28 de fev. de 2010

BRASIL: O maior lobista do país - Dirceu sob os holofotes

Brasil
O maior lobista do país - Dirceu sob os holofotes
José Dirceu, o "consultor" mais quente da República, aparece no meio de uma bilionária operação que pretende botar em pé uma empresa estatal de internet e, claro, fazer a fortuna de alguns bons companheiros

Foto: Eliaria Andrade/Ag. O Globo

DO OUTRO LADO DO BALCÃO Dirceu abandonou a militância e só pensa em sua "consultoria"

Fábio Portela e Ronaldo França
Fonte: Revista Veja

De tempos em tempos, o governo Lula se vê obrigado a explicar ne-gócios obscuros, lobbies bilionários, maletas de dinheiro voadoras e beneficiamento a grupos privados. Já é uma espécie de tradição petista. E o que une todos esses casos explosivos? José Dirceu, o ex-militante de esquerda e ex-ministro-chefe da Casa Civil que se transformou no maior lobista da República. Onde quer que brote um caso suspeito incluindo gente do PT e dinheiro alto, cedo ou tarde o nome de Dirceu aparecerá.

Ele tem se esgueirado nas sombras, como intermediador de negócios entre a iniciativa privada e o governo desde 2005, quando foi expurgado do cargo de ministro por causa do escândalo do mensalão. Sem emprego, argumentou que precisava ganhar a vida e se reinventou como "consultor", o eterno eufemismo para "lobista". Passou a oferecer, então, duas mercadorias: informação (dos tempos de Casa Civil, guarda os planos do governo para os mais diversos setores da economia) e influência (como o próprio Dirceu adora dizer, quando ele dá um telefonema para o governo, "é O telefonema"). Em ambos os casos, cobra bem caro por seus serviços.

Na semana passada, um dos serviços do "consultor" José Dirceu causou um terremoto em Brasília. Os jornalistas Marcio Aith e Julio Wiziack revelaram que ele está metido até a raiz dos cabelos implantados em uma operação bilionária para criar a maior operadora de internet em banda larga do país. O negócio está sendo coordenado pelo governo desde 2003 e vai custar uma montanha de dinheiro público – fala-se em até 15 bilhões de reais.

Deverá fazer a alegria de um grupo de investidores privados que, ao que tudo indica, tiveram acesso a informações privilegiadas e esperam aproveitar as ações do governo para embolsar uma fortuna. O Plano Nacional de Banda Larga – nome oficial do projeto sob suspeita – começou a ser gestado no início do governo Lula, quando Dirceu ainda era ministro. A ideia era criar uma estatal para oferecer internet em alta velocidade a preços subsidiados em todo o país – uma espécie de "Bolsa Família da web".

Dirceu passou a defender a ideia de que a nova empresa fosse erguida a partir de outras duas, já existentes, mas que estavam em frangalhos: a Telebrás, que depois da privatização do sistema de telefonia, em 1998, ficou sem função, e a Eletronet, dona de uma rede de fibra óptica que cobre dezoito estados.

A Eletronet era uma parceria da Eletrobrás e da americana AES, mas, por ser deficitária, estava em processo de falência. O projeto de Dirceu era capitalizar as duas companhias e fazer com que a Telebrás oferecesse internet em alta velocidade usando a rede da Eletronet.

O presidente Lula aprovou a proposta – afinal, não é todo dia que se antevê uma estatal inteira, pronta para ser aparelhada. Apesar de o projeto ter sido desenhado em 2003, só começou a se tornar público em 2007. E este foi o pulo do gato: quem ficou sabendo dos planos oficiais com antecedência teve a chance de investir nas ações das duas empresas e, agora, poderá ganhar um bom dinheiro com o desenlace do plano.

Fotos O Globo e Mario Souza e Bertrand Langlois

LISTA EXTENSA -  Daniel Birmann, rei do biodiesel de mamona, e o russo Boris Berezovsky também são clientes do petista

. O maior beneficiário em potencial atende pelo nome de Nelson dos Santos – lobista, como Dirceu, mas de menor calibre. Em 2004, Santos (ainda não se sabe por qual canal) tomou conhecimento da intenção do governo de usar a Eletronet para viabilizar o sistema de banda larga. A maior parte do capital da Eletronet (51%) estava nas mãos da AES. Santos conhecia bem a companhia: em 2003, havia feito lobby para renegociar uma dívida de 1,3 bilhão de dólares da AES com o BNDES, e teve sucesso.

Quando descobriu que a falida Eletronet poderia virar ouro, convenceu a direção da AES a lhe repassar suas ações na empresa pelo valor simbólico de 1 real. A AES topou. Achou que estava se livrando de um problemão, pois a Eletronet acumulava dívidas de 800 milhões de reais. Na reta final do negócio, Santos foi surpreendido por três outros grupos que também se interessaram pela compra – o GP Investimentos, a Cemig e a Companhia Docas, do empresário Nelson Tanure –, mas o lobista venceu a disputa. Por orientação dele, as ações da AES na Eletronet foram transferidas à Contem Canada.

VEJA descobriu que a Contem de Canadá só tem o nome. Ela é uma offshore controlada por brasileiros que investem no setor de energia. Como está fora do país, ninguém sabe ao certo quem são seus cotistas. Posteriormente, metade dessas ações foi repassada à Star Overseas, outra offshore, das Ilhas Virgens Britânicas, pertencente a Santos. Offshore é a praia de Dirceu.

Com essa negociação amarrada, Santos e seus companheiros da Contem passaram a viver, então, a expectativa de que parte do dinheiro público a ser investido na Eletronet siga diretamente para seus bolsos. Para se certificar de que as iniciativas oficiais confluiriam para seus interesses, contrataram os serviços de quem mais entendia desse tipo de operação no país: José Dirceu, o "consultor".

Entre 2007 e 2009, Santos lhe pagou 20 000 reais por mês, totalizando 620 000 reais. O contrato entre os dois registra o seguinte objeto: "assessoramento para assuntos latino-americanos". Se tudo corresse como o planejado, a falência da Eletronet seria suspensa e a empresa, incorporada pela Telebrás. Santos e os outros cotistas da Contem seriam, assim, ressarcidos.

O lobista calculava sair do negócio com 200 milhões de reais. O que Dirceu fez exatamente por seu cliente é um mistério. O que se sabe é que em 2009 o governo tentou depositar 270 milhões de reais em juízo para levantar a falência da Eletronet e passar a operar sua rede. O caso embolou porque os credores da empresa alegaram que, se algum dinheiro pingasse, deveria ser deles, que forneceram os materiais usados na rede de fibras ópticas, e não do grupo do lobista. O imbróglio segue na Justiça.

O MAIS RICO - O mexicano Carlos Slim pagou pela consultoria do ex-ministro
Paralelamente, houve quem ganhasse na outra ponta do negócio, a da Telebrás – que está cotada para operar o sistema de banda larga e, portanto, também pode vir a valer muito dinheiro. Antes de o PT chegar ao poder, o lote de 1 000 ações valia menos de 1 centavo de real. No decorrer do primeiro mandato de Lula, o preço subiu para 9 centavos por lote. No segundo mandato, veio o grande salto. Figuras de proa do governo começaram a fazer circular, de forma extraoficial, informações sobre o resgate da Telebrás.

As ações dispararam com a especulação. Sua valorização já chega a 30 000%, sem que nenhuma mudança concreta tenha sido realizada. Tudo na base do boato. O caso é tão estranho que levantou a suspeita da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão responsável por manter a lisura no mercado de ações.

A CVM quer saber quem se beneficiou desse aumento estratosférico e, principalmente, se esses investidores tiveram acesso a informações privilegiadas saídas de dentro do Palácio do Planalto.

A explosiva criação da estatal de banda larga é só mais um dos muitos negócios em que Dirceu está metido. Desde que foi defenestrado do governo, o ex-militante de esquerda foi contratado por alguns dos empresários mais ricos do planeta para "prestar consultoria".

O magnata russo Boris Berezovsky, proibido pela Justiça de seu país de voltar para casa, contratou Dirceu para tentar receber asilo político no Brasil e facilitar suas operações financeiras por aqui.

O terceiro homem mais rico do mundo, o mexicano Carlos Slim, dono da Claro e da Embratel, pagou a Dirceu para que ele defendesse seus interesses junto aos órgãos reguladores da telefonia brasileira.

No Brasil, sua lista de "clientes" inclui a empreiteira OAS, a Telemar (que o contratou quando precisava convencer o governo a mudar a legislação brasileira para viabilizar sua fusão com a Brasil Telecom), a AmBev, e muitos outros pesos-pesados. A atuação tão animada de Dirceu vem causando arrepios no governo.

"Fazer lobby e aproveitar contatos no exterior para ganhar dinheiro, tudo bem. Mas fazer tráfico de influência com informação privilegiada do governo é um risco enorme", avalia um dirigente petista. As "consultorias" de Dirceu podem se tornar uma bomba para o PT durante as eleições deste ano.

