakay durante o tempo que teve para defender o senador.

Kakay reconheceu que o julgamento no Conselho de Ética é "político", mas lembrou que questionou no Supremo Tribunal Federal (STF) a legalidade das escutas da PF. Ele argumenta que, como tem foro privilegiado, a escuta deveria ter sido autorizada no STF e não pela primeira instância da Justiça Federal, como ocorreu.

"Esse julgamento é político. A decisão é política. Vossas excelências não têm nem mesmo que fundamentar seu voto. Mas o processo há que seguir a Constituição, a resolução."

O advogado de Demóstenes ainda desafiou os membros do Conselho a aprovar algum tipo de sanção ao senador -- que vai de advertência à cassação. Ele pediu que o processo disciplinar que apura as relações do bicheiro com o senador vá à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e que, em seguida, seja votado pelos senadores no plenário.

"O senador quer ser julgado pela totalidade do Senado federal. Sendo ele um senador eleito de forma absolutamente consagradora em seu estado. [...] O senador entende que deve ir ao plenário. A defesa técnica pede que vossas senhorias encaminhem o processo para o plenário, para que ele decida a sorte desse senador da República."

VOTO SECRETO


Após a apresentação do relatório, o senador Mário Couto (PSDB-PA) criticou a fala do advogado de Demóstenes, que pediu que o caso Demóstenes seja encaminhado para o plenário do Senado, onde a votação do processo será secreta. Ele defendeu o voto aberto.

O último senador a ter a cassação aprovada pelo Conselho de Ética foi Renan Calheiros (PMDB-AL), em 2007, após acusação de ter recebido recursos de uma construtora para pagar despesas pessoais da jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha. O plenário do Senado, no entanto, rejeitou a cassação.


25 de jun. de 2012

PT mantém o “impeachment” a candidatura do João da Costa

PERNAMBUCO – Eleição 2012
PT mantém o “impeachment” a candidatura do João da Costa
Como era previsível o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores não acatou o recurso do Prefeito de Recife, pelo placar de 49 votos contra 19, que pedia para ser revista a decisão da executiva nacional, que cassou o seu direito de se candidatar, nomeando bionicamente o ex-vampiro Humberto Costa. No mesmo instante o PMDB de Jarbas, em Recife, une-se ao PSB de Eduardo Campos

Foto:Clemilson Campos/JC Images

João da Costa afirmou diante do Diretório do PT que Humberto Costa não unia o partido, e perdeu o apoio da frente popular.

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Blog do Jamildo, O Globo, Jornal do Comercio, Diário de Pernambuco

Após cerca de 3 horas de debate na sede do PT em Brasília, o Diretório Nacional do PT - instância máxima do partido - negou nesta segunda-feira (25) o recurso impetrado pelo prefeito João da Costa, que contestava a imposição da candidatura do senador Humberto Costa feita no último dia 5 pela Executiva Nacional da sigla.

A decisão registrou 49 votos contrários, 19 favoráves e 3 abstenções.

Em seu discurso, o prefeito argumentou que Humberto não uniu o PT nem a Frente Popular, como era esperado, e até mencionou a aliança do PMDB, do senador Jarbas Vasconcelos, com o PSB, do governador Eduardo Campos, que lançou na semana passada o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Geraldo Júlio para concorrer ä Prefeitura do Recife.

Para justificar o rompimento com os petistas, o governador, que também é presidente nacional dos socialistas, disse que o PT perdeu as condições de liderar uma eleição e um governo por causa da briga interna travada publicamente.

Após a decisão, o prefeito deu uma entrevista rápida, na qual reconheceu a candidatura de Humberto e afirmou que ele terá grandes problemas na campanha. Além disso, disse que não deve recorrer na Justiça comum, mas vai conversar com aliados na volta ao Recife. Por fim, ele confirmou oficialmente que pode se licenciar do PT para não subir no palanque do senador.

"O diretório decidiu que eu não sou o melhor nome e que Humberto deve ser o candidato. Eu discordo, mas a condução foi essa", disse o prefeito resignado. "Eles afirmam que têm maioria e que podem decidir. Não houve um debate profundo sobre a gestão, ou sobre o processo de prévia que vivenciamos no Recife, onde o nosso partido está completamente isolado politicamente, ainda mais depois da candidatura do PSB", criticou.

Quase que simultaneamente a noticia de que João da Costa continuava impedido de se candidatar, o PMDB, de Jarbas Vasconcelos, anunciou que está aliando-se ao PSB de Eduardo Campos, abandonando o barco naufragado do PT e deixando de ser oposição tanto no nível municipal, como estadual, ao governador Eduardo Campos.