OS NEGOCIOS DE DIRCEU

O consultor José Dirceu já declarou que, “modéstia à parte”, quando ele dá um telefonema par o governo “é O telefonema”. Algumas das empresas e empresários que contrataram o ex-ministro para que ele fizesse suas valiosas ligações:

Em 2006 - Boris Berezovsky, maganata russo cujo enroladíssimo prontuário, que inclui corrupção e até assassinato, impede que ele pise na terra natal.

DIRCEU ajudou o magnata, que vive na Inglaterra, a se instalar no Brasil como asilado político e facilitar as operações de sua offshore, a MSI, que havia se associado ao Corinthians.

Em 2006 - O mexicano Carlos Slim um dos homens mais ricos do mundo dono da Claro e da Embratel.

DIRCEU defendeu seus interesses junto aos órgão reguladores da telefonia no Brasil, especialmente Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)

Em 2007 – O banqueiro Daniel Birmann dono do Grupo Arbi

DIRCEU facilitou um empréstimo do BNDES que viabilizasse a parceria entre a empresa de Birmann e a Petrobras. O projeto para produzir biodiesel a partir do óleo de mamona, mostrou-se um fracasso.

Em 2007 - Telemar

DIRCEU Facilitou o processo de fusão da empresa com a Brasil Telecom

Em 2008 - Ricardo Salinas empresário mexicano dono da rede Elektra e do Banco Azteca

DIRCEU intermediou as negociações para a entrada de suas empresas no país.

Em 2009 - Grupo Ongoing conglomerado de mídia português

DIRCEU viabilizou o lançamento do jornal financeiro Brasil Econômico e de uma publicação diária em Brasília voltada para a cobertura do poder.

A JOGADA DA BANDA LARGA

Quando era ministro da Casa Civil, José Dirceu encampou uma idéia mirabolante: unir duas empresas depauperadas, - a Telebrás e a Eletronet – para montar uma enorme operadora de internet em banda larga. Os custos, evidentemente, seriam pagos pelo governo. E quem tivesse participação nas empresas poderia ganhar um bom dinheiro com a operação. Expurgado do governo Dirceu continuou seguindo o caso, como “consultor”.

TELEBRÁS - Desde a privatização das teles, em 1998, a Telebrás é uma empresa que se arrasta sem rumo. Administra alguns fundos públicos, e só. Suas ações valiam menos que farelo em 2003, quando o PT chegou ao poder. Discretamente, Dirceu coordenou a criação de um plano para despejar bilhões de reais na empresa e ressuscitá-la, agora na condição de a maior operadora de banda larga do país. Se isso ocorrer, a empresa se tornará uma das mais valiosas do Brasil. Por esse motivo, seus papéis vêm experimentando uma alta sem precedentes.

ELETRONET - Criada em 199, em uma associação da Eletrobrás com a americana AES, possui uma rede de 16 000 quilômetros de fibras ópticas, em 18 estados. Em 2003, os sócios pediram falência, pois o negócio era deficitário – acumula, até hoje, dívidas de 800 milhões em reais. José Dirceu viu aí uma oportunidade. Ele passou a defender a idéia de que a operação de banda larga da Telebrás fosse feita por meio da rede Eletronet.

Logo depois, a participação da AES na empresa (que era de 51%) foi repassada a uma obscura companhia chamada “Contem Canada” – na verdade, Veja apurou tratar-se de um fundo offshore controlado por brasileiros – e ao lobista Nelson dos Santos. Entre 2007 e 2009, o lobista pagou 620 000 reais a Dirceu a título de “consultoria”.

TELENET -  Se o negócio vingar, Dirceu terá coordenado a criação da maior empresa do país no ramo da internet, sob controle estatal. Com isso, vai encher os bolsos de quem comprou papéis da Telebrás nos últimos anos. Outro que pode se dar muito bem é o lobista Nelson dos Santos. Por ser detentor de ações da Eletronet, ele projeta sair do negócio com até 200 milhões de reais no bolso, embora o governo jure que ele não ganhará nada com a conclusão do acordo, pois o dinheiro investido na Eletronet seria usado apenas para pagar dívidas da companhia.


Marcelo Medici - "Mico Leão Dourado”, no Programa do Jô

Marcelo Medici - "Mico Leão Dourado”
no Programa do Jô




RECIFE: Cadoca dá golpe em publicitários e vira “Cadocalote”

RECIFE
Cadoca dá golpe em publicitários e vira “Cadocalote”
O Blog do Jamildo contou que os publicitários que fizeram a campanha de Cadoca para Prefeito do Recife, foram obrigados a vender um imóvel, às pressas, para pagar dívidas de campanha do atual Deputado Federal que se diz inventor do extinto Recifolia e tem se escondido dos credores e dos eleitores, nos últimos anos.

Fotomontagem Toinho de Passira

XEXEIRO FEDERAL: Cadoca sempre teve esse complexo Clovis Bornay, essa coisa de ser carnavalesco fora de época, por isso lhe adornamos com o solidéu das pastoras do Periquito Verde, para ajudá-lo a fugir dos credores, ficou lindo!

Fontes: Blog do Jamildo, Besta Fubana

O deputado federal Carlos Eduardo Cadoca passou um “xeixo” nos publicitários Ricardo Carvalho e Elizabeth Carvalhos, donos da RTV Produções, que foram encarregados de fazer o guia eleitoral para o ex-candidato a prefeito do Recife Cadoca, nas eleições de 2008.

Os profissionais, até hoje, não receberam um níquel do candidato, que possivelmente esperava pagar as despesas de campanha com verbas da prefeitura, sonhando que iria se sair vitorioso e ter acesso a chave do cofre municipal.

Muito diferente do candidato, os publicitários, envergonhados com as dívidas pendentes, tiveram que vender um apartamento, de número 1601, no Pier Maurício de Nassau, umas das duas torres gêmeas, no Recife Antigo, para saldar as dívidas do espertinho, que durante todo esse tempo ficou escondendo-se.

O blog do Jamildo informa que o imóvel foi vendido, na bacia das almas, a um sócio de Maurício Rands, bem abaixo do valor de mercado, e com prejuízos futuros, pela inegável possibilidade de valorização do empreendimento imobiliário.

Com os cerca de R$ 400 mil arrecadados, pagaram fornecedores e prestadores de serviço, para manter o nome limpo na praça, coisa que não preocupa o deslavado deputado federal Cadoca.

Por conta disto, nestas eleições, a publicitária Beth Carvalho promete fazer campanha contra o político.


Como não tínhamos outra foto do dito cujo, colocamos uma de Clovis Bornay, que nos perdoe o grande museólogo brasileiro. Na verdade eles foram separados no berçário.
"Já mandei fazer as camisetas e os adesivos para carros. Vão dizer assim: Não vote em Cadocalote. Ele deve e não paga. " explicou.

Beth explica que não tem nada pessoal contra Cadoca. "Só não é justo que a gente tenha que se desfazer do patrimônio de uma vida. O José Roberto Berni (marqueteiro da campanha) entrou na Justiça contra ele, mas ele disse que não ia dar em nada porque ele não tinha nenhum bem no nome dele". Coisa de autêntico caloteiro profissional.

Quando se perguntava o que Cadoca fez na vida, todo mundo só lembrava do funesto “Recifolia”, que era um pacote de trios elétricos baianos vendidos por um empresário, pronto e acabado, que caia nas suas mãos. O que lhe deu, por algum tempo, alguns dividendos, estamos falando em dividendos políticos, o que vocês imaginaram?

Agora teremos mais essa faceta pública de caloteiro para adicionar a sua pobre biografia.

Responsável por tentar criar cordão de isolamento no carnaval de Pernambuco, Cadoca achava que só isso ia lhe dar cacife para ser prefeito do Recife e se candidatou. Acontece que os verdadeiros recifenses odiavam o Recifolia, a grande massa de foliões que participavam dos blocos eram de outras cidades do grande Recife e interior e dos estados vizinhos, como a Paraíba.

Como o pessoal de Recifolia não vota em Recife, e como essa história de carnaval fora de época é coisa de um passado distante, Cadoca não teve aquela votação que se viu. Agora com a ajuda dos publicitários enganados, e com dificuldade de encontrar outros dispostos a serem ludibriados, talvez lhe falte, além de vergonha, eleitores.

O pessoal da “Besta fubama, disse comentando a notícia: “só não dá pra chamá-lo de “cara lisa” por causa da barbicha indecente de bode velho sonso.”

CUBA - BRASIL: Cubanos chamam Lula de cúmplice de Fidel

BRASIL – CUBA
Cubanos chamam Lula de cúmplice de Fidel
Ontem exilados cubanos residentes nos Estados Unidos invadiram pacificamente o consulado brasileiro em Miami, para protestar o descaso do Presidente brasileiro diante da morte do dissidente cubano Orlando Zapata, morto em Havana, no dia anterior da chegada de Lula ao país

Foto: Ricardo Stuckert / PR (Detalhe)

Imagem que chocou o mundo: Lula e Castro deixam-se fotografar chorando de rir, no dia do enterro do dissidente cubando Orlando Zapata, morto após greve de fome de 85 dias

Fontes: Ultimo Segundo, G1, Nota Latina, El Cubano Cafe

Um grupo de exilados cubanos ocupou ontem pacificamente durante uma hora o consulado do Brasil em Miami para denunciar a "cumplicidade" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no "assassinato" do prisioneiro político Orlando Zapata Tamayo.

Foto: La Asamblea de la Resistencia Cubana

Momento em que os dissidentes cubanos chegavam ao Consulado Brasileiro, em Miami, gritando palavras de ordem, chamando Lula de cúmplice de Fidel.

Cerca de 15 pessoas da Assembleia da Resistência, entre ex-presos políticos cubanos e membros de organizações do exílio, entraram nas instalações do consulado do Brasil e ocuparam uma das salas enquanto exclamavam: "Lula, cúmplice!", "Vergonha para Lula!" e "Viva Orlando Zapata Tamayo!".

"Lula é cúmplice da ditadura castrista e do assassinato de Orlando Zapata", expressou à Agência Efe Orlando Gutiérrez, diretor do Diretório Democrático Cubano, que liderava o grupo que entrou no consulado brasileiro.

Foto: La Asamblea de la Resistencia Cubana

Os dissidentes cubanos no interior do Consulado Brasileiro, em Miami, protestando

Gutiérrez ressaltou que o objetivo da ocupação era pôr em evidência a "vergonha que representa para o Brasil Lula aparecer abraçado aos irmãos Castro no momento em que estão assassinando um homem pelo mero fato de discordar".

O presidente brasileiro se reuniu na quarta-feira passada com seu colega cubano, Raúl Castro, e com seu irmão Fidel, no dia seguinte da divulgação da morte de Orlando como consequência de uma greve de fome de 85 dias.

O grupo de exilados, pertencentes a organizações como Plantados e Madres y Mujeres Antirepresión por Cuba (MAR), entregou ao cônsul brasileiro, Luiz Augusto de Araújo Castro, uma foto na qual aparece Lula se abraçando a Fidel Castro com a imagem de Zapata Tamayo impressa no meio.

No verso da fotografia se lê: "Fidel Castro, assassino; Lula, cúmplice".

Essa fotografia, que pediram ao cônsul para entregar ao presidente, "deve envergonhar Lula".

"Não há melhor documento que o rosto do prisioneiro político que ia ser assassinado pelo regime castrista", disse a presidente da MAR, Sylvia Iriondo.

"O caso de Orlando é uma mostra da trajetória e história de crimes e violações perpetradas pelo castrismo", disse.


A montagem fotográfica mostrava a imagem de Orlando Zapata, sobre o assassino Fidel e seu cúmplice, Lula
Sylvia denunciou que "ainda restam muitos presos políticos cubanos em condições críticas", ao mesmo tempo em que pediu à comunidade internacional para que não tolere a "impunidade e falta de vergonha" do regime de Havana.

Gutiérrez explicou que a ação realizada hoje é o "começo de uma campanha para alertar o povo brasileiro que as ações de Lula são prejudiciais para o povo cubano".

O jornal espanhol El Pais, lembra que o mito da revolução cubana para parte da esquerda latino-americana torna difícil o trato com Havana para qualquer governo, sobretudo para o governo brasileiro.

“Mas as dificuldades para administrar as relações com esse mito não podem levar a fechar os olhos diante dos abusos de poder que se cometem em Cuba e que, nesse caso, resultaram na morte de um preso político."

No Congresso brasileiro o deputado José Carlos Aleluia (BA), vice-líder do DEM, foi a tribunal protestar:

"Quem poderia imaginar um presidente operário, o nosso presidente metalúrgico, ir a Cuba para comemorar a morte de um dissidente do regime de Fidel Castro? Isso é inaceitável. Tirar foto dando risada ao lado de assassinos, ao lado de bandidos, em Cuba".

A deputada Vanessa Grazziotin (PCdoBAM) pediu que fosse retirada do discurso a expressão "assassinos". Não explicou a deputada quer expressão poderá retratar a atuação de Fidel e seu irmão Raúl diante desse e de tantos outros casos, de morte de dissidentes.

CUBA: Mais cinco cubanos iniciam greve de fome

CUBA
Mais cinco cubanos iniciam greve de fome
Quatro presos políticos e um psicólogo dissidente iniciaram uma greve de fome nos últimos dias em Cuba, informaram fontes da oposição e diplomáticas à agência EFE. O protesto começou após a morte do preso político Orlando Zapata Tamayo, que aconteceu na terça-feira, em Havana.

Foto: Arquivo

Zapata morreu depois de fazer greve de fome por 85 dias, para exigir ser tratado como "prisioneiro de consciência", status concedido a ele pela Anistia Internacional.

Fonte: Último Segundo

O corpo de Zapata foi enterrado na quinta-feira em seu povoado natal, Banes. O funeral foi acompanhado apenas por familiares e poucos amigos, em meio à forte esquema de segurança, que prendeu inúmeros dissidentes ou não permitiu que outros se deslocassem para acompanhar o funeral.

Fotos: Arquivos

Os quatro presos que começaram a greve de fome (fotos) são: Eduardo Díaz Fleitas, Diosdado Gonzalez e Nelson Molinet, detidos na prisão Kilo 5 da província de Pinar del Río, e Fidel Suárez Cruz, que está na penitenciária de Kilo 8, na mesma região.

Os quatro fazem parte do grupo de 75 opositores condenados a até 28 anos de prisão na chamada "primavera negra" de 2003. Eles foram acusados pelo governo cubano de serem "mercenários" a serviço dos Estados Unidos.

Fleitas foi condenado a 21 anos de prisão. Os outros três presos foram condenados a 20 anos cada um. Ao fazer a greve de fome, os cinco homens pedem a libertação de aproximadamente 200 presos políticos existentes na ilha, conforme dados de organizações dos direitos humanos não-reconhecidas pelo governo.

O porta-voz da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), Elizardo Sánchez, disse à agência Efe que enviou mensagens para que os prisioneiros desistam da greve de fome. Segundo ele, a iniciativa não surte efeito no governo presidido pelo general Raúl Castro.

Foto: Reuters

Guillermo Fariñas, o psicólogo é um dos mais ativos dissidentes cubanos em liberdade, ainda

Em liberdade, o psicólogo Guillermo Fariñas, ex-oficial das forças especiais do exército cubano, conhecido como "Coco", também começou uma greve de fome na cidade onde mora, Santa Clara.

Fariñas é um ativista político e já fez várias greves de fome nas últimas décadas, a mais famosa em 2006, para exigir acesso sem restrições à internet para os cubanos.

Segundo fontes opositoras, o psicólogo tomou a decisão de começar a greve de fome na quinta-feira, quando agentes da segurança do Estado o detiveram ao se dirigir para o enterro de Zapata.

Dezenas de opositores foram presos ou forçados a não sair de suas residências para evitar que fossem a Banes, segundo a oposição Para o governo cubano todos os dissidentes são mercenários dos Estados Unidos trabalhando para derrubar o governo de Cuba, ou seja, dos Castros.


27 de fev. de 2010

PANGEA: Terremoto 8,8 graus no Chile e ameaça de Tsunami

PANGEA
Terremoto 8,8 graus no Chile e ameaça de Tsunami
Os mortos já chegam a 214, pelo menos 13 réplicas de magnitudes entre 6,9 e 6,2 ocorreram nas horas posteriores ao primeiro tremor. Tsunami atingiu ilhas chilenas e criou alerta em centenas de países inclusive a costa americana, principalmente o arquipélago do Havaí

Foto: Jose Luis Saavedra/Reuters

Fontes: G1, La Tercera, The New York Times,

O número de mortos pelo terremoto de 8,8 graus de magnitude que atingiu a região central do Chile na madrugada deste sábado (27) chega a 147 até agora.

O terremoto, de cerca de um minuto de duração, ocorreu às 3h34 (horário local de verão, o mesmo de Brasília) e atingiu atingiu a região central do Chile, perto de Concepción, 400 km ao sul de Santiago.

Foto: Martin Bernetti/Agence France-Presse - Getty Images

Na capital chilena, a 325 km de distância, o terremoto estremeceu diversos prédios e várias regiões da cidade ficaram sem energia. Com medo, muitos chilenos saíram às ruas.

Em entrevista coletiva, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, pediu união dos setores público e privado na reconstrução dos setores essenciais do país.

Bachelet, que sobrevoou regiões afetadas de helicóptero, disse que a destruição provocada pelo tremor poderia ter causado um número ainda maior de mortos, o que mostra que muitas pessoas conseguiram deixar suas casas no momento da tragédia.