O PT e a candidatura de Humberto Costa soçobram em mar revolto.

Especula-se que o PMDB vai indicar o vice na chapa do socialista Geraldo Júlio, o apadrinhado de Eduardo Campos.

Pelo visto, a eleição de Recife vai ser muito animada para Eduardo Campos, o mesmo não podem dizer dos petistas.


O pior da crise paraguaia é a volta de Marco Aurélio Top Top

PARAGUAI - BRASIL
O pior da crise paraguaia é a volta de Marco Aurélio Top Top
Como uma ressaca de uísque paraguaio, a crise dos vizinhos trouxe de volta à cena o defectível assessor de Lula, para assuntos cucarachos, que estava em banho Maria, desde que Dilma assumiu. Dizem que a presidenta está usando Garcia, para se vingar do chanceler Antônio Patriota, que a andou desagradando na Rio+20

Top Top Garcia, seus óculos de tartaruga e a verborrágia, estão de volta. O Brasil não merecia passar esse vexame de novo
Postado por Toinho de Passira
Fontes: La Nacion, ABC, Radar Online, Agência Brasil, Blog do Augusto Nunes

Lauro Jardim no seu Radar Online, já havia dito semana passada que Antonio Patriota havia saído chamuscado da Rio+20 — mais precisamente, com Dilma Rousseff. A presidente teria atribui vários desacertos nas negociações a erros cometidos por Patriota.

Aos mais próximos, há tempos Dilma tem se mostrado impaciente com o chanceler. Em resumo, ela avalia que no Itamaraty há muito punho de renda e pouca mão na massa.

Lauro Jardim conclui que Patriota, contudo, não corre o risco de cair, até porque não tem sucessor óbvio dentro do Ministério das Relações Exteriores.

Agora, possivelmente, para constranger Patriota, Dilma autoriza o famoso trapalhão, assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Top Top Garcia, falar em nome do governo brasileiro, sobre a crise paraguaia.

A primeira coisa que ele fez foi extrapolar dos seus poderes de segundo escalão, autonomeando chanceler de todo o Mercosul, “descartando a possibilidade de o Brasil e os demais países do Mercosul (Argentina e Uruguai) intervirem em questões internas do Paraguai”.

Isso até poderia virar outra crise continental, entre o Brasil e os países citados por Garcia, que não tem formação diplomática e foi posto nesta condição de assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, pelo presidente Lula.

O ex-presidente tem com Garcia, uma dívida de gratidão, que repassou para Brasil: nos tempos das vacas magras, em que tinha por profissão ser candidato da república do Brasil, Lula era ajudado por Garcia, como tradutor (ele fala inglês, espanhol e arranha um francês) e a compreender os meandros da política internacional, nos encontros que o então líder de oposição, mantinha com autoridades e políticos de outros países.

Os jornais paraguaios aproveitaram a verborragia do porta voz para assuntos menores, e transcreveram pela metade, sua declaração:"Según García, es 'imposible' cualquier reversión de lo que fue decidido por el Congreso paraguayo" - disseram dois dos mais importantes jornais paraguaios, La Nacion e ABC em uníssono.

Na verdade o despreparado e inábil Garcia disse isso mesmo, dando a entender, a priori que para o governo brasileiro, a situação do Paraguai não tem mais volta.

É verdade também que os jornais preferiram ficar apenas com a primeira parte da observação de Garcia, que em seguida afirmou que “qualquer ação” neste sentido (de reversão do que foi decidido pelo Congresso paraguaio) teria que ser tomada por “ações internas”.

Isso ocorre porque o nosso porta voz de segundo escalão, não sabe avaliar o peso das palavras e do enfoque, de quem está falando em nome de um governo. Diante de uma crise, como essa, as observações e palavras devem ser dosadas e cautelosas, pois podem afetar a vida de milhões de pessoas, e principalmente comprometer o próprio governo que ele representa.

Foi assim que ele, para explicar o a postura do governo brasileiro ao avaliar o impeachment de Lugo como um “rito sumário” e sem qualquer chance de defesa, deu a risível declaração ao jornal Estado de São Paulo: "A justiça às vezes é lenta. Mas quando ela é rápida demais assusta".

O ministro das relações exteriores do Brasil, Antonio Patriota, tal como o seu antecessor Celso Amorim, mostram que por apego ao cargo, submetem-se a essa situação e são capazes de engolir a petulância desse assessorzinho grotescamente pedante, com seus óculos de tartaruga, sua língua presa e suas declarações estapafúrdias.

Marco Aurélio Top Top Garcia é mais uma herança maldita de Lula.