Foto: Associated Press

Pelo menos 13 réplicas de magnitudes entre 6,9 e 6,2 ocorreram nas horas posteriores ao primeiro tremor.

Outro tremor de magnitude 6,3 atingiu Salta, na Argentina, por volta das 12h45.

O tremor foi sentido nos países vizinhos, inclusive no Brasil. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil de São Paulo informaram que receberam chamados para verificar pequenos tremores em vários bairros da capital paulista.

Foto: Sebastian Martinez/Associated Press

O terremoto atingiu a região central do Chile, perto de Concepción, 400 km ao sul de Santiago.

O epicentro do tremor foi localizado no mar, a 35 km de profundidade, em Maule, a 99 km da cidade de Talca.

Foto: Reuters

O Aeroporto Internacional de Santiago foi fechado por pelo menos 24 horas. As empresas aéreas TAM e Gol cancelaram voos entre São Paulo e Santiago, no Chile, neste sábado (27).

Tsunami provocada pelo tremor atingiu a Ilha Robinson Crusoé, próxima a Valparaíso. Na Ilha de Páscoa, também na costa chilena, foi ordenada a retirada dos moradores por conta do risco de tsunami. O Centro de Advertência de Tsunamis do Pacífico, dos Estados Unidos, afirmou que um tsunami pode causar danos na costa do arquipélago do Havaí.

Foto: Associated Press

Michelle Bachelet, que sobrevoa de helicóptero as regiões atingidas pelo tremor, declarou "estado de catástrofe" nas regiões de Maule, Bio Bio e La Araucanía.

O terremoto deste sábado ocorreu a poucos dias de se completarem 25 anos de outro tremor que deixou 177 pessoas mortas no país e na Argentina em 3 de março de 1985.


CHARGE: FRANK - A Notícia (PR)



FRANK- A Notícia (PR)
Charge publicada na época em que o Mensalão era novidade


BRASIL: O roteiro final do mensalão do PT

BRASIL
O roteiro final do mensalão do PT
A Revista ISTOÉ, que está nas bancas, traz matéria do jornalsita Hugo Marques que teve acesso às 69 mil páginas do processo do STF, que corre em segredo de justiça, que trazem à tona novas histórias sobre o esquema de corrupção. Em uma delas aparece o coordenador de campanha de Dilma, o ex-prefeito Fernando Pimentel, como operador de remessas ilegais

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Fernando Pimentel, então prefeito de Belo Horizonte, homem de confiança de Lula e atual coordenador da campanha de Dilma Rousseff, foi flagrado pelo Ministério Público pondo dinheiro público para pagar despesas de campanha, com o apurado em obras superfaturadas

Fonte: Revista IstoÉ

O jornalista Hugo Marques da Revista IstoÉ, teve acesso aos autos do processo que investiga o Mensalão do PT no Supremo Tribunal Federal (STF) tem 69 mil páginas.

São 147 volumes e 173 apensos. Entre os documentos, laudos sigilosos da Polícia Federal, relatórios reservados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), pareceres da Receita Federal e outras representações criminais que tramitam sob segredo de Justiça em vários Estados.

Mas o filé da matéria são os 50 depoimentos inéditos colhidos pela Justiça Federal em todo o País ao longo de 2008 e 2009, que confirma muitas das coisas que foram dita ao longo da investigação inicial, e algumas testemunhas abriram o bico, temendo serem arrastada pelo furacão.

Tudo isso, até hoje, estava sob sigilo de Justiça. O conteúdo empresta ainda mais gravidade ao escândalo. Além de lançar luz sobre novos personagens – até aqui eram 40 réus –, a investigação derruba a versão de que o dinheiro público estava ileso do esquema de caixa 2 do PT. Chegou-se a levantar essa hipótese durante a CPI, mas não havia provas. Agora, os novos documentos e testemunhas asseguram a origem estatal dos recursos.

Essas novas provas também jogam por terra a desculpa petista de que tudo foi feito para pagar despesas de campanha. Não.

Diante de juízes e procuradores, testemunhas contaram em detalhes como atividades privadas de interesse partidário foram custeadas com as mesmas notas de dólares, euros e reais que circularam em cuecas e malas e ainda compravam apoios no Congresso.

São esses documentos que o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do Mensalão, usará para emitir seu julgamento. A leitura do processo que corre no STF evidencia que o Mensalão do PT é um cadáver ainda insepulto, capaz de provocar intempéries na corrida eleitoral.

São esses documentos que o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do Mensalão, usará para emitir seu julgamento.

Fernando Pimentel atual coordenador da campanha presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e ex-prefeito de Belo Horizonte (2005-2008), perdeu a incolumidade durante essa segunda parte da investigação e deve ser incluído na lista de indiciados do processo.

No processo 2008.38.00.012837-8, que investiga os crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas e tramita sob sigilo na 4ª Vara da Justiça Federal em Minas Gerais e agora foi anexado ao caso do STF, ele é apontado como um dos operadores da remessa ilegal de recursos para o Exterior, depois usados para pagamentos de dívidas do PT com o publicitário Duda Mendonça. Nesse processo, o procurador da República Patrick Salgado Martins mostra as relações de Pimentel com o empresário Glauco Diniz Duarte e com o contador Alexandre Vianna de Aguilar.

Ambos, segundo o Ministério Público Federal, enviaram ilegalmente para os Estados Unidos cerca de US$ 80 milhões. Parte desse dinheiro, como afirma o procurador, teria sido destinada às contas de Duda Mendonça (foto), um dos personagens centrais do escândalo do Mensalão.

Em 2005, depois que o caso se tornou público, o publicitário admitiu que mantinha uma conta com R$ 10 milhões não declarados nos EUA, em nome da Dusseldorf Company. Foi dinheiro que o publicitário reconheceu ter recebido como pagamento de campanhas feitas para o PT.

A origem desses recursos, de acordo com a denúncia do Ministério Público mineiro, está em um contrato superfaturado da Prefeitura de Belo Horizonte, feito durante a gestão de Pimentel, com a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) para a implantação do Projeto Olho Vivo – instalação de câmaras nas ruas da capital mineira. Diniz era diretor da CDL e teria abastecido as contas de Duda.

“O contrato do qual surgiram irregularidades diversas como superfaturamento e alienação de câmaras por empresa de fachada presta-se a demonstrar a ligação de Glauco Diniz com o prefeito de Belo Horizonte, cuja campanha foi produzida pelo publicitário Duda Mendonça, havendo fundada suspeita de que o aludido convênio tenha sido ardiloso estratagema para desvio de dinheiro público com a finalidade de saldar as dívidas de campanha do partido em território alienígena”, escreveu o procurador Martins em sua denúncia.

Foto: Alan Marques/Folha Imagem

Duda Mendonça dirigindo Lula na campanha de 2002

O procurador rastreou a rota do dinheiro dos contratos e descobriu que os recursos saíam do Brasil para os EUA, onde eram depositados nas contas da empresa Gedex International, pertencente a Diniz.

Em seguida, eram repassados para a conta Dusseldorf, de Duda Mendonça. A Gedex recebeu no Exterior mais de US$ 30 milhões. Quanto desse total chegou à conta de Duda é uma pergunta ainda sem resposta na investigação.

“As conexões mostram que eles intermediavam operações diversas com o objetivo de dissimular a natureza, origem, localização, movimentação e propriedade das quantias transacionadas, havendo ainda contra o acusado Glauco Diniz a suspeita de ter elaborado esquema de desvio de dinheiro público com a finalidade de saldar dívidas de campanha do PT”, conclui o procurador.

Os novos documentos do processo no STF mostram que o caixa 2 do PT não foi usado apenas para o pagamento de dívidas de campanha, como sempre sustentaram o ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, e toda a cúpula petista na tentativa de qualificar o caso como crime eleitoral, o que possibilitaria a aplicação de penas mais brandas contra eles.

Ilustração IstoÉ

Caixa 2 do PT pagando dividas do partido com a instalação do Fórum Social Mundial no Rio Grande do Sul

Em 9 de julho do ano passado, às 14 horas, em depoimento prestado na 1ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre, o contador David Stival, membro da Executiva Regional do PT no Rio Grande do Sul, contou, que pelo menos uma boa quantia dos “recursos não contabilizados pelo partido” viajava livremente pelo País até chegar a destinos improváveis. Eles irrigaram, por exemplo, as contas bancárias de fornecedores do Fórum Social Mundial, criado por movimentos de esquerda para fazer frente ao Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.

No depoimento, Stival afirmou – numa posição inédita entre os dirigentes do partido – ter usado esse dinheiro suspeito para pagar “dívidas históricas” do Fórum, organizado pelo PT de Porto Alegre, que costuma ter o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como a estrela maior.

Foto: Arquivo

José Genoíno e Delúbio Soares, presidente e tesoureiro do PT nacional, os principais operadores do mensalão dentro do Partido dos Trabalhadores

No depoimento de Stival é bastante detalhista. Ele diz que, terminada a eleição de 2002, o PT gaúcho estava com uma série de dívidas e que precisou recorrer à direção nacional do partido em busca de recursos. Afirmou que procurou o deputado José Genoino (SP), então presidente do PT, e que foi apresentado ao secretário nacional de Finanças, Delúbio Soares. Uma surpresa esperava Stival no encontro com Delúbio, que prometera lhe repassar R$ 1 milhão.

“Ele (Delúbio) pediu para buscarmos o dinheiro, mas não nos disse que o dinheiro seria em cash e a gente ficamos (sic) preocupados com isso”, relatou Stival.

“Ele disse que teria que ser assim porque se tratava de um empréstimo feito pela Direção Nacional e que não poderia ser contabilizado. Disse que o empréstimo era do Banco Rural ou do BMG, mas que nós não poderíamos contabilizar aquele dinheiro.”

O que seria uma solução virou então uma fonte de problemas, segundo a versão do dirigente do PT gaúcho, depois que ele desembarcou em Porto Alegre carregando uma mala com R$ 1 milhão.

“Não podíamos pagar as dívidas de campanha com aquele dinheiro. As dívidas estavam todas com notas a pagar, registradas na contabilidade oficial do partido”, afirmou.

Ainda diante do juiz, o dirigente regional do PT narrou o que foi feito do dinheiro. “Acabamos pagando fornecedores de outras dívidas históricas do Fórum Social Mundial, dívidas que não estavam na contabilidade oficial. O dinheiro nem entrou na sede do partido.”

Ilustração IstoÉ

Um dos principais desafios do ministro Joaquim Barbosa em relação ao Mensalão do PT é a identificação da origem dos recursos movimentados irregularmente. Até agora, os principais envolvidos no escândalo diziam que o caixa 2 petista não usava dinheiro público.

Os novos depoimentos prestados à Justiça mostram que o Ministério Público e a Polícia Federal podem ter razão quando afirmam que o “núcleo empresarial do Mensalão, comandado pelo publicitário Marcos Valério, retirou dinheiro de órgãos administrados pelo PT.”

Desde o início das investigações, as suspeitas mais fortes nesse sentido levavam à sede do Banco do Brasil, que tinha entre as agências que cuidavam de sua conta publicitária a DNA, de Valério.

A CPI dos Correios, que investigou também o Mensalão, chegou a estabelecer um elo entre o BB e o caixa 2 petista, alegando que o banco pagara por campanhas publicitárias não realizadas para a Visanet, empresa do qual o banco é sócio. Por falta de provas, essa tese acabou não prosperando.

Ilustração IstoÉ

Mas agora a funcionária do Núcleo de Mídia do BB na época do escândalo, a jornalista Danevita Ferreira de Magalhães prestou depoimento à Polícia Federal em 1º de abril de 2008. Nele, descreve um desvio de R$ 60 milhões dessas verbas. Segundo ela, a agência DNA, de Valério, recebeu o dinheiro do Banco do Brasil para a elaboração e veiculação de uma campanha publicitária BB/Visa Electron.

O problema, disse Danevita, é que a campanha jamais foi feita e tampouco veiculada. “Quando o escândalo explodiu, Marcos Valério mandou queimar as notas frias emitidas contra o Banco do Brasil”, afirmou a jornalista.

No Núcleo de Mídia do Banco do Brasil, durante a gestão do ex-diretor de marketing Henrique Pizzolato, a função de Danevita era exatamente acompanhar a execução dos contratos de publicidade e encaminhar os pagamentos quando as campanhas fossem veiculadas.

Ela explicou ao delegado Luís Flávio Zampronha que, no caso do contrato com a DNA, chegou a alertar sobre a não realização dos serviços e acabou sendo afastada de suas funções por causa disso.

“A campanha, no valor aproximado de R$ 60 milhões, de fato nunca foi veiculada”, disse Danevita. “As notas frias foram feitas apenas para justificar os pagamentos.” De acordo com Danevita, “o próprio diretor de mídia da agência DNA Propaganda, Fernando Braga, afirmou que esta campanha do Banco do Brasil/Visa Electron não tinha e nem iria ser veiculada.” 

Também está entre os novos documentos no processo do STF um laudo do Instituto Nacional de Criminalística, da PF, de 2009, confirmando que houve outros desvios de dinheiro público nos contratos da DNA com o BB. “A empresa DNA não repassou aos cofres públicos do BB as bonificações denominadas ‘bônus de volume’ que recebeu”, diz o laudo.

A DNA de Valério recebeu R$ 37,6 milhões a título de bonificações só em contratos com o BB.

A grande força-tarefa de investigação montada em todo o Brasil pelo STF envolveu órgãos de várias esferas, inclusive a Receita Federal. Uma das missões do Fisco foi tentar comprovar a suspeita de que vários partidos políticos envolvidos no esquema fraudavam notas fiscais apresentadas à Justiça Eleitoral.

Os auditores fiscais comprovaram que o PTB apresentou notas frias para justificar a origem de pelo menos R$ 858 mil. Uma das empresas citadas na representação fiscal é a VideoMaker Produções. José Antônio Sarmento, sócio da empresa, confirmou em depoimento à Receita ter sido procurado pelo advogado do PTB, Itapuã Messias, que lhe apresentou um contrato de prestação de serviços.

Mas a VideoMaker, segundo Sarmento, não fechou o negócio com o partido de Jefferson e “nunca prestou serviços para a referida agremiação política”, diz ele. Notas fiscais da empresa, porém, constavam da prestação de contas do PTB.

Outros documentos da Receita mostram que a estratégia das notas frias não é exclusividade do PTB. Várias empresas registradas na escrituração do PP, por exemplo, constam no cadastro da Receita como inativas, omissas ou inaptas. Não poderiam, portanto, ter prestado serviços e emitido documentos fiscais.

Um dos responsáveis citados pela Receita é o deputado distrital Benedito Domingos (PP), também investigado por receber R$ 6 milhões do esquema do Mensalão do DEM, no Distrito Federal. Nos novos documentos encaminhados ao ministro Joaquim Barbosa, a Procuradoria-Geral da República informa ao STF que há também notificações referentes ao PT, ao PMDB e ao extinto PL. Em todos os casos, os partidos foram pilhados usando notas frias em suas prestações de contas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva alega com frequência que só soube da existência do Mensalão depois que o escândalo se tornou público.

Nos novos depoimentos já em poder do relator Joaquim Barbosa, três ex-ministros de Lula confirmam a versão de Jefferson. Em 12 de março do ano passado, diante do juiz Alexandre Bulk Madrado Sampaio, da 4ª Vara Criminal da Justiça Federal em Minas Gerais, o ex-ministro do Turismo Walfrido dos Mares Guia afirmou que em março de 2005, em uma reunião da qual participaram o então ministro Aldo Rebelo, da Coordenação Política, e o líder do PTB José Múcio Monteiro, Roberto Jefferson relatou ao presidente Lula que o PT estaria repassando recursos aos parlamentares em troca de apoio aos projetos do governo.

“O presidente ouviu um breve relato feito por Roberto Jefferson, mas não disse nada a respeito”, afirmou Mares Guia. Em seguida, o juiz perguntou se o ex-ministro poderia dizer exatamente o que ouviu naquela reunião e Mares Guia declarou:

“O presidente perguntou a Jefferson como estava o PTB e o deputado respondeu: estou preocupado porque o PTB não consegue os cargos pleiteados e já negociados e tem essa conversa que tem recursos sendo distribuídos a partidos no Congresso.”

Versões semelhantes foram apresentadas em 27 de maio do ano passado, quando os ex-ministros Aldo Rebelo e Márcio Thomaz Bastos (Justiça) também depuseram como testemunhas na 2ª Vara Criminal Federal.

“No final de uma audiência com a direção do PTB, quando todos já estavam em pé, o deputado Roberto Jefferson de alguma forma revelou ao presidente que haveria algo parecido com o que depois ele nominou de Mensalão”, afirmou Rebelo à juíza Sílvia Maria Rocha.

Ainda em seu depoimento, o ex-ministro disse que, terminada a reunião com o PTB, Lula lhe pediu para procurar mais informações sobre a denúncia feita por Jefferson.

Thomaz Bastos afirmou que não esteve na reunião, mas soube mais tarde que o presidente havia pedido uma investigação sobre os fatos relatados por Jefferson. O pedido, segundo Bastos, não foi feito a ele, que comandava a Polícia Federal.

O juiz pergunta ao ex-ministro se a investigação foi formal ou informal e ele responde: “Acredito que tenha sido formal, porque foi objeto de resposta formal da Casa Civil.”

Foto: Arquivo

Mentiras desencontradas: Dilma mente desmentindo Dirceu que desmente Dilma

É provável que os ex-ministros tenham que fazer novos depoimentos para esclarecer contradições com antigos colegas de governo. Na maioria dos documentos, até agora inédita, em poder do STF estão também os testemunhos da ministra Dilma Rousseff e do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

O ex-ministro nega que tenha feito qualquer investigação a pedido do presidente Lula e a atual ministra afirmou com todas as letras que na Casa Civil não existem registros sobre suposta investigação.

Isso significa que diante de uma denúncia tão grave o presidente pediu apenas uma investigação informal ou alguém está mentindo, Dilma, Dirceu ou Thomaz Bastos. Como todos, exceto Dirceu – que é o principal réu no processo do Mensalão –, prestaram depoimento como testemunhas, aquele que faltou com a verdade poderá ser processado pelo ministro Barbosa.

A ação penal no STF traz depoimentos inéditos de testemunhas que comprovam definitivamente grandes movimentações de “dinheiro não contabilizado”, expressão usada pelo petista Delúbio Soares para justificar o Mensalão.

Os testemunhos surpreendem, não apenas pelo seu valor jurídico, mas pela naturalidade com que os envolvidos tratam de uma questão criminal como se fosse algo rotineiro.

Ilustração IstoÉ

Ex-presidente do Banco Popular do Brasil, Ivan Guimarães confirmou na Justiça Federal em São Paulo, no dia 27 de maio de 2009, que o PT movimentou dinheiro sujo. “Boa parte da crise era devido a esses empréstimos que não constaram da contabilidade, o caixa 2”, disse Guimarães, dando detalhes dos empréstimos que o PT fez no Rural e no BMG.

“Tomei conhecimento destes empréstimos. Eu não me lembro o valor total, mas era algo superior a 40 milhões (de reais).” Guimarães afirmou ter participado das reuniões que escolheram a agência de Marcos Valério para trabalhar nas campanhas do Banco do Brasil, mas responsabilizou o conselho diretor e o ex-diretor Henrique Pizzolato.

Pelos depoimentos, fica evidente que práticas ilegais eram cotidianas nos escritórios dos partidos políticos. Funcionários das legendas não se constrangem ao se declarar abertamente como laranjas do esquema.

Coordenadora da campanha do PP em 2004 no Paraná e secretária do ex-deputado José Janene (PP), Rosa Alice Valente confirmou à Justiça em 2009 que sua conta bancária foi utilizada pelo PP para receber dinheiro do PT nacional.

O dinheiro chegava através da corretora Bônus Banval, que lavava o dinheiro do Mensalão. “O deputado me disse que foi feito um acordo entre o PT e o PP e que o Enivaldo Quadrado (então dono da Bônus Banval) iria me ligar e daí iria passar na minha conta pra mim (sic) repassar”, disse Rosa.

Entre casos já conhecidos e outros só agora descobertos, as confissões surgem de todo lado. Em Alagoas, o deputado Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), revelou na Justiça ter recebido R$ 80 mil “não contabilizados” do PT. O dinheiro, segundo ele, era liberado por Delúbio Soares.

Presidente do PT no Tocantins na época das fraudes, Divino Nogueira revelou que recebeu dinheiro de caixa 2 do PT nacional, enviado por Delúbio. O ex-deputado baiano Eujácio Simões, que era do extinto PL, afirmou ter recebido R$ 30 mil de caixa 2 do deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP), um dos principais protagonistas do esquema.

Em alguns relatos, os detalhes são tão ricos quanto as quantias movimentadas irregularmente pelos políticos. É o caso do testemunho do empresário José Carlos Batista, sócio da Garanhuns Empreendimentos, empresa que ficou conhecida na época do Mensalão como lavanderia do Mensalão.

Réu no processo, Batista decidiu contar tudo o que sabe para ser beneficiado pelo instrumento da delação premiada. Foi ouvido na condição de informante.

Pela primeira vez, disse que era dono da Garanhuns apenas no papel porque, na verdade, era “laranja” do verdadeiro dono da empresa, Lúcio Funaro, amigo de Costa Neto. Batista esmiúça como entregou pessoalmente, a pedido de Funaro, quase R$ 3 milhões do esquema do PT para o deputado do PL bancar a campanha eleitoral de 2004.

O dinheiro foi entregue na sede do PL em São Paulo. Eram recursos repassados a Funaro por Valério com base em um “contrato fictício” de compras de certificado de reflorestamento da Garanhuns para a SMP&B.

Já se sabia que a Garanhuns fora usada por Valério para esquentar o dinheiro repassado do caixa 2 do PT para o PL.

O publicitário sempre negou. Em seu depoimento, Batista não só se define como “laranja” como cria dificuldade para aqueles que querem contestar a sua versão do fato pela quantidade de informações que forneceu à Justiça. Ele cita modelos de veículos em que o dinheiro foi carregado em “caixas de papelão”, horários de voos, nomes de intermediários e destinos do dinheiro, como a cidade de Mogi das Cruzes, no interior paulista.

Também prestou depoimento no caso do Mensalão o vice-presidente José Alencar. Na época do escândalo, Alencar estava filiado ao PL, o partido do deputado Valdemar Costa Neto. Alencar recebeu da Justiça as perguntas por escrito e se manifestou rapidamente. Afirmou que só soube dos repasses financeiros do PT para o PL quando o ex-deputado Roberto Jefferson fez a denúncia do Mensalão. Disse que durante as negociações para a formação da chapa presidencial eleita em 2002 em nenhum momento participou de discussões envolvendo o financiamento da campanha e que nunca tratou sobre o assunto com o presidente Lula.

O presidente Lula, ao contrário de Alencar que se prontificou a colaborar com as investigações e em apenas duas semanas respondeu ao questionário, tem se esquivado de falar sobre o Mensalão, em claro desrespeito ao poder judiciário.

Ilustração Istoé

No dia 10 de agosto do ano passado, a juíza Pollyanna Kelly Martins Alves, da 12ª Vara da Justiça Federal de Brasília, enviou ofício diretamente ao Palácio do Planalto, informando que Lula está arrolado como testemunha no “processo do Mensalão”.

E redigiu: “Conto com a compreensão de Vossa Excelência em colaborar com o Poder Judiciário.” A seguir, a juíza pede a Lula que “indique dia e hora que melhor lhe convier” para comparecer à Justiça, ou ainda que “manifeste interesse em encaminhar respostas por escrito, se assim lhe aprouver, observando o intervalo entre 14 de setembro de 2009 e 30 de outubro de 2009”.

Já se passaram quatro meses do prazo sugerido pela juíza e Lula não se prontificou até agora a enviar as respostas, nem sequer por escrito.


“O roteiro final do mensalão” é o título original da matéria da IstoÉ
Alteramos e suprimimos parte do texto, acrescentamos imagens e legendas, alteramos ilustrações.

26 de fev. de 2010

Uribe não vai poder se candidatar para 3° mandato

COLOMBIA
Uribe não vai poder se candidatar para 3° mandato
A Corte Constitucional da Colômbia considerou ilegal a lei que previa um referendo para mudar a constituição e possibilitar um terceiro mandato para o presidente colombiano Alvaro Uribe, que se desgastou ao tentar, e ainda mais em não conseguir, ser presidente da Colômbia sucessivamente pela terceira vez

Foto: Associated Press

Alvaro Uribe impedido pela Corte Constitucional de tentar continuar presidente da Colombia. Hugo Chávez deve estar adorando

Fontes: Folha Online, Estadão, Semana, La Republica, Portal Terra

A Corte Constitucional da Colômbia confirmou nesta sexta-feira, 26, a negação a possibilidade de um terceiro mandato do presidente Álvaro Uribe, ao rechaçar uma lei que convocaria um referendo sobre a reeleição, confirmando todas as expectativas e rumores dos últimos dias.

O presidente da corte, Mauricio González deu uma entrevista coletiva explicando a decisão que foi tomada por sete votos contra dois a favor dos nove juízes que integram a Corte Constitucional, após três minguadas horas de debate.

A decisão jurídica, a mais importante dos últimos anos na política colombiana, marca o início de uma difícil campanha para os rivais políticos de Uribe, que depois de quase oito anos no poder se converteu em um dos presidentes mais populares do país, respaldado por sua estratégia vitoriosa de combate às guerrilhas esquerdistas.

Foto: O Globo

O bem sucedido ataque ao acampamento da FARC, onde morreu o guerrilheiro “Raúl Reyes", considerado o "número dois" da guerrilha, e mais 16 outros rebeldes

Uribe, principal aliado dos Estados Unidos na América Latina, chegou ao poder em agosto de 2002 com a promessa de derrotar as guerrilhas esquerdistas em um país castigado pela violência. O presidente mantém uma popularidade de cerca de 70%, atribuída a uma dura política contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e a delinquência.

A Constituição colombiana não contempla a possibilidade de um terceiro mandato presidencial consecutivo. Por isso, os aliados do presidente propuseram no ano passado um referendo para mudar a carta.

Uribe conseguiu se reeleger em 2006 graças a uma primeira e controvertida reforma da Constituição que introduziu a possibilidade da reeleição presidencial.

O presidente Alvaro Uribe sujou sua biografia de estadista ao tentar se reeleger pela terceira vez. Mesmo mostrando-se discreto durante as negociações do terceiro mandato, via-se pelas atitudes dos aliados, seu interesse em continuar no comando dos colombianos.

O ex-ministro de Defesa Juan Manuel Santos, pronto para ser o candidato de Alvaro Uribe
Ontem, para piorar as coisas, tentando de última hora salvar a consulta popular, que todos diziam iria ser rejeitado, como foi pela Corte Constitucional, Uribe se pronunciou pela primeira vez, em defesa referendo.

"Creio que é correto que os colombianos digam se estão de acordo ou não com a reeleição", disse anteontem, segundo o jornal colombiano "El Tiempo".

O ex-ministro de Defesa Juan Manuel Santos, que foi bem sucedido na luta contra as FARC, poderá ser o candidato da coalizão para substituir o atual presidente e dar continuidade a suas políticas.

Eleitoralmente o país estava parado esperando a decisão da Corte Constitucional. A indefinição sobre a corrida presidencial roubou os holofotes da campanha para o Legislativo, considerada uma das mais importantes da história recente da Colômbia.

O país escolherá em 14 de março novos deputados e senadores após uma legislatura marcada por escândalos: ao menos 33 parlamentares, a maioria de uribistas, deixaram as cadeiras acusados de ligação com grupos paramilitares.

Os prazos agora urgem: faltam 162 dias para terminar o mandato de Uribe, os candidatos a presidência da republica tem até o próximo dia 12 de março para registrarem as suas candidaturas e as eleições presidenciais acontecerão em 27 de maio.

BRASIL: Capa da revista "Mad", com Dilma, foi censurada?

BRASIL
Capa da revista "Mad", com Dilma, foi censurada?
No próprio portal da revista apareceu uma capa com a candidata ministra personificando o predador “Thanator”, do filme AVATAR que não foi às bancas, por quê?

Foto: Reprodução

A capa que não foi às bancas

Fontes: Mad, Folha de São Paulo, Portal Imprensa

Com seu típico tom de deboche, a revista "Mad" gerou polêmica na edição 23 (de fevereiro) não pelo que publicou, mas pelo conteúdo censurado. No blog da revista (mad.blogtv.uol.com.br) foram divulgadas duas capas sobre o filme "Avatar".

Uma delas, a que ninguém viu nas bancas, levava a cara da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) emendada ao corpo do "Thanator", o temido predador criado por James Cameron no reino 3D de Pandora.

"Exclusivo: revelamos sem medo de repressão a capa censurada da Mad 23", dizia o texto do blog, estampado entre as duas capas.

No desenho, quem segurava as rédeas da criatura era "Lulavatar, o Mico do Brasil". Os burburinhos cibernéticos sobre uma possível censura do governo levaram a editora Panini, responsável pela publicação, a divulgar a seguinte nota: "Com relação à questão da capa da edição 23 da revista "Mad", as decisões sobre a publicação das capas fazem parte de processos internos da empresa, não se tratando de qualquer tipo de censura ou veto".

Foto: Reprodução

Essa foi a capa que acompanhou a revista em fevereiro, que chegou às bancas com 10 dias de atraso

A polêmica foi retirada do blog. Permaneceu o traço humorado do cartunista Guabiras, com Dilma como avatar e Lula operando uma máquina:

"E se o Avatar invadisse o Brasil... o presidente Lula estaria finalizando o processo de criação do seu clone pra candidatura das próximas eleições".

Alguns jornalistas estão dizendo que tudo não passou de uma pegadinha da revista, para repercutir na mídia.

Mas o Portal de Imprensa “apurou que a troca fez com que a edição chegasse com, pelo menos, dez dias de atraso nas bancas. Prevista para ser comercializada perto do dia cinco, a MAD chegou ao mercado perto do dia 15 de fevereiro.”

"Infelizmente, não podemos revelar quem foi o autor desta censura. Tá (sic) achando que a gente quer perder o emprego ou aparecer com a boca cheia de formiga no Rio Tietê?", escreveu o editor da revista, Raphael Fernandes, no blog da publicação.

O jornalista ainda critica a repercussão do caso, dizendo que "as pessoas tornaram algo muito maior", envolvendo o governo e a censura prévia. Segundo ele, nas próximas edições de MAD, todos os candidatos à Presidência serão alvo de ilustrações.


Charge: HUMBERTO - Jornal do Comércio (PE)



HUMBERTO- Jornal do Comércio (PE)


*Discordamos do nosso amigo chargista Humberto, Lula sabe o que aconteceu e o que está acontecendo na Ilha de Cuba. A charge faz supor erroneamente que Fidel Castro o enganou. Lula não viu por que lhe era conveniente.


25 de fev. de 2010

PERNAMBUCO: Legalmente Humberto Costa não é mais vampiro

PERNAMBUCO
Legalmente Humberto Costa não é mais vampiro
O petista acusado pela procuradoria da república, em 2006, de corrupção e formação de quadrilha, foi inocentado, por falta de provas, a pedido do ministério público federal. Agora diz que vai processar todo mundo que lhe chamou de filho das trevas e vai cravar os dentes no ex-prefeito João Paulo, concorrente a pretenso candidato a senador

Foto: Alexandre Severo/JC Imagem

UMA VEZ VAMPIRO: Para provar está livre da maldição de vampiro, seus correligionários atiraram-lhe água benta... queimou ainda um pouco, é que a desistência do Ministério Público, ainda não foi aprovada pela justiça

Fontes: Diário de Pernambuco, Correio Braziliense, Blog do Jamildo, Blog do Jamildo, Museu da Corrupção

O Ministério Público pedirá à Justiça a absolvição do petista Humberto Costa, no processo em que ele é acusado de envolvimento na ‘máfia dos vampiros’ quando dirigia o Ministério da Saúde (janeiro de 2003 a julho de 2005).

A denúncia foi feita em 2006 pelo procurador da República no Distrito Federal, Gustavo Pessanha, que acusou o petista por corrupção e formação de quadrilha na tal ‘máfia dos vampiros’. A representação foi fundamentada na Operação Vampiro, da Polícia Federal, que investigou o envolvimento de empresários e funcionários do Ministério da Saúde na compra superfaturada de medicamentos que atuam no processo de coagulação do sangue, os hemoderivados.

Humberto Costa na verdade tem cara de culpado e um discurso de inocente que, poderia até ser verdadeiro, mas soa falso.
De acordo com a procuradora federal Regina Coeli Campos Meneses, os indícios que serviram de base para o recebimento da denúncia contra Humberto não foram comprovados.

Humberto Costa esperava o resultado favorável do julgamento para voltar a pensar em voos mais altos na política, impedido até então, pela sombra das suas asas de morcego.

Na época, a denúncia acabou por comprometer sua candidatura ao governo do estado, que já andava mal das pernas, abrindo espaço para a vitória de Eduardo Campos (PSB).

Humberto não vai ser, porém, absolvido nunca de sua gestão desastrada no Ministério da Saúde, onde proliferou a corrupção, a incompetência, a falta de remédio para os aidéticos e o tumulto generalizado. Humberto se diz vítima de uma armação política, mas seu principal inimigo foi ele mesmo e seu algoz foi Lula quando lhe nomeou para o Ministério da Saúde, um desafio muito acima de sua capacidade.

Reconhecemos que era muito difícil e até impossível para ele, na sua pequenez, substituir José Serra que havia sido considerado, internacionalmente, como uma referência mundial em gestão na área, mas não precisava ser tão ruim.

Na verdade Humberto Costa chegou ao topo de sua capacidade político administrativa quando foi lobinho do movimento escoteiro.

Neste instante o ministério público dizendo que não encontrou provas contra ele, dá-lhe uma aura de inocência criminal, mas não isenta sua responsabilidade e de uma eterna suspeição, merecida, por ter deixado funcionar diante de suas barbas, vários esquema milionário de corrupção. Afinal foi ele quem nomeou, como seu homem de confiança, para a Coordenadoria Geral de Recursos Logísticos do Ministério da Saúde, Luiz Cláudio Gomes da Silva, o homem chave da quadrilha dos Vampiros.

Lembrar que o Ministério Público Federal americano não encontrou provas suficientes para incrimina Al Capone, ele foi preso por problemas com o imposto de renda.

Foto:Guga Matos/JC Imagem

CIRCO PETISTA: João Paulo, o outro “senador”, temendo que a “inocência” de Humberto tire-lhe as chances de ser candidato montou uma surpresa para si mesmo, uma farsa grotesca, com correligionários esperando-lhe para carregar nos braços no aeroporto

Hoje, livre formalmente da maldição vampiresca, ele é um dos cotados do PT para concorrer ao Senado em Pernambuco, terá apenas que morder a jugular do seu companheiro petista, o ex-prefeito João Paulo, que quer a mesma vaga de senador.

Dizem que João Paulo andava com água benta, crucifixo e um colar de alho, pensando estar imune aos ataques de Humberto. Agora para vencê-lo, vai ter que cravar uma estaca no peito do ex-ministro da Saúde.

Essa briga de abutres ensandecidos sobre uma carniça, em busca de uma vaga de candidato ao senado, entre Humberto Costa e João Paulo, nos causa júbilo. O páreo é duro, que vença o pior.

Pernambuco não merece e não vai ser representado no Senado da Republica por uma dessas ridículas figuras folclóricas.

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BRASIL: Censuraram Paris Hilton por abuso de sensualidade

BRASIL
Censuraram Paris Hilton por abuso de sensualidade
O Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária) considerou a campanha de lançamento da cerveja Devassa Bem Loura, da Schincariol, estralada pela celebridade americana, de sexista e desrespeitosa para a mulher e vão tirar o comercial do ar, se já não tiraram

Foto: Isac Luz/ EGO

Paris Hilton no camarote da cerveja Devassa Bem Loura, da Schincariol, Sapucaí, Rio de Janeiro

Fontes: Veja Abril, Folha de São Paulo Online, Blog Paris Hilton

Depois de receber denúncias da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e de consumidores, o Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária) abriu três processos éticos contra a campanha de lançamento da cerveja Devassa Bem Loura, da Schincariol.

Em uma das propagandas da campanha, da agência Mood, a socialite americana Paris Hilton aparece em poses sensuais na varanda de um apartamento na orla carioca. Ela é fotografada por um voyeur, que parece mais interessado em clicar a cerveja que está na mão dela.

A secretaria, ligada à Presidência da República, considerou a campanha sexista e desrespeitosa para a mulher. A denúncia gerou um processo para discutir especificamente queixas relacionadas à condição da mulher.

Um outro processo, aberto após denúncias de consumidores, vai avaliar se o comercial faz um apelo exagerado à sensualidade, contrariando o código de ética, que condena o apelo erótico em propagandas de bebidas alcoólicas e também o tratamento de modelos como objeto sexual.

Procurada, a Schincariol não quis comentar e disse que ainda não foi notificada.

O Conar pode solicitar a retirada imediata da campanha por meio de liminar.

Esse tipo de censura acaba fazendo da campanha um sucesso.

Claro que todo mundo ficou interessadíssimo de ver o comercial. Na verdade centenas de comerciais brasileiros são mais apelativos que esse. Uma bobagem esse estardalhaço.




ESTADOS UNIDOS: Baleia assassina mata tratadora no Sea World

ESTADOS UNIDOS
Baleia assassina mata tratadora no Sea World
Telly a baleia atacou e matou a sua tratadora Dawn Brancheau violentamente num dos tanques do Parque Sea World na Florida

Foto: Arquivo

Dawn brincando com a baleia Telly numa foto promocional do parque

Fontes: Bussiness Insider, BBC Brasil, The Gainesville Sun

Segundo os relatos iniciais, Dawn Brancheau estava acariciando o focinho da orca num dos tanques auxiliares, depois de uma apresentação, quando foi abocanhada pelo animal e arrastada para dentro da piscina.

A tratadora Dawn tinha mais de 20 anos de experiência – 16 deles passados ao lado da baleia Telly, que pôs fim à sua vida.

A orca Telly - que pesa cerca de 5,5 toneladas – afogou, há 20 anos, outra pessoa em um parque do Canadá.

Foto: Arquivo

Um dos momentos do show, das baleias Orcas, também conhecidas como assassinas, no parque Sea World. Na verdade elas são muito próximas dos golfinhos e receberam o apelido estigmatizador por serem grandes predadoras.

Victoria Biniak, uma testemunha ouvida pela emissora de TV WKMG, afirmou que o ataque do animal foi tão violento que fez com que os sapatos da vítima fossem lançados longe.

Segundo ela, Telly, teria agarrado a treinadora pela cintura e batido nela por diversas vezes.

De acordo com a rede de TV MSNBC, um porta-voz do corpo de bombeiros de Orange County, John Murrall, afirmou que os paramédicos que chegaram ao local não conseguiram reanimar a vítima.

Foto: Arquivo

O parque já voltou a funcionaar, mas os shows das baleias estão suspensos por tempo indeterminado.

O turista brasileiro João Lúcio da Costa Sobrinho, conta que estava com a sua namorada em uma zona de observação subaquática, quando de repente vi a baleia passar com uma pessoa em sua boca, segundo o jornal The Gainesville Sun.

Diane Gross Brancheau, a irmã mais velha, da treinadora disse que sua irmã não gostaria que qualquer coisa feita à baleia, porque ela amava os animais e os tinha como crianças e que a família viu a morte de sua irmã como um acidente infeliz. A treinadora era casada, mas não tinha filhos.

Grupos de proteção dos animais, que há muito protestam com as condições como são tratadas as baleias no parque, dizem que o incidente poderia ser evitado se os animais não fossem mantidos em piscinas pouco espaçosas, que eles chamam de "banheiras".


CUBA - BRASIL: Lula inaugura obra inexistente, inventou PAC cubano

CUBA- BRASIL
Lula inaugura obra inexistente, inventou PAC cubano
O nosso presidente acaba de exportar para Cuba o estilo PAC de inaugurar obras que ainda não existem, mas talvez venham a existir um dia, no porto de Mariel, próximo de Havana. A construtora Odebrecht foi encarregada de fazer a obra, sob o patrocínio do BNDES: Lula se sentiu em casa.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Lula junto com Raúl “inaugurando” uma intenção de obra, criando o PAC cubano, ou seja, inauguraram um documento com intenção de fazer uma obra. Dizem que a Odebrecht já recebeu a metade do dinheiro, deve ser mentira

Fontes: Reuters, Granma, Cuba Ahora, Jornal do Brasil Online, Cuba Si

O objetivo da visita de Lula a Cuba foi visitar Fidel Castro, mas para camuflar o objetivo turístico de mau gosto, montou-se uma agenda oficial, esvaziada, pois essa já é a terceira visita do presidente brasileiro a ilha, nos dois últimos anos.

A visita constou de uma ida ao futuro canteiro de obras da Odebrecht, onde estão programadas obras de melhorias do porto de Mariel, 50 quilômetros a oeste de Havana, mais conhecido por ter sido o local de embarque de milhares de cubanos que participaram de um êxodo para os EUA em 1980, fugindo da sangrenta ditadura de Castro.

Cuba deseja que o local se torne seu principal porto.

A construtora brasileira Odebrecht se dispõe a modernizar estradas, ferrovias e fazer melhorias no cais, dragagem nas docas e armazéns. O valor total do projeto é de 450 milhões de dólares, dos quais 300 milhões serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A revista "Cuba Ahora", no seu site, informa que o Brasil já liberou 150 milhões de dólares, do montante destinado as obras.

Não se faz concorrência para obras públicas noutros países, coincidência ou não, esses projetos sempre aparecem nas mãos da Odebrecht.

Depois o pessoal fica estranhando as gordas contribuições de campanha das construtoras ao PT.

Além disso, a Petrobras está prospectando petróleo em águas cubanas e concluiu estudos sísmicos no mês passado, mas ainda não anunciou quando fará perfurações e os jornais cubanos dizem que há possibilidade também da empresa petrolífera brasileira, construir uma refinaria.

O jornal do partido o “Granma” nos revela, sob a intenção de mostrar integração dos dois países, que trabalhão atualmente no Brasil, 43 colaboradores cubanos, em diversas atividades, como educação, esporte, saúde, cultura e agricultura.

Diz também que 626 jovens brasileiros foram formados em Cuba em diversos níveis de ensino desde o início do intercâmbio em matéria de formação profissional e que atualmente, estudam em Cuba, 835 alunos brasileiros.

Interessante essa informação de tentativa de cubanização do Brasil, nós não sabíamos. Será que Cuba é o lugar certo para enviarmos jovens brasileiros para obter formação profissional?

Até agora, o pessoal que estudou em Cuba, como José Dirceu, não foi proveitoso para o nosso país.


24 de fev. de 2010

CUBA - BRASIL: Castro e Lula se encontram pela última vez

CUBA – BRASIL
Castro e Lula se encontram pela última vez
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Foto: Ricardo Stuckert/PR

CLIMA DESCONTRAÇÃO: Incessíveis ao grave acontecimento da morte do dissidente cubano Orlando Zapata, o encontro entre Castro e Lula foi de descontração

Foto: Ricardo Stuckert/PR

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Foto: Ricardo Stuckert/PR

TIETANDO FIDEL: Mais uma vez Lula brinca de fotografo tirando fotos do ex-guerrilheiro seqüestrador ministro Franklin Martins, junto com o sanguinário ditador Castro e seu não menos perigoso irmão Raúl, num clima de garotões em férias, pelo Caribe.